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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva!
Hoje é dia de meditação, pelo que a crónica do dia, além de chegar mais cedo, vem assinada pelo seguidor AR, o novel membro do clube Ainda Solteira, que, por acaso, demonstra bastante jeito para a escrita, não obstante laborar na área da engenharia. Durante uma troca de mensagens, apercebi-me que poderia aproveitar os seus skills para a escrita, no sentido de dar ao blog uma perspetiva masculina da solteirice. No caso do AR, de volta à solteirice, já que o seu estado civil é separado.
Foi assim que, esta terça-feira, desafiei-o a escrever um artigo, cujo tema ficaria ao seu critério. Acedeu de imediato, ressalvando, no entanto, que: "Não vou proteger a espécie masculina. Como um comediante que vi há pouco tempo: 'Men want all the women all the time', um claro conflito com a perspetiva da mulher: 'Women want a man, some of the times'. Mesmo à engenheiro (é pra fazer é pra fazer), envia-me ele esta manhã (às 05:45) um texto, a que deu o título de Equilíbrio. Assim que acabei de lê-lo – ao meio-dia e tal, que eu não tenho a vida dele para precisar madrugar (há que saber aproveitar o lado B do desemprego) – a única palavra que me assaltou o espírito foi: "Brutal". Confere só o seu texto:
Equilíbrio
Quando, finalmente, encontrei a coragem para sair de casa, senti alívio. Sim coragem, que outra coisa podemos chamar a um ato que vai contra tudo o que acreditamos e sentimos? Passa algum tempo e talvez já não pareça coragem, agora têm um toque de estupidez com um cheirinho a arrependimento temperado com muitas dúvidas.
Quando o dia chegou o foco mudou para mim, como explicar ao nosso filho que os pais já não iriam mais estar juntos? Imaginei o seguinte, que nunca lhe consegui dizer por estas palavras:
"Filho, quando o pai conheceu a mãe ficámos amigos e foi plantada uma semente dentro de nós. Às vezes quando se têm muita sorte essa semente cresce e dá lugar a algo chamado amor. O amor traz com ele muitas coisas bonitas, como namorar, viver juntos, às vezes casar, e quando se têm muita sorte nascem filhos lindos como tu.
Quando se ama, sentimos que somos capazes de fazer tudo e acreditamos que o amor estará sempre forte e à nossa espera.
Mas o amor precisa de ver, tocar e sentir, precisa de ser cuidado. Quando o pai foi para longe o amor dentro da mãe ficou triste, e com o tempo ficou cada vez mais pequenino e desapareceu.
Quando isso acontece já não se pode ser namorados. Voltamos ao princípio, voltamos a ser amigos. E é por isso o pai já não pode ficar aqui em casa."
O que me leva ao título deste desabafo, Equilíbrio.
A minha geração, denominada por Y, carateriza-se, entre muitas coisas, por "um desejo constante por novas experiências, o que, no trabalho, resulta em querer uma ascensão rápida, que a promova de cargos em períodos relativamente curtos e de maneira contínua". Algo que li por aí.
Aliamos isso ao facto de ser homem e ter uma disposição natural para a competitividade, abraçar desafios cada vez maiores na eterna busca da estabilidade, seja isso o que for, pareceu-me o correto.
Com isso vieram os compromissos... Os dias parecem não chegar e abdicamos de algumas noites que passam ao ocasional fim-de-semana, às vezes férias. E porquê? Porque o trabalho não se faz sozinho e não pode esperar, certo? Isso era o que eu pensava para mim.
Decisão após decisão, vou seguindo confiante que é o melhor para todos. Senti que tinha força para tudo, pois as fundações estavam lá. Mas as fissuras lá iam aparecendo, os procedimentos não existiam, as inspeções não foram feitas e, apesar dos sinais ténues, a estrutura começa a desmoronar. Se tiveres sorte e agires depressa ainda vais a tempo de reparar, caso contrário vêm tudo abaixo e vão existir sempre vítimas.
O segredo está no Equilíbrio. E como é que ele se consegue? Se descobrir aviso, mas como sugestão, comecem por ouvir, ouvir de verdade, quem está à vossa volta. Eu não soube ouvir, agora é altura de reconstruir.
O artigo de hoje aborda o drama do regresso ao status quo de solteira. Acredito que, em algum momento da tua vida, passaste por tal situação. Acredito também que, na altura, soube-te bem contar com o apoio "daquela" amiga. Aquela que se recusou a desistir de ti. Aquela que, que, por mais que dissesses que estavas bem e que precisavas de um tempinho só para ti, não permitiu que te deixasses levar pela depressão pós-separação. Aquela que nunca se cansou de puxar por ti, incentivando-te a dar a volta à situação com classe, dignidade e confiança. Estou certa?
Depois algum tempo no outro lado da barricada, é normal que te sintas um pouco perdida na hora de voltar a estar sozinha. Sei por experiência própria o quão doloroso é um rompimento, especialmente se estiveram envolvidos sentimentos sinceros e verdadeiros. Lamentos à parte, nada mais natural que queiras refazer a tua vida. E o primeiro passo para que tal aconteça é voltares a fazer uma vida de solteira (de preferência saudável). A pensar nisso, a Cosmo Brasil reuniu algumas dicas para voltares num instante a ser uma solteira super feliz.
1. Sê tu mesma
Se não gostarem, não há problema estamos no século XXI – ninguém é obrigado a nada. Depois de algum tempo com a mesma pessoa é normal que percas o jeito para flertar e para estar à vontade com outro homem, mas isso não implica abrires mão da tua essência.
2. Experimenta sexo ocasional
Pode parecer estranho ao início estar com outra pessoa – primeiro estranha-se, depois entranha-se -, mas pode ser uma oportunidade para te aventurares num mundo diferente. Quem sabe não descobres pontos de prazer que nunca pensaste ter.
3. Define bem o que realmente procuras num homem
Óbvio que isso irá aumentar as tuas expectativas, mas pensa naquilo que não gostavas no teu ex e se queres voltar a ter mais do mesmo. Não tenhas medo de ficar sozinha, leva o tempo que precisares até encontrares o tal.
4. Investe em ti
Sai sozinha para jantar, beber um copo ou ir de férias. És a tua melhor companhia. Desfruta das coisas que mais gostas sem ter de agradar a ninguém. Experimenta.
Se por algum infortúnio da vida estejas a passar por semelhante situação, atenta-te a estas dicas e faz do teu novo estado civil uma coisa boa, em vez de ficares a amargar a dor. Ser solteira pode não ser a melhor coisa do mundo, reconheço, mas também não é o fim do mundo. Muito pelo contrário! Tem inúmeras vantagens, pelo que só tens é que te concentrar no lado bom da coisa e deixar o passado aonde ele pertence: lá atrás.
Todas nós já fomos (ou somos) ex-quelque chose de alguém. Este artigo da revista Cosmopolitan desafia-nos a descobrir que tipo de ex somos.
- A ex inimiga
No fundo no fundo, é a tentação de todas as ex. E é o pesadelo de todos os homens, uma espécie de Atração Fatal tornada realidade. Quer dizer, se se fizesse uma estatística, se calhar até nem se encontravam muitas candidatas, porque ser ex inimiga dá imenso trabalho: é preciso saber a que horas ele sai para lá ir furar os pneus, é preciso ter disponibilidade para andar a segui-lo de bar em bar a entornar-lhe cerveja gelada pelo colarinho, é preciso coragem para interromper um jantar de amigos e cair-lhe em cima com todos os raios e trovões, ou aparecer no escritório com a Ritinha e o Marquinho pela mão, a gritar que não lhes paga a pensão desde 1984, ou andar a telefonar para todas as namoradas dele a contar todas as sacanices de que ele é capaz ou a impedi-lo de ver os filhos com a desculpa que 'quando éramos casados nunca lhes ligaste nenhuma e agora é que queres ir com eles ao Oceanário'.
- A ex desaparecida
Não há muito a dizer. É isso mesmo: divorciou, morreu. A ex desaparecida acontece na esmagadora maioria quando não há filhos, caso contrário é difícil que ela diga: "Então pega aqui na Aninhas e no Joãozinho que eu vou ali comprar cigarros" e nunca mais volte (embora haja casos, como se sabe). Escusado será acrescentar que a ex desaparecida é o sonho de todos os homens: vê-la desaparecer ao pôr-do-sol como o Lucky Luke, sem deixar saudades nem memórias nem rasto, deixando a casa livre das coisas dela e a vida livre do peso dela, para que ele possa refazer tudo, como se nada se tivesse passado. Mas como a vida não é assim tão simples, a maioria das ex desaparecidas tem tendência para se transformar em ex-fantasma e aparecer na Caras a dizer muito mal dele.
- A ex fantasma
Há várias formas de uma ex se tornar fantasma. Ou porque o assunto ficou mal resolvido. Ou porque algum deles ficou atormentado pelos remorsos. Ou porque ela desapareceu de repente num dia de tempestade e deixou a casa cheia com os livros dela, os CDs dela e o perfume dela. Ou porque ela se recusa a aceitar a desunião e aparece de vez em quando, deixa-lhe mensagens no telemóvel, liga-desliga e/ou parte-lhe o retrovisor, nos casos mais dramáticos. A ex fantasma aparece quando menos se espera. Ele vira a esquina e dá de caras com ela, mais gira e mais magra. Ele abre uma revista e ela está lá na primeira página, numa casa no Alentejo vestida de nativa com um chapéu de palha, estiraçada numa rede e a dizer muito mal dele. Uma ex fantasma também pode existir só na cabeça dele, que são os casos piores. Está-se à mesa e de repente ele diz: "A Joana é que gostava muito de canja", e pronto, está o caldo entornado.
- A ex melhor amiga
Geralmente ninguém percebe por que é que se apartaram. Ele passa o tempo a pedir-lhe conselhos, ela telefona-lhe para saber se ele quer vir ao teatro com ela, à sexta feira é dia de cafezinho juntos, frequentam o mesmo ginásio, fartam-se de dizer como uma separação pode ser uma coisa civilizada e de se apresentarem como a prova disso, e todos os outros casais de divorciados, para se consolarem, dizem que aquilo não é normal. A ex melhor amiga é o pesadelo da atual mulher, a não ser que a atual mulher esteja mesmo segura no seu posto. Geralmente a coisa acaba por rebentar: ou ele volta para a ex, ou ele acaba de vez com essas amizadezinhas, porque as atuais não aguentam tanta 'civilidade'.
- A ex praticamente da família
É uma variante da ex melhor amiga, com a vantagem de se ter tornado, por ironia do destino, amiga de toda a família. Ela fica em casa a tomar conta das crianças se o ex quer sair com a atual, ela dá explicações de matemática ao Luisinho, ela vai à praia com eles ao domingo, ele é operado e ela faz turnos com a mulher para lá ficar no quarto com ele, ela continua a ir tomar chazinho com a ex-sogra, ela até vai às compras com a atual, embora isso já não seja muito bem visto porque ele achará que estão a dizer mal dele pelas costas e a comparar tudo aquilo para que ele não tinha jeito (fazer a cama e escolher melões). Geralmente, uma ex só tem alguma probabilidade de se tornar praticamente da família no caso de uma separação muito muito muito amigável, no caso de nenhum dos elementos ter alguma vez estado a morrer de paixão pelo outro, no caso de não haver filhos (se houver, é mais complicado juntar a criançada toda) e no caso de a ex não estar interessada em refazer a sua vida ao lado de outra pessoa que tenha mais jeito para escolher melões.
- A ex vítima
Há as verdadeiras vítimas e as falsas vítimas. As verdadeiras vítimas são as que foram abandonadas com três filhos nos braços, as que foram trocadas pela melhor amiga, as que foram de férias com ele e voltaram sem ele, as que o aturaram durante 34 anos ao fim dos quais ele lhes comunicou que não aguentava a forma como ela comia a sopa, e as que lhes facilitaram o divórcio só para perceberem, quatro meses depois, que ele não tencionava pagar-lhes nem um tostão para os filhos. As falsas vítimas são as que sempre acharam que iam ficar casadas a vida toda e não aguentaram uma mudança de planos. Estranhamente, são as falsas vítimas que costumam dar mais trabalho e fazer mais barulho, talvez para compensar a ausência de argumento.
- A ex má da fita
A culpa foi dela, diz ele. Toda dela. Foi ela que começou a sair com o Jorge para ir às sessões da meia-noite da Cinemateca. Foi ela que desatou a ficar no escritório todas as noites enquanto ele deitava as crianças e lia todo o Harry Potter em voz alta e fazia as vozes do Capuchinho Vermelho, incluindo a da avozinha. Foi ela que desapareceu para um congresso em Islantilla enquanto ele ficava em casa com os pés de molho num alguidar. Foi ela que lhe pôs as malas à porta quando ele, coitado, murmurou que estava um bocadinho farto da situação. Claro que a outra versão nunca ninguém a ouviu porque ela assim que se assinaram todos os papéis declarou que nunca mais o queria ver na vida e desapareceu.
- A ex espia
Sabe tudo sobre ele. Separaram-se há dez anos, mas ela continua a saber tudo sobre ele. Sabe que à quinta feira é o dia em que vai pôr o carro a lavar, e como é que se chama a namorada, e que embirra com o novo chefe, e que o emprego novo não é exatamente o que ele queria, e que nunca mais ninguém lhe engomou decentemente as camisas, e que nunca mais teve uma conversa intelectual sobre a Janis Joplin, e que precisou de arrancar os dentes do siso (que ele nunca teve) e que nunca mais vai arranjar outra mulher tão boa como ela. A ex espia tem métodos sutis (e menos sutis) que foi aperfeiçoando ao longo dos anos: ouvir as conversas dos filhos ao telefone, interrogá-los assim que chegam dos fins de semana, ir visitar a ex-sogra para levar uns pasteizinhos de nata, como quem não quer a coisa, e ir perguntando aos amigos, aqui e ali. A exespia só pode melhorar se arranjar um novo amor absorvente, o que é difícil de acontecer enquanto estiver mascarada de polícia política.
- A ex da mamã
Quando lhe chegaram as notícias da separação, a mãe dele teve quase mais pena do que ele. A Patrícia era a legítima, e todas as outras são lixo. Aliás, isto não quer dizer que ela sempre tenha amado a Patrícia, é perfeitamente possível que até lhe tenha feito a vida negra enquanto estava casada com o filho, mas uma coisa muito diferente é ele ir agora separar-se da pequena coitada para se concubinar com outra. Ele tentou levar a Clara a jantar lá a casa, e a mãe serviu-lhe a sopa sem sal, pôs-se a ver a telenovela e nunca mais lhe ligou nenhuma. Sempre que ele tem de ir a casa da ex, encontra lá a mãezinha sentadinha ao lado dela no sofá a dar-lhe chazinho de tília e a deitar, a ele, olhares de ódio enquanto a Patrícia funga para cima do lencinho de seda que ela lhe ofereceu (quando até então só lhe tinha dado panos para a loiça comprados na loja dos trezentos). A mãe dele só passará a gostar da Clara se ele passar a namorar a Alexandra, mas mesmo assim não há amor como o primeiro.
- A ex pirata
Ah é? Ah ele trocou-a pela badalhoca da Cláudia? Então já vai ver como elas mordem. A ex pirata não se fica a chorar nos braços da mãe entre as almofadinhas de coraçõezinhos encarnados enquanto ele vai passear para o Guincho. A ex pirata saca-lhe tudo o que pode como compensação pelo seu coração partido: a casa, o carro, os CDs, os de vinil embora não lhe sirvam para nada e ele seja colecionador, o serviço de chá, embora odeie chá, o cão, embora planeie abandoná-lo, e o aquário, embora esteja vazio desde que o tubarão comeu os outros. A anedota preferida dela é aquela da menina que queria a Barbie Divorciada porque trazia o carro do Ken, a casa do Ken e o telemóvel do Ken. Este tipo de ex só descansará quando o vir depenadinho de todo. O ideal dela era vê-lo a arrumar carros no Saldanha, mas como isso geralmente não acontece, ela contenta-se em vê-lo num T0 para lá do fim do mundo, ou melhor ainda, em casa dos pais, a suprema humilhação.
- A ex perfeita
É o pior que pode acontecer a qualquer pessoa. A Ana era linda, loira e magra. A Ana é que fazia bem empadão, a Ana é que dizia umas piadas muito giras, a Ana tinha um sorriso tão bonito, a Ana é que sabia levá-lo, a Ana nunca se zangava... Dá vontade de dizer: 'Então o que é que estás aqui a fazer comigo?' Uma ex perfeita demora mais tempo a passar do que uma escarlatina, e deixa marcas mais profundas. No caso de lhe calhar um destes em profissão de fé, abandone rapidamente o espécime ou prepare-se para esperar muito tempo até que a doença lhe passe.
- A ex independente
Não quer nada dele. Nada. Tirando os filhos. Podes ficar com o carro, a casa e as joias, mas não fiques com ele, como diria a Ágata. Podes ficar com os candelabros da tia Irene, o manjerico do Santo António, os CDs da Adriana Calcanhoto e essa ***** toda, para veres se eu me ralo. A ex-independente faz gala da sua independência, usa-a como bandeira, passeia-se pela rua de nariz levantado. Claro que, meses mais tarde quando tiver de pagar infantário, renda de casa e mulher-a-dias, arrepende-se amargamente de não lhe ter sacado tudo o que podia, coisa que nunca confessará a ninguém.
- A ex sensata
Às vezes só é possível ser-se ex sensata 10 anos depois do divórcio, mas há almas que conseguem a proeza dois dias depois de ele lhes dizer que afinal de quem gosta é da vizinha do 2.º esquerdo. A ex sensata não perde 15 quilos, não chora como se o mundo fosse acabar, nem lhe foge com os filhos para o Paquistão. A ex sensata aparece composta em todas as sessões de divórcio, troca duas ou três palavras como ele como se tivesse acabado de o conhecer, e nem sequer diz mal dele aos amigos, embora lhe apeteça muito. Ele chega a ter remorsos de a ter enganado com a loira. No minuto seguinte, pensa que, se ele soubesse que ela se ia portar assim tão bem, já se tinha separado dela mais cedo.
Assumo: sou uma mistura de ex-fantasma, ex-sensata, ex-desaparecida, ex-independente e ex-perfeita. E tu? Que tipo de ex és tu?
Algumas de nós tentam manter uma relação de amizade com o ex-namorado (e falo por experiência própria), mas a verdade é que o prefixo está lá por alguma coisa. Como costumo dizer "se é ex por algum motivo é e convém não esquecer esse motivo".
A psicóloga Juliana Breines, que escreve para o site Psychology Today, apontou cinco das mais comuns razões que nos levam a manter uma relação com um antigo amor e explica porque devemos evitar este comportamento.
1. Têm amigos em comum: "Estudos sugerem que se os teus amigos e familiares querem que mantenhas uma relação com o teu ex, é mais provável que o faças", explica a psicóloga. No entanto, não é recomendável manter o contato apenas por questões sociais. "As pessoas têm o direito a estar com amigos sem a presença do ex, tal como o direito a rejeitar um convite para um evento onde o ex vai estar", afirma. Até se podem cruzar numa festa, mas isso não significa que tenhas de ser amiga dele.
2. Sentes-te mal por ele: Se foste tu quem terminou a relação e a outra pessoa não reagiu bem, é normal que sintas alguma responsabilidade por aquilo que aconteceu. "Mas não é da tua responsabilidade tratar do outro durante o desgosto amoroso. O teu apoio pode até estar a piorar a situação", afirma a psicológa. Isto porque esse amparo pode estar a impedir a outra pessoa de avançar para outra relação.
3. Sentes-te sozinha: Quando se termina uma relação, é normal sentirmos um vazio – vazio esse que pode demorar algum tempo a ser preenchido. A solução não passa por ir beber um copo com o ex ou trocar mensagens com ele, já que "isso pode levar a uma autêntica montanha-russa emocional, caraterizada pelos especialistas como uma relação pouco satisfatória, com menos amor, mais incertezas e mais problemas de comunicação do que as outras".
4. O ex ainda gosta de ti: "Se o teu ex ainda tem sentimentos por ti e tu já não sentes nada por ele, o melhor a fazer é deixá-lo ir à vidinha dele. Passar tempo com ele pode fazer com que te sintas bem contigo mesma – quem não gosta de ser adorado? – mas pode ser doloroso e confuso para o outro", lê-se no Psychology Today.
5. Ainda gostas dele: "Gostar do teu ex e ter esperança que a coisa se recomponha pode ser um motivo para continuares amiga dele, mas é também muito perigoso", explica a mesma especialista. Isto porque se a outra pessoa não te quer, há pouco que possas fazer quanto a isso, afinal quando "um não quer, dois não fica junto" (palavras minhas) – o que a irá levar a sucessivos desgostos amorosos.
Agora a pergunta fatal: já (em algum momento da tua vida, quando a lucidez e o amor próprio emigraram temporariamente para a terra do nunca) usaste alguma delas?
Eu já! E por isso digo de boca cheia que NÃO VALE A PENA. Acabou está acabado, se é para sofrer sofre-se mas o caminho é para a frente. Quem anda para trás é caranguejo e todas nós sabemos onde isso o leva: a servir de refeição a algum humano ou predador do oceano.
Qual de nós nunca viveu o drama de querer acabar uma relação, mas por respeito ao sentimento do outro, passou dias a tentar encontrar a melhor forma de o fazer? Hoje em dia há uma solução, bem simples até, e bastante menos desgastante do ponto de vista emocional.
O primeiro passo é escolher como se quer terminar a relação: carta, e-mail, SMS ou telefonema. Depois basta desembolsar uma certa quantia, irrisória se pensarmos que se estará prestes a destroçar o coração de outra pessoa, e voilá!, a relação acabou.
Pode parecer insólito, mas trata-se da mais recente proposta da The Breakup Shop, que a partir de 9,40 euros, encarrega-se de fazer pelo cliente este penoso serviço.
O mais curioso é que a empresa foi criada com base na ideia de que todas as pessoas merecem estar solteiras. Além disso, é sublinhado que é bom as pessoas terem noção do que significa o fim de um relacionamento. A lógica que os irmãos canadianos, Mackenzie e Evan, seguiram foi: se há serviços para juntar pessoas porque não existirem serviços que as separem.
Assim até parece fácil, mas ambas sabemos que não é, muito pelo contrário, tudo que envolve afetos é por demais complexo. Mas que a ideia é inovadora e facilitadora, lá isso é. Nem quero imaginar se a moda pega por estas bandas...
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