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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Vamos falar de opostos? Como nota de contextualização invoco a Terceira Lei de Newton, que considera que todas as forças vêm aos pares, ou seja, toda a ação tem uma reação de igual intensidade no sentido contrário.
De acordo com um artigo do InsiderPro, não é possível ter "o melhor dos tempos" sem ter o "pior dos tempos" (numa alusão à cálebre frase do Charles Dickens). Isto é, para reconhecer o bom, há que conhecer o mau. Para saber o que é a saúde, há que experimentar a doença. Para se ser feliz, tem de se saber o que é ser infeliz. Sem escuridão, não haveria luz.
Sem opostos e sem contrastes, não teríamos sequer a hipótese de escolher. Sim, podemos escolher amar verdadeiramente sabendo o preço do sofrimento. Podemos escolher crescer, sabendo o que custam as dificuldades e os desafios. Podemos escolher o aperfeiçoamento sabendo que exige disciplina e humildade. Quanto maior a dificuldade, maior o crescimento, essa é que é essa.
Tal como Seth Godin explica em A Fraude de Ícaro: somos ensinados ao longo da vida a viver a meio gás. A ficarmo-nos pelo mediano. Ensinaram-nos que se voarmos demasiado alto, como Ícaro, as nossas asas derreterão e a queda será terrível. Optamos então por viver uma vida segura e conveniente. Mas isso não traz crescimento. Não é assim que se encontra amor. Não é assim que se encontra arte. Não é assim que se vive. Quanto mais violenta a dificuldade, mais intenso o crescimento. Madeira boa não cresce facilmente.
Acredito piamente que são os desafios inerentes à vida que tornam possível crescer e prosperar e que sem estes não haveria nada para ultrapassar. A vida seria insossa, sem graça, sem emoção, sem adrenalina. Se queremos mesmo criar algo impressionante, temos que estar dispostos a falhar e a ficar vulneráveis.
A palavra de ordem é não termos medo de ser ousados. Não se costuma dizer que a nossa felicidade começa quando saímos da nossa zona de conforto?
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