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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! 👋
Como bem sabes, nos últimos cinco meses, terça-feira tem sido dia de podcast, e assim vai continuar a ser até à proxima semana, altura em que irá para o ar o último episódio da primeira temporada de uma aventura chamada Ainda Solteiros.
É neste contexto que trago um novo conteúdo áudio, desta feita dedicado às boas práticas de saúde e bem-estar. A pedido de muitos, decidi compilar as minhas dicas pessoais num plano a que chamei de 'Emagrece comendo de tudo, mas fazendo escolhas inteligentes' e que visa ajudar as minhas amigas a perderem peso de forma saudável, e sustentável, sem precisão de fazer dieta.
O sucesso do plano foi de tal modo encorajador, que resolvi abordá-lo no podcast, na expectativa de que possa inspirar outras pessoas a optarem por um estilo de vida (mais) saudável, mais consciente, logo, mais feliz. Como tal, neste 19º programa, o penúltimo da temporada 1, reúno 30 dicas de lifestyle, resultantes da minha experiência e um dos grandes responsáveis pela minha aparência jovem, pelo meu corpinho danone e por uma saúde impecável, não obstante estar a caminhar para a idade de ouro.
Espero que faças bom proveito do episódio, já disponível nos sítios do costume (Spotify, Apple e Google), e que possas adotar as dicas que fizerem sentido para ti.
De volta conto estar na sexta-feira. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!
Ora viva! 👋
Não é novidade para quem consome os meus conteúdos que o jejum é uma prática que há anos faz parte da minha rotina, no início semanal, agora diária, conforme dou conhecimento neste post. Vai fazer seis anos que a adotei uma forma de estar na vida que recomendo com toda a convicção, não tanto numa perspectiva de emagrecimento, mas essencialmente de promoção da saúde e do bem-estar.
O que me move? Um estilo de vida mais saudável, logo mais sustentável. É neste contexto que dedico este 16º programa do podcast Ainda Solteiros a esta prática milenar, cujas motivações passam pela purificação espiritual, pelo emagrecimento e pela autodisciplina.
Durante cerca de meia hora falei da minha experiência pessoal com o jejum, citei fontes científicas e académicas e listei os vários benefícios do jejum intermitente, cujo intuito é melhorar a saúde, e não a estética, logo promover a reeducação alimentar.
Convido-te a ouvir o episódio Jejum: um dos caminhos para uma vida (mais) saudável, já disponível nas plataformas Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts. Como de costume, espero que partilhes, recomendes, comentes, mas sobretudo que reflictas sobre o seu conteúdo.
Aquele abraço amigo e até sexta!
Ora viva! ✌️
Com o verão à porta, ou seja com o cuidado com a aparência a multiplicar-se, para hoje poponho falarmos de alimentação saudável, assunto sempre atual e ao qual dou muita importância.
Não é por acaso que se diz que "somos o que comemos". Sensibilidades nutritivas à parte, o facto é que é cada vez mais consensual que a qualidade da nossa saúde, logo da nossa vida, passa, em grande parte, pela qualidade da nossa alimentação. Dito de forma crua e direta: o que pomos na boca determina o que vemos no nosso corpo e o que sentimos na nossa saúde.
A alimentação, que sempre teve um papel essencial na sobrevivência das espécies, assume agora um destaque sem precedentes. A atual crise alimentar, despoletada pela pandemia e agora agravada pelo conflito na Ucrânia, a par da pegada ecológica que muitos dos alimentos vêm deixando no planeta azul, impele-nos a repensar as nossas escolhas, não só em prol da carteira, mas sobretudo em prol da saúde.
Viva!
Em pleno dia de jejum, nada mais pertinente que revelar-te alguns dos segredos por detrás do minha (boa) forma física. Já aqui assumi em vários posts que tenho cuidado com o que levo à boca. Tento, sempre que me é possível, primar por uma alimentação saudável, isenta de fritos, açúcar adicionado, lactose, produtos refinados e carbohidratos pobres em fibra.
Escusado será dizer que também eu cometo – com mais regularidade do que seria desejável – alguns, na verdade vários, pecados gastronómicos. Por não reconhecer a eficácia das dietas restritivas e da abstinência calórica, deles não faço tenção de abrir mão. Só para teres uma ideia, sou uma adita da pizza (comia-a todos os dias, se o meu nível de colesterol não disparasse em fecha); no que toca a queijos, considero-me uma Minnie; sou incapaz de resistir a sorvetes; vejo a batata frita como a terceira maravilha do mundo; sumos naturais deviam ser prescritos pelos médicos e as gastronomias cabo-verdiana, portuguesa, brasileira, japonesa e italiana de consumo obrigatório.
Sorte minha que, à exceção do queijo e do iogurte, nunca fui chegada em derivados de leite. Também não sou apreciadora de ovos, motivo pelo qual raramente tenho que me debater com o drama das sobremesas. Só isso já me rende uns bons quilos a menos, já que a doçaria portuguesa é baseada essencialmente nesses dois ingredientes, e no açúcar, o qual o meu organismo já só consegue suportar uma pitada e pouco mais.
Só para teres uma ideia, eu sou do tipo de pessoa que entra numa pastelaria com vontade de comer qualquer coisinha saborosa e sai de lá frustrada por não encontrar nada que lhe agrade verdadeiramente.
Feita a contextualização, eis os meus truques para comer de tudo e mesmo assim continuar a vestir o tamanho 34, aos 40 anos e sem por o pé no ginásio há quase um ano:
1 - Jejum de 24 horas uma vez por semana
2 - Pela manhã, água morna com ½ limão ou duas colheres de vinagre de cidra e mel
3 - Comer como uma rainha num dia e como uma plebeia no dia seguinte
4 - ½ taça de vinho tinto às refeições de garfo e faca
5 - Snacks caseiros à base de milho
6 - Iogurte e queijo sem lactose
7 - Pão, arroz e massa integral
8 - Panqueca de milho ao pequeno-almoço
9 - Sal das Himalais para condimentar
10 - Zero fritos em casa
11 - Zero açúcar branco em casa
12 - Zero açúcar em chás e infusões
13 - Zero bebidas açúcaradas
14 - Em casa, só peixe
15 - Batata doce ao pequeno-almoço
16 - Chá de louro para depois dos exageros
17 - Andar a pé e subir escadas sempre que possível
18 - Dormir entre 9 a 10 horas por noite
19 - Banho frio o ano inteiro
20 - Frutos secos nas horas em que a fome ataca
21 - Chocolate preto
22 - Fruta fresca sempre que possível
23 - Consumo limitado de alimentos processados
24 - 1,5 a 2 litros de água por dia
25 - Zero refogados
Por experiência própria posso atestar que a boa forma física depende essencialmente de pequenas rotinas, que, aliadas a um programa alimentar adequado ao estilo de vida de cada um, se revelam uma aposta ganha. Por acreditar que o corpo humano precisa de um pouco de tudo, não me privo de comer nada. Mesmo assim consigo manter um corpo magro, elegante e são. Isto porque como com peso e medida e contrabalanço uma asneira nutricional com uma opção saudável.
Até à próxima!
Viva!
A saúde – em todas as suas variâncias (física, mental, emocional e intelectual) – é algo que prezo por demais, até porque sem ela a pouco me saberia estar viva. É por isso que volta e meia tens que levar comigo a bater na mesma tecla: tens que te cuidar.
Várias razões me levam a insistir nesta questão de zelares pelo teu bem-estar. Primeira: quando cuidas da tua saúde estás a cuidar do teu bem mais precioso, o corpo. Segunda: quando és saudável não dás trabalho nem a ti nem a ninguém. Terceira: como esperas ser feliz se o teu corpo não o é? Quarta: se não tens cuidado com a tua própria pessoa, vais ter cuidado com quem/quê? Quinta: sem saúde, não há beleza, boa disposição ou alegria de viver que resista.
É suficiente ou preciso assacar outros tantos argumentos para te convencer que saúde é sinónimo de qualidade de vida? E por falar em qualidade de vida, convém relembrar-te que, salvo algumas exceções, ela passa indubitavelmente pelo estilo de vida que levamos. A própria ciência não se cansa de nos alertar para o facto de que os hábitos diários, ainda que pareçam inofensivos, têm-se assumido cada vez mais como um fator crítico da nossa saúde.
Viva!
Esta altura do ano – ainda para mais com esta vaga de frio que se faz sentir por estes dias – é sobejamente conhecida por ser uma autêntica incubadora de doenças, sobretudo as de natureza gripal. Talvez por ter nascido em território africano, talvez por ter tido a sorte de ter um sistema imunitário cinco estrelas, talvez por causa do meu estilo de vida e dieta alimentar ou talvez pela conjugação de todos estes fatores, é com todo o orgulho que me gabo de raramente (para não dizer nunca) adoecer.
Sequer consigo lembrar-me da última vez que tive uma mera constipação. Claro que ser fã incondicional do banho frio, de andar descalça pela casa, de dormir sem roupa e de molhar o cabelo todos os dias contribui em muito para toda esta insensibilidade a oscilações de temperaturas. Se a isso acrescentar o facto de, há mais de um ano, ter vindo a usar e abusar da massagem termoperatêutica baseada em calor infravermelho não há como não ter uma saúde à prova de tudo.
Porque a saúde é o nosso bem mais precioso e porque desejo que todos à minha volta sejam o mais saudável possível, partilho contigo uma lista com dez alimentos que faço questão de incluir na minha dieta alimentar, não só porque quero continuar a vestir o tamanho 34, mas sobretudo porque estou ciente dos seus inúmeros benefícios para o meu bem-estar físico. Ei-los:
1. Abacate
É certo que possui um alto teor de gordura, só que das saudáveis, daquelas com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, capazes de aumentar o colesterol bom e combater o mau. Este fruto apresenta ainda um alto teor proteico, vitamínico e triptofano, um aminoácido que trabalha na síntese da serotonina, a hormona do bem-estar. Além disso, é uma preciosa ajuda na hidratação da pele e dos cabelos e na melhoria da circulação sanguínea.
2. Aveia
Menina dos olhos dos nutricionistas, a aveia é um cereal muito completo, composto por cálcio, ferro, hidratos de carbono complexos, proteína, vitaminas, minerais e fibras solúveis, que promovem o bom funcionamento intestinal assim como a manutenção de níveis adequados de colesterol. Embora muito utilizada por aqueles que querem emagrecer ou cultivar um regime alimentar saudável, o seu consumo deve depender da quantidade que se consome e do balanço energético no final do dia.
3. Coco
Presença cada vez mais habitual na alimentação e na cosmética, este alimento pode ser consumido à vontade do freguês: como fruta, em água, em óleo, em manteiga, em iogurte, em farinha e até em açúcar. Apesar de igualmente calórica, o seu consumo é compensado pela enorme quantidade de minerais, vitaminas e propriedades antioxidantes. Só para teres uma ideia, a água de coco é extremamente diurética, contendo níveis elevados de potássio, zinco e manganésio.
4. Curcuma
Esta prima afastada do gengibre, também conhecida como açafrão-da-índia, possui propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antivirais, antibacterianas, antifúngicas e anticancerígenas, o que faz dela uma poderosa aliada na prevenção e no tratamento das doenças inflamatórias crónicas. Além disso, reduz as células de gordura acumuladas, inibe a absorção de colesterol mau, ajuda a equilibrar os níveis de açúcar, minimiza os efeitos dos excessos dos hidratos de carbono e mantém a saciedade.
5. Gengibre
Originário do Oriente, trata-se de um alimento termogénico, que por acelerar o metabolismo faz com que este gaste mais energia, promovendo assim a perda de peso. Esta raiz de toque picante é rica em propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e manganésio. Posso atestar que não há estado gripal que resista a chá de limão, com gengibre e mel. É a minha mistela diária logo pela manhã.
6. Microalgas
Excelentes fonte de ferro, zinco e selénio, assim como aminoácidos e proteínas, as microalgas são o hit do momento no que toca a suplementos alimentares. A spirulina, a par da chlorella, é a mais cobiçada de todas. Isto porque fornece uma dose generosa de vitaminas (A, E, K e complexo B), ferro e clorofila. Para além disso tem propriedades anti-inflamatórias e estimuladoras do sistema imunitário.
7. Queijo Quark
Cada vez mais popular pelas terras europeias, este alimento é produzido a partir do leite de vaca assumindo uma consistência bastante cremosa e de sabor ácido, fazendo lembrar o iogurte. Entre os seus principais benefícios destacam-se a riqueza em cálcio (que favorece a boa saúde óssea), o baixo teor de gordura (há versões 0%), em contraste com o elevado teor proteico. Tudo isso faz com que seja muito apreciado pelos desportistas, em especial aqueles que querem aumentar a massa muscular.
8. Quinoa
Base da alimentação andina há mais de sete mil anos e muito apreciada pelos vegetarianos e intolerantes ao glúten, a quinoa vai conquistando o seu lugar na gastronomia europeia, muito em parte devido ao seu enorme valor nutricional, já que possui 14% de proteínas, é rica em aminoácidos essenciais (os que só se costumam encontrar na carne, no peixe, nos ovos, no leite ou na soja), em vitaminas (A, B6, B1, E e C), minerais (cálcio, fósforo, cobre, magnésio, cloro e zinco) e ácidos gordos.
9. Sementes
Por serem muito gordurosas, devido à sua abundância em ómega 3, vitamina E, magnésio, fósforo, potássio, cálcio e ferro, devem ser consumidas com peso e medida (até duas colheres de sopa por dia). Ricas em fibras, gorduras saudáveis e cálcio, o seu maior benefício talvez seja o bom funcionamento dos intestinos. O ideal é misturar diferentes tipos (por exemplo, abóbora, sésamo, chia, girassol e linhaça) com iogurte, saladas, refogados, arroz e até sopa.
10. Trigo sarraceno
Esta semente, que é na verdade um fruto, é biológico por natureza, já que cresce sozinho (sem precisar de pesticidas), ao mesmo tempo que enriquece os solos. De fácil preparo e bastante versátil, serve na perfeição como substituto do arroz ou outro cereal e até ser usado no lugar da farinha. Uma chávena dele fornece 34% da DDR de magnésio (mineral essencial para a saúde muscular), ao mesmo tempo que ajuda a prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes, devido à sua ação nos níveis de açúcar no sangue.
Como pudeste constatar, meu bem, manter as doenças longe da nossa vida é algo que está ao alcance da nossa vontade e da nossa carteira. Só depende de ti fazer por isso.
Ora viva!
Já aqui partilhei que, de há uns meses para cá, tenho praticado jejum semanal, em que, durante 24 horas, ingiro apenas substâncias líquidas: água, água de côco, chás e infusões. Por ser o dia inteiramente dedicado à minha pessoa (faço spa caseiro, durmo mais horas, não saio de casa, não realizo qualquer afazer doméstico, não escrevo e não me conecto com o mundo digital), o domingo ficou instituído como Dia D (Dia de Detox).
Uma coisa é passar o dia no sofá – a dormir, a ver tv, a ler ou a jogar – de estômago vazio. Outra bem diferente é estar na rua à mercê das tentações gastronómicas ou na companhia de terceiros que não cultivam tal hábito. Daí que, nem sempre consiga manter-me absolutamente fiel a esta prática. À parte isso, sempre que me é possível no primeiro dia da semana faço uma desintoxicação ao meu organismo.
E não penses que o que me move é a perda de peso, até porque não tenho o que perder. Move-me querer um estilo de vida mais saudável, logo mais sustentável. Pelo que tenho apreendido das informações que vou recolhendo em palestras, artigos e relatos, estar algum tempo sem receber alimentação sólida faz com que o organismo humano encete um reset dos seus órgãos.
No meu caso, o efeito mais imediato é a redução do perímetro abdominal. O meu ventre é satisfatoriamente plano, mas às segundas-feiras – the day-after jejum – ele costuma atingir valores dignos da minha adolescência. Igualmente notório é o facto da face ficar com uma melhor aparência (tenho pele oleosa com tendência acneíca) e os intentinos assumirem cidadania britânica, ou seja, funcionarem com uma pontualidade irrepreensível.
Por mais que recomende tal procedimento, longe de mim querer impô-lo aos outros. Contudo, não posso deixar de reparar que quando falo disso a maioria das pessoas reage como se eu tivesse sido acometida de uma privação momentânea de sensatez. A esses e a todos os outros que ainda não detêm muita informação sobre o assunto, deixo aqui o parecer de uma especialista brasileira em metabolismo humano.
"Jejuar é uma prática milenar e as suas motivações passam pela purificação espiritual, pelo emagrecimento e pela autodisciplina. Com o aumento de reportagens acerca do tema e do número de celebridades que aprovaram a dieta, houve um retorno dessa prática. Apesar de parecer moda, esta dieta é bem mais séria do que se imagina. O novo jejum intermitente é um tipo de jejum programado que surge com o intuito de melhorar a saúde e não a estética. Pode ser definido pela privação parcial ou total de alimentos em intervalos", considera Flaviane Calônego.
Esta especialista explica ainda que a vantagem é fazer com que a pessoa encare melhor a reeducação alimentar. "Segundo investigadores americanos do National Institute of Health e da University of Southern Califórnia, esse jejum promove ainda uma maior longevidade, pois reprograma o metabolismo, bem como as suas vias de resistência. Os seus reais benefícios à saúde são a maior oxidação ou queima de gordura, a diminuição de colesterol mau (LDL), a redução dos níveis de insulina, a redução do stress oxidativo, a melhoria da mobilidade intestinal, a diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial e a redução de apetite e desejos por doces. Além disso, a dieta atrasa o envelhecimento e previne doenças como a obesidade", completa.
Diferente do que muitos acreditam, o jejum intermitente não causa anorexia nem perda de massa muscular, isto, claro, quando bem orientado. Esta dieta pode, pelo contrário, aumentar o nível de massa magra do corpo, melhorando a composição corporal, uma vez que eleva a produção de hormonas de crescimento (gH).
Porém, nem todos os organismos se adaptam bem a este regime alimentar, pelo que se recomende acompanhamento profissional. Penso que está tudo dito, pelo que me despeço com aquele abraço amigo e votos de uma vida mais saudável, seja qual for a(s) prática(s) que adotes.
As alergias, ah estas indesejáveis inquilinas que se instalaram no meu organismo, sem contrato e sem caução, com a clara intenção de por cá se deixarem estar por tempo indeterminado, não dando mostras de pagar um cêntimo de renda. É sobre um certo tipo delas - as intolerâncias alimentares - que hoje escrevo, pois quisera eu, aquando dos primeiros sintomas, ter encontrado quem comigo partilhasse os seus dramas alimentares.
Vamos lá então falar sobre alguns sinais que o nosso corpo dá, com o claro propósito de nos alertar de que alguma coisa o está a incomodar. Pelo que tenho vindo a aprender sobre o assunto, as intolerâncias alimentares podem surgir do nada, de um momento para o outro e sem qualquer razão aparente. Há quem tenha nascido com elas e há quem (como eu) as desenvolva no decurso da vida.
Por intolerância alimentar (igualmente conhecida como alergia tardia, hipersensibilidade alimentar ou alergia tipo III) entende-se reações não tóxicas, as quais podem ser causadas por alimentos reconhecidos como estranhos pelo organismo, levando a reações mediadas.
Esta sensibilidade, a um ou vários alimentos, pode manifestar-se até 72 horas depois deste(s) ingeridos. Dado que os seus sintomas não acontecem de forma imediata, como os da alergia, pode levar desde alguns minutos até dias para aparecerem, o que dificilmente leva a uma associação de causa-efeito.
Qualquer pessoa pode desenvolver intolerância a qualquer alimento, principalmente se o mesmo for consumido em grandes quantidades e ao longo de muitos anos. Uma alimentação repetida e pobre poderá resultar em intolerâncias alimentares.
Segundo a médica naturopata e especialista em problemas de pele, Nigma Talib, autora do livro Reverse the Signs of Aging, as reações que provocam a intolerância alimentar podem não ser imediatas e drásticas, mas contudo afetar, pouco a pouco, a tua saúde, inclusive a envelhecer-te descaradamente.
Vejamos então alguns dos mais comuns sinais de intolerância alimentar:
Na pele: borbulhas, olheiras, dermatite, rosto inchado, pigmentação, envelhecimento precoce, papos nos olhos, eczema.
No sistema digestivo: inchaço e dores abdominais, obstipação, diarreia, flatulência.
Na saúde em geral: tosse, dores de cabeça, comichão nos olhos e boca, dores nas articulações, falta de energia, enxaquecas, mudanças de humor, dificuldade em concentrar-se, nariz entupido ou a pingar, espirros, aumento de peso.
Se desconfias que tens alguma intolerância, a primeira coisa a fazer é encetar um registo escrito de tudo aquilo que comes (inclusive condimentos e especiarias) e bebes. Sobretudo, novos itens que adicionaste à tua dieta alimentar. É a maneira mais fácil de detetares padrões e descobrires o que te anda a provocar o mal-estar.
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