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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! 🖖
Bem sei que tinha prometido regressar no feriado. Também sei que à palavra dada não se falta. Ainda assim, não consegui. Estava tão cansada, que simplesmente decidi não ligar o computador e passar o dia no sofá a ver episódios atrás de episódios de Lei & Ordem - Unidade Especial.
Também sou filha de Deus e só eu sei o quanto precisava desse momento de dolce fare niente. Como penitência, eis-me a escrever-te num domingo, ainda que só vás ler este post na segunda-feira. Perante a perspetiva de (mais) uma semana intensa pela frente, não me resta outra opção que não seja adiantar trabalho, e se tiver que fazê-lo em dia sagrado, que seja.
Preâmbulo feito, estou aqui para te dizer que se já estava difícil encontrar o amor, a busca agora exige cada vez mais recursos financeiros. Além de um significativo aumento no valor das subscrições em quase todas as aplicações de encontro, o Tinder, provavelmente a mais popular de todas, acaba de lançar uma oferta destinada àqueles que querem a todo o custo - literalmente falando - encontrar a sua felicidade amorosa. De facto, só um querer muito grande para os fazer despender quase meia centena de euros por mês.
A recém-lançada subscrição é para aqueles que não querem mesmo perder a oportunidade de conversar com outros utilizadores — mesmo que não tenham dado match. Ou seja, se antes só podíamos meter conversa com quem tivesse gostado de nós, o utilizador que tiver aderido a essa modalidade já pode contactar com o seu crush mesmo sem haver reciprocidade de interesse.
Lançado no passado dia 22 de setembro e disponível para menos de 1 por cento dos utilizadores, os "extremamente ativos", de acordo com a empresa, o plano Select custa cerca de 470 euros por mês. Para além de poderem enviar mensagens a pessoas com as quais não chegaram a fazer match, os que aderirem a este plano premium vão poder aceder ao modo de pesquisa VIP para que outros utilizadores possam ver o seu perfil após o swipe right (movimento que significa que está interessado na pessoa).
Os utilizadores elegíveis irão receber um convite do próprio Tinder para poderem aceder ao Select. Os perfis em causa têm de cumprir algumas exigências, como uma fotografia verificada, uma biografia, cinco interesses, pelo menos quatro fotografias no perfil e detalhes sobre o tipo de relação que procuram.
É, meu bem, a procura por um amor que valha a pena está-se a tornar uma aventura cada vez cara para quem busca e lucrativa para quem facilita essa busca. Para quem tem muitos dígitos na conta, as possibilidades acabam de aumentar com este novo serviço pago do Tinder. Para aqueles cujo saldo bancário tem mais zeros à esquerda do que à direita, a esperança continua a residir na sorte, a quem cabe sempre a última palavra em matéria de amor.
Despeço com aquele abraço amigo de sempre!
Viva! 👋
De uma conversa com uma amiga de uma amiga surgiu a inspiração para esta crónica. Ontem, durante um papo de gajas, sobre gajos, veio à baila o termo 'Tinderella', que admito nunca antes ter ouvido. De acordo com a sua autora, uma brasileira que se assume - sem pudor nem bazófia - frequentadora assídua do Tinder, 'Tinderellas' são as mulheres que andam pela aplicação à procura de amor, mesmo sabendo que aquilo "é uma porcaria" (palavras da própria, com as quais concordo plenamente).
Para a Larissa (assim se chama ela), não devemos desistir do amor e se a alternativa viável é o Tinder que seja então o Tinder. Não é novidade para ti que eu também sou consumidora deste produto, ainda que com uma regularidade cada vez mais esporádica. Não gosto, nunca gostei e não me vejo a vir a gostar do Tinder. Tudo ali é demasiado hardcore para uma romântica da velha guarda como eu.
Sentimentalismo à parte, o facto é que volta e meia lá dou uma espreitadela, apenas para limpar as vistas (ou não). Por exemplo, há pouco recebi a notificação de uma nova correspondência. Não resistindo à curiosidade, e já que estava a fazer tempo para arranjar as unhas, lá acedi à app, mas como o match não enviou mensagem, fui à minha vida.
Para mim, a parte pior deste tipo de "interação amorosa" prende-se com o facto de os pretendentes não tomarem a iniciativa de meter conversa e quando o fazem esta resume-se a monossílabos ou diálogos tão espaçados no tempo que a dinâmica da conversa, e o interesse, acaba por esvair-se no vazio da superficialidade do próprio conceito. Não há paciência!
Como não sou apreciadora de fast foda, não sinto que esteja a perder grande coisa. Já instalei e desinstalei a aplicação tantas vezes que mais vale deixá-la estar e encará-la como mero instrumento de pesquisa para o blog. Porque sentimento real e verdadeiro não estou a ver-me a encontrá-lo nessa aplicação, ainda que tenha conhecimento de umas quantas estórias que começaram por lá e tiveram um final feliz.
Na busca pelo amor, entre o real e o virtual, fico-me pelo primeiro. Nada como ver com os próprios olhos, ouvir a voz, sorrir, tocar, cheirar... Antes de terminar esta reflexão, quero confessar que estou de olho num rapaz lá do ginásio. Again! Ao menos, desta vez consegui reunir coragem suficiente para passar do "olá, tudo bem" da praxe e enceter uma conversação com algum conteúdo. Até tomei a iniciativa de o seguir no Instagram, vê lá tu. On va voir qu'est-ce que va se passer à l'avenir (vamos ver o que vai acontecer no futuro).
Beijo na vida e alegria nos próximos dias, que para a semana cá estarei para mais um papo amigo. Au revoir!
Viva!
Por falar em Tinder, deixa-me contar-te sobre uma conhecida minha que acabou grávida de um gajo que conheceu através desta app. Pelo que soube, eles estiveram juntos uma única vez e foi quanto bastou para que, nove meses depois, ela tivesse nos braços o seu Tinder Surpresa.
Para resumir, que ainda tenho muito para escrever, esta estória termina no tribunal, com ela a assinar um documento onde se compromete a nunca reclamar nada do pai (pensão/herança/presença) e ele a assinar um outro documento abrindo mão de todo e qualquer direito sobre a criança (guarda parental).
À luz deste caso, e tendo em consideração um número cada vez mais alarmante de corações partidos à conta de apps e sites de engate, sinto-me impelida a puxar da palmatória e a endurecer o discurso. Estimadas carentes, ingénuas, desesperadas e românticas incuráveis parem de uma vez por todas com essa fantasia de que vão encontrar o amor das vossas vidas nessas plataformas. Lamento dizer, mas isso dificilmente vai acontecer. E para não achares que estou para aqui a disparar disparates, passo a explicar porquê.
Ponto 1
O Tinder é sobejamente conhecido por ser uma app de encontros sexuais. Com isso quero dizer que o amor não faz parte da ementa. É como ires ao McDonald's e esperares que te sirvam peixe grelhado no carvão.
Ponto 2
Não encontramos o amor, é ele que nos encontra. Por isso procurá-lo, ainda mais nesse tipo de lugar, é puro desperdício.
Ponto 3
Volta e meia, ouvimos falar de uma ou outra estória de amor que começou na rede e fincou na vida real. Para tua informação, elas são a exceção que confirma a regra. A não ser que sejas a personagem Gastão dos quadradinhos da Disney esquece lá isso de encontrar a tua cara-metade por aqueles domínios.
Ponto 4
Neste tipo de metragem o argumento é quase sempre o mesmo: mulheres carentes à procura de emoção e homens esfomeados à procura de alimentação. Logo, expectativas desencontradas que findam em desilusões amorosas.
Ponto 5
Os homens sabem muito bem ao que vão quando acedem a esta app. Ninguém vai lá parar por acaso nem por lá permanece à toa. Por isso, não tenhas ilusão de que a presença deles aí é por outra coisa que não o sexo.
Ponto 6
Com base em vários testemunhos, fiquei a saber que uma mulher que se conhece por esses meios não é para ser levada a sério, menos ainda se ela "facilitar a vida" ao match no primeiro encontro. Por mais que a sociedade se orgulhe de estar a evoluir, a mente masculina ainda é muito castradora em relação à emancipação sexual feminina. Os homens acham o máximo uma mulher liberal; para dar umas voltas. Porque quando se trata de assumir e apresentar à família e pessoas das suas relações, escolhem as amostras de beatas, de quem as sogras possam orgulhar-se.
Ponto 7
O Tinder, mais do que qualquer outra app que eu conheça (e conheço quase todas), é um catálogo online de comida humana, em que cada um escolhe o prato que mais apetite lhe despertar: étnico, internacional, tradicional, exótico e por aí fora. Só têm que escolher, com a vantagem de que não pagam absolutamente nada – vá, um jantar com sorte ou a conta do motel.
Ponto 8
Os homens que usam o Tinder já lá chegam com a mente formatada para seguir o protocolo – aceder, escolher, fazer o match, encontrar-se, "comer" e ir à vidinha dele. Até ter fome novamente. Eles não estão nem aí para o facto de seres uma mulher encantadora na vertical; o que querem realmente saber é quão útil podes ser na horizontal.
Ponto 9
Eu, solteira de longa duração, mais do que ninguém sei o quão pesado pode ser o celibato. Mas caramba, tens mesmo que abrir mão da tua dignidade só para teres um macho na tua vida? Não mereces ser tratada como algo mais que mero objeto sexual à mercê da luxúria alheia?
Ponto 10
Se queres mesmo muito encontrar um tipo porreiro que te valorize como mulher e ser humano, esquece o virtual e investe no real. Vai para a rua meter conversa com quem te possa olhar nos olhos e dizer-te o quanto és importante para ele. Eu sei que é difícil, mas deve existir algures um homem que te possa tratar como algo mais que comida, a que ele só deita a mão para saciar uma das suas necessidades biológicas mais primitivas.
Se, do fundo do teu coração, sabes que só queres dar o corpo ao manifesto a custo zero então o Tinder é sítio certo para ti. Se não for esse o caso, poupa-te a ti mesma um mais que provável desgosto amoroso e um desgaste sentimental perfeitamente dispensável.
Vai por mim, o Tinder não é para amadores muito menos para românticos; é para predadores. Não é para os que buscam viver o amor, mas para os que buscam fazer amor. Ali não há romance, apenas sedução. Não há emoção apenas tesão. Não há encanto apenas ansiedade. Ali vale tudo, exceto esperar amor.
Até breve e nada de Tinder !
Viva!
Era uma vez uma princesa chamada Kimberley. A Kimberley tinha 24 anos e, tal qual a maioria dos mortais, ansiava por encontrar a sua cara-metade. Como esta tardava em dar o ar da sua graça, a nossa heroína decidiu partir em busca dele. Na sua aventura passou por vários sites e apps, até ir parar aos domínios do Tinder, onde se cruzou com vários pretendentes. Houve um que a cativou mais que os outros; ao ponto de decidir aceitar o seu convite para um encontro, encontro esse que correu tão bem que acabou promovido a jantar.
O que parecia prestes a desabrochar num segundo date, acabou confinado a um silêncio ensurdecedor, já que o mancebo nunca mais deu sinal de vida. Até que, três meses depois, adentra pelo telemóvel da Kimberley uma mensagem do "ghosting" com 15 recomendações que ela deveria seguir se quisesse voltar a desfrutar da doce fragrância da sua presença.
Qual não foi o choque e a estupefação da nossa jovem ao ver isto:
Para quem não está muito à vontade com o inglês (como eu), fica aqui a tradução:
1. Se perdesses seis a 12 quilos ficarias incrível;
2. És muito pálida. Sei que não gostas muito de apanhar sol, mas um pouco de bronzeador não te faria mal nenhum;
3. Como até tens mamas grandes, deverias mostrar um pouco mais do teu decote;
4. Penso que deverias usar roupas que se adequem mais ao teu tipo de corpo. Deverias também atualizar um pouco o teu estilo para que eu não me sinta embaraçado quando andar contigo na rua;
5. Devias pintar o teu cabelo de uma cor mais normal e fazer extensões. O cabelo comprido é mais sexy;
6. Devias ter um ar mais natural e por isso devias deixar de usar maquilhagem. Arranja-te de forma a que fiques com um ar decente, mas não exageres;
7. Como os teus lábios descaíram, devias voltar a fazer um preenchimento. Eu sei que te arrependeste de o teres feito antes, mas o enchimento dos lábios dá-te um ar mais sexy;
8. Precisas de ser mais confiante. A confiança é sexy!;
9. O facto de quereres ir devagar fez-te parecer pudica. Além disso deverias ser mais sensível para com os sentimentos dos outros pois o facto de não me teres dado um beijo magoou o meu ego;
10. Quando nós comemos, eu reparei que pediste uma salada, mas pedires uma cola normal é ingerires mais calorias que não precisas;
11. Devias contar o mínimo possível de detalhes sobre o teu passado. Eu não estou minimamente interessado em saber nada sobre o teu passado nem por aquilo que passaste;
12. Pareceste-me um pouco reservada. Devias mostrar mais a tua personalidade;
13. Devias ter um melhor sentido de humor. Tu não te riste de nenhuma das minhas piadas;
14. Fizeste-me sentir mal quando te ofereceste para pagar. Parece que não percebeste que eu tinha dinheiro para pagar mesmo depois de te ter mostrado qual o saldo da minha conta bancária;
15. Não me fizeste nenhum elogio.
Poderia este texto ter sido importado diretamente da minha imaginação? Poderia, mas não foi. Esta estória é verídica e passou-se lá pelas terras de sua majestade. Uma situação tão inusitada (e bizarra) que a sua protagonista fez questão de partilhá-la com o cibermundo, que, por sua vez, não se coibiu de a viralizar, despertando assim a atenção de reputados sites de notícias, como, por exemplo, a Fox News, o The Sun ou o Daily News.
Moral da estória: príncipes encantados não existem, muito menos no Tinder!
Bom fim de semana!
Ora viva!
A crónica de hoje mais não é do que a partilha do testemunho da jornalista Raquel Costa, sobre um assunto freguês deste blog: relações amorosas versus sites/aplicações de encontros. Acerca disso, escreve ela o seguinte:
Sou uma frequentadora assídua de aplicações que promovem o conhecimento de pessoas com os mesmos interesses amorosos, vulgo apps de engate (desculpa, mãe, é verdade).
Para os menos versados nesta matéria, aplicações para telemóvel como o Tinder e o Happn funcionam desta maneira: aparecem no ecrã homens (ou mulheres, consoante os gostos de cada um) que estão nas imediações da zona onde nos encontramos. O nome, a idade, uma breve biografia (opcional) e uma quantidade variável de fotografias permite-nos fazer "sim" ou "não" no potencial candidato. Ao fazer "não", o indivíduo desaparece para todo o sempre do nosso alcance (cuidado com os dedos de manteiga!). Ao fazer "sim", inicia-se uma espera que pode demorar um segundo...ou para sempre.
É a espera pelo "match". O "match" significa que a outra pessoa também nos fez "sim" e que, a partir daí, já é possível estabelecer um diálogo.
Depois...começa o jogo.
A maioria das pessoas que está no Tinder procura companhia. Uns dizem que procuram sexo, outros um vago "conhecer pessoas". Mas a realidade é mais simples. Companhia, seja forma de uma relação física fugaz, de um café, de uma conversa.
Estou, de forma intermitente, nestas aplicações, há dois anos. Já contactei com todo o espectro de seres do sexo masculino: os casados e felizes, os casados e infelizes, os que estão em processo de separação (de fugir!), os solteirões inveterados. Os traumatizados, os descompensados, os que perderam qualquer réstia de sanidade e criam identidades falsas e vidas imaginárias. E, claro, pessoas normais.
O que temos em comum, homens e mulheres? Estamos sós. Estamos sós num mundo cheio de gente, sós em vidas cada vez mais preenchidas, com inúmeras solicitações profissionais, sociais, com tempo para tudo menos para o que é mais importante: a tarefa árdua, extenuante, nem sempre agradável de conhecer outra pessoa. Criar intimidade é um processo demorado, os intervalos do romance são tudo menos um mar de rosas e as apps de engate não nos dizem que a pessoa que está do outro lado também arrota, solta gases e tem mau acordar.
Este é o lado pessimista da situação.
O lado otimista e maravilhoso de ser solteiro/divorciado/disponível em 2017, na era das apps de engate, é este: temos a liberdade de escolher. Sabemos mais, esperamos mais. Queremos verdadeiramente ser felizes, embora nem sempre saibamos como lá chegar.
Se isso justifica continuar no Tinder? Justifica, pois!
Não obstante ter já dedicado uns quantos posts a esta temática, é sempre bom inteirar-nos da perspetiva alheia sobre o mesmo assunto. E este, devemos reconhecer, traduz-se num relato bem conseguido do que se passa no mundo das relações virtuais.
Um artigo da Ana Areal, autora do Sapato Nº 37, não poderia ser mais esclarecedor em relação aos benefícios do sexo na vida de qualquer ser humano. Dá uma olhadela e depois diz-me se confere ou não com a tua percepção.
"Andas mal-humorada e sem vontade de te divertires? Dói-te a cabeça e ainda invejas o corpo tonificado da tua vizinha, achando-te feia?! Então minha cara, o teu problema é falta de sexo. Todos já sabemos que o sexo faz bem à saúde e à mente. Mas queres saber exatamente a que é que o sexo faz mesmo bem? Então lê e começa a praticar.
Quilos a mais? Troca as dietas por prazer
Fazer sexo regularmente tonifica todos os músculos do corpo e queima as calorias em excesso acumuladas que vais ingerindo diariamente. Fica mais "boa" do que a tua vizinha.
Qual depressão, qual quê? Dorme sobre o assunto
O ato sexual liberta endorfinas no organismo e na corrente sanguínea, produzindo uma sensação de euforia e bem estar. Além disso, o sexo é o tranquilizante mais poderoso de todos. Chega a ser dez vezes mais eficaz do que todos os outros calmantes juntos.
Aspirinas para o lixo
Alivia as dores de cabeça com sexo. Fazer amor acaba com as dores de cabeça porque alivia a tensão que aperta os vasos sanguíneos no cérebro. Por isso, aspirinas para o lixo!
Sexo puxa sexo
É quase como quem faz desporto regularmente. Quanto mais fazemos mais queremos fazer. Um corpo sexualmente ativo, produz maior quantidade de feromonas, para o caso, uma espécie de perfume natural, que em contato com o sexo oposto deixa-o totalmente excitado.
Anti-histamínico natural
O sexo é um autêntico anti-histamínico natural, pois está provado que alivia a asma e a febre do feno.
Esquece os problemas de pele
Sabias que se fizeres sexo se reduzem as probabilidades de sofreres de dermatites, manchas ou erupções cutâneas? É que o suor produzido durante o ato sexual limpa os poros da pele, tornando-a muito mais saudável e igualmente muito mais lisa e macia.
Queres cabelo mais brilhante e saudável? Faz sexo
Testes científicos descobriram que quando as mulheres fazem sexo produzem o dobro de estrogénio, o que torna os seus cabelos muito mais brilhantes e saudáveis.
Convencida?
Consegui convencer-te? Ou preferes continuar com a tua falta de humor, borbulhas, cabelo sem brilho, ataques de asma, depressão e a olhar de lado para a tua vizinha jeitosa do lado, em vez de a fitares com um sorriso na cara?"
Outrora, quando a minha vida sexual pautava-se por três (fartas) refeições diárias - uma logo ao acordar, para começar o dia cheia de genica, e duas à noite, o primeiro, aquela base, e o segundo apenas por uma questão de viciadessa de corpo - expressão crioula que significa vício - os meus músculos do abdómen eram visíveis a olho nú (sem nunca ter posto os pés no ginásio, diga-se de passagem), a minha pele era de uma maciez e luminosidade dignas de um anúncio da Shiseido, passava semanas sem sequer lembrar que os anti-histamínicos existiam (sofro de urticária crónica, alergia ao pólen, a certos bichos do mar, ao pelo dos animais e uma data de outras coisas), se me deixassem dormia 15 horas seguidas, nunca tinha dor de cabeça, o meu cabelo era uma coisa só, ria e sorria por tudo e por nada (à toa mesmo), a autoestima e o sex-appeal absolutamente fatais (encantava e conquistava sem fazer por).
Hoje em dia, debato-me com manchas na pele (que me custam uma fortuna para tratar); borbulhas assassinas que não me dão tréguas (com toda a certeza em grande parte responsáveis pelos fios de cabelos brancos e rugas de expressão); os abdominais são fruto de árduo trabalho no ginásio e mesmo assim não estão visíveis a olho nu; o Atarax e o Kestine são companhia dia sim, dia não; as horas de sono não ultrapassam as sete (e mesmo assim...); o cabelo está uma miséria; o mau humor insiste em querer boicotar a minha alegria e positividade inatas e a tesão encolhida mudou-se de armas e bagagens cá para a casa (e pelos vistos, sem dia nem hora para ir embora).
Tudo isso para dizer que não poderia ser mais verdade que o sexo é o melhor remédio para todo (e mais algum) mal. Assim como é facto empírico que o mal de muito mulherio que anda por aí destilando mau humor, amargura, veneno e frustração é precisamente a ausência dele (ou quiçá a fraca qualidade dele).
Despeço-me com um conselho amigo: motivos já tens, portanto se a oportunidade se propiciar, não te acanhes: come, repete, lambuza, lambe os beiços, arrota, faz a digestão e recomeça de novo, quando e quantas vezes quiseres. Para nós que estamos na inatividade ou na clandestinidade, façamos a nós mesmas o favor de providenciarmos logo logo um provedor de orgasmos, que a vida é curta, é bela e com sexo fica melhor ainda.
E depois desta, saio daqui direitinha para o Tinder!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.