Ora viva (novamente)!
Sei que já nos falamos hoje, mas acabo de deparar com algo que tenho mesmo que partilhar contigo. E tem que ser agora, pois há coisas tão fantásticas que se adiarmos, ainda que por um dia, perdem todo o encanto.
Refiro-me a duas iniciativas, registadas em vídeo, da campanha de sensibilização No es de hombres (Não é de homem), levada a cabo pelas autoridades mexicanas, no intuito de consciencializar os homens para a praga que é o assédio sexual de que as mulheres são diariamente vítimas nos transportes públicos.
Viral nas redes sociais, infelizmente esta diligência tem gerado muita polémica, sobretudo por parte do sexo masculino. Isto porque uma das ações deste marketing social consiste num banco em formato de homem com o pénis exposto, afixado numa das carruagens de metro da Cidade do México. Acima do banco pode ler-se o aviso: "Exclusivo para homens" e abaixo o texto: "É mau viajar aqui mas não se compara à violência sexual que as mulheres sofrem durante as suas deslocações no dia-a-dia".
Noutra parte da campanha, os rabos dos homens que esperavam por este meio de transporte subterrâneo foram exibidos nos ecrãs da estação, numa sequência de imagens que termina com a mensagem: "As mulheres sofrem isto todos os dias".
Era de se esperar que ELES se sentissem desconfortáveis, melindrados até, com algo nestes moldes, mas, a meu ver, só sentindo na pele o calvário porque passam todo o santo dia milhares de mulheres – que podem perfeitamente ser suas mães, namoradas, irmãs, esposas, primas, amigas, colegas, vizinhas ou apenas conhecidas –, não só no México, mas em qualquer ponto deste planeta.
Só é pena que os energúmenos que praticam estes atos infames estão nem aí para iniciativas destas, até porque a enfermidade patológica de que padecem é crónica e degenerativa.
Da minha parte, tenho a dizer que esta é uma das melhores campanhas do género de que já tive conhecimento, mais não seja pela sua componente didática, já que com ela fiquei a saber que os muchachos mexicanos são portadores de um derrière deveras apetecível.
Vivendo e aprendendo, meu bem...