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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

24
Mai21

feedback-1977986_1920.jpgViva! ✌️ 

Para hoje proponho desconstruirmos o tema da live de sábado, 'A toxidade por detrás dos comentários', a qual foi bem interessante e elucidativa. Quando ouvimos falar de pessoas tóxicas vem-nos imediatamente à cabeça a imagem de criaturas mal-intencionadas que - de forma deliberada ou não - contaminam os que estão à sua volta com a sua negatividade.

A existirem, são poucas as pessoas que assumem a sua toxidade, daí que seja deveras desagradável tomarmos consciência de que podemos ser nocivos à boa convivência social. O que nos escapa na maioria das vezes é que não precisamos ser tóxicos para manifestarmos comportamentos tóxicos, como é o caso dos comentários. Confusa? Já explico! 

Permite-me a minha experiência pessoal e profissional, catalogar os comentários tóxicos em dois grupos: espontâneos (os quais chamo de "maliciosos") e deliberados (os quais chamo de "maldosos"). Em relação a estes últimos, igualmente conhecidos como "comentários de ódio", tenho a dizer que são baseados em intenções obscuras, com a maldade a ser proferida de forma deliberada e indiscriminada. Visam estes magoar, ofender, desestabilizar, gerar caos e espalhar energias negativas. As pessoas por detrás deles, os "haters", fazem-no (quase sempre) escudadas pelo anonimato do ciberespaço, com o claro propósito de destilar veneno, espalhar o ódio e semear a discórdia.

Sobre este tipo de comentários falarei noutra oportunidade, que a intenção desta crónica é analisar apenas os "maliciosos", aqueles que são feitos de forma espontânea, geralmente desencadeados pela falta de empatia ou pouca sensibilidade da parte de quem as profere. A maldade por detrás deles - a existir - é sutil e por vezes inconsciente, daí que os outros sejam capazes de aturá-los durante um longo período de tempo, sem acusarem desconforto ou ressentimento. Na sua origem podem estar sentimentos como amargura, ressentimento, inveja, infelicidade ou apenas má educação.

Feita a contextualização dos dois tipos de comentários tóxicos que circulam por aí, eis quatro dicas para evitares a toxidade no teu palavreado:

1. Substitui o "não" por uma sugestão construtiva
Ao invés de dizeres a alguém que não pode ou que não deve proceder de certa forma, que tal fazeres uma sugestão? Dou um exemplo: um amigo que acaba de tirar a carta de condução diz-te que vai comprar um carro zero quilómetros. Sabendo tu da enorme probabilidade deste vir a ter um acidente, ou seja de o carro ir parar à sucata, que tal, ao invés de lhe dizeres que "não deve" comprar um carro novo, sugerires um em segunda mão, pelo memos até estar à vontade com a condução, que assim em caso de acidente o prejuízo será menor.

2. Reconhecer que estás num dia não
Naqueles dias de má disposição, em que só te apetece mandar tudo e todos à merda, o mais sensato é evitar interações e focar-te em ti. Mil vezes dizeres a alguém que não estás bem e que preferes ficar quietinha no teu canto do que saíres por aí a distribuir patadas e comentários ferinos, capazes de magoar ou até mesmo por em xeque a tua relação com os outros.

3. Na ausência de algo simpático para dizer, fica calada
Não é à toa que se diz que a palavra é de prata e o silêncio de ouro, Com isso quero lembrar-te que a ter que fazer uma comentário desagradável, mais vale não fazer nenhum. A vida já é cheia de negatividade, pelo que comentários tóxicos são perfeitamente dispensáveis. Se sentires que tens mesmo que dizer algo pouco abonatório, ao menos tenta suavizar o discurso de maneira a não constranger, muito menos humilhar, o outro.

4. Na dúvida, perguntar se gostarias de ouvir tal coisa
Quando não tens a certeza de que o que vais dizer será bem acolhido, pensa se gostarias que alguém te dissesse o mesmo. Não existe estratégia mais eficaz do que esta para por travão à toxidade nas nossas palavras ou atitudes. A postura de "não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti" cai sempre bem e aplica-se a todas as esferas da coexistência humana.

Termino realçando que todos nós, em algum momento da vida, fomos, ou podemos ser, tóxicos. Basta um dia mau, uma pessoa mal encarada ou um acontecimento estúpido para despoletar em nós sentimentos nefastos, muitas vezes verbalizados através de comentários tóxicos. O importante é saber reconhecer os sintomas e intervir a tempo de evitar males maiores.

Aquele abraço amigo e até quarta!

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