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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

07
Set18

Amizade colorida: sim ou não?

por Sara Sarowsky

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Viva!

 

Ontem deparei-me com um artigo do Delas que se debruçava sobre a preferência dos millennials (nados vivos que deram o ar da sua graça neste milénio) por amizades coloridas. De acordo com o mesmo, os jovens de hoje não querem saber nem de compromissos nem de sexo ocasional, com as raparigas a se distanciarem tanto do romantismo das relações prolongadas como das aventuras de uma noite com um desconhecido. Atualmente, elas (e eles também) procuram sobretudo amigos coloridos, também conhecidos como amigos com benefícios, sex budys ou fuck friends. Simplificando: a nova geração só quer saber de amigos com quem, volta e meia, dão umas cambalhotas e tal, se é que me entendes.

 

Não é que o artigo – bastante refinado, diga-se de passagem – me tenha suscitado alguma epifania. Ao contrário; farta estou eu de levar com propostas do género. O seu principal contributo foi tão somente inspirar-me a dedicar esta crónica aos prós e contras deste tipo de relação, do qual não sou adepta, mas a cuja evidência empírica não me é possível ficar alheia.

 

Adentrando na questão, importa perceber o quão benéfico pode ser dar cor a algo que, na sua génese, sempre se quis a preto e branco. Para não estar para aqui a disparar teorias baseadas exclusivamente na minha perceção pessoal, chamo à conversa um estudo de 2013, da Boise State University, que atestou que o sexo entre amigos ajuda a fortalecer a relação de amizade. Os investigadores concluíram que cerca de 20% da amostra (num total de 300 idivíduos de ambos os sexos) admitiram ter tido sexo com pelo menos um amigo, em algum momento da vida. Desses 20%, 76% afirmou que a amizade ficou fortalecida desde então.

 

Ora, sabemos nós que os norte-americanos não são propriamente o exemplo mais fidedigno para o que quer que seja, pelo menos não para os padrões europeus e africanos. Tenho que vos lembrar que foram eles que elegeram o Trampa para presidente?

 

Tanto assim é que, três anos depois, um outro estudo, desta vez realizado no Europa, deita por terra esta teoria. Em abril de 2017, uma pesquisa das universidades polacas de Lodz e Silésia comprova que os amigos coloridos tendem a ser pessoas manipuladoras e com pouca empatia. Isto porque apresentam uma satisfação sexual mais elevada e realizam as suas fantasias sexuais mais frequentemente, confirmando que esta é uma situação propícia à descoberta de novas experiências sexuais. Mas, em contrapartida, tornam-se pessoas menos felizes e satisfeitas nas suas relações pessoais.

 

Por ter sido educada sob a tabuada dos mais tradicionais valores africanos – ainda que conteste uma boa parte deles, especialmente os respeitantes ao papel da mulher no seio da esfera familiar –, em matéria de amor, assumo, sem ponta de constrangimento, continuar fiel aos princípios mais elementares: compromisso, exclusividade e seriedade. Se a isso acrescentar o facto de gostar de ser do contra, isto é, de caminhar em direção contrária à manada, a minha posição perante as amizades coloridas é inequívoca.

 

Quanto a ti, depois do que acabaste de ler, penso teres elementos suficientes para assumires uma posição, pró ou contra, sobre esta modalidade de interação amorosa. Independentemente de qual for ela, o meu conselho é que só entres nessa onda se essa for realmente a tua praia. Só porque está na moda ou porque as amigas o fazem não são razões válidas para teres sexo com um amigo, arriscando comprometer uma bonita e saudável relação de afeição. Mantém-te fiel ao teu coração e às tuas convicções.

 

Até à próxima!

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20
Mai18

Queres f**** comigo?

por Sara Sarowsky

32512079_2137615606255385_5213909895832666112_n.jpViva!

Ainda que sob pena de ultrapassar a linha que separa o erótico do pornográfico, arrisco-me a partilhar contigo o olhar do Marcos Bulhões sobre as relações nos tempos atuais. Em respeito para com a boa digestão virtual e para com o alinhamento editorial deste blog, o termo f**** será alvo de uma pequena censura, os tais asteriscos. Quanto à imagem, após hora e meia de indecisão, lá acabei por escolher a mesma que o autor usou na publicação original.

Sexo casual 
é o novo modelo de relacionamento.
Uma mensagem,
Um olhar,
Algumas palavras e pronto!
O sexo ganhou um novo pseudónimo:
o aclamado "foda".
Então prepara o preservativo
que a noite vai ser de prazer.
Mas a preservação não é só 
por uma gravidez inesperada ou uma DST,
também nos preservamos 
do compromisso,
do apego,
das cobranças
e sobretudo do AMOR.
É mais fácil tirar a roupa do que o sorriso.
Tocar corpo do que o coração.
Preferimos alguém pra comer numa noite,
a alguém que fique para comer connosco no café da manhã.
Estamos tão fragilizados com compromisso
que matamos o prazer enquanto a carência nos enterra.
Houve um tempo em que as pessoas 
faziam amor, e eram felizes.
Mas hoje, elas f****!!!
E talvez por isso exista pouca gente feliz
e tanta gente f*****.

A primeira ilação que se pode tirar do acima exposto é que os sentimentos mais profundos parecem já não interessar assim tanto, ao passo que os mais efémeros e superficiais parecem alastrar-se tal e qual um derrame de crude em pleno oceano.

Claro que cada um sabe o que é melhor para si, assim como cada qual faz o uso que lhe convém do livre arbítrio. Eu não me identifico de todo com este tipo de relações, como, aliás, não me canso de aqui repetir. Na verdade, um dos grandes motivos porque continuo solteira é precisamente o facto de partilhar do ponto de vista do Marcos.

Quando é uma mulher a abordar esta questão ela sujeita-se a levar com rótulos do tipo romântica, ingénua ou sentimental. Mas quando é um gajo a por o dedo no cancro das relações modernas: a primazia do físico em detrimento do emocional, o assunto assume outras nuances.

É, single mine, quem tem a sorte de ter um amor com letras maísculas que o conserve bem, porque para aqueles que não o têm, só mesmo recorrerendo ao Tom Cruise para completar a missão.

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24
Jan18

A sexualidade em 10 versões

por Sara Sarowsky

download.jpgViva!

Qualquer mortal com uma fissura na mente – por mais pequena que seja – não pode deixar de reconhecer que há muito que a homossexualidade e a bissexualidade deixaram de ser as únicas alternativas à heterossexualidade. Nos dias que correm existem tendências sexuais para todos os gostos e preferências.
 
Com esta crónica pretendo fazer um apanhado das mais em voga, num total de 10, elencadas pelo psicólogo espanhol Arturo Torres:
 
1. Heterossexualidade
É a orientação sexual definida exclusivamente pela atração entre pessoas de sexo oposto. É a mais comum.
 
2. Homossexualidade
Carateriza-se pela atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Popularmente, identificam-se os homens homossxuais como gays e as mulheres como lésbicas.
 
3. Bissexualidade
Pauta-se pela atração sexual por pessoas de ambos os sexos, mas não necessariamente com a mesma frequência ou intensidade.
 
4. Panssexualidade
Refere-se à atração sexual por pessoas, independentemente do seu sexo biológico ou identidade de género. A diferença entre esta orientação e a bissexualidade é que, neste caso, a atração sexual vai-se experienciando através das categorias de género, enquanto que na panssexualidade tal não acontece.
 
5. Demissexualidade
Esta opção sexual descreve-se como o desenvolvimento da atração sexual apenas nos casos em que se terá estabelecido previamente um forte vínculo emocional ou afetivo.
 
6. Lithssexualidade
Indivíduos com este tipo de orientação sexual sentem atração por outras pessoas mas não sentem necessidade de serem correspondidos.
 
7. Autossexualidade
Aqui a atração é unidirecional, ou seja por si mesmo, sem que isso seja sinónimo de narcisismo. Pode entender-se como uma forma de alimentar o afeto ou o amor próprio.
 
8. Antrossexualidade
Este conceito aplica-se àqueles que experimentam a sexualidade sem saber em que categoria identificar-se e/ou sem sentir necessidade de classificar-se em nenhuma delas.
 
9. Polissexualidade
Considera-se polissexual quem sente atração por vários grupos de pessoas com identidades de géneros concretos. Segundo o critério utilizado para o classificar, pode entender-se que a polissexualidade se confunde com outras orientações sexuais como, por exemplo, a panssexualidade.
 
10. Assexualidade
Esta orientação serve para nomear a ausência de atração sexual. Muitas vezes, considera-se que não faz parte da diversidade de orientações sexuais, ao ser mesmo a sua negação.
 
Este post mostra-nos o quão insensato é catalogar a orientação sexual humana, visto que esta vem-se revelando cada vez mais complexa e cheia de nuances.
 
Dou por concluída a escrita de hoje, não sem antes partilhar os resultados do teste à minha orientação sexual. À luz destas tipologias que acabei de citar, não restam dúvidas de que a minha sexualidade é fruto da tríade: heterossexualidade, demissexualidade e autossexualidade. De ora em diante, sempre que for necessário defini-la, direi que sou heterodemiautossexual. Impactante, não?
 
E tu, single mine, em que categoria inseres a tua sexualidade?
 

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18
Out17

11811576_1018347118205518_6807440337819981053_n.jpOra viva!

No início do ano, aquando do posEntre sadomasoquismo, rendez-vous e sugar baby, fico-me pelo cuddling, fiz referência a um prática emergente nas terras do tio Sam: pagar para ter companhia. Fait attention que não escrevi pagar para ter sexo, mas sim para ter companhia. Ah pois, parece que esta tendência galgou o Atlântico – tal qual os bravos navegadores portugueses séculos idos – e deu o ar da sua graça em território luso.

De acordo com um artigo do Sol, esta moda que "começou nos Estados Unidos, pegou na China e já chegou a Portugal" é um negócio muito simples que consiste em trocar uma certa quantia de dinheiro por um certo período de tempo com um completo estranho, que, durante aqueles momentos, se torna um companheiro.

Por aqui, cabe à plataforma virtual Rental Girlfriends dar as cartas no ramo, ao ponto de poder gabar-se que da sua carteira de prestadoras de serviço contam várias venusianas, todas elas dispostas a ceder o seu tempo (e otras cositas mas, se assim desejarem) a favor de uma simpática quantia em euros.

De uma foma muito sucinta a coisa funciona assim: o cliente – consoante a sua vontade, o seu fundo de maneio, a disponibilidade da prestadora ou a conveniência da entidade patronal – aluga a pessoa por um x número de horas. Feito isso, espera-se que ele dê uns giros com a nova companhia por vários sítios, cabendo a esta vestir a pele de uma namorada comme il faut.

Caso a tua mente esteja para aí a magicar hipóteses e possibilidades, convém registares que os preços variam entre 60 e 80 euros por hora. Pelo menos é esta a informação que consta no referido site.

Ao contrário do cuddling, quiçá por os tugas serem mais travados que os americanos, o contacto físico é terminantemente proibido, estando prevista uma margem de tolerância de até alguns beijos 'extra'. Isso se a contratada se mostrar recetiva a tal, obvimente!

"Não é suposto haver contacto físico. Aqui não há sexo envolvido, está bem explícito nas nossas regras. Tanto que os encontros têm que ser marcados só para sítios públicos, não pode ser em hotéis, por exemplo, para segurança das meninas, embora se as meninas quiserem ter outro tipo de envolvimento isso já é da responsabilidade delas", garantiu um dos sócios deste negócio.

"Os nossos clientes 'compram' habitualmente estas namoradas para passeios, jantares fora e cinema. Queremos dar aos homens uma oportunidade de desfrutar dos benefícios de ter uma namorada sem todos os aborrecimentos. Assim são eles que decidem onde ir e o que fazer, quando querem sair e quando não querem. E tem vantagens em relação às acompanhantes de luxo, que costumam agir de forma linear, estática e transacional, o que faz com que os homens sintam que estão simplesmente a pagar por um encontro sexual. Alugar uma namorada faz um homem sentir como é querido, amado, cuidado e todos os mesmos sentimentos de ter uma namorada real", remata Pedro Santos em entrevista a um pasquim nacional cujo nome recuso-me a citar pelo simples facto de achar que não interessa a ninguém, nem mesmo ao CR7 (se é que me entendes).

Declaro encerrada esta sessão com a seguinte sentença: condenado estará todo e qualquer inupto (esta foi diretamente importada do dicionário, só para me armar em erudita) que ouse cobiçar semelhante serviço!

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09
Out17

celular-sexo-cama.jpgOra viva!

Single mine, tu que andas por dentro das últimas novidades em matéria de cibersedução, o que me tens a dizer sobre sexting? E não me digas que não sabes do que estou pra aqui a falar, que eu sei que sim. Só não estás a ligar o nome à coisa! 

Sexting, que resulta da junção das palavras inglesas sex (sexo) e texting (trocar mensagens), mais não é do que a troca de mensagens íntimas, com texto e imagens. É aquela cena das mensagens marotas, fotos ousadas, selfies au nude e por aí fora.

Parece que esta moda – que não é nova, mas que agora começa a assumir um papel de destaque nas relações amorosas – está a conquistar gente de todas as idades. De acordo com um artigo da Visão, é usada para chamar a atenção, seduzir e alimentar o erotismo em ligações estáveis ou à distância. 

Quero escrever sobre o assunto, mas antes gostaria de te ouvir, de saber se és praticante, adepto ou simplesmente indiferente? Tens experiências (boas ou más) que queiras partilhar? Fico à espera do teu contributo, até lá uma semana picante!

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