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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

31
Mar23

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Ora viva! 🖖

Que tal encerrarmos a semana com o tema mais quente do Ainda Solteira, aquele de que todos gostamos, por mais que digamos o contrário? Sim, é a esse mesmo que me refiro: sexo, o assunto best-reader de todos os posts e aquele que muito contribuiu para as três distinções como o melhor blog de Portugal nos anos 2020, 2019 e 2018.

O tópico de hoje tem a ver com uma dúvida que a todos atormenta: qual o tempo ideal para uma boa sessão de sexo? O ato sexual é pessoal e íntimo; como tal, difere de casal para casal, de circunstância para circunstância, de libido para libido, de local para local, de cultura para cultura, e por aí fora. O que é consensual em relação a ele é que é natural, benéfico e imensamente prazeroso.

Precisamente por isso desperta tanta curiosidade, concentra tanta expectativa, demanda tanta atenção. Inclusive da ciência, que, volta e meia, vem acrescentar um dado novo à temática. Desta feita, os cientistas quiseram descobrir a duração ideal de uma atividade sexual, até porque estamos numa era em que quase ninguém tem tempo para nada, nem mesmo para a mais agradável de todas as atividades humanas.

A verdade é que não existe um número consensual, pelo contrário, as opiniões dividem-se. Ora vejamos. Da análise das  relações sexuais de 500 casais heterossexuais de cinco países (Espanha, Holanda, Reino Unido, Turquia e Estados Unidos), um grupo de cientistas da Utrecht University, dos Países Baixos, chegou à conclusão que uma relação sexual satisfatória deve durar em média 5,4 minutos.

Atenção que os preliminares não constam da equação, ou seja, este número refere-se apenas ao tempo entre o início da penetração e a ejaculação masculina. Já a terapeuta sexual Holly Richmond defende que nove a 12 minutos é o tempo que uma relação sexual deveria durar, em média. 

Agora que já fiz a boa ação do dia, satisfazendo mais uma curiosidade tua, retiro-me de cena com o sentimento do dever cumprido e sinceros votos de um excelente fim de semana. De volta estarei na segunda-feira para mais um papo amigo. Beijo em ti! 💋

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10
Mar23

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Ora viva! 👋

Começamos a semana com amor, que tal terminá-la com paixão, ou seja, com algo muy caliente, capaz de te libertar da rotina e dar uma incrementada na tua vida sexual (caso tenhas uma, obviamente!). É, meu bem, hoje vou apresentar-te uma dúzia de ideias para passares de sexo bom ou satisfatório para sexo espetacular, inesquecível mesmo. Prepara-te que vem aí conteúdo altamente erótico, capaz de ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis. Se calhar deveria acrescentar bolinha vermelha 🔴 a este post 😉.

"Dê um novo alento à sua relação, ao acabar com a ideia de que o sexo tem de ser sempre igual. Desprenda-se de preconceitos, tabus, receios ou vergonhas, porque a intimidade é para ser vivida de forma livre e criativa", aconselha Irina Marques, especialista em sexologia educacional e diretora da Flame Love Shop, uma marca portuguesa de artigos para a sexualidade.

"Ser diferente no sexo não significa que existe um problema, obviamente com exceção do que não é saudável ou implique algum tipo de transtorno. Se assente no diálogo, na confiança e no mútuo acordo, as práticas "kinky" (ou excêntricas) podem ser uma boa oportunidade para quem está à procura e quer explorar novos caminhos na sexualidade. Podem ser muito benéficas para o casal", acrescenta Irina Marques. 

Como tal, propõe estas 12 ideias 'fora da caixa':
1. King Out
"Explore todas as possibilidades do sexo sem penetração, dando foco às suas zonas mais sensíveis e àquilo que o/a excita verdadeiramente. O King Out é uma prática que tem ainda os benefícios de melhorar a comunicação e permitir o orgasmo a quem não o consegue da forma convencional."

2. Dogging
"Exibicionismo, voyeurismo ou swing, no dogging há um pouco de cada. Esta prática de fazer sexo em público, com desconhecidos, enquanto outros observam, pode ser um novo desafio para os casais mais liberais, com relações consolidadas e cúmplices."

3. Kokigami
"Criatividade é o que se impõe nesta arte ou jogo sexual japonês, que consiste em embrulhar ou disfarçar o pénis com origami, para depois ser oferecido ao/a parceiro(a). É uma forma de surpreender o outro com uma prenda 'picante' e bem especial."

4. BDSM, Shibari ou Kinbaku
"Descubra os prazeres de encarnar os papéis de dominador ou de dominado, através das práticas de bondage e disciplina, dominação e submissão, sadomasoquismo (BDSM). Descubra ainda o Shibari, a arte japonesa de amarrar alguém com cordas, e do Kinbaku, em que essa arte é associada a uma vertente mais emocional."

5. Encenações, objetos e disfarces
"Torne reais as fantasias do casal, ao entrar na pele de personagens e encenar diferentes histórias. Não se restrinja na criatividade, procure tudo o que possa tornar a experiência o mais real possível, entre objetos relacionados com o argumento e os disfarces que os aproximem dos personagens."

6. Estimulação com texturas
"Use e abuse de materiais com diferentes texturas, que possam trazer novas sensações. Penas, peles, seda e outros tecidos, algo mais macio ou áspero, húmido ou seco, vale tudo para obter mais prazer. E, se acrescentar uma venda, aumenta a sensação."

7. Filmes caseiros
"Se está preparado(a) para ser protagonista, talvez seja a altura de pensar em produzir o(s) seu(s) próprio(s) filme(s) caseiro(s). Viva toda a emoção de criar o argumento, os personagens e a ação, de preparar e filmar cada ângulo, e, depois, de assistir à história em tela grande." 

8. Menu erótico e sexual
"Crie a sua própria ementa erótica e sexual, e ofereça ao/a seu/sua parceiro(a) a oportunidade de experimentar novas "iguarias". Tal como um menu de restaurante, dê nome às opções e descreva, de forma criativa, o que as compõem. Depois, é só saber o que o outro vai querer como 'prato do dia'."

9. Strap-on
"Este brinquedo, que consiste num género de cinto com um dildo ou vibrador acoplado, destina-se à penetração e pode ser utilizado por ambos os sexos. Se o seu companheiro está renitente sobre esta prática, é importante dialogar e ir devagar."

10. Swing, trios, grupos e bonecos
"Trazer novos elementos para a intimidade pode ajudar a sair da rotina e garantir mais emoção. Se estiverem preparados, podem descobrir a troca de casais e o sexo a três ou em grupo. Para quem não quer ir tão longe, os bonecos sexuais trazem novas possibilidades."

11. Jogos de comida
"A comida está ao lado dos prazeres carnais, por isso não descure também esta opção para apimentar a relação. Leve para a intimidade as sensações frias, quentes ou à temperatura ambiente de gelados, chocolate, natas, mel, ostras ou frutos."

12. Brinquedos, máquinas e aparelhos
"As máquinas e a tecnologia ajudam-nos em muitas dimensões da nossa vida e trazem novos horizontes à intimidade. Experimente o poder dos brinquedos eróticos, das máquinas sexuais e de outros aparelhos que possam amplificar o prazer."

Ui ui, depois desta, retiro-me de cena em brasa e pesarosa de não ter com quem por em práticas estas ideias. Pode ser que tu consigas; se assim for, goza por mim, tá? Beijo duplo 💋 e até para a semana!

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Ora viva! ✌️ 

No último post, fiz referência ao segredo para uma vida amorosa e sexual plena. Ora hoje, volto a frisar os benefícios de uma vida sexual activa, já que o sexo assume um papel fulcral numa relação salutar e no bem-estar corporal, mental e emocional. 

Já tanto disse e redisse sobre o tema que levou este blog a ser distinguido durante três anos consecutivos como o melhor de Portugal na categoria sexualidade, que começa a faltar criatividade para novos conteúdos. Como tal, hoje vou socorrer-me de uma publicação da Saber Viver sobre o quão benéfico este é para a longevidade e a beleza do ser humano.

Ora vamos lá então rever a matéria dada sobre como "dar o corpo ao manifesto" pode acrescentar-nos anos de vida e deixar-nos fisicamente mais atraentes. Num artigo datado de julho de 2020, a jornalista Filipa Basílio da Silva assume o seguinte: "Que ter relações sexuais regularmente faz (e sabe) bem, isso já sabíamos. O sexo ajuda, designadamente, a manter o peso, a reduzir o stresse, a melhorar o humor e a estimular o funcionamento cognitivo. Mas há novos motivos para se ter uma atividade sexual saudável".

É neste contexto que cita vários estudos que atestam que a qualidade e a quantidade dos encontros sexuais não só ajudam a prolongar a vida, como têm um efeito anti-idade. Entre os inúmeros benefícios da prática regular do sexo, destacam-se os seguintes:

Viver mais
De acordo com um grupo de investigadores da Universidade Sapienza e da Faculdade de Medicina da Universidade de San Diego, uma atividade sexual regular, aliada à prática moderada de exercício físico e a uma alimentação saudável, de preferência mediterrânica, acrescenta anos de vida.

Rejuvenescer
Um outro estudo, desta vez levado a cabo pela Universidade de Manchester, garante que dois encontros sexuais por mês são suficientes para satisfazer as pessoas após os 70 anos de idade. Contudo, até essa faixa etária aconselha-se a "sexar" três vezes por semana. Tal frequência, de acordo com o neuropsicólogo britânico David Weeks, faz-nos rejuvenescer entre quatro a sete anos.

Estar em forma
O sexo também contribui para a manutenção de uma boa forma física, imprescindível quando se pretende
retardar o envelhecimento. Para tal, a "cambalhota" deve ter uma duração mínima de 17 minutos, o suficiente para fazer com que os batimentos cardíacos e o fluxo sanguíneo aumentem e, assim, sejam desencadeadas alterações benéficas no corpo, tais como a estabilização dos níveis hormonais, a redução da tensão arterial e a tonificação dos músculos.

Tonificar
Por último, um estudo da Universidade do Quebeque, garante que as mulheres queimam mais de 60 calorias na posição de missionário. Quanto mais exigentes forem as posições e a intensidade aplicada, mais elevado será esse valor. Daí que ousadia e criatividade na hora H sejam altamente recomendados.

Ao escrever isto, fico a pensar que se tivesse desfrutado de uma vida sexual regular nos últimos 15 anos, a esta altura da minha vida estaria com uma aparência de 20 anos e uma esperança média de vida acima dos 100 anos. Se já me dão menos idade do que tenho, ainda este fim de semana um velhote deu-me 18, imagina tu se eu "pinasse" com assiduidade.

Despeço-me com aquele abraço amigo só nosso e a recomendação para que "sexes", em nome da longevidade e da beleza!

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06
Set22

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Ora viva! 🫶

Bem sei que ontem quando me despedi assumi que voltaria na quarta-feira, ou seja, amanhã. Só que, entretanto, dei-me conta de que hoje é o dia mundial do sexo, tema regente aqui no blog, a par da solterice.

Como faz todo o sentido não deixar passar em branco esta efeméride, eis-me aqui a dar-te um novo achega sobre este dia que o mundo entendeu consagrar ao sexo, provavelmente a prática humana mais prazerosa de sempre.

Já falei e escrevi tanto sobre o sexo que a sensação que dá é que pouco mais há a ser acrescentado. Contudo, como se trata de um assunto que jamais se esgota, mais não seja porque a cada segundo é praticado por milhões de criaturas, optei por partilhar contigo um punhado de motivos que abonam em favor da sua prática. Antes disso, permite-me fazer uma breve contextualização deste 6/9.

Presente em todas as esferas da sociedade, desde a literatura, à cultura, moda, internet e até ao mais sagrado dos livros, a Bíblia, o sexo rima com vida, arte, felicidade, humanidade e até divindade. Muito mais do que mero ato físico, ele é sinónimo de amor, prazer, bem-estar.

É com base em tais pressupostos que se inspirou uma campanha de marketing da marca de preservativos brasileira Olla, que, em 2008, sugeriu a implementação do Dia Mundial do Sexo a 6 de setembro, data que remete para um trocadilho entre o dia 6 e o mês 9 – 69, a posição sexual mais consensual entre a nossa espécie. 

Sobre as inúmeras vantagens da atividade sexual, os posts Toda a verdade sobre os motivos porque 'sexamos', Vamos falar de sexo?, 13 benefícios do sexo para a saúde e Comer, dormir e 'sexar': a fórmula perfeita contra o stress dar te ão uma ideia inequívoca dos seus benefícios físicos, emocionais e mentais para a condição humana.

Mais não vou dizer, até porque é a palavra de ordem para hoje é "sexar" e não ler. Gotta it? Beijo em ti 💋 e até breve!

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Ora viva! ✌️ 

Da depressão já ouviste falar com toda a certeza - ainda no post anterior fiz referência a este tema. Acredito que da depressão pós-parto também, assim como da depressão pós-férias. E da depressão pós-sexo? Confesso que até ontem nunca tinha ouvido falar de tal coisa, e achei tão curioso o assunto que eis-me aqui a expô-lo, não só por considerá-lo interessante de ser abordado como relevante de ser debatido.

Ao que tudo indica há quem fique triste após o ato sexual. A esse momento cheio de prazer pode seguir-se outro de grande melancolia. Isso é a depressão pós-sexo, um fenómeno bem mais comum do seria de imaginar. De acordo com dados citados pela revista Activa, quase 50% das mulheres terão vivenciado esse quadro emocional e cerca de 41% dos homens passarão por isto alguma vez, ao longo da vida.

A explicação reside no facto de "esta quebra acontecer quando termina o ato e se regressa à vida real. Pode acontecer de várias formas, logo a seguir ou, por vezes, no dia seguinte ou uns dias depois", esclarece a sexóloga Gigi Engle. Já a educadora sexual Ashley Townes acrescenta que os episódios de tristeza podem durar desde minutos a algumas horas e envolver lágrimas, um sentimento de melancolia ou depressão, ansiedade, agitação ou mesmo agressão.

disforia pós-coital, o nome pelo qual é conhecido na comunidade científica, implica que o ato sexual seja um momento tão intenso que, mal acabe, somos acometidos por um sentimento de enorme tristeza.

É, meu bem, a vida não tá mesmo fácil para ninguém. Se não há sexo, fica-se triste. Se há sexo, fica-se triste na mesma. Se o sexo for di kel bom (como se diz na minha terra), fica-se ainda mais triste. Moral da história: quanto melhor o sexo, maior a probabilidade de sofrer de depressão pós-sexo. Vá-se lá entender a mente humana. 😉

Apesar de nunca ter sentido nada mais do que alegria depois de um orgasmo, costumo ficar com os dentes arreganhados até ao tutano, faz sentido a justificação acima referida. Após provarmos algo mesmo mesmo bom, o sentimento que fica é o de "quero mais" e como esse "mais" não é passível de ser repetido sempre, muito menos o tempo todo, a tristeza toma conta do estado de espírito do comum mortal.

Agora que já te pus a par da atualidade sexual vou à minha vidinha, que hoje o dia vai ser daqueles em que só vou parar para respirar lá para as dez da noite.

Beijo 💋 em ti e até quarta!

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23
Mai22

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Ora viva! ✌️ 

O post de hoje, na calha desde janeiro, altura em que pretendia aproveitar a leva de resoluções de ano novo, cumpre o propósito de te por a par das tendências sexuais para 2022, ano que já vai praticamente a meio. Como mais vale tarde do que nunca, eis-me aqui a partilhar contigo uma mão cheia das boas práticas a serem implementadas por todos aqueles que pretendem desfrutar de uma vida sexual prazerosa e saudável.

De acordo com um artigo da Vogue, "a sexualidade também faz parte do bem-estar, e isso não passa só por ter relações sexuais mais frequentemente. Passa também por dedicar tempo a conhecer o nosso corpo, a descobrir novas formas de prazer e a melhorar os momentos íntimos que temos, sozinhas ou acompanhadas".

Para tal, cita Megwyn White, sexóloga e diretora de educação da Satisfyer, que define estas cinco tendências como capazes de melhorar as nossas vidas sexuais:

1. Sexo sensorial
Este é o ano de nos conectarmos com os nossos parceiros de todas as maneiras possíveis, seja através do tato, da audição, do olfato ou do paladar. Há que aproveitar toda a capacidade sensorial do corpo para amplificar o prazer que o sexo proporciona, e pode ser tão simples quanto escolher a música certa ou expandir o toque para diferentes zonas do corpo.

2. Storytelling 
O bem-estar sexual passa igualmente por novas experiências que descobrimos sozinhas. Enquanto que há uma tendência a recorrer à pornografia para acompanhar a masturbação, White assume que o storytelling é um recurso que vai ser cada vez mais utilizado em 2022. O que não falta são livros e contos eróticos - que facilmente se encontram online - para dar asas à imaginação.

3. Sex toys discretos
Os brinquedos sexuais podem muito bem ser utilizados fora de portas, como é o caso de pequenos vibradores feitos para aderir à cueca e serem usados em qualquer lugar. White prevê que este tipo de brinquedos sejam cada vez mais utilizados este ano, seja para manter um casal ligado, não obstante a distância física, ou para trazer uma novidade entusiasmante à vida sexual.

4. Sexo anal
Um inquérito levado a cabo pelo Center for Disease Control revelou que 36% das mulheres e 44% dos homens com menos de 55 anos já fizeram sexo anal. Sim, o anal está a ganhar espaço, pelo que vale a pena esclarecer que o sexo anal não se resume à penetração. Existem outras formas de tirar prazer da zona anal, desde experimentar vibradores a utilizar apenas o poder do toque. 

5. Sexo sem preconceitos
A sexóloga espera que em 2022 haja mais abertura para compreender e aceitar diferentes experiências sexuais. Gostos não se discutem e isso também se aplica à sexualidade. Vai sempre haver diversidade e este é o ano para aceitar todas as facetas do prazer sexual e do amor-próprio - mais do que aceitar, experimentar sem preconceitos.

Cumprida a missão de informar e desencardir mentes, só me resta recomendar a adoção destas tendências, de acordo com o mood e o love status de cada um, até porque algumas delas sequer requerem a participação de um segundo elemento. Afinal, o bem-estar sexual é uma questão de sanidade, física e mental.

Beijo 💋 no ombro e até quarta!

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20
Mai22

A inflação da sexualidade

por Sara Sarowsky

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Ora viva! ✌️ 

Depois de dois posts "escaldantes" 🥵, hoje trago algo mais light, se bem que o tema gira igualmente à volta da sexualidade, ainda que em moldes mais teóricos. Uma reflexão - muito pertinente, se queres que te diga - sobre o quão "banalizada" está a ser a sexualidade nos dias que correm pareceu-me uma ótima maneira de encerrarmos esta semana com chave de ouro.

Da autoria do jurista Sandro Alex Simões, para o Observador, em 9 de maio deste ano, a crónica que vou partilhar a seguir dá-nos que pensar, já que, de uma forma ou de outra, estamos todos a contribuir para o fenómeno sobre o qual reflete ele. De modo a encurtar o texto, que hoje é sexta-feira e ninguém está para grandes leituras, citarei apenas os trechos que considero relevante para este blog. Caso seja do teu interesse, este link dar te á acesso à crónica original.

Numa conferência proferida em 1974 no Lindenthal-Institut de Colónia, Viktor Frankl (1905-1997), um dos mais influentes pensadores do século XX, trouxe à baila a questão da inflação da sexualidade. De acordo com este psicanalista e filósofo austríaco, "na falta de um sentido que satisfaça a sua sede, a vontade irresistível do homem de significar a si mesmo e a sua vida, procura-se a fuga pelo prazer", escreve Sandro Simões.

Como tal, "a inflação da sexualidade é um escapismo e, como de resto com todas as ilusões, não apenas é incapaz de dar um sentido satisfatório ao que procuramos, mas ainda cria distorções na própria sexualidade. O Dr. Frankl referia na conferência a sua convicção de que 90% a 95% das disfunções de potência ou orgasmo devem-se à veneração do prazer, a hiper-intenção. Isto é, quanto mais se busca o prazer pelo prazer, menos prazer se obtém. Isso porque a inflação da sexualidade é essencialmente uma desvalorização da sexualidade, sua banalização.

A pornografia, nessa linha, e toda a indústria bilionária que a promove, é um exemplo do problema. Nela a sexualidade humana é uma mercadoria de montras e não leva ao autoconhecimento ou à valorização do prazer ou do corpo. Ao contrário disso, trata-se de transformar tudo em preço e mercado. E é de se notar, senão de se estranhar, tal como indica o Dr. Frankl na sua conferência, que uma juventude tão informada, tão crítica e atenta, não proteste e não perceba que na indústria pornográfica se encontra uma das formas mais vis e cruéis de exploração do homem pelo homem, o capitalismo em uma das suas versões mais brutais de objetificação da vida.

Contudo, se em relação à depressão, à agressividade e violência e à adição já se notam crescentes preocupações sociais e iniciativas governamentais e não-governamentais de sensibilização e atendimento, tal como a que se vê em relação à saúde mental, quanto à pornografia parece ser o contrário, ou seja, a tolerância, senão sua promoção social e mediática sob uma certa aura de progressismo e libertação das amarras do moralismo.

Este é um assunto que, decerto merece ser tratado em mais espaço de modo a explorar os seus contornos devidamente, porém, para os fins do presente texto basta-nos chamar a atenção para o que está por baixo do tapete nessa abordagem, por assim dizer. Devemos a nós mesmos, senão por outro relevante motivo, pelo menos em nome da tão preciosa razão crítica dos nossos tempos, a pergunta sobre as razões dessa inflação da sexualidade e o que isso nos traz de bem. Se percebemos os seus efeitos e as relações que possui com os outros sintomas perniciosos e perigosos da depressão, da agressividade e das adições para os quais parecemos estar mais atentos.

Deixo-te, com a promessa de estar de volta na segunda-feira. Fica com aquele abraço amigo e desejos de um ótimo fim de semana! 🫶

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18
Mai22

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Ora viva! ✌️ 

Já mais do que uma vez assumi que o sexo é tema best reader aqui neste blog. E não é que é mesmo? Prova disso é que o último post teve tanto impacto que, a pedido de muitas boas almas, eis-me aqui a expor uma outra verdade sobre sexo com "preto" versus sexo com "branco".

Obviamente que estou ciente de que o termo "preto" é pejorativo, mas, como portadora da mesma estirpe genética, arrisco-me a proferi-lo, alheia ao risco de uma acusação de racismo. Uso-o tão somente por uma questão de semântica drámatica, mas ao longo do texto usarei termos alternativos, como "negro", "black" ou "africano", como forma de não esticar demasiado a corda, não vá ela arrebentar-me na cara, se é que me entendes.

A minha interação sexual com gajos de uma raça diferente da minha - leia-se caucasianos, que o meu espírito aventureiro nunca foi mais longe - é um tanto ou quanto irrisória. Ela resume-se aos três (efémeros) encontros com o tal mec francês, o qual nem sei se será justo considerá-lo neste contexto, já que ele há mais de duas décadas que se "alimenta" exclusivamente de "carne africana", quanto mais bem passada melhor. Com isso quero deixar bem claro que todo o seu modo de funcionamento e desempenho é à "black", pelo que não seria justo compará-lo em igualdade de circunstâncias com os comuns dos caucasianos. Como tal, a minha narrativa vai restringir-se às outras três tentativas, cada uma mais frustrante que a outra. 

Falando na primeira pessoa, a avaliação - pela negativa - da performance sexual dos brancos com os quais andei na brincadeira, todos tugas, convém salientar, não se deve tanto ao tamanho mas sim à dureza do órgão sexual. Mil vezes um pénis menor e rijo do que um pénis maior e não rijo. Se for menor e não rijo, aí não há volta a dar, é estado de calamidade total e absoluto. 

O que constatei em todas as minhas experiências com homens caucasianos é que a dureza do pénis, de nenhum deles, esteve à altura do africano. Fónix, o pénis do "preto" é duro como o basalto, ao ponto de dar esticões quando o seguramos entre os dedos. Enquanto que o do branco é mais argila, digamos assim. O do branco, mesmo o do tal francês (com toda a sua alma africana), a rijeza nunca atingiu aquela plenitude e imponência que se reconhece nos amantes africanos. E isso faz toda a diferença. Se faz...

Pronto, está revelado o segredo porque o "black mambo" faz tanto sucesso entre a mulherada e porque branca que prova do "sonho africano" assume jamais querer deixar de o fazer. O órgão sexual do "black" é de uma rijeza que não se encontra em mais nenhuma outra raça deste planeta. E acredita que esta crença não é só minha, ela é acreditada por amigas e conhecidas que exploraram homens de outras paragens, como orientais ou árabes, por exemplo.

Entre as mulheres que provaram de mais do que uma "gastronomia sexual", eu inclusive, é consensual que a vantagem competitiva do "black" em relação aos "não black" é mais uma questão de rijeza do que de comprimento. Claro que quando nos deparamos com um daqueles duro, comprido e grosso, a sensação de que nos saiu o jackpot do Euromilhões é indisfarçável. 

Faço aqui uma pausa para deixar bem claro que de pouco nos vale apanhar um homem (fisicamente) bem dotado se ele não souber fazer bom uso da sua vantagem anatómica. Aliás, é das coisas mais frustantes que haver pode. Nunca me aconteceu, mas conheço uma ou outra a quem já... 😥

Voltando à dualidade "sexar" com um "black" e "sexar" com um "não black", é como comparar um Lamborghini com um Mercedes, mesmo que seja um Mercedes topo de gama. A explicação que me ocorre é que a própria anatomia da raça negra - constituição física mais forte, músculos mais salientes, pele mais firme, sangue mais quente – joga a favor da sua boa performance sexual. Se a isso acrescentarmos o facto de o sexo entre os africanos ser encarado como atividade de todo o santo dia, está explicado o sucesso dos homens negros entre os lençóis do mundo inteiro.

Eu até acho que o branco se esforça bem mais para agradar a mulher na cama, é mais carinhoso, generoso e menos egocêntrico. Capricha mais nos preliminares e em fazer a mulher atingir o orgasmo, enquanto que o “black”, na sua generalidade, cumpre apenas com os serviços mínimos, sendo a sua própria satisfação a prioridade primeira e última. O que lhe vale é a perfeição da sua anatomia, como se desfrutasse de um dom natural para "aquilo". É precisamente isso, aliado ao facto de gostar mesmo da "coisa", que faz com que ele consiga levar uma mulher à loucura sem ter que se esforçar muito.

Agora que já deitei mais lenha nessa fogueira de quem é melhor f*da, o "preto" ou o "branco", como se houvesse margem para dúvidas, vou à minha vidinha, no aguardo das reações daqueles que tiverem o privilégio de aceder a esta crónica.

Beijo 💋 no ombro e até sexta!

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16
Mai22

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Ora viva! 🫶

Que a vida gira em redor da sexualidade (literalmente falando) e que a sociedade é obcecada pelo sexo estamos todos cientes. Ainda no outro dia, numa amena cavaqueira com o tal crush do ginásio, praticamente amigos a esta altura do campeonato, já que é óbvio que da sua parte mais não obterei, assumi que os "brancos" e os "pretos" vivenciam o sexo de forma distinta, ainda que o pratiquem de forma similar.

O que quero dizer com isso? Que o "branco" fala mais de sexo do que faz sexo, ao contrário do "preto", que faz mais sexo do que fala de sexo. Para quem nunca "provou" um "black" legítimo, ou seja, born in Africa, pode ser difícil entender o que quero dizer. Mas para quem já, está tudo dito.

Por experiência própria, sei que os homens negros não são dados a falar de sexo, ao contrário dos brancos, que falam sobre isso com uma frequência indesejada, enervante até. Na minha terra, diz-se que "não se fala do sexo porque está-se ocupado a fazê-lo!". E esta máxima aplica-se a todos os géneros, idades, credos e preferências.

Em toda a minha vida sexual, jamais encontrei um "black" que me tivesse perguntado o que eu gostava na cama ou que apregoasse que era "bom de bola" e coisa e tal. Quando se trata de sexo, o "black" vai e faz, ou seja, vive-o na prática, ao invés do branco que o vive mais na teoria do que outra coisa qualquer. E olha que não sou só eu que o digo. O próprio crush com quem partilhei este meu ponto de vista, caucasiano até à medula, concordou comigo. Pudera, contra factos não há argumentos.

Exemplifico: nos inúmeros sites e apps de engate pelas quais passei ao longo da última década, a conversa desembocava quase sempre no mesmo: "O que gostas de fazer?", "O que gostas que te façam?", "Eu gosto disto!", "Eu faço isto e aquilo!", "A minha posição favorita é esta!", "A minha fantasia é coisa e tal!", "Adoro sexo!" e por aí fora. O que me faz chegar à óbvia conclusão de que o dito popular de que "quem muito fala, pouco faz" é perfeita para este contexto.

Os "blacks", pelo menos aqueles com quem me relacionei intimamente, nunca estiveram para conversas do género. Na hora do "vamos ver", deram tudo o que tinham, exigiram tudo o que queriam, fizeram tudo o que puderam. É na prática que os negros expressam o que gostam de fazer e o que gostam que lhes façam. Mais importante do que isso, não cometem o erro fatal de, no final do ato sexual, perguntar se gostaste. Sabes porquê? Porque asseguraram que assim foi!

Porque é que eu há pouco disse que tal questão era fatal? Simplesmente porque é ridícula, infantil até. Esperam mesmo que a parceira vá responder: "Não, não gostei. És péssimo na cama!"? Quando muito estão a induzi-la a uma mentira ou a uma meia verdade.

Homens que me estão a ler, fixem isto: mulher satisfeita - vou mais longe até, mulher bem f*dida - é tão expressiva que escusam de perguntar se ela gostou. Façam o vosso trabalho como deve ser, com gosto, dedicação e, sobretudo, altruísmo, que ela dar vos á todo o feedback que tanto apreciam. Sem precisar abrir a boca.

Percebem aonde quero chegar? Isto não quer dizer que não sabemos o quão importante é para vocês saber o que faz vibrar a parceira ou se esta ficou satisfeita. Acreditem que para nós mulheres é igualmente importante essa "validação", até porque sabemos que o ego masculino nutre-se precisamente disso. Um conselho de amiga? Menos conversa e mais ação. Poupem nas palavras e invistam na performance, que essa sim é que assegura o orgasmo e a vontade de ela querer voltar a estar convosco.

Eu pessoalmente detesto aqueles tagarelas que, durante o ato, não se calam, sempre a perguntar "Estás a gostar?". Corta-me logo a tesão. Eu não quero que me perguntem se estou a gostar, quero que façam com que eu goste! Capice? 😉

Agora que o recado está dado, vou à minha vidinha, que, para além das tarefas rotineiras de todo dia, ainda tenho que escrever a nova crónica para o Balai Cabo Verde, sem falar num conto erótico, encomendado há mais de dois meses, e do qual ainda não escrevi uma única linha.

Beijo no ombro e até quarta!

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24
Jan22

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Ora viva! ✌️ 

O post de hoje é uma repescagem de uma publicação de 2018, através da qual dei a conhecer as dez versões que a sexualidade humana pode assumir. Acredito que de lá para cá - quatro anos - mais versões terão surgido, já que a se trata de uma temática dinâmica, criativa e muitas vezes bizara, como poderás constatar pelo texto em baixo.

Qualquer mortal com uma fissura na mente – por mais pequena que seja – não pode deixar de reconhecer que há muito que a homossexualidade e a bissexualidade deixaram de ser as únicas alternativas à heterossexualidade. Nos dias que correm existem tendências sexuais para todos os gostos e preferências.

Com esta crónica pretendo fazer um apanhado das mais em voga, num total de 10, elencadas pelo psicólogo espanhol Arturo Torres:

1. Heterossexualidade
É a orientação sexual definida exclusivamente pela atração entre pessoas de sexo oposto. É a mais comum.
 
2. Homossexualidade
Carateriza-se pela atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Popularmente, identificam-se os homens homossexuais como gays e as mulheres como lésbicas.
 
3. Bissexualidade
Pauta-se pela atração sexual por pessoas de ambos os sexos, mas não necessariamente com a mesma frequência ou intensidade.
 
4. Panssexualidade
Refere-se à atração sexual por pessoas, independentemente do seu sexo biológico ou identidade de género. A diferença entre esta orientação e a bissexualidade é que, neste caso, a atração sexual vai-se experienciando através das categorias de género, enquanto que na panssexualidade tal não acontece.
 
5. Demissexualidade
Esta versão descreve-se como o desenvolvimento da atração sexual apenas nos casos em que se terá estabelecido previamente um forte vínculo emocional ou afetivo.
 
6. Lithssexualidade
Indivíduos com este tipo de orientação sexual sentem atração por outras pessoas, mas não sentem necessidade de serem correspondidos.
 
7. Autossexualidade
Aqui a atração é unidirecional, ou seja por si mesmo, sem que isso seja sinónimo de narcisismo. Pode entender-se como uma forma de alimentar o afeto ou o amor próprio.
 
8. Antrossexualidade
Este conceito aplica-se àqueles que experimentam a sexualidade sem saber em que categoria identificar-se e/ou sem sentir necessidade de classificar-se em nenhuma delas.
 
9. Polissexualidade
Considera-se polissexual quem sente atração por vários grupos de pessoas com identidades de géneros concretos. Segundo o critério utilizado para o classificar, pode entender-se que a polissexualidade se confunde com outras orientações sexuais como, por exemplo, a panssexualidade.
 
10. Assexualidade
Esta orientação serve para nomear a ausência de atração sexual. Muitas vezes, considera-se que não faz parte da diversidade de orientações sexuais, ao ser mesmo a sua negação.
 
Este post mostra-nos o quão insensato é catalogar a orientação sexual humana, visto que esta vem-se revelando cada vez mais complexa e cheia de nuances.
 
Dou por concluída a escrita de hoje, não sem antes partilhar os resultados do teste à minha orientação sexual. À luz destas tipologias que acabei de citar, não restam dúvidas de que a minha sexualidade é fruto da tríade: heterossexualidade, demissexualidade e autossexualidade. De ora em diante, sempre que for necessário defini-la, direi que sou heterodemiautossexual. Impactante, não?
 
E tu, single mine, em que categoria inseres a tua sexualidade?

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