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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

18
Abr16

O fim da insónia: será?

por Sara Sarowsky

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Estou certa que concordarás comigo de que uma das coisas mais aborrecidas, incómodas e difíceis de gerir é a insónia. Ficar deitada na cama por horas e horas a fio sem que o sonho venha é daquele tipo de situação que acaba comigo. Infelizmente, tem-se tornado um hábito nos últimos tempos da minha vida.

 

Tem vezes que sei perfeitamente qual o motivo – preocupação, ansiedade ou desgosto –, pelo que nem me ralo muito, já que sei que será só uma questão de tempo até recuperar o sono. Mas quando não consigo atinar com nenhum motivo plausível para não conseguir embarcar no mundo dos sonhos, fico pra morrer. Foi o que voltou a acontecer uma noite destas. Do nada, sem quê nem porquê, o sono simplesmente recusou-se a dar o ar da sua graça.

 

De manhã, com aquele ar de zombie e uma brutal dor de cabeça, fui ao meu médico de família de plantão – o Google (quem mais?!) – para ver se ele me receitava algo. Entre um artigo e outro, deparei-me com uma solução que aparentava ser tão fácil, rápida e natural que até duvidei da sua eficácia. Mas dado, que não custava nada tentar, lá me propus a servir de cobaia a mim mesma para uma pesquisa in vitro.

 

Baseada numa técnica especial de respiração, a solução a que me refiro consiste num método conhecido como 4-7-8 e promete provocar sono em menos de 5 minutos. Nas suas pesquisas para combater stress e insónia, Andrew Weil, doutor em ciências médicas da Universidade de Harvard, desenvolveu esta técnica, praticada há séculos pelos melhores mestres de ioga da Índia.

 

Esta é tão simples quanto isso: inspirar o ar pelo nariz durante quatro segundos, manter o ar nos pulmões por sete segundos e exalar pela boca durante oito segundos. Ilustrando passo a passo:

  1. Deita-te de costas, na cama, com as palmas das mãos voltadas para cima (esta posição assegura que fiques confortável).
  2. Respira fundo e inala o máximo de ar que puderes, contando o tempo de 4 segundos.
  3. Segura o ar nos seus pulmões por 7 segundos.
  4. Expira o ar pela boca suavemente durante 8 segundos.
  5. Repete o procedimento 4-7-8 até adormeceres, o que possivelmente ocorrerá em menos de 5 minutos.

No meu caso, não me lembro quanto tempo demorei para pegar no sono, mas não foi muito, disso estou certa. Se também padeces deste mal, experimenta esta técnica. Quem sabe não resultará contigo também.

 

Não é de hoje que especialistas do corpo, da mente e da alma defendem o uso da respiração como forma de combatermos o estresse e promovermos o bem-estar físico, psíquico e emocional. Agora entendo o porquê e posso afirmar que, muitas vezes, para grandes problemas a solução pode estar em pequenas soluções.

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08
Jan16

 

Após uma troca de mensagens com uma ex-colega de trabalho - e já agora amiga para a vida - a propósito das estrias, pergunto-me se algum dia serei capaz de as assumir com desenvoltura, quiçá ostentá-las, não digo com orgulho, mas pelo menos sem complexo. Afinal elas, estas malditas marcas na pele, lembram-me a todo o instante que sem elas teria o corpo dos meus sonhos. Mesmo!

 

Lembro-me perfeitamente da nossa primeira vez. Foi num belo dia de março, quatro meses depois de chegado a Portugal para fazer a licenciatura. O tempo já me permitia destapar-me o suficiente para ver o meu corpo ao espelho (recém-chegada da África o inverno lisboeta afigurava se me como o antónimo do inferno apocalíptico) e qual não foi o meu espanto quando reparo numas marcas meio avermelhadas meio acastanhadas na parte interna das coxas, das pernas e das nádegas. Após uma análise mais meticulosa, dou-me conta que o mal tinha-se alastrado pelos gémeos, com alguns salpicos pelos seios, abdómen e ancas.

 

Sem fazer a menor ideia do que seria aquilo - em 20 anos de vida jamais tinha conhecido ou ouvido falar de alguém que sofresse de tamanho infortúnio - o primeiro pensamento que me ocorreu foi cancro da pele (instantes de absoluto pânico). Superada a fase hipocondríaca, parti para um segundo diagnóstico: uma reação alérgica qualquer. Quanta ignorância, quanta ingenuidade, quanto otimismo!

 

Escusado será dizer que passei as horas seguintes a tentar chegar a um veridicto sobre que doença seria aquela. Estávamos em 1998, como devem imaginar nada de google, nem ligação à net fora do perímetro académico. Ao final do dia quando a minha colega de quarto (sim, naqueles tempos de caloira cheguei a dividir quarto), alguns anos mais velha, já formada e empregada, mostro-lhe as marcas - com aquela cara de doente nos cuidados paliativos - e ela diz-me sem sequer pestanejar: "são estrias". Tão simples quanto isso. São estrias!

 

E foi assim que as estrias se instalaram na minha vida (no meu corpo, melhor dizendo), sem pudor e sem pedir licença. Claro que o facto de ter passado de 49 para 60 kilos em apenas 120 dias, pouco ou nada teve a ver com o fenómeno. Nada mesmo!

 

E com elas surgiu a vergonha de vestir saia e vestido, de exibir as pernas à luz do dia (à noite todos os gatos são pardos, logo no stress), de expor o corpo pela primeira vez perante um homem... enfim, tanto palavreado para dizer que apesar de não as ostentar orgulhosamente, a elas vergo-me. Que remédio!

 

Com o passar dos anos (já lá vão 18 para, ser mais precisa), vejo-me obrigada a aceitar que, no que a elas diz respeito, pouco ou nada há a fazer. E acredita que já tentei de tudo, desde cremes de farmácia com preços pornográficos a truques e mezinhas caseiras. Até cheguei a cogitar a automutilação da derme infetada, mas isso já seria too much (até mesmo para mim). A não ser que nasça de novo ou consiga os 2000 euros para aquela cirurgia a laser, o jeito é aceitá-las.

 

Para mal dos meus pecados, não estou assim tão bem resolvida em relação a elas e posso dizer de boca cheia que é o único complexo que tenho em relação ao meu corpo. Mas como "não há bela sem senão"... o meu senão são as estrias. Até porque nunca fui adepta do conceito de que as estrias são também marcas da estória escrita no nosso corpo, porque, podendo, escolheria nunca mais vê-las à minha frente, na imagem espelhada. Elas são frutos de um enorme aumento de peso, daí a mágoa, a autorrejeição, a recriminação e o complexo de fealdade, embora a caminho da aceitação. Que remédio!?

 

E porque a beleza está nos olhos de quem vê, mas principalmente na alma de quem sente. E dito isto, que se lixem as malditas das estrias, uma vez cá fora não se pode voltar e retornar de acordo com o padrão de beleza estabelecido. Eu quero é ser feliz!

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30
Out15

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Camaradas minhas (de vinte, de trinta, de quarenta e até de cinquenta, que somos todas companheiras de luta) é já amanhã o Halloween e, como este ano a data cai num sábado, não há desculpas para não entrarmos no espírito da coisa e aproveitarmos ao máximo o dia, ou melhor dizendo, a noite das bruxas.

 

De acordo com o Dr. Google, o guru da pesquisa online, esta festa pagã, celebrada a 31 de outubro, é particularmente popular nos países anglo-saxóficos, sobretudo nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Em grande parte por culpa daquele (bendito) fénomeno chamado globalização, esta afeméride tornou-se um evento sem fronteiras, assinalado um pouco por todo o mundo. E Portugal não é (nem quer ser) exceção.

Aqui pelos lados da capital, a cidade de todos os encantos, o que não faltam são opções para a noite do medo, e como amiga que é amiga partilha coisas boas, deixo-te com algumas delas:

1. Lisboa Halloween Parade - uma proposta que promete, já que a ideia é juntar bruxas, vampiros, feiticeiros, fantasmas ou lobisomens, naquele que ambiciona ser o maior desfile de máscaras alguma vez realizado no país. O evento realiza-se no dia 30 e o ponto de encontro é na Avenida de Roma, junto à linha do comboio, pelas 21h00.

2. Halloween Night Lisbon - esta iniciativa da freguesia de Arroios (a minha, quanto orgulho) ocorre entre as 15h00 e as 23h00 deste sábado, período durante a qual todo o comércio estará de portas abertas para receber vizinhos, fregueses e curiosos. Do programa fazem parte DJs, dançarinos e cantares das mais de 70 nacionalidades ali representadas, sendo que a ação desenrola-se na Avenida Almirante Reis, Morais Soares e Praça do Chile.

3. Run Party Halloween - uma corrida noturna de cinco quilómetros em Monsanto, no final da qual haverá uma festa para os corredores mais destemidos.

4. Atlético Clube de Portugal - festa que acontece no dia 31, por volta das 21h00, e com bilhetes a partir de 10 euros.

5. Museu da Eletricidade - no dia 31, entre as 21h00 e a meia-noite, o museu e a Praça do Carvão vão estar transformados numa autêntica casa de terror. A entrada é livre, sem marcação prévia, mas quem aparecer tem de estar à medida do ambiente: mascarado.

6. Fox Halloween Party - atividade que promete agitar a Lx Factory, em Alcântara, na noite deste sábado, a partir das 23 horas. Mais do que andar de um lado para o outro a fingir-se de morto, é possível dançar ao som dos DJs Kamala, Nokin e João Vaz.

7. Clubes noturnos (B. Leza, Ministerium Club, Club Noir, Fábrica do Braço de Prata, Clube Ferroviário, só para citar alguns) também vão dar azo à imaginação e propor programas a rigor.

 

Quanto a mim, ainda não está decidido a qual delas vou dar a honra da minha presença. Só sei que vou estar na rua a celebrar (fantasiada a rigor), mas sobretudo a viver e a conviver. Que é isso mesmo que importa na vida: ser e estar feliz. E mais nada!

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