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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva! 👋
De uma conversa com uma amiga de uma amiga surgiu a inspiração para esta crónica. Ontem, durante um papo de gajas, sobre gajos, veio à baila o termo 'Tinderella', que admito nunca antes ter ouvido. De acordo com a sua autora, uma brasileira que se assume - sem pudor nem bazófia - frequentadora assídua do Tinder, 'Tinderellas' são as mulheres que andam pela aplicação à procura de amor, mesmo sabendo que aquilo "é uma porcaria" (palavras da própria, com as quais concordo plenamente).
Para a Larissa (assim se chama ela), não devemos desistir do amor e se a alternativa viável é o Tinder que seja então o Tinder. Não é novidade para ti que eu também sou consumidora deste produto, ainda que com uma regularidade cada vez mais esporádica. Não gosto, nunca gostei e não me vejo a vir a gostar do Tinder. Tudo ali é demasiado hardcore para uma romântica da velha guarda como eu.
Sentimentalismo à parte, o facto é que volta e meia lá dou uma espreitadela, apenas para limpar as vistas (ou não). Por exemplo, há pouco recebi a notificação de uma nova correspondência. Não resistindo à curiosidade, e já que estava a fazer tempo para arranjar as unhas, lá acedi à app, mas como o match não enviou mensagem, fui à minha vida.
Para mim, a parte pior deste tipo de "interação amorosa" prende-se com o facto de os pretendentes não tomarem a iniciativa de meter conversa e quando o fazem esta resume-se a monossílabos ou diálogos tão espaçados no tempo que a dinâmica da conversa, e o interesse, acaba por esvair-se no vazio da superficialidade do próprio conceito. Não há paciência!
Como não sou apreciadora de fast foda, não sinto que esteja a perder grande coisa. Já instalei e desinstalei a aplicação tantas vezes que mais vale deixá-la estar e encará-la como mero instrumento de pesquisa para o blog. Porque sentimento real e verdadeiro não estou a ver-me a encontrá-lo nessa aplicação, ainda que tenha conhecimento de umas quantas estórias que começaram por lá e tiveram um final feliz.
Na busca pelo amor, entre o real e o virtual, fico-me pelo primeiro. Nada como ver com os próprios olhos, ouvir a voz, sorrir, tocar, cheirar... Antes de terminar esta reflexão, quero confessar que estou de olho num rapaz lá do ginásio. Again! Ao menos, desta vez consegui reunir coragem suficiente para passar do "olá, tudo bem" da praxe e enceter uma conversação com algum conteúdo. Até tomei a iniciativa de o seguir no Instagram, vê lá tu. On va voir qu'est-ce que va se passer à l'avenir (vamos ver o que vai acontecer no futuro).
Beijo na vida e alegria nos próximos dias, que para a semana cá estarei para mais um papo amigo. Au revoir!
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