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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Se te andas a lamentar por continuares sem namorado, este artigo vai dizer-te o que pode estar entre ti e o teu príncipe, ou melhor, entre ti e aquele que te vai fazer feliz. Profunda esta introdução, não? Pena que não seja minha, mas sim da revista Activa que, citando Margarida Vieitez, mediadora familiar e autora do livro O melhor da Vida Começa aos 40 e da página de Facebook Love Doctors, aponta vários motivos capazes de justificar a solteirice de uma mulher. Ei-los:
A expectativa
"Temos expectativas desfasadas", considera esta especialista: "Queremos o companheiro ideal, 'o grande amor da nossa vida', e já não procuramos o Príncipe Encantado, procuramos o Super-Homem: tem de ser giro, inteligente, com bom nível socioeconómico. Que nos faça feliz, nos dê atenção, que nos seduza, que nos conquiste, e quando alguma destas coisas não acontece, ficamos desiludidas." (De facto...)
O 'tipo'
Quantas vezes não disseste já 'ai ele não é nada o meu tipo'. "Somos muito mais seletivas agora", concorda Vieitez. E não é bom sermos exigentes? "Só é bom se nos fizer bem. Mas se, por causa disso, estamos sistematicamente sozinhas, estaremos a viver bem a nossa vida? Não somos feitos para viver sozinhos. Há pessoas que nem sequer se aproximam porque as características físicas não correspondem àquilo que elas definiram como critério. É óbvio que é importante existir atração. Mas há pessoas que rejeitam à partida, porque a imagem delas não corresponde àquilo que querem. Os homens fazem muito isto, por isso é que há tantas mulheres sozinhas." (Minha Nossa Senhora da Solteirice livrai-me deste pecado!).
A vaidade
Ah, portanto, escolhemos uma pessoa por vaidade? "Às vezes. Os homens querem uma mulher para exibir, parece que a namorada é o bilhete de identidade deles. Mas as mulheres fazem isto quanto ao sucesso profissional dos homens. Se não tiverem uma boa posição financeira, elas também os rejeitam. Ou seja, estamos a ter critérios de escolha de parceiros como temos critérios de escolha de um carro. E estamos a ficar cada vez mais sozinhos, apesar das inúmeras possibilidades abertas pelas redes de encontros, que promovem também estas características", nota esta mediadora familiar. (Guilty!)
A experiência
A vida marca-nos, deixa-nos medos e receios de voltarmos a ser magoadas. Por isso, as pessoas muitas vezes preferem recuar a ter a hipótese de se magoar novamente. (Duplamente culpada)
O trabalho
É normal que, em tempo de crise, a carreira se torne cada vez mais na grande prioridade da vida, e também num enorme sugadouro de tempo e de energia. Conciliar isto com filhos e uma relação, é muito complicado, especialmente para as mulheres. "É preciso tempo para investir na busca de um novo amor. É preciso tempo, vontade e paciência para voltar a sair com amigos, para ir a um ginásio, para frequentar cursos, para conhecer pessoas novas, para se divertir, e quando é que as mulheres têm tempo para elas?", diz Margarida Vieitez. (Desse mal não sofro)
A paz
Mas é bom estar em paz, ou não? Claro que é bom: se é aquilo que queres. Mas se o que queres é um novo amor, a rotina não te ajuda. Estar confortável, ter uma boa vida, uma casa bonita, DVDs para ver à noite, tudo isso é fantástico, mas a verdade é que vais ter de sair do sofá se queres que qualquer coisa aconteça na tua vida fora da televisão. "As pessoas querem encontrar um novo amor, mas depois não fazem nada para que isso aconteça. Se ficares em casa todos os fins de semana sentada no sofá a ver séries, é pouco provável que te caia no colo o homem da tua", explica esta. Bem, pode-te aparecer alguém no Facebook, mas mais dia menos dia vais ter de sair com ele, ou a coisa transforma-se numa daquelas relações totós que não andam para a frente nem para trás. (Acuso-me!)
O Facebook
Não entendas mal: hoje em dia as redes sociais são a forma mais imediata e prática para se conhecer alguém. O que é importante é saber usá-las: se estás ali para fazer amiguinhos novos e ter alguém com quem dar uns dedos de conversa à noite e mais nada, ótimo. Se procuras mais qualquer coisa, evite os fundos falsos. "Há muitas pessoas que passam horas a conversar com imensa gente, mas depois a relação não evolui para nada e não passa dali mesmo", nota Margarida Vieitez. Quer dizer: é preciso que as mulheres aprendam a distinguir os homens que não querem compromissos, e que não insistam em batalhas perdidas. Se estás num site de encontros, atenta-te que te vão aparecer pessoas muitíssimo diferentes. "É um risco, mas conheço vários casais sólidos e felicíssimos que se conheceram pelas redes sociais." (Ups, i did it again!)
O sexo
Não o sexo em si, mas o facto de se ser homem ou mulher. Continua mais fácil para um homem refazer a sua vida amorosa depois do divórcio do que para uma mulher, principalmente por causa dos filhos, que ficam quase sempre a cargo das mulheres. E também porque os homens continuam a preferir mulheres mais novas. (Sem informação suficiente para comentar)
A carência
"Há mulheres tão carentes que afugentam os homens, sem se aperceberem. Não há nada que assuste mais um homem do que uma mulher muito ansiosa por encontrar um novo amor, porque eles percebem isso e afastam-se, e elas acabam por atrair homens também eles desesperados", nota Margarida. Conselho: tem calma, que o amor acaba por acontecer. Enfim, ou não, mas de outra maneira pode acontecer qualquer coisa que não tem nada a ver com amor. (Hum... tem dias!)
A descrença
As pessoas já partem derrotadas e a achar que nunca vão ser felizes. "Têm muita dificuldade em acreditar que o amor possa acontecer de novo, o que as leva muitas vezes a baixar os braços", explica. "Isso são medos, que, trabalhados e percebidos, são ultrapassáveis. O que deves ter em mente: não existem pessoas perfeitas nem relações perfeitas: tenta encarar o outro como um ser imperfeito e tenta perceber se consegues aceitá-lo na sua imperfeição ou não. Isso é o fundamental." (It's me!)
Esta conselheira nascida em Moçambique, há 48 anos, vai mais longe e sugere alguns sítios onde podemos encontrar o amor: nos ginásios, nos cursos, em aulas de dança, em casa de amigos. Mas chama a atenção para o facto de que esta empreitada pode levar tempo, e não te deixares abater se a coisa não funcionar ou se encontrares mais tipos parvos do que homens que são 'o teu tipo'. Contacta os amigos que também estão sozinhos, juntem-se para jantar ou ouvir música, partilhem amizades. É um processo que leva tempo, mas hoje em dia há cada vez mais divórcios e cada vez mais gente disponível. Podes frequentar a Internet, mas tendo cuidados básicos e percebendo que tipo de pessoas são aquelas que lhe aparecem.
Para mal dos meus pecados revi-me em (quase) todas as situações por ela descritas. O que só reforça aquilo que já todas sabemos: sou uma solteira nata. E tu, solteira minha, inocente ou culpada?
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