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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

15
Mai19

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Viva!

Com o falecimento repentino do meu pai, a viagem de última hora a Cabo Verde, as cerimónias fúnebres, o reencontro com os meus em circunstâncias tão dolorosas, o stress para conseguir retornar ao território português (à custa de uma autorização de residência caducada há quatro meses), o trabalho acumulado pela ausência inesperada, as duas idas ao SEF a fim de legalizar a minha permanência no país, sem mencionar a indescritível tristeza por me saber órfã de progenitor, a minha vida no último mês tem sido um pesadelo, para não dizer um inferno.

Por não escrever há tanto tempo (por mais que quisesse, como poderia?), receio ter perdido o jeito para a coisa. Como tal, eis-me aqui praticamente a obrigar a minha pessoa a digitar caracteres, na firme esperança de que o gosto pela escrita ressurja da inércia, tal como a fénix das cinzas. A ver vamos o que daqui sairá. Para não estar mais com delongas, que o meu estado psicoemocional já conheceu dias melhores, escolhi para tema desta crónica a solteirice, na perspetiva de antes solteira do que mal emparelhada.

Sabes aquele velho ditado que diz que mais vale só do que mal acompanhado? Como se não bastasse a sabedoria popular, evidências científicas vêm agora sustentar esta crença. Uma pesquisa conduzida por investigadores da Universidade de Buffalo, citada pela psiquiatra e sexóloga Kate Pickles, sugere que é muito mais benéfico para a saúde ficar solteira do que insistir em permanecer num relacionamento amoroso mau.

Apuradas as respostas de um inquérito aplicado a jovens casais residentes em regiões rurais do estado de Iowa, constatou-se que quanto mais tempo estes permaneciam em relacionamentos positivos, melhor era o seu estado de saúde. Na mesma linha de pensamento, foram identificados flagrantes efeitos negativos sobre a saúde daquelas que mantinham relacionamentos de má qualidade — demonstrando que, pelo menos no que diz respeito ao bem-estar geral, é muito melhor estar só do que mal acompanhado.

Por hoje é tudo, que esta minha inspiração já conheceu dias melhores. Aquele abraço amigo e até breve!

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12
Dez17

O que elas querem num homem

por Sara Sarowsky

11811365_1018761174830779_8556548853079235378_n.jpOra viva!

Ainda que alguns exemplares pareçam reunir consenso, a verdade é que o tipo de homem que arranca suspiros no sexo feminino varia muito de pessoa para pessoa. O que mexe com as hormonas de uma pode perfeitamente não levantar nem uma sobrancelha de outra.

No meu caso, por exemplo, o tipo que me provoca palpitações encaixa-se no seguinte perfil: alto, magro, tonificado, lábios cheios, dentadura bonita, orelhas domesticadas, estilo casual chic. Basicamente é isso, pois não sou uma mulher muito exigente (imagina se fosse).

Seja branco ou negro, alto ou baixo, loiro ou moreno, musculado ou franzino, sisudo ou divertido, a pergunta sobre a qual se debruça esta crónica é: afinal qual é o tipo de homem de que mais gostamos?

Uma pesquisa recente parece ter encontrado a resposta a essa questão, já que, segunda ela, a maioria das mulheres modernas procura um homem maduro, confiante, com uma vida profissional estável e que goste de dominar na cama. Másculo, sem ser exagerado; cuidadoso, sem ser vaidoso; atencioso, sem ser piegas: prestativo, sem ser intrometido; parceiro nas tarefas domésticas, sem dar uma de mulher a dias. Fora isso, são-lhe ainda associados mais estes atributos:

Confiança
Um tipo seguro de si, que passa uma imagem de poder e controlo, sem ser arrogante, é o must have do sexo masculino. Se a isso acrescentarmos o não sentir ciúmes, nem sentir-se ameaçado por outros homens, é o jackpot. Este perfil torna-se ainda mais irresistível se for natural e não forçado.

Veia artística
Músicos, pintores e até artistas de rua são sobejamento conhecidos por serem espontâneos, criativos, viverem o momento e serem atentos a pequenos detalhes que fazem toda a diferença para as mulheres. São precisamente essas caraterísticas que fazem com que emanem uma atração especial que faz com que cada uma de nós se sinta única, uma espécie de musa inspiradora.

Pinta de bad boy
Sabes aquele tipo de "espírito livre", meio perdido na vida e que não se deixa espartilhar pelas convenções sociais? Geralmente, são homens muito aventureiros, que proporcionam uma adrenalina bastante apelativa. E é esta forma despreocupada de encarar a existência humana que nos deixa pelo beicinho.

Intelectual q.b.
Conviver com um homem inteligente é um dos mais poderosos afrodisíacos, na minha opinião. As conversas nunca são superficiais, nem ocas e muito menos estéreis. O mais fascinante neste tipo é o seu real interesse em saber o que a mulher tem para dizer. Além disso, tende a ser bastante maduro, algo que apreciamos bastante.

Sentido de humor
Quem não quer um homem com um senso de humor apurado, adequado e refinado, capaz de arrancar sorrisos fáceis e contagiar com a sua boa disposição? Ao lado de um exemplar desses a vida fica bem mais leve e a relação uma dádiva.

Com o acima exposto ficou claro que agradar (efetivamente) ao sexo feminino depende muito mais daquilo que se é do que daquilo que se tem. Uma carinha laroca, um corpo musculado e uma carteira recheada não são, por si só, garantia de felicidade, ainda que, num primeiro momento, possa parecer que sim.

Atraímos pela aparência, mas é pela essência que cativamos, lembra-te disso!

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18056282_1606479152725642_948530683903039979_o.jpgOra viva!

Correu bem o fim de semana, single mine? O meu – feliz ou infelizmente, já nem sei dizer – foi passado a trabalhar. Abro aqui um parêntesis para te fazer um balanço da minha situação profissional, coisa que há muito não acontece.

Durante este mês, abracei o cargo de cuidadora (de um amoroso casal nonagenário), cujas tarefas se regem nos seguintes termos: dias úteis, entrada ao final da tarde e saída na manhã seguinte, e aos fins de semana, entrada na sexta à tarde e saída à mesma hora de domingo.

Como podes imaginar, a minha vida social, que já andava ligada a soro, neste momento só sobrevive à custa do suporte básico de vida. E logo agora que, quiça inspirada pelas festas juninas, pelos arraiais, pelos festivais de música, pelos eventos ao ar livre, pelo arranque da época balnear, pelo regresso dos sunset party ou pela perspetiva de um (escaldante) amor de verão, me predispus a atravessar a fronteira da solteirice e dar uma oportunidade ao amor.

Mas fazer o quê? Trabalho é trabalho, e enquanto não chega a tão ambicionada estabilidade económico-profissional, não me posso dar ao luxo de dispensar as oportunidades que me vão surgindo, venham elas de onde vierem.

Dramas meus à parte, hoje escrevo-te a propósito dos resultados de um estudo da Aston Medical School sobre os benefícios do casamento na saúde humana. Ao que apurou esta recente pesquisa, o matrimónio ameniza os efeitos de problemas como hipertensão, colesterol alto ou diabetes tipo 2, os principais fatores de risco para o aparecimento de doenças cardíacas fatais.

A explicação para esta relação causa-efeito parece residir no facto de os cônjuges se incentivarem mutuamente no que toca a cuidar da saúde e da alimentação, a tomar medicação e a praticar exercício físico.

A dita pesquisa, que contou com mais de um milhão de participantes com cerca de 60 anos e desenrolou-se ao longo de 13 anos, vem confirmar os resultados de vários outros estudos anteriormente realizados, como a descoberta da OMS de que o casamento reduz o risco de ansiedade e depressão ou da Universidade da Califórnia, que concluiu que a taxa de mortalidade nos pacientes oncológicos casados é menor do que nos pacientes solteiros (assunto já aqui abordado aquando do artigo Três razões porque compensa namorar). 

Contudo, parece que as benesses do enlace marital são bem mais flagrantes na vida deles do que na delas. Isto porque os efeitos nefastos da solteirice são mais amenos quando se trata delas.

Estar casado traz ainda outras vantagens para o sexo masculino que não são tão significantes nas mulheres. Segundo o America's Institute for Family Studies, os benefícios do casamento para os homens "são substanciais em todos os parâmetros". Incluem ganhar mais dinheiro, ter uma vida sexual melhor e "saúde física e mental claramente melhor", afirma o estudo.

A ser verdade tudo isso, porque relutam tanto eles em deixar-se enlaçar? E porque é a sociedade tão impiedosa com a solteirice feminina, quando, no final das contas, são eles quem mais lucram com o casamento?

Terá a ciência uma resposta cabal e convincente a estas minhas questões? Aguardemos, pois, o desenrolar das próximas investigações. Até lá, uma semana ausipiciosa para todos nós e um bom feriado para os alfacinhas!

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17884105_1501730543192381_2992898914770885937_n.jpOra viva!

Por mais que tudo e todos nos tentem convencer de que estar emparelhado é melhor do que não estar, o facto é que estar solteiro tem tantas ou até mais vantagens do que estar comprometido. O que se passa é que muitos solteiros, sobretudo as mulheres, que parecem desconhecer (ou fazem questão de ignorar) como tirar partido da sua situação amorosa.

A estas pessoas, dedico a crónica de hoje na esperança de que esta possa ajudá-las a se concentrarem no lado B (leia-se bom) da solteirice. Volto a frisar que não sou contra relações – pelo contrário –, apenas tento focar-me no lado positivo das coisas, sejam elas relações ou acontecimentos.

Esclarecido este ponto, eis algumas vantagens de se estar solteira. Abro aqui um parêntesis para dizer que me dirijo espeficiamente ao género feminino por ser aquele que acusa ressentir-se mais desta realidade.

» Não tens de tomar decisões em função de outra pessoa.

» Tudo começa e acaba em ti. Há coisa melhor do que sermos o centro da nossa atenção?

» O teu tempo livre e o teu dinheiro são para uso exclusivo, já que não tens que partilhá-los com mais ninguém.

» Ficas com mais tempo para te dedicares à carreira e ao que mais te apetecer.

» Desfrutas de uma paz de espírito fenomenal, já que não tens que lidar com o medo de perder alguém ou de ser traído, cenas de ciúmes, zangas, amuos, etc, etc.

» Não tens que vestir a farda de agente KGB. Com isso quero dizer que não tens que estar alerta em relação aonde ele vai, com quem está, com quem partilha fotografias. O mesmo se aplica a telefonemas, mensagens ou amizades (especialmente nas redes sociais).

» És dona e senhora do teu nariz, não tendo que dar satisfações a ninguém.

» Podes viajar quando, quanto, para onde e com quem quiseres.

» Não tens que manter a depilação em dia se não quiseres.

» És leve, livre e solta, ou seja, podes sair, flertar e curtir com quem quiseres.

» A tua vida sexual pode ser à la carte, ou seja, só comes quem queres, quando queres, em que quantidade queres e da forma como te apetecer.

» Tens mais disponibilidade para a família, amigos, colegas, vizinhos, conhecidos, desconhecidos e quem mais cruzar o teu caminho.

» Ficas com todo o tempo do mundo para cuidares de ti e investires na (boa) forma física, vida saudável, beleza e sex apeal.

» Podes vestir o que quiseres sem ter que levar com censuras ou olhares reprovadores.

» Aprendes a desfrutar da tua própria companhia e a descobrir um mundo de coisas que de outra forma não seria possível.

» Descobres que tu és o grande amor da tua vida e que não há amor maior do que aquele que nutrimos pela nossa própria pessoa.

» Podes, a qualquer momento, encontrar outro amor que te complete e te faça (ainda) mais feliz.

Depois do que acabaste de ler, (ainda) sentes que tens motivos para te considerares uma desgraçada?

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mw-1600.jpgOra viva!

Por muito que acredite que o último dia útil da semana mereça leveza, hoje finto esta regra, só minha, para abordar um assunto que é tudo menos soft: homens errados, espécies que, para mal dos pecados das disponíveis "moderadamente românticas", proliferam que nem pragas.

A propósito deste assunto, chamo à conversa o livro Diz-lhe Que Não, publicado há coisa de meses pela jornalista, e colega de blogging, Helena Magalhães. Faço aqui um parêntesis para referir que este foi-me recomendado pela seguidora LS, que, ao lê-lo, achou que este tinha potencial para servir de inspiração a uma crónica (ou mais, quem sabe). Não poderias estar mais certa, minha querida, a quem aproveito para agradecer (publicamente) pela dica.

Voltando ao Diz-lhe Que Não, imagino que a esta altura da leitura já devas estar a interrogar-te: dizer que 'não' a quem? Aos homens errados e às relações fast-food, ao que mais seria?

Para começo de conversa, a autora assume claramente que existe uma linha muito clara que separa o "eu quero" do "eu preciso". Com isso quer ela dizer que todas nós queremos um homem, mas nem todas precisamos de um para ser feliz. Como é o meu caso e o de algumas minas da minha tribo. 

À semelhança do que não me canso de apregoar, considera a autora que "existem muitas pessoas que não conseguem viver sozinhas, porque não têm capacidade de estar consigo próprias, ou ir jantar ou ao cinema ou ao café sozinhas, e o que acontece é que muitas vezes estão em relações de 'merda' só porque não conseguem estar sem ninguém, e isso é ridículo".

Ainda que as mulheres sejam mais propensas a "envolver-se e permanecer numa relação que não é, de todo, saudável", não penses tu que este é um drama exclusivamente feminino. Nada disso! Também eles embarcam em vínculos (emocionais ou sexuais, é-me indiferente o nome que lhes queiram dar) estéreis, cujas motivações resumem-se a essencialmente três: "despejar os colhões" (sei que a expressão é um tanto ou quanto ordinária, mas dado que se trata da mais pura verdade, dispensemos a luva de pelica), ter quem lhes afague o ego e lhes preste assistência toda vez que o défice de atenção lhes bater à porta.

É por isso que é importante aprender a ter coragem de dizer 'não' aos homens inadequados, assim como às relações que não acrescentam valor à nossa vida. Para Helena Magalhães, "a pessoa errada será sempre a pessoa errada", pelo que insistir no erro de pouco ou nada adiantará, já que a felicidade que essa relação poderá trazer será sempre uma miragem, tal e qual uma alma perdida no deserto do Saara, a que se agarra com unhas e dentes como forma de continuar a acreditar que (ainda) há vida pulsando.

Ao longo do livro é clara a mensagem que a escritora tenta passar às single ladies: mais saudáveis são aquelas que conseguem pensar 'eu quero um homem, mas não preciso'. Sabe-se lá por carência, desespero, solidão, pressa ou pressão social, imensas pessoas acreditam que precisam de outro alguém para serem felizes. Errado! Precisamos de outra pessoa para ser mais feliz. A nossa felicidade depende única e exclusivamente da nossa própria pessoa.

Quanto a isso, a opinião dela vai de encontro à minha: antes temos que aprender a (con)vivermos connosco próprios e com os outros e a ter a liberdade de sermos felizes, independentemente da situação em que nos encontramos e de quem dorme do outro lado da nossa cama.

Outro ponto digno de partilha é a abordagem que Magalhães faz do amor nos tempos atuais. Na sua opinião, hoje em dia este sentimento é encarado como um 'bicho papão', ao ponto de, se nos declararmos a alguém, o mais provável é essa pessoa 'fugir a sete pés'. "Acho que isso reflete um bocado a geração em que vivemos agora. Com todas estas formas de namorar virtuais e tão descartáveis, a palavra amor tornou-se num tabu autêntico, falar de amor é tabu". E continua: "Acho que isso faz com que deixássemos de investir tanto nas pessoas, porque temos aquela noção de que existem mais pessoas disponíveis. Ao primeiro problema que existe saltamos logo fora, porque temos mais 500 pessoas na aplicação para ‘rodar’ e dizer que ‘sim’ ou que ‘não’. Isto veio mudar a forma como nos relacionamos, como nos sentimos e como lidamos com o amor, porque na verdade e, apesar de estar todos conectados nas redes sociais, ao fim e ao cabo não estamos com ninguém, estamos sozinhos em casa a teclar e não fazemos mais nada".

Não poderia terminar esta crónica sem fazer referência a um outro aspeto convergente entre mim e a autora: o dar o corpo ao manifesto a custo zero (como costumo dizer), sobretudo no primeiro encontro. A propósito disso, eis a perceção dela: "Hoje em dia, os primeiros encontros tornaram-se atos sexuais, porque o sexo é o encontro, e se alguém diz que não, parte-se para outra pessoa. Por isso é que digo que as pessoas estão desinteressadas, porque querem tudo muito rápido, tudo a acontecer neste momento, o agora, e se demoramos um bocadinho desaparecem... Mesmo quando dizemos, 'vamos jantar' ou 'vamos ao cinema', desaparecem, porque há outra pessoa que quer dar o que eles querem".

Preciso escrever mais? Ao devorar a escrita dela até parecia que estava a ouvir a os meus próprios pensamento. Será que existem almas-gêmeas literárias? A existir, a Helena Magalhães é uma forte candidata à minha.

Bom fim de semana, solteira minha, e aproveita estes dias de pausa para interiorizar a palavra de ordem deste artigo: left-swiped (na linguagem das apps de engate) aos homens errados.

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Publicação1.jpgOra viva!

No dia em que o teatro e as mulheres da minha terra celebram o seu dia – sim, nós as africanas festejamos por três vezes a condição feminina: dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, dia 27 de março, Dia da Mulher Cabo-verdiana, e dia 31 de julho, Dia da Mulher Africana. Como podes ver, motivos para celebrar e enaltecer o nosso género é o que não nos falta.

Que me desculpe o resto do mundo, mas para mim não existem mulheres mais atraentes que as cabo-verdianas. Lindas, guerreiras, perspicazes, amorosas, positivas e gostosas pra caramba, só para citar alguns dos infinitos predicados que caraterizam a mulher crioula. Por falar em atratividade, lembras-te daquele post de há umas semanitas que ligava a infidelidade masculina a um nível de inteligência mais baixo?

A propósito disso, não sei se chegaste a acompanhar o debate que se seguiu nas notas de rodapé. Entre farpas, bitaites, conselhos e confidências, não se chegou a consenso, já que nenhuma das bancadas soube precisar porque trai um homem quando nada lhe falta na relação. E com nada quero dizer, boa cama, boa mesa, bom ombro amigo e mais do que satisfatórios níveis de respeito, fidelidade, mimo e carinho.

Ontem, deparei-me com um artigo que me forneceu uma explicação minimamente convincente a esta questão tão premente, que urge ser desmitificada, nem que seja para uma melhor gestão de futuras relações.

O estudo Pessoas atraentes e a longevidade das relações: a beleza não é o que se pensa, sob a chancela da prestigiada Universidade de Harvard, garante, com base em dados empíricos, que os mais atraentes têm mais dificuldade em manter relacionamentos longos, dado que estão mais propensos ao assédio, logo a tentações. Ou seja, além de ser frequente os mais bonitos terem interessados fora da relação, eles próprios também tendem a interessar-se mais por outras pessoas.

Estudos anteriores sobre o mesmo tema tinham já demonstrado que quando se assume um compromisso com alguém, tendemos a relativizar a atratividade dos outros, numa espécie de negação que visa manter a tentação a léguas de distância da nossa relação.

De facto, não é difícil comprovar, na vida real, que os emparelhados mais apetecíveis despertam maior interesse e cobiça alheia. O que não é assim tão flagrante, como garante o citado estudo, é que os próprios também têm mais probabilidade de sentir essa atração por alguém "de fora", sobretudo se estiverem insatisfeitos com as suas relações.

A ser assim, parece-me que a solução para minimizar o risco de infidelidade reside nesta simples equação: arranjar um parceiro pouco atraente. Será? Eu é que não pretendo pagar para ver.

Boa semana e um viva à mulher crioula, que ela bem merece!

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23
Mar17

14424740_1316762761697284_3441626987222904568_o.jpOra viva!

Meu bem, olha só este artigo, publicado pelo Portal Raízes, com que me deparei ontem nas minhas andanças pelo cibermundo. Trata-se de uma interessante abordagem sobre um aspeto amplamente abordado aqui no Ainda Solteira: o porquê de eu, e tantas outras mulheres deveras interessantes, optarem por permanecer solteira, não obstante todo tipo de pressão para que assim não seja.

Para muitas pessoas estar sozinha pode significar uma situação não desejada. Seja porque se sente mais à vontade com alguém para realizar planos que normalmente são executados em parceria ou, simplesmente, porque desejam amar e ser amada.

Mas o fato de estar sozinha não deve ser pensado como algo negativo, tão pouco permanecer sozinha tem que ser definitivo. Quem está sozinha deve apreciar os momentos de solteirice para que isso não resulte numa tortura ou busca desesperada por alguém a quem amar. Enquanto estiver solteira desfrute desta condição.

Estar sem uma companhia não representa sentir-se sozinha e abandonada. Se não formos capazes de estar connosco mesmas, teremos dificuldades de ficar bem com mais alguém. Devemos nos conscientizar de que devemos nos sentir plenas vivendo sozinhas para nos prepararmos  a um amor sem dependência de nenhuma índole.

Algumas vezes, pelo fato de resistirmos em estar sozinhas, seja por medo da solidão, pela necessidade de companhia, por nos sentirmos vulneráveis sem um parceiro, nos envolvemos com alguém procurando preencher espaços em nossos sentimentos. Quando vínculos se estabelecem com este motivo se criam relações pelas quais são atendidas apenas as necessidades um do outro. Neste ponto é gerado o apego que resulta em sofrimento.

O termo apego está muito relacionado com o amor, mas é como se a gente enxergasse o amor do ponto de vista do ego, não de dentro do coração. Quando que se ama de forma incondicional é um tipo raro de amor.

Posto que, geralmente, sempre esperamos alguma troca, sempre esperamos satisfazer –  com a companhia de outra pessoa – apenas as nossas próprias necessidades. E procurar em outra pessoa o bem-estar que desejamos em nós é egoísmo que produz ciúmes e a consequente disputa por espaço. Revela, por outro lado, o medo de perdermos o status, a relação e a comodidade de contar com alguém. E o medo não é bom companheiro do amor.

Tudo isso nos faz pensar que a maioria das relações se baseiam no apego e estas, geralmente, são mais propensas a conflitos, separações ou a uniões  meramente interesseiras.

Encaminhe suas energias ao caminho da liberdade donde surge o amor real. Coloque com clareza  a diferença ente preferir e necessitar. Aprenda a se sentir bem consigo mesma. E, sobretudo, procure não se envolver com alguém pelos motivos equivocados se realmente deseja viver um amor pleno e não apenas suprir uma necessidade do momento.

Feliz dia!

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16729465_10212249581061745_5126571181069086780_n.jOra viva!

Porque gente feliz não incomoda (pelo contrário); porque de fel e fealdade deve-se manter distância; porque a felicidade é um dos poucos sentimentos infecto-contagiosos que queremos, necessitamos e devemos ter por perto; porque acredito que a vida só vale a pena se for para ser e fazer os outros felizes; porque a essência deste blog é promover uma solteirice feliz; porque sim; deixa-me partilhar contigo este texto de Marcel Camargo, publicado este domingo no CONTI outra, um sítio bastante interessante onde volta e meia vou inspirar-me.

A sociedade nos dita regras e normas de convivência, como se existissem manuais de como se portar perante os outros, como se houvesse homogeneidade naquilo que podemos ou não fazer, naquilo que devemos sempre sentir, em tudo o que é errado, inconveniente, e no que é o correto. Esquecem-se de que sentimentos não vêm com manuais, muito menos caráter. Esquecem-se de que não são as regras de etiqueta, mas sim o nosso comportamento com o próximo, que nos define a essência humana.

Existem pessoas extremamente polidas, bem vestidas, com um currículo académico impecável, mas que não cumprimentam ninguém por onde passam. Existem indivíduos que vivem em missas e cultos religiosos, que ditam de memória qualquer versículo bíblico, que participam ativamente dos eventos das paróquias, mas que só sabem fofocar e criticar a vida dos outros. Não podemos confundir apenas o que vemos superficialmente com o que cada um possui dentro de si.

Por outro lado, há pessoas que são solidárias, acolhedoras, agradáveis, éticas, que nos abraçam com verdade, que nos orientam com propriedade, que nos ouvem em silêncio reconfortante, sem precisar se mostrar, brilhar, sem afetações. São os sorrisos mais sinceros e curativos que existem. Pessoas que nos curam a alma, que nos resgatam dos escombros emocionais, que nos guiam para longe do nosso pior, que são felizes e por isso não aborrecem ninguém.

São aquelas pessoas doidas, simplesmente porque não se ajustam às convenções impostas, caso tenham que perder aquilo que as define, caso tenham que se anular para se adequar à suposta normalidade de uma sociedade hipócrita, cujos discursos, em sua maioria, cheiram a mofo. Na verdade, são doidas pela verdade, são loucas para ajudar, são malucas pelo bem do todo, pelo contentamento natural, sentindo-se bem quando quem caminha junto também está bem, sem inveja, sem mesquinharia alguma.

Se prestarmos atenção em tudo o que estamos perdendo, por conta de ficarmos dando importância a coisas inúteis, a momentos que devem ser deletados sumariamente e a pessoas desprezíveis, perceberíamos que falta muito pouco para sermos realmente mais felizes e tranquilos. Falta apenas caminhar junto das pessoas certas, guardando no coração somente o que nos fez melhores e nos desviando daquilo que não serve para nada, mas nada mesmo. É assim que deve ser e é de nós que isso depende, de mim e de você.

Que tal este artigo, tocou-te ou nem por isso? Dia bem feliz para ti, de preferência partilhado com pessoas felizes.

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15000826_10211243499150326_4694552871248615973_o.jOra viva!

Quem melhor que nós para atestar as (reais) vantagens da solteirice? Pelos vistos, a ciência; já que tem vindo a dedicar uma maior e melhor atenção a este fenómeno social. Tanto assim é que investigações científicas comprovaram cinco vantagens inerentes ao celibato. Confirma aí:

1. Melhores relações extra-amorosas
Estudos comprovam que até os melhores enlaces têm o lado negativo de afastar as pessoas das outras relações sociais. Quem nunca protagonizou ou assistiu a um episódio da novela 'Já ninguém lhe põe a vista em cima desde que arranjou namorado/a' que fale agora ou cale-se para sempre. Ora aqui está a razão porque os solteiros têm melhor relacionamento com os familiares, amigos e até vizinhos.
 
2. Melhor forma física
Novamente, a ciência comprova o que se observa no dia a dia: os casados felizes têm maior probabilidade de ganhar peso nos primeiros quatro anos de união. E não é coincidência os singles terem maior probabilidade de se manterem em forma, já que estando no mercado há que cuidar da aparência, mais do que nunca.
 
3. Maior satisfação profissional
Ao solteiro é possível dedicar, sem problemas de consciência ou cobranças de ausência, todo o tempo que quiser à carreira. Uma investigação da Universidade de Washington sugere mesmo que os solteiros gostam mais do seu trabalho e dão-lhe mais valor.
 
4. Menos dívidas
Um estudo americano permitiu concluir que ter uma relação ou estar casado é, literalmente, mais caro do que ser solteiro. Os solteiros eram os que tinham menos dívidas e se os casados tivessem filhos, então, a situação piorava.
 
5. Melhor qualidade de sono
Sem companhia na cama, ou seja, sem roncos, movimentos alheios, falta de espaço, ficar destapado ou horários desencontrados, o sono dos solteiros tende a ser melhor. Um estudo de 2012 mostrou que mesmo 26% dos inquiridos casados dormiam melhor sozinhos.
 
Depois destas razões, e de todas as outras que temos vindo a mencionar ao longo deste blog, é caso para perguntar porque tantas almas continuam a sentir-se infelizes, miseráveis até, por não estarem emparelhados.

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15078676_10207634508889324_1647329840926024544_n.jOra viva!

A pensar naqueles que não puderam festejar o Dia dos Namorados em braços alheios, a Speed Party propõe algo bem interessante, mais não seja porque é um conceito muito em voga e que ando mortinha por experimentar. Infelizmente, para mim ainda não será desta, já que o dinheiro anda sumido da minha vida faz tempo. Quem sabe não para ti não poderá ser um bom investimento. Afinal o amor continua no ar e nunca se sabe quando e onde pode-se tropeçar nele. 

Pode ser que a flecha do cupido te atinja já este sábado, a partir das 21:30, no Hotel Mundial, em Lisboa, onde vão decorrer duas sessões, em simultâneo, de speed dating: uma para celibatários com idades compreendidas entre os 24  e os 35 anos e outra para a faixa etária dos 36 aos 45 anos. 

Além da obrigatoriedade de ser solteiro e da proibição de pedir ou dar dados pessoais, este evento não tem que saber, pois o objetivo é tão somente conhecer pessoas novas e divertir-se. Deste modo, durante duas horas, poderás conhecer entre 10 e 18 pretendentes, em encontros de quatro minutos. No final de cada um, se ficares impressionada, podes decidir se queres (ou não) voltar a ver o dito cujo - sempre que exista interesse, a organização cede os contactos de ambos. Em caso de match, podes sempre ficar pelo bar ou subir até ao terraço com vista panorâmica para a cidade. E que vista!

Interessa-te este evento? Se sim, podes efetivar a tua inscrição (no valor de 25 euros, para mulheres e 29 para homens até aos 35 anos, e 27 euros, para maiores de 36, independentemente do sexo) através deste site ou do endereço info@speedparty.net

Independentemente da inspiração da tua estrelinha da sorte nesse dia, sempre tens um excelente pretexto para sair de casa, tentar a sorte, desfrutar de um espaço magnífico e de uma bebida (por conta da casa).

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