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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Absolutamente chocada com os atentados de ontem em Paris, a cidade de todos os encantos, a cidade que acolheu os meus, a cidade que tanto amo. Penso que nunca comentei que toda a minha família (pai, mãe, todos os irmãos e sobrinhos) vivem ali, daí eu ter uma relação muito especial com aquela cidade e tudo que seja ou cheire a gaulês.
Como ontem fiquei sem televisão (esta é uma outra história que contarei noutra ocasião), só há pouco, quando esta senhorita se dignou levantar-se da cama, é que tomei conhecimento do horror porque passou (e ainda passa) a capital francesa. Apesar de até agora só ter tido notícias da mana do meio, acredito que os restantes membros da minha tribo tenham passado incólumes aos incidentes. Afinal as notícias más chegam logo.
Ainda assim não posso deixar de manifestar o meu mais profundo repúdio por este ato infame e anti-humano. Mais um! Não me entra na cabeça o motivo que leva seres humanos a fazerem coisas assim. A inflingirem morte, dor, terror, pânico e sofrimento a outros seres em tudo iguais a si. E que não me venham com o orgumento das ideologias religiosas e convicções políticas porque essas coisas jamais poderão justificar nenhum atentado.
Por hoje é tudo, pelo que só me resta despedir-me com o coração enlutado e a alma encolhida, numa mais do que justificada solidariedade para com as vítimas, os parisienses, os franceses e o resto do mundo que condena estes massacres.
Liberté, égalité et fraternité. Sempre e para sempre!
A minha casa, em especial o quarto, é um lugar sagrado para mim, o meu refúgio, o último reduto quando quero estar em paz comigo mesma e recerregar as baterias necessárias para levar a bom porto este barco louco chamado vida.
Como uma sagitariana de gema que sou, adoro socializar: noitadas, festas, convívios, comer fora, passear, viajar e por aí fora são condições sine qua non para ser e estar feliz. Mas o melhor de tudo mesmo é estas coisas poderem ser feitas porta fora, fazendo da nossa residência o melhor abrigo, sobretudo naqueles momentos em que só nos apetece sossego, aconchego e solidão. Como divido casa com outras colegas, o quarto é o meu cómodo favorito da casa, o meu universo privado. E, como tal, sou muito criteriosa em relação à forma como o decoro e às coisas (e, já agora, pessoas) que lá entram.
Tudo isto para dizer que, como sexta-feira é dia da rubrica "Home, Sweet Home", partilho contigo uma dica para tornar a divisão onde passamos mais parte do nosso tempo num sítio mais aconchegante, personalizado e original, logo mais nossa cara. Há quem recorra ao papel de parede (que acho lindo, já agora), há quem recorra a telas, há quem recorra a peças artesanais, há quem recorra a posters e fotografias, enfim o que não falta são opções. Eu recorro a postais, mais precisamente àqueles gratuitos, que há por aí aos montes e em todo o lado, apenas à distância do nosso querer. Não se gasta nada, está mesmo à mão, não exige muito tempo a colar nem paciência para pensar na sua disposição e ainda pode ser uma oferta de gentes das nossas relações.
Por onde quer que passe e veja uma estante com postalfree, lá vou eu catá-los. Os meus amigos, sabendo que o melhor souvenir para mim são postais, trazem-me cada um mais espetacular que o outro. E a cada novo exemplare, toca a assinar atrás o dia, o sítio onde o encontrei ou o nome da pessoa que me ofereceu. Assim vou enfeitando as paredes do meu quarto de um modo original e a custo zero. Assim vou construindo o meu castelo encantado digno de qualquer revista de decoração. Assim vou tornando o meu quarto um recanto mais meu.
A ideia não é original, mas o facto é que, além de ficar todo catita e acolhedor, é uma soberba oportunidade de dar a volta ao mundo sem sair do aconchego do lar. Paris, New York, London, Singapura, Maldivas, Cabo Verde, Japão, Alasca, Patagónia, Seychelles, Índia, etc, saem da imaginação e adentram pela visão. Sempre que quisermos, por quanto tempo quisermos, sem sairmos do lugar e sem gastarmos um tostão.
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