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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
A minha casa, em especial o quarto, é um lugar sagrado para mim, o meu refúgio, o último reduto quando quero estar em paz comigo mesma e recerregar as baterias necessárias para levar a bom porto este barco louco chamado vida.
Como uma sagitariana de gema que sou, adoro socializar: noitadas, festas, convívios, comer fora, passear, viajar e por aí fora são condições sine qua non para ser e estar feliz. Mas o melhor de tudo mesmo é estas coisas poderem ser feitas porta fora, fazendo da nossa residência o melhor abrigo, sobretudo naqueles momentos em que só nos apetece sossego, aconchego e solidão. Como divido casa com outras colegas, o quarto é o meu cómodo favorito da casa, o meu universo privado. E, como tal, sou muito criteriosa em relação à forma como o decoro e às coisas (e, já agora, pessoas) que lá entram.
Tudo isto para dizer que, como sexta-feira é dia da rubrica "Home, Sweet Home", partilho contigo uma dica para tornar a divisão onde passamos mais parte do nosso tempo num sítio mais aconchegante, personalizado e original, logo mais nossa cara. Há quem recorra ao papel de parede (que acho lindo, já agora), há quem recorra a telas, há quem recorra a peças artesanais, há quem recorra a posters e fotografias, enfim o que não falta são opções. Eu recorro a postais, mais precisamente àqueles gratuitos, que há por aí aos montes e em todo o lado, apenas à distância do nosso querer. Não se gasta nada, está mesmo à mão, não exige muito tempo a colar nem paciência para pensar na sua disposição e ainda pode ser uma oferta de gentes das nossas relações.
Por onde quer que passe e veja uma estante com postalfree, lá vou eu catá-los. Os meus amigos, sabendo que o melhor souvenir para mim são postais, trazem-me cada um mais espetacular que o outro. E a cada novo exemplare, toca a assinar atrás o dia, o sítio onde o encontrei ou o nome da pessoa que me ofereceu. Assim vou enfeitando as paredes do meu quarto de um modo original e a custo zero. Assim vou construindo o meu castelo encantado digno de qualquer revista de decoração. Assim vou tornando o meu quarto um recanto mais meu.
A ideia não é original, mas o facto é que, além de ficar todo catita e acolhedor, é uma soberba oportunidade de dar a volta ao mundo sem sair do aconchego do lar. Paris, New York, London, Singapura, Maldivas, Cabo Verde, Japão, Alasca, Patagónia, Seychelles, Índia, etc, saem da imaginação e adentram pela visão. Sempre que quisermos, por quanto tempo quisermos, sem sairmos do lugar e sem gastarmos um tostão.
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