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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

23
Dez22

Neste Natal, oferece atenção

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 👋

Neste que será o último conteúdo do ano, apresento-te a nova crónica para o portal de notícias do meu país-natal, Balai Cabo Verde, na qual faço uma reflexão sobre o poder da atenção, ao mesmo tempo que lanço o desafio para, ao invés de prendas materiais, oferecermos sentimentos.

Aposto que vais gostar, já que acredito que, tal como eu, a sensibilidade seja a tua melhor conselheira. Boa leitura, Festas Felizes e até para o ano.

A festa maior da civilização moderna está mesmo à porta e variados são os desejos que queremos ver a atravessarem essa porta: reencontros, prendas, tradições, refeições, reuniões, convívios, abraços, partilhas, férias, viagens... no fundo, momentos prazerosos, capazes de renovar em nós a crença de que o amor, a comunhão e a solidariedade são tudo quanto precisamos para sermos e fazermos os outros felizes. Inebriada pela magia da época, dedico esta crónica a todos aqueles que estão dispostos a abrir o coração ao espírito de Natal.

Superada uma pandemia repentina, agressiva, restritiva e condenatória para milhares de vidas, 2022 prometia ser mais condescendente que os seus antecessores. Infelizmente, vimos goradas as nossas expectativas. Um conflito armado - inesperado, desnecessário e arbitrário - trocou-nos as voltas e restituiu às nossas mentes e aos nossos corações sentimentos que julgávamos ultrapassados: medo, incerteza, insegurança, desesperança.

Meses turbulentos (re)vivemos nós ao longo deste ano, quando tudo o que desejávamos era reconquistar a vida de outrora. Este Natal, o primeiro dos últimos dois anos em que não nos é imposto qualquer tipo de restrições, acaba por ter um sabor agridoce. Se, por um lado, recuperamos a liberdade para fazermos o que nos apetecer, irmos aonde quisermos, estarmos com quem desejarmos, por outro, vimo-nos privados da nossa liberdade financeira.

Com a inflação a colecionar recordes e as famílias a perderem poder de compra, esta época festiva está longe de ser aquela com a qual andámos a sonhar desde 2019. Em tempos de vacas magras, raquíticas para muitos, que engordem a criatividade e a solidariedade. Na impossibilidade - ou dificuldade - de podermos desfrutar da abundância e da fartura na sua plenitude, ou seja, de oferecermos prendas dispendiosas, desfrutarmos de uma mesa abastada ou irmos para perto daqueles que estão longe, ofereçamos o mais valioso de todos os presentes, aquele que nada custará e que toda a diferença fará na vida de quem o receber: atenção.

Sabias que, segundo o estudo global da Gallup de 2022, uma em cada cinco pessoas sente que não tem com quem contar; que, de acordo com o The Prince's Trust, 35% dos jovens britânicos entre os 16 e os 25 anos se sentem mais sozinhos que nunca; que o Reino Unido, tal como o Japão, criou um Ministério da Solidão para dar uma resposta concertada ao problema; e que Portugal é o 6º país europeu onde a solidão mais tem aumentado?

O parágrafo anterior é um inequívoco indício de que as pessoas nunca precisaram tanto de atenção, e que dá-la ao outro é de uma generosidade e humanidade ímpar. Oferecer é um ato de amor e o Natal mais não é do que uma festa de amor, em que cada um dá o que tem, pode ou está disposto. "Quem dá o que tem a mais não é obrigado", diz o ditado. Digo eu que "Quem dá o melhor que tem, a mais é obrigado a receber".  

Quando damos o melhor de nós, pomo-nos a jeito para receber o melhor dos outros; como tal, quando dás a tua atenção, estás o oferecer o melhor de ti e a despertar o melhor no outro. Numa sociedade em que mal conseguimos ter tempo para nós mesmos, arranjar tempo para dar atenção ao outro é algo incalculável, inestimável, inolvidável.

Que não restem dúvidas de que o que realmente importa, não apenas no Natal, mas na vida, é a atenção, a intenção, a afeição, a presença. Por disso estar absolutamente convicta, desafio-te a, neste Natal, oferecer atenção, a tua atenção. A, neste Natal, oferecer intenção, a tua intenção. A, neste Natal, oferecer afeição, a tua afeição. A, neste Natal, oferecer presença, a tua presença. 

Neste Natal, oferece-te! Que o (verdadeiro) espírito de Natal se faça presente na tua vida e que tu te faças presente, não somente de corpo, mas sobretudo de coração, na vida daqueles que importam. Será com toda a certeza a prenda mais valiosa que podes oferecer. Feliz Natal!

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20
Dez21

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Ora viva! ✌️ 

Eis-nos chegados à semana do Natal, a penúltima de 2021, um ano igualmente desafiante e frustrante. Não obstante todas as turbulências que se lhe conhecem, há que reconhecer que foi um ano bom, com a esperança no regresso à antiga "normalidade" a pairar no ar ao longo dos últimos meses. Infelizmente, ainda não é desta que conseguimos fintar o vírus SARS-CoV-2 e retomar a vida sem medos ou sobressaltos.

Cenário pandémico à parte, Natal é sinónimo de alegria, partilha, comunhão, mesa farta, convívios, abraços, reencontros, prendas e, sobretudo, família. Que nos próximos dias saibamos dar valor ao que temos, desfrutemos dos nossos entes queridos e agradeçamos a benção de ter vida e saúde.

À semelhança dos anos anteriores, vou tirar uns dias de férias, não só para desfrutar comme il faut do espírito de Natal, mas sobretudo para fazer um balanço e alinhavar novos projetos para o ano que vem. Como vou passar as festas em Lisboa, tenciono explorar a cidade menina e moça com olhos de turista e aproveitar ao máximo a liberdade que ainda temos para levar a nossa vida sem maiores restrições.

Que a magia do Natal 🎄 esteja contigo e que tenhas uma excelente Noite Feliz junto dos teus. Aquele abraço amigo e até janeiro!

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07
Dez21

Laços de família

por Sara Sarowsky

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Ora viva! ✌️

Embalada pelo espírito de Natal que paira no ar e francamente desgastada com as merdices que reinam no seio da minha própria, a crónica de hoje, publicada há pouco no Balai Cabo Verde, pretende lançar um olhar pertinente e acutilante sobre o sentido de família e os laços que a unem. Espero que gostes e que sirva para dares mais valor à tua.

Eis-nos chegados à época do ano em que o seu conceito assume maior protagonismo e a sua essência faz-se presente a cada instante. Mais do que qualquer outro do calendário cristão, este é o mês em que se torna incontornável a fundamentalidade dos laços sobre as quais assenta ela.

A família! Na sua génese, é a primeira certeza de que se pertence a algo, de que se pertence a alguém... Para além disso, é a nossa referência, o nosso porto seguro, o nosso abrigo, o nosso colo amigo, a nossa escola da vida, no fundo, a nossa identidade. Nenhuma instituição assume tão essencial papel na vida do ser humano, para não dizer ser vivo.

Uma pessoa sem família é como uma folha ao vento, que, desamparada, segue desgarrada de tudo, absolutamente à mercê das intempéries da vida. Obviamente, não sou ingénua ao ponto de acreditar que, no seu seio, tudo é um mar de rosas, com todos a amarem-se incondicionalmente e ninguém a desentender-se. Família nenhuma é perfeita, nem é suposto que seja, devemos nós ter a honestidade de reconhecer. Afinal, se os seus membros - que somos todos nós - não são, porque haveria ela de o ser?

Por maior que seja o esforço para fazer com que seja - ou pareça - perfeita, a verdade é que mesmo nos núcleos mais unidos, ocorrem momentos de rivalidade, tensão, desavença, discordância, intriga, conflito mesmo. A mim não me choca tal realidade, acho até saudável. O que me choca é a constatação de que alguns dos seus elementos deixam as emoções (negativas) falarem mais alto do que os laços que os unem.

Fico de coração partido toda vez que tomo conhecimento de casos de parentes que deixam de se dar por motivos que, mais cedo ou mais tarde, chega-se à conclusão que não passam de desimportâncias. Na necessidade, quem é que está lá para nós? Na desgraça, quem é que nos ampara? Na doença, quem é a primeira a acudir? Na morte, quem é que nos empresta aquele ombro amigo? Na aflição, a quem recorremos? Por sentido de dever ou genuíno bem querer, o facto é que é com ela que podemos (realmente) contar.

Imensamente abençoados são aqueles que podem desfrutar de um agregado familiar onde imperam verdadeiros laços fraternais. É assustadora a quantidade de almas perdidas que acreditam não precisar da família, demonstrando não apreciar o seu valor na definição, preservação e elevação do bem-estar geral, aquilo a que vulgarmente chamamos de felicidade. Aonde não reina o bem querer, o respeito, a lealdade, a solidariedade, a compaixão, a tolerância, a harmonia e a união não pode reinar o sentido de família.

Nesta quadra festiva, peço-vos que valorizem a vossa família, que tenham mais paciência, que demonstrem mais condescendência, que sintam mais compaixão e que cultivem verdadeiros laços de ternura com os vossos. A vida é tão instável, tão imprevisível, tão efémera, pelo que quezílias que em nada contribuem para a nossa felicidade, para o bem-estar social, são pura perda de tempo e de energia.

Estreitemos, pois, os laços com os nossos entes, perdoemos o que tiver que ser perdoado, esqueçamos o que devemos esquecer, resolvamos o que nos for possível resolver, aceitemos o que tiver que ser aceite, deixemos para lá o que deve ser deixado para lá. Antes isso do que ficarmos no lamento, no arrependimento, na culpa, na saudade...

Vamos sempre a tempo de estabelecer, investir, estreitar e resgatar os nossos laços de família. De coração, com coração, voltemo-nos para a nossa família, seja ela unida por laços de sangue ou por laços de amor, o maior presente que podemos dar e receber. Amemos, abracemos, perdoemos, desfrutemos, vivamos. Sejamos família!

Aquele abraço amigo e até breve!

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Boas Festas.jpgOra viva ✌️!

O tempo é de estranheza, incerteza, tristeza. Este ano apanhou-nos desprevenidos, despreparados para lidar com uma pandemia jamais vivenciada por qualquer um de nós. Vidas perderam-se, a saúde ficou comprometida, o medo assolou-nos, as nossas liberdades e garantias foram limitadas. Um ano difícil para todos.

Ainda assim, 2020 trouxe ao de cima muita coisa boa: os laços afetivos estreitaram-se, os vizinhos aproximaram-se, os desconhecidos solidarizam-se e as nações uniram-se. A voz do coração voltou a fazer-se ouvir, em detrimento da voz da razão. Descobrimos que afinal nos importamos uns com os outros, que os idosos têm o seu valor e que sem saúde pouco somos.

Por tudo isso, desejo que neste Natal saibamos celebrar, mais do que o nascimento de Cristo, os alicerces fundamentais da felicidade humana: a vida, a saúde, a paz, a esperança e a gratidão. Boas Festas! 🎄🎁💫🍾

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27
Dez16

maxresdefault.jpgOra viva!

Como não sou grande apreciadora de álcool e passei a consoada em casa, na companhia da minha colega, a minha narrativa sobre este Natal tem tanto de interessante como de emocionante. Já que não tenho nenhum episódio caricato ou vergonhoso para partilhar contigo, estou a contar que estejas disposta a contar-me algum episódio teu digno de registo. E não adianta torcer e nariz nem olhar para o lado, pois sei que, natal que é natal tem sempre alguma estória que nos causa embaraço ou desconforto.

Estou aqui a pensar naquela vez que apanhaste uma granda bebedeira, ou naquela em que acabaste descalça, com as meias rotas e a roncar debaixo do lava-loiça. Ou daquela tia velha que tasca nos mais incautos melados e enjoativos beijos na boca, como referiu no outro dia o Pedro. Ou daquele tio sem modos que arrota à mesa e distribui comentários racistas e xenófobos para quem quiser ouvir. Ou daquele primo que, às páginas tantas, apalpa tudo quanto se mexe. Ou de inconfidências provocadas pelo efeito do álcool, segredos que se revelam, disputas que se assumem, sentimentos recalcados. Enfim...

Quero saber que episódio, quanto mais caricato melhor, tens para me contar sobre o teu Natal, da safra 2016 ou de outra qualquer. O que eu quero mesmo é coscuvilhar a vida alheia e abstrair-me do marrasmo em que se encontra a minha vida social por estes dias.

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Ora viva!

Que esta quadra festiva seja muito mais que confraternizações e trocas de prendas. Que seja harmonia, alegria, partilha, solidariedade, amizade, comunhão e amor ao próximo. Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Aquele abraço amigo de sempre.

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24
Dez15

Festas Felizes

por Sara Sarowsky

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Que o teu Natal seja doce, feliz e abençoado e que a paz, a harmonia e o afeto façam parte da Noite da Consoada.

 

BOAS FESTAS!!!!

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