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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ano novo vida nova, não é o que se costuma dizer? Mas de que adianta desejar uma vida nova se não formos capazes de deixar para trás tudo aquilo que não contribui para a nossa felicidade?
O post de hoje debruça-se sobre o perdão e o seu benefício para a nossa saúde física, mental e espiritual. Alimentar rancor, vingança ou ódio é o pior que podemos fazer a nós próprios. Perdoar, diz a ciência, faz-nos mais felizes e torna-nos mais saudáveis. Afinal, isso não é tudo o que queremos?
O perdão, tradicionalmente estudado pela filosofia e um dos tópicos prediletos da teologia, há muito que saltou também para o campo da psicologia e da ciência, sendo que esta última defende que perdoar é o melhor remédio.
A forma mais objetiva de definir perdão é como um processo mental que elimina ressentimentos ou rancores em relação a outra pessoa ou a nós próprios. Mas talvez a mais poética seja esta que Fred Luskin, o diretor do Stanford University Forgiveness Project propõe: perdoar é a experiência de poder estar em paz, independentemente do que aconteceu na nossa vida há cinco minutos ou há cinco anos. Perdoar não é esquecer, é viver tranquilamente com o que não se esquecerá. "Tal como é estudado na psicologia, é um ato de amor e compaixão para com alguém cujo procedimento nos magoou, mas também uma forma de nos libertarmos de sentimentos de vingança e ressentimento, que geram emoções negativas", considera a psicóloga Catarina Rivero.
Camarada de luta, companheira de dramas e aliada das batalhas diárias em busca da felicidade, proponho que neste novo ano façamos do perdão uma das nossas grandes prioridades. Perdoemos. Não o façamos pelos outros (o merecimento destes é o que menos importa a esta altura do campeonato), mas sim por nós: pela nossa saúde, pela nossa alma, pelo nosso coração, pela nossa paz de espírito, pela nossa confiança na humanidade. Por tudo. Por nada.
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