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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
Estou no Algarve, naquelas que são umas férias inéditas em terras do sul de Portugal. Foram planeadas num impulso, mas nem por isso com pouco esmero ou entusiasmo. Ansiava por experienciar a vida do turista algarvio de que tanto ouço falar. Tardes inteiras na praia, embalada pelo bater das ondas no areal e acariciada pelo calor do astro rei, a trabalhar o bronze e a renovar o stock de iões negativos, era tudo o que desejava para este pós-confinamento.
At last minute, meti o dia de hoje de férias, reservei um aparthotel, comprei os bilhetes de autocarro, fiz as malas e rumei ao sul, na expectativa de que os meus planos cumprir se iam conforme o planeado. Só conseguia pensar nos cinco dias de dolce fare niente que teria pela frente. Nesta equação, o único elemento que não me era possível controlar, foi o que se revelou essencial: o tempo. Acometida de um otimismo exarcebado, não me ocorreu que o São Pedro pudesse sabotar-me os planos. Infelizmente, é o que está a acontecer.
Tirando a tarde de quarta-feira, dia da minha chegada a Portimão, em que o sol brilhava (e escaldava) em todo o seu esplendor, o tempo tem deixado muito a desejar. Frio, vento e nebulosidade são os adjetivos que melhor classificam a meteorologia dos últimos dois dias, com previsão de assim se manter até domingo, o dia do meu regresso a casa. Acreditas que até ousou chuviscar durante o dia de ontem?
Só a mim mesmo! Depois das malfadada miniférias em Ferreira do Zêzere, em junho do ano passado, em que o tempo as arruinou por completo, conforme partilhei no post Crónica de uma escapadinha aquém das expectativas, agora acontece-me exatamente o mesmo, só que num sítio bem mais improvável.
Frustração e impotência espelham bem o meu atual estado de espírito. O que me tem valido são a leitura, a meditação e a televisão, pequenos consolos desfrutados no aconchego do meu espetacular alojamento. Quanto à praia, só mesmo os passeios à beira-mar e os fugazes momentos nas esplanadas, que a temperatura a mais não convida.
Já sei que vou passar os restantes dois dias que me sobram da minha estada à espera de um milagre. Até lá, sinto que este não é o Algarve do meu imaginário e estas, tão pouco, as férias com que sonhei. Caso tenhas novidades do sol, por favor, manda-o cá para baixo, onde muitos anseiam ardentemente por ele.
Aquele abraço amigo e desejos de um fim de semana radiante (com ou sem sol)!
P.S. - É em alturas como esta que uma solteira acusa, de forma mais acentuada, a ausência de um macho na sua vida. Se estivesse emparelhada, provavelmente, não me importaria nada de ficar trancada num aparthotel, se é que me entendes 😉
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