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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

15
Dez15

É preciso ir embora

por Sara Sarowsky

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Esta manhã recebi uma mensagem de uma subscritora deste (tão nosso) caderno digital com a sugestão de publicar o texto que abaixo se segue. Como foi importando diretamente de um blog brasileiro, tomei a liberdade de proceder à sua edição, isto é traduzir para o português de Portugal. Obrigada querida Dalila por este teu contributo, que com toda a certeza vai enriquecer (ainda) mais o Ainda Solteira.

 

Ir embora é importante para que entendas que não és tão importante assim, que a vida segue, com ou sem ti por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes acreditavas só tu poderes resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de ti para seguir vivendo. Nem tua mãe, nem teu pai, nem teu ex-patrão, nem tua pegada, nem ninguém. Pode parecer parvoíce, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lida com isso.

É preciso ir embora.

Ir embora é importante para que vejas que és muito importante sim! Seja por dois minutos, seja por dois anos, quem sente a tua falta não sente menos ou mais porque te foste embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do teu aniversário, estando aqui ou na Austrália. Essa conversa de "que saudades de ti, temos que combinar um dia destes..." é treta. Quem sente a tua falta vai sempre sentir e agir. E não te preocupes, pois o filtro é natural. Vai haver sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase "que saudade de ti…" com "por isso mando-te este áudio"; ou "porque está tocando a nossa música", ou "então comprei uma passagem" ou ainda "desce agora que estou passando aí".

Então vai embora. Vai embora do trabalho que te atormenta. Vai embora daquela relação que sabes que não vai dar certo. Vai embora "do grupinho" que está presente apenas quando lhe convém. Vai embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vai embora. Por minutos, por anos ou para vida. Ausenta-te, nem que seja para te encontrares a ti mesma. Quanto voltares – e se voltares – vais ver as coisas de outra perspetiva, lá de cima do avião.

As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta decidires encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.

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