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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
Ontem, através do Instagram, dei-te um cheirinho e pedi para ficares atenta. Hoje anuncio com toda a pompa e circunstância a boa nova: o Ainda Solteira deu à luz!!! É, meu bem, porque o segredo é a alma do negócio, e a exposição à toxidade terminantemente desaconselhada, a gravidez foi mantida em segredo, longe dos ouvidos indiscretos, na intimidade da família que para o efeito foi constituída.
Era mais do que hora deste blog abraçar a paternidade, de assumir maiores responsabilidades, alargando assim o seu âmbito de atuação enquanto defensor da causa solteirice, no fundo, enquanto desencardidor de mentes.
Assim, que fique registado, para os anais da história, que no dia 27 do mês de outubro do ano de 2022, pelas 14 horas e 20 minutos, num bairro da cidade de Lisboa, de um país chamado Portugal, nasceu aquele que é o primogénito da família AS, a qual se deseja que seja numerosa. Sim, esta solteira aqui quer ver a casa cheia de bagunça, risos, alegrias, lágrimas e tudo mais que faz da vida o maior de todos os milagres.
O recém-nascido, cujo nome está escolhido, mas que, por ainda não ter sido registado, só poderá ser revelado na próxima semana, encontra-se bem, tal como a mãe, uma solteira de nome Sara Sarowsky. A família AS vai agora ultimar os preparativos para a apresentação formal do seu mais novo membro, motivo pelo qual pede contenção na curiosidade e moderação na cusquice.
Por ora é só o que tenho a dizer, até porque ainda estou a recuperar do parto, natural, mas nem por isso menos exigente. Despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e votos de bom fim de semana!
Ora viva! ✌️
Após uma quinta-feira exigente, que culminou num exame que fecha com chave de ouro mais uma edição do curso de inglês, hoje só quero saber de leveza e descontração. Como tal, neste post vou apenas adiantar algumas das novidades que estão pelo caminho e que faço questão de partilhar contigo. Não, não tem nada a ver com os meus planos de casar - se é isso que te está a passar pela cabeça - menos ainda com alguma traquinice de solteira.
A novidade que tenho para contar tem a ver com a retoma do ciclo de lives 'Saturday Single Spot', cuja segunda temporada arranca já para a semana, com previsão de término no final de agosto. Numa espécie de pré-lançamento, participarei este sábado, a partir das 20 horas (hora de Portugal), no perfil dicas_da_dhy, numa sobre 'A toxidade por detrás dos comentários'. A anfitriã, Dhyra, é uma colega blogger que conheci naquele congresso de mulheres em Cabo Verde e que, por coincidência, vim a descobrir ser a irmã caçula da advogada da minha família, que por acaso é uma amiga de longa data. Como o mundo é pequeno...
Quanto à segunda temporada dos meus diretos no Instagram, a primeira convidada será Leila Portela, conterrânea minha que também anda a fazer coisas notáveis por terras lusas. Assim, vamos falar dos desafios e constrangimentos do empreendedorismo feminino, causa à qual ambas acusamos especial sensibilidade. Pelo meio, vamos levantar o véu sobre o II Fórum Internacional: Mulheres e Turismo, a minha voz, previsto para o início de junho e promovido por ela, enquanto mentora do Global Women in Tourism. Oportunamente, darei mais detalhes sobre esta live e sua coprotagonista.
A terceira novidade do dia diz respeito ao projeto literário, o tal livro de provérbios cabo-verdianos traduzidos para português, no qual tenho estado a trabalhar. A coisa vai de vento em popa, com perspetivas cada vez mais auspiciosas de se tornar um best-seller. Esta semana consegui que uma segunda editora se interessasse por ele, até porque o conceito, livro de bolso com ditados populares traduzidos para várias línguas, a par da sua faceta pioneira, augura um sucesso de vendas. Precisamente por causa disso, uma nova oportunidade de patrocínio paira no ar. Como o segredo é a alma do negócio, por ora é tudo o que permito-me revelar sobre o assunto.
Por hoje é tudo, regressarei na segunda para mais uma conversa amiga. Até lá, fica com aquele abraço de sempre e desejos de um ótimo fim de semana. Hasta!
Ora viva! ✌️
Este post era suposto versar sobre uma sunset talk que eu iria protagonizar daqui a pouco, mas que o aumento alarmante do número de infeções por covid-19 obrigou ao cancelamento. O país da morabeza tem batido o record de novos casos, pelo que esta manhã o executivo cabo-verdiano entendeu declarar o estado de calamidade, em vigor por um período de 30 dias, ainda que sujeito a avaliações períodicas.
Assim, tive que alterar o título desta crónica de 'Inspiring talking with Sara Sarowsky' para 'E (quase) tudo a calamidade levou', pois a minha agenda para estes últimos dias acaba de ficar (parcialmente) comprometida. Além da tal sunset, ficará igualmente sem efeito um meeting com um grupo de mulheres empreendedoras com quem ia partilhar a minha experiência e know-how, visando inspirá-lo a empoderar-se.
Para além disso, algumas outras atividades que implicavam o ajuntamento de um considerável número de pessoas. Apesar de lamentar o transtorno, sou totalmente a favor de que é preciso ter mão firme, e enquadramento legal, para por um travão no alastramento da covid-19 no arquipélago, sob pena desta tornar-se descontrolada.
Como no meio da tempestade há sempre um farol para nos transmitir esperança, hoje tive duas reuniões com as mais altas instâncias da cultura, as quais demonstraram interesse no meu projeto literário, em stand-by há mais de um ano, precisamente por causa desta maldita, e teimosa, pandemia. Uma vez de regresso a Portugal, já para a semana, é arregaçar as mangas e dedicar-me de corpo e alma ao livro.
Por falar nisso, estou a acusar alguma ansiedade em relação ao teste PCR, imprescendível ao embarque. Da maneira como a situação está neste momento, bem posso acusar positivo ao vírus SARS-CoV 2. Com a quantidade de casos que aparecem todos os dias, não seria nada improvável, apesar de todos os cuidados.
Ainda bem que, dentro que me foi permitido, aproveitei bem as oportunidades que me foram surgindo. Ontem, feriado na capital cabo-verdiana, tive oportunidade de dar um passeio até à vila do Tarrafal, a qual não visitava há mais de 15 anos. Que bem que me soube um dia (inteiro) de praia, sol, areia e peixe fresco, sempre na melhor companhia.
E assim vai esta minha última semana em Cabo Verde, repleta de emoções e sobressaltos, num mix indesejável, contudo inevitável. A ver vamos como decorrem os próximos dias. Darei notícias, sempre que se justifique. Enquanto isso, aproveita o fim de semana e não te esqueças que o bicho anda à solta e que ao primeiro vacilo podes ser a sua próxima vítima. Cuida-te e cuida dos teus, que a saúde é o bem mais precioso de que dispomos.
Aquele abraço amigo só nosso!
Ora viva! ✌️
Ainda a digerir a panóplia de emoções despoletadas pelo congresso de ontem, no qual participei como convidada internacional, eis-me aqui para fazer-te um breve apanhado da minha chegada, e estada, na terra que me viu nascer. A viagem, na quinta-feira à noite, correu dentro do previsto, ainda que tenha ficado surpreendida com a quantidade de passageiros com destino à cidade da Praia. Estava eu em crer que seria das poucas almas a aventurar-se a viajar para o estrangeiro em plena pandemia...
Por aqui tudo permanece fiel à essência do povo cabo-verdiano: sorriso fácil, leveza de espírito e uma apetência única para a sabura (diversão, em português). Como criola de gema que sou, escuso dizer que já incorporei essa forma de estar na vida, que tanta falta me faz quando longe estou. Só para teres ideia, no primeiro dia estive com a minha tribo, tomei um copo, ouvi música ao vivo e tudo o mais que as atuais circunstâncias permitem. Ainda que possa não parecer, a pandemia por aqui é uma realidade; se bem que, à exceção da obrigatoriedade da máscara, tudo o resto leva a crer o contrário.
Quanto ao congresso, que excedeu as minhas mais otimistas expectativas, tenho tanto para contar, que opto por fazê-lo às prestações, de modo a não deixar nenhuma questão de fora. Para já, posso adiantar que nunca imaginei causar tanto impacto, despertar tanta reação positiva, inspirar tanta gente. Só para teres uma ideia, tive direito a entrevista no prime time do jornal da noite do canal televisivo público. Fora isso, desafiaram-me a protagonizar um workshop de partilha de experiências e competências, como forma de motivar as minhas conterrâneas a correrem atrás dos seus sonhos. É, meu bem, estou fazendo a diferença na vida da minha gente, estou dando o meu contributo para o desencardir de mentes, estou alargando o meu âmbito de atuação enquanto ativista da causa feminina.
Porque paraíso sem serpente não seria a mesma coisa, duas questões têm ensombrado a minha existência desde que aqui cheguei: a internet e o sono. Para quem estava habituada a navegar à velocidade da luz, tem sido um enorme desafio permanecer conectada em condições desejáveis. Hoje vou ver junto da operadora de telecomunicações qual a melhor solução para conseguir ter internet de qualidade. O acesso é tão precário que a última live foi praticamente à base de mímica e mensagens escritas. Quanto ao sono, prolongá-lo para lá das sete da manhã é um sonho adiado para quando regressar a Lisboa. Tinha esquecido o quão cedo despertam as pessoas mais velhas, como é o caso da minha mãe, que dorme com o por do sol e acorda com as galinhas - literalmente falando. Para além disso, ainda tenho que levar com o barulho dos vizinhos, da obra na porta ao lado, dos cães a ladrar, dos carros a passar, de tudo o mais. De modo a conseguir garantir as minhas nove horas de sono, essenciais ao meu bom desempenho intelectual, tenho que ir para a cama às nove da noite, em pleno período de férias. Yep.... 😥
Agora que já te pus ao corrente do que tem sido a minha vida desde que aqui cheguei, deixo-te com aquele abraço de sempre e a promessa de estar de volta na quarta-feira, para mais um papo amigo. Até lá, fica bem!
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