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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

12
Out20

Uma aventura em Sintra

por Sara Sarowsky

Viva!

Hoje quero contar-te sobre a minha última escapadinha a solo, desta vez na bela e encantadora Sintra, vila aonde estive no fim de semana (prolongado) de 5 de outubro.


Tenho estado sob intensa pressão emocional no trabalho, ao ponto de ter-me sido passada uma baixa médica por stress profissional prolongado. Sobre isso falarei noutra altura, que a narração do que tenho passado nos últimos tempos vai-me exigir um esforço mental acrescido. Por ora, falemos apenas de coisas boas, que essas sim fazem bem à alma. E tem coisa melhor que uma fugidela para um destino tão mágico quanto Sintra?

Em Sintra já eu tinha estado anteriormente, por duas vezes, se não me falha a memória. Da primeira andava eu na faculdade. Recém-chegada a Portugal, ouvi dizer que era linda, bucólica e romântica, o sítio ideal para uma visita au pair. Ora, acontece que o tempo passava e nada de companhia amorosa para essa descoberta à vila-mor das terras altas. Um dia, cansada de esperar, resolvi meter-me num comboio e ir até lá. Lembro-me perfeiramente de descer no terminal ferroviário, olhar em volta e apanhar o próximo de regresso a Lisboa, sem sequer sair da estação. Porque fiz isso, deves estar tu a tentar perceber. Porque queria mesmo ir a Sintra, nem que fosse para dizer que já lá tinha estado, ainda que sem a conhecer de facto.

Como tantas vezes tinha ouvido dizer, aquele era um lugar que merecia ser desfrutado em companhia romântica, daí que não tenha atrevido a visitá-la em companhia própria, sob pena de abrir mão do encanto que seria uma visita na de outro alguém por quem o meu coração batesse mais forte. Admito que, na altura, não desenvolvera totalmente esse meu espírito de desfrutar da vida do jeitinho que dá, com ou sem presença alheia.

A segunda vez foi em dezembro de 2014, tinha o meu irmão e sua família vindo passar a época festiva em Lisboa. Como fomos de carro, saímos da autoestrada diretos ao Palácio da Pena, sem passar pelo centro histórico. Fustigados por um frio cortante, e com metade do dia desperdiçado, só tivemos oportunidade de degustar da gastronomia local, visitar o monumento e rumar em direção à capital. Como sabes, nessa altura do ano, às cinco da tarde já é noite, motivo pelo qual só nos foi possível visitar o ex-libris local.


Portanto, esta foi a primeira vez que tive oportunidade de descobrir Sintra em toda a sua plenitude, essência e magnificência. E que Sintra descobri eu ao longo dos três dias que por lá circulei. Para começo de relato, fiquei hospedada no Lawrence’s, um hotel de charme localizado a poucos metros do centro histórico, com pouco mais que uma dúzia de quartos, mas que nem por isso deixa as suas 5* por mãos alheias. Inaugurado em 1764 é o hotel mais antigo da Península Ibérica, tendo sido, inclusive, mencionado por Eça de Queirós no romance Os Maias. Pela primeira vez nesta vida terrena, dormi numa cama de dossel. Senti-me a Maria Eduarda em pessoa. Quanta emoção, quanto orgulho, quanto bazófia.

No dia da minha chegada, sábado, para além do saboroso cabrito assado da Adega do Saloio, um dos meus restaurantes favoritos, tenho a resgistar o maravilhoso jantar no Arola do Penha Longa Resort, na companhia da Isabel Soares dos Santos, amiga pessoal, espiritual coaching e provedora das previsões energéticas mensais deste blog. No dia seguinte, parti à descoberta do centro histórico, com passagem obrigatória pelo Palácio Nacional, pelo Museu Anjos Teixeira, por uma exposição de arte ao ar livre, pela sede da edilidade local, pela estação ferroviária, por aqui, por ali, por acolá... A jornada culminou com uma maravilhosa cataplana de peixe e marisco no Dom Pipas, um dos melhores restaurantes da zona, segundo fonte fidedigna.

No feriado, último dia da estadia, fiz uma tour de tuk tuk, que incluiu passagem pelos principais pontos turísticos, a saber: Palácio da Pena, Quinta da Regaleira, Palácio de Monserrate, Palácio de Seteais, Castelo dos Mouros e pelos deslumbrantes chalets, muitos deles projetados pelo genial Luigi Manini. Como bónus, tive direito a um saltinho até à fronteira com Colares, a pequena vila ali mesmo ao lado, residência da condutora da motorizada a três rodas e guia turística digna de aqui ser louvada. De nome Delfina, nacionalidade argentina e uma simpatia contagiante, ela foi incansável na sua missão de me proporcionar um passeio inesquecível. Por fazer ficou o circuito do Cabo da Roca, o qual está reservado para uma próxima oportunidade.

Antes do regresso a casa, ainda houve tempo para comprar as famosas queijadas, um mimo para as colegas de trabalho, dado que não sou grande apreciadora de iguarias com sacarose, após o qual pude degustar de um, aquém das expectativas, bacalhau à Braz, num dos restaurantes da zona baixa, claramente focado no turismo externo e não no interno. O regresso a casa deu-se na companhia da querida Isabel, que fez o favor de livrar-me de apanhar o comboio da linha de Sintra em pleno feriado.

Entre palácios e castelos, quintas e vilas, reis e fadas, lendas e contos, magia e encanto... deu-se assim a minha aventura por terras de Sintra, pelas quais fiquei apaixonada ao meu ponto de não me importar de ir viver para lá.

Aquele abraço amigo de sempre e desejos de uma esplêndida semana!

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