Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva!
Logo pela manhã, o Delas.pt adentra-me pelo feed acima com um artigo (repescado) sobre as tendências que não devem ser seguidas "nem que a vaca tussa". Ainda que consciente de que não existem regras absolutas, sem esquecer que há gostos e corpos para tudo, para este site há modas que só fazem sentido nas passerelles ou nos editoriais (e mesmo lá, tenho as minhas dúvidas…), outras que devem ser banidas da memória e ainda aquelas, cujo criador deveria ser processado por atentado ao bom senso. Eis algumas delas:
1. Roupa transparente
As transparências estão na agenda do dia, é facto. Só que entre isso e sair por aí seminua, sob o pretexto de que se está na moda, vai uma enorme (e mal gostosa) distância. Se, como eu, gostas desta tendência, o melhor é optares por usar uma parte de cima com um 'top'. Quanto à cintura para baixo, muito cuidado, pois nunca vi um único caso de cuecas à vista que tenha ficado bem na fotografia. Quando esta é da cor branca, então… Nunca entendi essa mania que muitas mulheres têm de usar calcinha branca com roupa da mesma cor. Será que pensam que por partilharem o mesmo pantone anulam-se uma à outra, tornando-se deste modo invisíveis? Como se não bastasse a transparência, ainda temos que levar com roupa interior da mesma cor. Deve ser para terem a certeza de que todos veem que se trata de uma pessoa asseada, que usa underwear limpinha e sem buracos. Pelo amor da santa, se a peça é translúcida, o que custa usar cueca da cor da pele? Ou mesmo não usar nada? Aposto que aqueles com quem se cruzam ficariam bem mais entusiasmados com a antevisão dos pelos púbicos do que com a dita cueca (por ironia, quase sempre do modelo vovózinha).
2. Permanentes
Inúmeras tendências dos anos 80 voltaram à carga. Contudo, permanentes selvagens e ripadas (ao estilo Bonnie Tyler) devem permanecer no tempo que a história lhes reservou: passado que não volta mais. Tirando o halloween, o carnaval e as festas temáticas, nada justifica alguém sujeitar-nos a tamanha vergonha alheia.
3. Tops demasiados curtos
Quanto às microblusas – que, além de exporem o umbigo, deixam parte dos seios à mostra – penso não haver muito a dizer. Para as adeptas desta tendência, um toque: não é sexy, não é moda, não é ousadia, não é nada. É pura pirosise, uma flagrante chamada para acasalamento. É certo que esta moda invadiu os editoriais e, por isso mesmo, é por lá que deve permanecer.
4. Look total em ganga
O que não faltam são adeptos deste estilo – não é o meu caso, sinto-me na obrigação de salientar desde já. Já vi quem tenha conjugado jeans com camisa, mala e botas, tudo em ganga no mesmo tom. Too much denim para mim. Se és fã incondicional deste tipo de tecido, tenta ao menos introduzir outra peça em tom diferente.
5. Pelos coloridos
Por mais que dê voltas aos miolos, não consigo entender que raio de moda é esta. Na verdade, até hoje, nunca tinha ouvido falar dela. Como se já não fosse questionável espetá-los nos olhos dos outros, pintá-los é-me ainda mais incompreensível. Passemos ao próximo tópico, que continuar neste não nos vai levar a lado nenhum.
6. Roupa segunda pele
Vestuário demasiado justo, além de mutilar a circulação sanguínea, propiciando assim o aparecimento/agravamento da odiosa celulite, na minha opinião não é nada confortável e menos ainda estético. Não me digas que nunca viste uma mulher (e agora imensos homens) com roupa tão apertada que ficas a pensar que se essa pessoa for acometida de um ataque de espirro ou flatulência, a pobre indumentária, com toda a certeza, desfazer se ia em farrapos. Estou certa ou estou errada? Às 'minas' e aos 'minos' que acham esta onda o máximo, lembrem-se que não é por usarem um ou dois números abaixo do tamanho que vão parecer mais magros ou mais gostosos. No caso delas, vão parecer umas periguetes enchouriçadas. No deles, uns armários acéfalos.
7. Nádegas à mostra
Nesse capítulo, estou com a Mariza, a fadista que deu "um puxão de orelhas" às festivaleiras da costa. Os ditos 'hot pants', que deixam metade dos glúteos de fora, podem até fazerem-se presentes no dress code de três em cada duas adolescentes. Esta afirmação é exagerada, estou ciente, mas a impressão que tenho é que todas as raparigas com menos de 25 anos (e já vi um gay também nessas figuras) fizeram juras de amor eterno a esta peça de vestuário. Na minha terra natal, um país tropical, usa-se roupas curtas, mas bochechas da retaguarda à vista alheia é considerado indecente, quase imoral. Na praia ou na piscina até se tolera, fora desses ambientes, não, não e não! Mulher de bom gosto e menina bem assessorada pela mãe devem saber que do corpo só devem revelar o suficiente para parecerem atraentes e não oferecidas.
Muito mais teria a dizer sobre este assunto – como as meias brancas, os soutiens de alças transparentes, as leggins que esculpem as "pachachas", etc., etc. Por ora fico por aqui, não sem antes ressalvar que, no que toca à moda ou beleza, é muito importante termos em conta o nosso corpo e a nossa personalidade.
Com isso quero dizer que o facto de algo ficar bem nos outros não é garantia nenhuma de que fique bem em nós. E mais: não temos que usar isto ou aquilo só porque está na moda ou (quase) todos usam. Bom senso, meu bem, é uma tendência intemporal, lembra-te disso!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.