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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
Agora sim estou em condições de te fazer o tal relatório sobre o meu aniversário, bem como sobre a festa com que foi celebrado. Serei breve, não porque queira guardar segredo, mas tão somente porque há momentos e sentimentos que são intraduzíveis para a linguagem escrita, mesmo para quem está à vontade com ela, como é o meu caso.
Começo por dizer que o dia 30 de novembro foi preenchido e um tanto ou quanto cansativo. Entre a logística para a festa, a preparação do manjar, as compras de última hora, o almoço com ex-colegas, o ir buscar o bolo e os aperitivos, o arrumar a bagagem e os telefonemas/mensagens de felicitações o dia passou a correr. O importante é que consegui dar conta do recado e, à hora prevista, tudo e todos estavam prontos.
A viagem para Sesimbra correu sem percalços e às nove da noite já a mesa estava pronta e as convivas prestes a iniciar as festividades das 44 velas da Sara. Éramos seis pessoas a desfrutar de um deslumbrante alojamento na Aldeia do Meco, com capacidade para albergar cerca de duas dezenas de hóspedes. Preciso detalhar qual o estado de espírito que reinava entre nós por podermos desfrutar de tal exclusividade?
Entre comes, bebes, danças, rituais, conversas de gajas e otras cositas más, nesse dia realizei, de uma assentada só, uma data de pequenos sonhos: receber buquê de flores, ter aqueles balões decorativos em forma de coração, fazer uma escapadela com as besties e conhecer a zona. Posso dizer que a celebração do meu aniversário superou as minhas mais otimistas expectativas.
A vida - esta realidade ora doce ora amarga, ora colorida ora cinzenta, ora iluminada ora sombria, ora justa ora ingrata, ora mãe ora madrasta, ora aliada ora adversária - vale infinitamente a pena, não obstante os seus desafios constantes. Disso não tenho dúvida, daí que a celebre com tanto gosto, com tanto mimo, com tanto empenho...
Existir é por si só um privilégio; se essa existência for acompanhada do bem-estar, físico, psíquico, emocional e espiritual, ela torna-se uma benção. E se ainda tivermos a sorte de desfrutar de afetos genuínos e espontâneos ela transforma-se numa dádiva. Sendo assim, alguém que me explique porque perdemos tanto tempo - e energia - com quizílas, porque damos tanta importância a desavenças, porque cultivamos mágoas, alimentamos ódios, guardamos ressentimentos, podemos nós relevar, perdoar, amar.
O que realmente importa são os momentos que vivemos, as experiências de que desfrutamos, os laços que criamos, os afetos que partilhamos, os corações que tocamos, as almas que cativamos, as vidas que inspiramos, as pessoas que amamos. Agora que não tenho dúvidas de que da vida só levamos o que vivemos, já não temo viver, de preferência intensamente.
Aquele abraço amigo e até para a semana!
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