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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva! 👋
Testei positivo ao SARS-CoV-2. Mais do que isso testei positivo no dia em que tomei a segunda dose da vacina e a menos de 24 horas de embarcar numa viagem que era suposto levar-me a uma nova vida. Não faço a mais pálida ideia sobre o local ou o momento em que fui contagiada. O que sei é que estou com o vírus no organismo e que tenho que cumprir com todas as indicações das autoridades sanitárias.
Como deves imaginar, muito tenho eu para te contar, o que vai acontecer já amanhã, altura em que conto terminar de escrever a crónica com o relato de mais esta aventura desta solteira aqui.
Até lá deixo-te com com aquele abraço amigo e a recomendação para tomares cuidado com esta doença, real e "apanhável" a qualquer instante.
Ora viva!
Hoje quero falar-te do sucesso. "Mas ela já falou dele tantas vezes, o que de novo poderá ter agora para dizer?", provavelmente é o que te está a passar pela mente neste preciso instante. De facto, já abordei este assunto várias vezes, mas esta será uma das poucas em que falarei na primeira pessoa, com um testemunho real.
Aprendi com a minha guru do bem e coach espiritual, a Isabel Soares dos Santos, que tudo à nossa volta é energia. Nós somos energia, o dinheiro é energia, o amor é energia, o sucesso é energia e por aí fora... Como energia, o sucesso emana naturalmente e flui livremente; desde que o saibamos ativar, obviamente! E é neste ponto particular que incide esta crónica.
Se hoje vibro nessa energia de sucesso é porque só agora a despertei dentro de mim. E dois fatores foram essenciais para esta minha nova realidade existencial: o despertar da consciência e o estar rodeada de pessoas certas. Não é à toa que a sabedoria popular crê que ao juntarmos-nos aos bons tornamo-nos um deles. Eu sou a prova viva disso e espero que esta minha partilha sirva para te inspirar ao ponto de ires atrás do "teu" sucesso, seja ele qual for.
Nasci e cresci em Cabo Verde no seio de uma família de classe média baixa, ainda que com alguma instrução. Fui educada para ser esposa, mãe, dona de casa dedicada e trabalhadora, caso o marido não pudesse providenciar o meu sustento. Em momento algum fui "formatada" para ser realizada, ou seja, para ter sucesso fora do lar. Quis o destino, fortemente condicionado pelo meu livre arbítrio, que renegasse essa sentença de vida, o que justifica que o êxito, fruto da conquista pessoal, me seja algo recente, embora inalienável. Como e quando se deu esse "despertar do gigante que há em mim", como diz Tony Robbins, o master do desenvolvimento pessoal?
Fazendo uma retropestiva do meu percurso pessoal e profissional, é-me de todo impossível identificar o momento exato em que se deu o clique. O que eu sei é que neste momento toda a minha essência (a tal tríade mente-coração-alma) vibra na energia do sucesso. Como tal, este tem-se manifestado de forma inequívoca e constante, tanto na minha vida como na daqueles que me rodeiam.
Para teres uma ideia do que estou a falar, dou-te um exemplo. Nos meus primeiros diretos no Instagram só consegui confirmar com as convidadas na antevéspera. Neste momento, já tenho a agenda do mês de abril fechada, já com a de maio em negociação. Sem querer desmerecer nenhum dos anteriores, aos quais serei eternamente grata por terem atendido ao meu apelo, é inegável que a importância/relevância dos meus convidados têm aumentado a olhos vistos. O painel da próxima sessão do 'Saturday Single Spot' é disso exemplo, assim como o do dia 22 de abril, em que vou contar com a presença de alguém que acaba de ser destacada pela Forbes como uma das quatro mulheres que lideram marcas promissoras no mercado bilionário e recém-distinguida com o prémio Ella 2020. E tudo isso aconteceu após o meu convite. Não quero com isto dizer que estas conquistas são mérito meu, longe disso, apenas que quando estamos a vibrar na energia certa, o sucesso materializa-se, contaminando tudo e todos ao nosso redor (desde que estejam pra aí virados, claro!).
O texto já vai para longo, mas ainda há margem para dar-te um outro exemplo. Fui convidada para ser oradora num encontro de mulheres de alto impacto em diversas areas de atuação. Adivinha qual vai ser o tema da minha intervenção. O sucesso, claro! Mas isso é tema para outro post.
Despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e o lembrete para a live deste sábado, a qual, além de homenagear a mulher criola, vai angariar fundos para uma associação solidária.
Hasta!
Viva!
Por esta altura do ano são inúmeros os media a fazerem um apanhado do que se passou em 2019. Também nós devemos fazer um balanço deste ano que caminha a passos largos para o seu término. No meu caso concreto tenho a dizer que foi um dos mais exigentes de sempre, cujo primeiro trimestre proporcionou-me as experiências mais traumáticas de toda a minha vida.
Vejamos (citando apenas os episódios mais relevantes, porque se for contar tudo o que me aconteceu nestes últimos 11 meses e 13 dias tão cedo não saimos daqui 🤦♀️):
Janeiro
O ano arrancou sob uma brutal carga de tensão, ansiedade e medo. Refiro-me ao ter ficado sem teto praticamente de um dia para o outro, sem falar do assédio de que fui vítima por parte de uma pessoa por quem tinha grande estima e consideração. À custa disso, deixei de dormir e de comer e esse estado de espírito repercutiu se me no rosto, com uma crise de acne aguda sem precedentes. Caso não estejas por dentro desse drama, deixo-te com o post que na altura escrevi dando conta do sucedido.
Fevereiro
Mal comecei a recuperar do episódio traumático de janeiro, eis que perco um dos dois trabalhos que tinha na época. Além do facto de ter sido dispensada por email, enviado às dez da noite de uma sexta-feira, dando conta que a partir da próxima segunda-feira ficaria sem trabalho, logo sem fonte de rendimento, o mais traumatizante foi a desconsideração total com que o assunto foi tratado. Depois de anos a vestir a camisola, onde sempre dei mais do que recebi, foi essa a paga que recebi. O facto de sequer terem tido a dignidade de me comunicar a cessação do contrato olhos nos olhos fez-me perder a confiança e o respeito naquela que é a representante máxima da minha pátria em Portugal.
Março
A crise dermatológica atingiu o seu apogeu, ao ponto de sentir vergonha em por o nariz para fora de casa. A depressão rondava-me sem dó nem piedade e só não conseguiu levar a melhor porque estava determinada em não deixar-me abater, não obstante todo o calvário porque passava. Poucas vezes vivenciei tamanho sentimento de solidão, desamparo e desânimo.
Abril
A morte do meu pai, vítima de um ataque cardíaco fulminante, e consequente cerimónia fúnebre, foi o culminar de um trimestre emocionalmente avassalador, em que experienciei os piores sentimentos que um ser humano é capaz. Sobre isso prefiro não me alongar muito, sob pena de reviver toda essa tragédia pessoal e familiar. Abril foi também o mês em que questionei como nunca dantes o propósito da vida e o conceito de felicidade e realização.
Maio, junho e julho
Estes três meses trouxeram a acalmia necessária ao meu estado de espírito para fazer o luto, curar as feridas, lamber as cicatrizes e recuperar a alegria de viver, numa lógica "um dia de cada vez". Foram tempos de (re)aprendizagem, introspeção, reflexão, ponderação e maturação. O desgaste psíquico-emocional foi tanto que o corpo acusou um cansaço físico até então desconhecido por mim.
Agosto
O melhor mês desde há muito muito tempo, durante o qual pude desfrutar de umas merecidas férias numa cidadezinha francesa aninhada nos Pirenéus, entre o país basco gaulês e o país basco espanhol. Foram semanas inesquecíveis, em que, conforme escrevi na altura, "nas cálidas águas do oceano atlântico banhei até mais não, em lagos chapinhei pela primeira vez, em rio molhei ineditamente os pés, em piscinas mergulhei, em florestas embrenhei, no alto-mar aventurei (à procura de golfinhos), no paddle e na gaivota iniciei, ao circo (finalmente) cheguei, ao zoo e ao oceanário turismei, fogo de artifício visionei, concertos assisti, a Espanha dei um saltinho, os Pirenéus atravessei e até à Cimeira do G7 dei uma espreitadela."
Setembro
O mês da rentrée não registou grande agitação, exceto o regresso ao ginásio, que obrigou o meu património genético, confortavelmente acomodado ao sedentarismo, a um esforço extra, do qual se ressentiu durante semanas. Fora isso, foi um período tranquilo, mas deveras solitário. A ausência de uma vida social ativa é um dos itens a dedicar especial atenção em 2020.
Outubro
Tirando o anúncio, of record, de que o AS estava novamente nomeado para melhor blog (não comercial) do ano, outubro não trouxe grande alteração à rotina do mês que lhe precedeu: casa-trabalho-ginásio-casa. Mal sabia eu que o melhor estaria reservado para o fim. Foi também neste mês que tive um sério percalço: uma sessão de depilação a laser mal sucedida que me deixou ambas as pernas serveramente queimadas.
Novembro
O mês que me viu nascer ficou marcado por momentos de intensas emoções, todas elas de alegria, orgulho e reconhecimento. Logo no dia 1, arrancou a corrida aos Sapos do Ano e na sua sequência conheci uma inédita exposição mediática que me rendeu sentimentos inversamente proporcionais aos do início do ano. Foram momentos de puro êxtase, em que vi reconhecido todo o meu talento, empenho e dedicação. Foi também nesse mês que foi dado à luz o meu primeiro projeto literário, no qual participei com a prosa Quisera eu ser como tu mulher, como te dei a conhecer neste post. Novembro terminou com o meu aniversário, em que proporcionei à minha pessoa uma estada de uma noite num hotel 5*, com direito a tudo o que o corpo e a alma precisam para saciarem a sua fome de bem-estar (leia-se, sauna, banho turco, hidromassagem, spa e afins).
Dezembro
Este último mês de 2019 trouxe de volta mais algum mediatismo, bem como a perspetiva (renovada) de um segundo Sapo do Ano. Pelo dia 17– data prevista para o anúncio dos vencedores – tenho aguardado com ansiedade e pensamento positivo. Dezembro impôs-me uma reflexão profunda sobre a minha relação com a entidade para a qual exerço funções há quase dois anos. E o balanço, a bem da verdade, não foi abonatório. Do nosso DR (discutir a relação) ficou claro que voltei a dar mais do que recebia. Por isso quando me propuseram renovar nas mesmas condições, não hesitei em recusar. Convicta de que é hora de recuperar o comando da minha vida, bem como a gestão das minhas prioridades, resolvi fazer-me (novamente) à estrada da vida, desta vez focada em tornar-me autora a tempo inteiro, não só deste blog, mas também de um novo projeto literário (desta vez a solo) no qual venho trabalhando há um ano, sem nunca ter encontrado tempo nem motivação para me dedicar a fundo. A hora é essa, e tanto assim é que consegui despertar o interesse de uma editora, a qual me convidou para uma reunião no início do ano.
Ciente que a extensão desta crónica ultrapassou há muito o recomendável, termino frisando o seguinte: por piores coisas que nos aconteçam nunca devemos perder a esperança, pois dias melhores virão; sempre. No meu caso, um ano que começou da pior forma está prestes a terminar em grande. Um ano que, a princípio parecia condenado ao fracasso, acabou por se revelar espetacular.
Espero de todo o coração que esta crónica reforce em ti a convicção de que, independentemente dos seus dissabores (que podem ser inúmeros, violentos e injustos), a vida vale sempre a pena. Por mais traumático que tenha sido o teu passado, por mais desafiante que esteja sendo o teu presente, o futuro pode ser surpreendentemente generoso para contigo. Queres melhor prova que este meu testemunho?
Vou ali gozar o fim de semana e já volto. Até lá fica com aquele abraço amigo de sempre!
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