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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

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Ora viva! 👋

Há cerca de um mês, no post Solteiros: o poder dos números, dei conta dos dígitos à volta da solteirice, uma tendência cada vez mais incontornável a nível global. Não sendo Portugal alheio a esta realidade, que tal hoje analisarmos o poder dos números dos solteiros em território luso, à luz dos últimos dados demográficos da população?

De acordo com os Censos 2021, cujas principais conclusões foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), no passado dia 23 de novembro, existem em Portugal mais solteiros que casados e mais divorciados que viúvos, com o número de divórcios a crescer e de matrimónios a descer. 

Os números revelam que 43,5% das pessoas estão solteiras, com quase 2,3 milhões de homens desemparelhados, número ligeiramente superior ao de mulheres na mesma situação (menos de 2,2 milhões). Em termos geográficos, é na Área Metropolitana de Lisboa que se concentra quase metade da população que assumiu estar solteira, ao contrário do Centro, a região com menos solteiros (39,5%).

Só para teres uma ideia, a população com estado civil "casado" representa atualmente 41%, uma redução em 2,2 pontos percentuais face a 2011. São cerca de 4,2 milhões de portugueses casados, menos que os cerca de 4,5 milhões de solteiros.

Quanto aos descasados, a percentagem é, "pela primeira vez, superior ao valor da população com estado civil viúvo", cerca de 7,5%. É na região de Lisboa que se regista a mais baixa percentagem de casados (35%) e de viúvos (6,7%) e a segunda maior de divorciados (9,2%).

A análise do estado civil por sexo revela "algumas diferenças entre homens e mulheres", com os indivíduos do sexo masculino em número superior entre os solteiros e indivíduos do sexo feminino a estarem mais representados entre os viúvos e divorciados. "A proporção de homens solteiros é de 47%, face a 40,3% de mulheres solteiras", esclarece o INE.

É, meu bem, como pudeste constatar, não há volta a dar a esta questão da solteirice e de pouco adianta ignorar tal facto. O que importa mesmo é que consigamos sacudir a pressão para nos emparelharmos no matter what e que estejamos cada vez mais conscientes de que o emparelhamento só faz sentido se for para nos fazer e fazer o outro feliz.

Aquele abraço amigo de bom fim de semana!

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14
Out22

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Ora viva! ✌️ 

Uma publicação da Marie Claire Brasil inspirou-me a escrever este post, o qual é portador de uma curiosa novidade: há quem tenha nascido para ser solteiro, melhor dizendo, há quem seja portador de um gene que o torna inapto para relacionamentos amorosos. Como parece ser o meu caso, eis-me aqui a partilhá-lo contigo, não fosses tu o melhor de todos os confidentes.

Antes de desemaranhar esta ideia, permite-me uma pequena contextualização da minha postura face ao celibato. Eu sempre "senti" que tinha nascido para ser desemparelhada. Desde que me lembro de ter consciência do casamento, que sempre disse que jamais embarcaria em tal aventura.

Claro que os inúmeros fracassos amorosos que fui assistindo ao longo da infância e da adolescência só serviram para cimentar essa crença. De tempos em tempos, dá-me uma panca para me emparelhar, como é disso exemplo o post Vou casar!!!, mas no fundo no fundo não sinto convicção nesse propósito, muito menos inspiração para batalhar pela sua concretização. Não acredito, nem nunca acreditei, no "felizes para sempre", pronto falei!

Voltando ao tema de hoje, ao que tudo indica a dificuldade em relacionar-se com parceiros a longo prazo pode muito bem ser culpa do nosso ADN, ou seja, há quem esteja geneticamente "programado" para ser solteiro. A sustentação desta teoria reside num estudo levado a cabo por cientistas chineses, segundo o qual existe um gene responsável por deixar uma pessoa mais ou menos confortável para desfrutar da companhia íntima de um parceiro.

Para chegar a tal conclusão, os investigadores da Universidade de Pequim testaram amostras de cabelos de 600 estudantes locais. Da análise de um gene chamado 5-HTA1, que possui duas versões: G e C, foi possível apurar que os discentes identificados com a versão G, também chamada de singleton, produzem menos serotonina, um neurotransmissor que influencia o humor e a sensação de felicidade.

Ora acontece que as pessoas com menor produção desta hormona encontram mais dificuldades para se aproximar de outros e são mais propensas a sofrerem de depressão. "Como o pessimismo é prejudicial para a formação, qualidade e estabilidade de relacionamentos, esta conexão entre a versão G e problemas psicológicos pode influenciar carreiras, relacionamentos e levar ao fracasso", escreveram os pesquisadores no jornal Scientific Report.

Volvidos mais de 8 anos desde a sua realização (como é que não soube disso antes é a pergunta que me vai atormentar nos próximos dias), estou em condições de atestar a qualidade deste produto made in China. O que quero dizer com isso? Quero dizer que agora é-me evidente que a solteirice crónica de que padeço há vários anos vai muito além da vocação, como sempre acreditei. Ela é fruto de um acaso, ou melhor dizendo, de um azar genético. Que alívio saber que não há nada de errado comigo e que a minha inaptidão para o namoro é responsabilidade do tal singleton. So, it's official, I was born to be single!

Beijo 💋 em ti e até para a semana!

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Ora viva! ✌️ 

Hoje o tempo - e a cabeça, porque não reconhecer? - só dá mesmo para repescar uma crónica de há seis anos, na qual abordo um ponto muito pertinente do atual panorama das relações amorosas: amor líquido, um conceito curioso, não obstante incontornável nos dias de hoje. Boa leitura e, já agora, boa reflexão.

Nas minhas andanças pela rede descobri no blog obvious um artigo que, citando o sociólogo polaco Zygmunt Bauman, faz um retrato sem filtros da realidade atual das relações interpessoais.

Amor Líquido, talvez a obra mais popular deste que é um dos intelectuais mais respeitados da atualidade, analisa de forma simples e prática as relações amorosas e algumas particularidades da sociedade atual, a que ele chama de "modernidade líquida".

Segundo ele, vivemos tempos líquidos, onde nada é feito para durar, tão pouco sólido. Não obstante o desejo comum a todos, os relacionamentos escorrem das nossas mãos por entre os dedos feito água, devido à nossa dificuldade de comunicação afetiva, seja por medo ou insegurança.

Para este pensador, as relações terminam tão rápido quanto começam. Perante a adversidade e a contrariedade, resolve-se a situação cortando de imediato os vínculos. O que acaba por acumular (mais) problemas aos já existentes.

É um mundo de incertezas, cada um por si. Temos relacionamentos instáveis, pois as relações humanas estão cada vez mais flexíveis. Acostumadas com o mundo virtual e com a facilidade de "desconectar-se", as pessoas não conseguem manter um relacionamento a longo prazo. É um amor criado pela sociedade atual (modernidade líquida) para tirar-lhes a responsabilidade de relacionamentos sérios e duradouros. Pessoas estão sendo tratadas como bens de consumo, ou seja, assim que dá defeito descarta-se - ou até mesmo troca-se por "versões mais atualizadas".

O romantismo do amor parece estar fora de moda, o amor verdadeiro foi banalizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas, as quais se referem a estas utilizando a palavra amor. Noites de sexo sem compromisso são apelidadas de "fazer amor". Não existe mais responsabilidades de se amar e a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas nem fazem ideia do seu real significado.

Para melhor explicar as relações amorosas, Bauman estabelece uma relação entre parentesco e afinidade, afirmando que o primeiro seria o laço irredutível e inquebrável - aquilo que não nos dá escolha -, e o segundo voluntário, ou seja escolhido. No entanto, o objetivo da afinidade é ser como o parentesco. Só que, vivendo numa sociedade de total "descartabilidade", até as afinidades estão se tornando raras.

A questão do amor próprio também não escapou à análise deste sociólogo, que considera que as pessoas precisam sentir que são amadas, ouvidas e amparadas. Precisam igualmente saber que fazem falta. Ser digno de amor é algo que só o outro pode nos classificar, cabendo a nós aceitar (ou não) essa classificação. Contudo, perante tantas incertezas e relações sem forma - líquidas - nas quais o amor nos é negado, como garantir o amor próprio? Os amores e as relações humanas de hoje são todos instáveis, e assim não temos certeza do que esperar. Relacionar-se é caminhar na neblina sem a certeza de nada - uma descrição poética da situação.

Num mundo em que ninguém parece ter tempo, paciência e muito menos vontade de investir numa relação verdadeira, duradoura e sustentável, não é de se admirar a quantidade de boa gente de coração livre e cama vazia. Pudera, nem todos estão para levar com um amor líquido!

Beijo 💋 em ti e até sexta!

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Ora viva! ✌️ 

Após um fim de semana caseiro, com uma única saída com destino ao ginásio, após duas semanas de ausência, escrevo este post às sete da manhã, já que daqui a nada vou ter que bater ponto. Como disse anteriormente, estes dias tenho estado a fazer trabalho presencial, já que ganhar dinheiro é preciso, equilibrar as finanças depois das férias ainda mais.

Para hoje proponho (mais) uma reflexão sobre o atual estado dos relacionamentos amorosos, os quais perigosamente pendem para uma instantaneidade, superficialidade, descartabilidade e casualidade crónicas. Assim versa esta crónica falar sobre o papel do sexo casual nessa dinâmica. Antes de adentrar pelo tema, aproveito para agradecer à leitora, seguidora e amiga Aleida Semedo, que foi quem partilhou comigo o texto que se segue.

Uma mensagem, um olhar, algumas palavras e pronto!
O sexo ganhou um novo pseudónimo, o aclamado: "FODA".
Então prepare o preservativo, que a noite vai ser de prazer.
Mas a preservação não é só por uma gravidez inesperada ou uma DST, também nos preservamos do compromisso, do apego, das cobranças e também do AMOR.
É mais fácil tirar a roupa do que o sorriso. Tocar o corpo do que o coração.
Preferimos alguém para comer numa noite, a alguém que fique para comer com a gente no café da manhã.
Estamos tão fragilizados com o compromisso que matamos o prazer enquanto a carência nos enterra.
Houve um tempo em que as pessoas faziam amor, e eram felizes.
Mas hoje, elas fodem!!!
E talvez por isso exista pouca gente feliz e tanta gente "FODIDA".

Penso que depois do que acabaste de ler, pouco ou nada há a ser acrescentado.

Beijo em ti 💋 e até quarta!

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26
Jan22

Sexo sacia, amor nutre

por Sara Sarowsky

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Viva!

Esta crónica assenta num texto da página Kritica Kriolu?, a qual tem por hábito partilhar diversos conteúdos alinhados com a essência deste blog. Gostei particularmente de um publicado na manhã de ontem, por deixar bem claro que existe uma linha que separa o sexo do amor, dois conceitos muitas vezes percecionados como sinónimos, quando na verdade não são. Não mesmo, ainda que estejam intimamente ligados.

Adequado a todo e qualquer ser humano que, numa relação amorosa, insiste em investir apenas no seu papel de provedor de orgasmo, achando que com isso garante o afeto das pessoas com as quais se envolve sentimentalmente, a reflexão abaixo citada deixa bem claro que sexo é uma coisa e que amor é outra bem diferente. O primeiro é capaz de sustentar uma relação até à página vinte; depois disso, se não houver algo mais sólido, acaba por se dissipar na sua própria efemeridade.

Sexo é muito bom, mas estão enganados se acham que mulher vive exclusivamente disso.
Mulheres valorizam a cordialidade de um abraço, a gentileza de um cuidado.
Mulheres gostam de ser levadas a lugares diferentes, que inspirem e sejam inesquecíveis.
Mulheres gostam de ser lembradas numa terça qualquer com uma mega surpresa ou numa quinta pela manhã com um botão de rosa roubado.
Mulheres gostam de ser surpreendidas com declarações singelas, como "lembrei de você", "estou com saudades", "quero te ver".
Uma relação é feita de cumplicidade, companheirismo, amor e dedicação, o resto é consequência.
Se a única coisa que você tem a oferecer para uma mulher é o sexo, desfruta do momento, pois ela vai-te "aproveitar" até perceber que o que você tem para oferecer qualquer homem dispõe.
Você só precisa torcer para ela não perceber que merece mais do que isso. O dia que isso acontecer, perdeu!

Independentemente da tua orientação sexual, se és pessoa para te reveres nesta descrição, fica a saber que o teu papel na vida daqueles com quem te envolves será sempre o de prestador de serviço, e jamais de parceiro efetivo. Para o caso de não ter sido explícita o suficiente, troco por míudos: sexo sacia (o corpo), mas é o amor que nutre (o coração). Quem avisa amigo é!

Beijo no ombro e até sexta!

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digital-art-g13f1ddfce_1920.pngOra viva! ✌️ 

As razões porque falham as relações, ou porque não consegue emparelhar a comunidade celibatária, são assuntos batidos aqui neste blog. Que tal falarmos agora do lado oposto da barricada amorosa, ou seja, dos motivos que determinam o seu sucesso? Até porque é sexta-feira, motivo pelo qual queremos boas energias a pairar sobre o fim de semana.

O amor é desafiante, as pessoas complexas, os relacionamentos exigentes. Amores para a vida são cada vez mais raros e histórias com finais felizes autênticos El Gordo (lotaria de Natal espanhola que dá dezenas de milhões de euros). Nos tempos atuais, a impressão que temos é que são mais as relações amorosas que dão errado do que as que dão certo. Infelizmente...

Embora não seja conhecida nenhuma fórmula mágica que determine o happy end romântico, a verdade é que a ciência conseguiu identificar algumas caraterísticas comuns aos relacionamentos bem-sucedidos. São eles:
1. O casal consegue falar cara a cara - e não apenas por mensagens - e fá-lo diariamente;
2. O casal é capaz de encontrar soluções para problemas e resolver conflitos sem guardar rancores;
3. O casal não pensa nos 'ses' (por exemplo, "Este relacionamento seria ótimo se…");
4. O casal tem consciência dos traços de personalidade que cada um valoriza no outro;
5. A relação é bem tratada de uma forma consistente.

Embora não existam garantias no amor, verificar se a relação cumpre estes requisitos é uma boa forma de apurar se um futuro promissor lhe aguarda. Pelo menos é o que garante o  psicólogo Gerry Heisler à revista Psychology Today.

Aquele abraço amigo de bom fim de semana!

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couple-1779066_1920.jpgOra viva! ✌️ 

Porque existe vida para lá da solteirice, e porque convém lembrar que nem todos os meus leitores/seguidores são desemparelhados, hoje proponho falarmos de fatores que contribuem para que um relacionamento seja saudável, logo desejável. 

De acordo com o psicólogo Dr. Gary W. Lewandowski Jr., "embora resolver problemas seja uma forma de melhorar uma relação a longo prazo, é igualmente importante refletir sobre as boas qualidades de um parceiro e os aspetos positivos da relação". Num artigo para o Psychology Today, este perito em relações amorosas revela os principais pontos fortes de um relacionamento, que muitas vezes passam despercebidos, mas que devem ser trabalhados, em nome de uma relação feliz.


Meu bem, caso estejas numa relação ou em vias de estar, toma nota dos 10 alicerces de uma parceria amorosa que tendem a ser subestimados.

1. Podem ser genuínos
Cada um mostra o 'verdadeiro eu', sem ter medo de ser julgado.

2. São melhores amigos
Em muitos sentidos, o parceiro é o melhor amigo e vice-versa.

3. Sentem-se confortáveis e próximos
Não existem muros emocionais entre o casal, o qual aprendeu a confiar e a ter intimidade emocional, tornando os parceiros ainda mais próximos.

4. São mais parecidos do que diferentes
É claro que existem diferenças, mas, além desses pequenos contrastes, são parecidos em muitos aspetos.

5. Sentem que são uma equipa
Usar muito as palavras "nós" e "nosso" mostra que há um forte sentido de proximidade cognitiva, ou identidade compartilhada, no relacionamento.

6. A tua cara-metade torna-te uma pessoa melhor
Juntos, procuram experiências novas e interessantes que contribuam para um sentimento de autodesenvolvimento.

7. Partilham o poder
Geralmente, partilham a tomada de decisões, o poder e a influência no relacionamento.

8. São bons um para o outro
Estudos sugerem que, quando os parceiros têm personalidades agradáveis e emocionalmente estáveis, tendem a estar mais satisfeitos com a relação.

9. Existe confiança mútua
Ou seja, há a certeza de que a outra pessoa tem sempre os nossos melhores interesses em mente e estará ao nosso lado quando precisarmos dela.

10. Não têm problemas sérios
Não existem sinais de alerta como, por exemplo, desrespeito, infidelidades, ciúmes e violência (física e emocional).

Agora que já te pus a par das boas práticas amorosas, vou deixar-te, que muito trabalho tenho eu pela frente. Conta comigo na quarta para mais uma crónica amiga. Até lá, fica com aquele abraço de sempre!

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african-4333276_1920.jpgOra viva!

Esta crónica é inspirada num texto da Riley Cooper, publicado no thepowerofsilence, em que ela garante que não tem medo de estar sozinha, mas sim de estar numa relação unilateral. Por ter-me identificado com a sua visão do celibato, achei por bem trazer o assunto à baila, na esperança de lançar um novo olhar sobre a solteirice no feminino.

É sabido que muitas são aquelas que escolhem estar numa relação unilateral, na qual são as únicas a investir. Para essas mulheres o medo da solidão amorosa fala mais alto do que o amor-próprio e a dignidade emocional. Erroneamente, acreditam que a solteirice é sinónimo de solidão e infelicidade. Não poderiam estar mais desfasadas da realidade. O que elas precisam aprender (ou recordar) é que pior do que estar desemparelhada é estar numa relação de estéril, em que sequer são correspondidas, respeitadas ou valorizadas. Estar desemparelhada não deve assustar; o que deve assustar é estar numa relação de m*rda.

De acordo com Riley, o estar solteira fê-la mudar o modo como encara as relações amorosas, assim como a sua perspetiva de vida. Mais importante do que isso, fê-la explorar os recantos escondidos da sua alma e entender a importância da autoaceitação, do autocuidado e do amor próprio. Como tal, aponta sete argumentos:

1. Não ter medo de estar consigo própria, mas ter medo de estar com alguém que não a deixa ser ela mesma.

2. Não ter medo de passar o tempo sozinha, mas ter medo de passar o tempo em má companhia.

3. Não ter medo de dormir sozinha, mas ter medo de acordar ao lado de um estranho.

4. Não ter medo de cometer erros, mas ter medo de estar com a pessoa errada.

5. Não ter medo de fazer amor, mas ter medo de fazer amor sem sentir-se amada.

6. Não ter medo das conversas, mas ter medo de conversar com alguém que não a entenda.

7. Não ter medo de estar solteira, mas ter medo de estar com alguém que não está nem aí para ela.

Estar solteira, e em paz com essa condição, não é para todas, é certo. Muitas mulheres não se conhecem, nem gostam de si próprias, ao ponto de se sentirem confortáveis com a solitude. Para elas vale a máxima: "antes mal acompanhada do que só", mesmo que isso as faça sentir-se miseráveis. Suas vidas, suas escolhas, e por mais que lamente, há que saber respeitar que nem todas são como eu, uma solteira bem-resolvida, que, enquanto espera por um amor a que valha a pena entregar-se, vai desfrutando da sua condição amorosa com orgulho, dignidade e gratidão.

Aquele abraço amigo de sempre!

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beauty-863439_1920.jpgViva!

Serão as mulheres poderosas (entenda-se independentes e seguras de si próprias) mais propensas a fracassaram no campo das relações efetivas? Já aqui abordei esta questão, assumindo - com base na minha experiência pessoal - que de facto assim é. Sempre senti que, a nível amoroso, a minha maneira de ser, segura, autónoma, despachada e desapegada, era-me mais prejudicial do que benéfica. No entanto, há dias estive a ler uma crónica da psicóloga Sara Ferreira que pôs-me a pensar que esta minha perceção pode estar enviesada, provavelmente viciada.

Porque estou pondo em causa uma crença até então enraizada em mim? Porque continuo firme no meu processo de desenvolvimento pessoal e espiritual, através do qual vejo-me impelida a reformular o modo como vejo as coisas, como encaro as situações, como analiso as pessoas, como compreendo a vida.

Todos nós, independentemente do género, raça, credo ou orientação sexual, queremos ser felizes; de preferência ao lado de outro alguém que nos ame, compreenda, valorize e apoie. É o que nos inspira, motiva, impulsiona e conforta. Não obstante este desejo, comum e universal, humanamente legítimo, há imensa gente avulsa por aí. Pessoas que permanecem desemparelhadas, por mais que queiram, e tentem, conseguir um parceiro para a vida. Quando se tratam daquelas seguras de si, com boa autoestima, alto astral e espírito do bem este fenómeno parece ainda mais difícil de se compreender. Daí que seja senso comum acreditarmos que para as mulheres poderosas essa tarefa seja, à primeira vista, muito mais árdua.

Ao que parece a coisa não é bem assim, pelo que ninguém melhor que uma psicóloga clínica para nos elucidar. "Não podemos afirmar que os homens fogem de relacionamentos com mulheres que dizem o que pensam e que exercem as suas vontades e outras (legítimas) liberdades pessoais!", garante Sara Ferreira, para quem não é a independência ou a segurança de uma mulher o que os assusta, mas antes a forma como ela as expressa. Os homens não temem mulheres poderosas, temem, sim, aquelas que, escudadas por essa faceta da sua personalidade, se revelam arrogantes, chatas, manipuladoras, adeptas de joguinhos emocionais. Ainda de acordo com esta psicoterapeuta, fogem eles a sete pés das "armadas em boas", que acham que têm sempre razão.


Resumindo e concluindo, a forma como uma mulher demonstra a sua independência/segurança é que determina se ela cativa ou intimida um homem. Ditas as coisas desta maneira, não posso deixar de pensar se não terá sido esse o meu problema, isto é, se, nas minhas relações, não acabei por fazer mau uso dessas caraterísticas. É hora de eu refletir a sério sobre este ponto, pois só azar no amor já não é argumento que satisfaça, muito menos justifique, esta minha solteirice crónica. 

Voltarei na sexta com mais um assunto do meu, aliás, do teu, na verdade, do nosso, interesse. Até lá, fica com aquele abraço amigo de sempre.

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self-love-65693_1920.jpgOra viva!

A inspiração - que andou arisca na última semana, provavelmente escaldada pelo tempo - parece ter voltado em força, graças à LL, uma seguidora que partilhou comigo o drama de estar numa relação com alguém centrado, unica e exclusivamente, em si mesmo. O seu desabafo mais não me pareceu do que um grito de infelicidade e impotência, um claro pedido de socorro.

Escuso dizer que a minha primeira reação foi sugerir que mandasse o gajo à merda, mas como percebi que, para ela, a solução não era tão simples quanto isso, comprometi-me a escrever sobre o assunto, na expectativa de que mais alguém se identifique, ao ponto de querer partilhar a sua experiência, dando assim à LL uma luz sobre o rumo a dar a uma estória que de amor só tem dele para ele mesmo. Confusa? Já vais entender!

Do que depreendi do nosso bate-papo, e mesmo sem qualquer qualificação profissional na área da mente, atrevo-me a diagnosticar a personalidade do dito cujo com quem ela anda metida, a raíz de toda a sua angústia. Em resultado da pesquisa que fiz, é-me possível reconhecer nele os traços de um narcisita de primeira linha. Vejamos: o gajo acha-se
melhor do que os outros (ela inclusive); vive num permanente estado de competição; quer sempre tudo sem dar nada em troca; demonstra grande dificuldade, incapacidade até, em compreender o ponto de vista dela; não faz nada a custo zero; lida muito mal com a frustração; esforça-se demasiado para ser admirado, para ser o centro das atenções; raramente mostra empatia para com as necessidades ou sentimentos alheios; encara a relação amorosa com superficialidade, dando a entender que esta só serve para lhe afagar o ego; revela uma postura arrogante, soberba, insolente e crítica, sempre centrado nos seus pontos de vista e jamais nos dos outros.

Uma vez traçado o perfil dessa pessoa totalmente focada em si, analisemos, à luz da psicologia, o seu comportamento no contexto amoroso-sentimental. "À primeira vista, é relativamente fácil gostar de um narcisista, já que é uma pessoa sedutora, atraente, com carisma e que se mostra extrovertida, autoconfiante e determinada", esclarece Rita Fonseca de Castro, da Oficina de Psicologia. "Quando estabelece um objetivo, é muito persuasivo pelo que, se estiver interessado em se relacionar com alguém, para sua própria gratificação, fará com que o alvo da sua cobiça se sinta especial e desejado." Foi precisamente isso que aconteceu com a protagonista deste melodrama. No início, o fulano demonstrou ser um encanto de homem, com uma personalidade impossível de resistir.

Envolver-se com um narcisista é entrar numa montanha-russa de emoções, que de um modo geral termina rápido e mal. "Alguém com uma personalidade assim tende a estabelecer relações de curta duração e superficiais, sempre focadas nos seus ganhos pessoais. Quem tem uma relação com uma pessoa com esta patologia acaba por investir tudo (sozinho) na relação, e só se apercebe verdadeiramente disso quando acaba", alerta a psicóloga.

Cara LL, para o caso de ainda teres alguma dúvida, retém isto: o teu namorado já encontrou o grande amor da sua vida: ele mesmo! Motivo pelo qual é-lhe francamente difícil entregar-se genuinamente a outra pessoa. Ele pode até sentir-se - e mostrar-se - apaixonado, só que as suas motivações nunca serão verdadeiramente altruístas. Por muito que te custe ouvir, não há como dourar a pílula: a ele só lhe interessa os benefícios que a vossa relação lhe proporciona. É da sua natureza preocupar-se apenas consigo mesmo, pelo que, por mais que queiras, ele não vai mudar. Nem por ti, nem por ninguém. Afinal, uma onça jamais perde as suas pintas, por mais que as tente camuflar.

Um abraço afetuoso meu!

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