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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

23
Out23

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Ora viva! 🖖

Apesar de estar a ser difícil arranjar tempo para aqui vir deixar-te aquela palavra amiga, não penses que esqueci de ti. Tanto é que, com apenas 15 minutos de pausa entre uma tarefa e outra, fiz questão de vir aqui trazer-te a minha última crónica para o Balai Cabo Verde, publicada na manhã desta segunda-feira. 

Sororidade: o segredo da aliança feminina

No vasto panorama da vida, onde as cores e texturas da sociedade se emaranham, existe um laço especial que muitas vezes passa despercebido, mas que é essencial para o progresso das mulheres num mundo onde as sombras do patriarcado insistem em persistir. Este laço é um compromisso tácito entre mulheres para se apoiarem, colaborarem e caminharem juntas, lado a lado.

Como tal, se me pedissem para escolher uma palavra que melhor descrevesse este ano, não hesitaria em eleger a sororidade. Com algum embaraço, assumo que dela só ouvi falar há coisa de meses, cinco para ser mais precisa. Foi por altura dos preparativos para a segunda edição do Empodera-te!, movimento social em prol do empoderamento feminino por mim criado em janeiro último e pelo qual acabo de ser distinguida, na Assembleia da República, com o Prémio de Mérito Migrante. De lá para cá, adotei-a como filosofia de vida e propósito maior da causa que me move.

Caso não estejas familiarizado com o termo, abro aqui um parêntesis para esclarecer que ele está relacionado com a irmandade, empatia e união das mulheres e que é aquele que na perfeição descreve a solidariedade e a parceria entre elas. Assente na ideia de que devem apoiar, empoderar e ajudar umas às outras, ao invés de competir, criticar ou desmerecer, ele reconhece que as mulheres enfrentam desafios únicos, os quais só serão eficazmente superados quando entre elas reinar a união.

Como tal, a sororidade é uma poderosa ferramenta para a criação de comunidades mais fortes e igualitárias. Por desafiar nocivos estereótipos e normas comportamentais, ela ajuda a construir um mundo onde as mulheres possam prosperar juntas, enfrentando os desafios que a sociedade reiteradamente apresenta. Numa era (ainda) moldada pela desigualdade de género, as mulheres têm enfrentado obstáculos desde que da costela de Adão Deus fez Eva. Essa sociedade patriarcal de que tanto se ouve falar e que o mais recente mega sucesso de Hollywood achou por bem colorir de rosa, muitas vezes as empurra para uma competição insana, injusta e inglória, como se houvesse apenas um lugar no topo para uma delas.

A verdadeira sororidade rejeita tal narrativa, limitada, incapacitante, castradora. Ela celebra o sucesso de cada mulher como uma vitória coletiva. Ela se manifesta na forma como uma discípula de Eva apoia a colega no trabalho, oferece palavras de encorajamento quando a autoestima da sua semelhante vacila e compartilha conhecimento e oportunidades com as restantes, num claro lembrete de que, quando se unem, são capazes de alcançar mais do que poderiam sozinhas.

A rivalidade feminina, tantas vezes alimentada e perpetuada por quem dela só sabe tirar proveito, é um obstáculo que a sororidade tenta superar. Em vez de ver outras mulheres como ameaças, ensina a vê-las como aliadas, lembrando que o sucesso de uma não diminui o potencial de outra. Pelo contrário, quando uma sobe, ela cria degraus para que outras a possam seguir.

Por experiência própria, estou em condições de recomendar a sororidade como uma boleia de luxo para o empoderamento feminino. Ela não só nos nutre a confiança, como nos encoraja a encontrarmos a nossa voz e a reivindicar a nossa vez, ao mesmo tempo que nos inspira a correr atrás dos nossos sonhos e a assumir o comando da nossa vida, imunes ao status quo que o tempo todo nos diz que não seremos capazes. Quando nos apoiamos uma às outras, tornamo-nos mais fortes, mais resilientes e perfeitamente capazes de desafiar as normas dessa tal sociedade patriarcal que o filme Barbie romantizou.

Engane-se quem tiver a ingenuidade de pensar que a sororidade é um caminho fácil. Ela exige que enfrentemos inseguranças e preconceitos entranhados há tanto tempo no nosso ADN social e familiar que chegamos a acreditar que não sabemos ser diferentes. Ela demanda que reconheçamos que cada uma de nós enfrenta lutas únicas e que a colaboração é a chave para as superarmos.

À medida que olhamos para o futuro, a sororidade afigura-se como uma força vital para a equidade de género e igualdade de oportunidades. Ela desafia as estruturas de poder arraigadas, que há demasiado tempo perpetuam a descriminação e a marginalização feminina. Portanto, é minha intenção contribuir para que a sororidade continue a florescer, iluminando os nossos caminhos em direção a uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal, estamos a falar da aliança secreta que desafia as sombras do patriarcado, mostrando que a solidariedade entre mulheres é um poderoso catalisador para a mudança.

Que a sororidade esteja contigo. Hoje e sempre. Até breve!

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Ora viva! 🖖

Bem sei que tinha prometido regressar no feriado. Também sei que à palavra dada não se falta. Ainda assim, não consegui. Estava tão cansada, que simplesmente decidi não ligar o computador e passar o dia no sofá a ver episódios atrás de episódios de Lei & Ordem - Unidade Especial.

Também sou filha de Deus e só eu sei o quanto precisava desse momento de dolce fare nienteComo penitência, eis-me a escrever-te num domingo, ainda que só vás ler este post na segunda-feira. Perante a perspetiva de (mais) uma semana intensa pela frente, não me resta outra opção que não seja adiantar trabalho, e se tiver que fazê-lo em dia sagrado, que seja.

Preâmbulo feito, estou aqui para te dizer que se já estava difícil encontrar o amor, a busca agora exige cada vez mais recursos financeiros. Além de um significativo aumento no valor das subscrições em quase todas as aplicações de encontro, o Tinder, provavelmente a mais popular de todas, acaba de lançar uma oferta destinada àqueles que querem a todo o custo - literalmente falando - encontrar a sua felicidade amorosa. De facto, só um querer muito grande para os fazer despender quase meia centena de euros por mês. 

A recém-lançada subscrição é para aqueles que não querem mesmo perder a oportunidade de conversar com outros utilizadores — mesmo que não tenham dado match. Ou seja, se antes só podíamos meter conversa com quem tivesse gostado de nós, o utilizador que tiver aderido a essa modalidade já pode contactar com o seu crush mesmo sem haver reciprocidade de interesse.

Lançado no passado dia 22 de setembro e disponível para menos de 1 por cento dos utilizadores, os "extremamente ativos", de acordo com a empresa, o plano Select custa cerca de 470 euros por mês. Para além de poderem enviar mensagens a pessoas com as quais não chegaram a fazer match, os que aderirem a este plano premium vão poder aceder ao modo de pesquisa VIP para que outros utilizadores possam ver o seu perfil após o swipe right (movimento que significa que está interessado na pessoa).

Os utilizadores elegíveis irão receber um convite do próprio Tinder para poderem aceder ao Select. Os perfis em causa têm de cumprir algumas exigências, como uma fotografia verificada, uma biografia, cinco interesses, pelo menos quatro fotografias no perfil e detalhes sobre o tipo de relação que procuram. 

É, meu bem, a procura por um amor que valha a pena está-se a tornar uma aventura cada vez cara para quem busca e lucrativa para quem facilita essa busca. Para quem tem muitos dígitos na conta, as possibilidades acabam de aumentar com este novo serviço pago do Tinder. Para aqueles cujo saldo bancário tem mais zeros à esquerda do que à direita, a esperança continua a residir na sorte, a quem cabe sempre a última palavra em matéria de amor.

Despeço com aquele abraço amigo de sempre!

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29
Set23

Quem não é bom ímpar...

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

Para encerrarmos a semana em grande, convido-te a ler a minha crónica de setembro para o Balai Cabo Verde, publicada há instantes. Boa leitura e um esplendoroso fim de semana.

Quem não é bom ímpar...

Por dias a fio, dei voltas à cabeça tentando decidir qual seria o tema da crónica deste setembro, o mês da rentrée, aquele que nos renova o ânimo para o resto do ano.

Era minha intenção falar sobre o Prémio de Mérito Migrante com o qual acabo de ser distinguida na Assembleia da República portuguesa, pelo meu desempenho em prol do empoderamento feminino. Temendo cometer o pecado da bazófia, achei mais altruísta dissecar o poder da dificuldade, título de um livro sobre empreendedorismo feminino, cujo prefácio assinei e em cuja cerimónia de lançamento estou diretamente envolvida.

Nova mudança de ideias levou-me a cogitar a hipótese de escrever sobre a diáspora cabo-verdiana, cujo movimento associativo promoveu, na semana passada, um grande encontro em Lisboa, com o qual tive a oportunidade de colaborar. Por não ser a minha área de atuação, ou seja, para não correr o risco de dar bitaites sem real conhecimento de causa, optei por alterar o rumo dos pensamentos.

A essa altura do brainstorming ocorreu-me anunciar a chegada do Empodera-te! a Cabo Verde, mais concretamente à Praia, minha cidade-natal. Por ainda não querer levantar (publicamente) o véu sobre um evento que irá inspirar, impactar e capacitar as mulheres da minha ilha, acabei por decidir-me por um tema neutro e no qual estou perfeitamente à vontade; até porque já faz alguns meses que não escrevo sobre relacionamentos. Assim, intenta esta crónica esclarecer porque motivo aquele que não é bom ímpar jamais poderá ser bom par, isto é, porque quem não sabe ser feliz solteiro jamais poderá ser feliz emparelhado.

Toda vez que ouço dizer que se quer encontrar alguém para ser feliz sou imediatamente acometida de uma aguda crise de urticária emocional. Tal crença é pura falácia, (convenientemente) alimentada, primeiro, pela literatura e, depois, pelo cinema, duas indústrias que descaradamente lucram bilhões à custa de ingénuos que acreditam piamente que alguém vai irromper pelas suas vidas com a missão de os fazer conhecer a (real) felicidade.

O amor, esse sentimento que inspira poetas e escritores desde os primórdios da civilização moderna, e que tantas vezes nos faz embarcar numa obsessiva odisseia em busca da alma gémea - a tal metade que é suposto completar-nos - pode ser uma dor sem tamanho para aqueles que são incapazes de compreender um detalhe crucial: para ser um bom par é fundamental ser um bom ímpar primeiro.

Imagina um baile, onde todos os casais dançam harmoniosamente, em que cada pessoa encaixa-se perfeitamente no ritmo da música com o seu par perfeito. No entanto, nesse salão, também estão aqueles que não aprenderam a dançar sozinhos, que não se sentem completos por si mesmos. São como números pares, esperando desesperadamente encontrar o seu correspondente.

O relacionamento amoroso é como essa dança. Antes de se unir a alguém, é necessário que o dançarino aprenda a dançar consigo mesmo. O amor-próprio e a autoestima são os passos iniciais dessa coreografia. Quando nos amamos a nós mesmos, tornamo-nos um número ímpar, independente e completo, capaz de dançar a dança da vida com graciosidade, mesmo sem um par.

Amar a si mesmo não significa ser egoísta ou narcisista. Significa reconhecer o próprio valor, cuidar de si mesmo e desenvolver uma relação saudável com o próprio eu. Tornar-se a sua melhor versão possível, nutrir a própria felicidade e bem-estar é um compromisso que cada um de nós deve assumir desde a mais tenra idade.

Somente quando somos ímpares confiantes podemos nos tornar pares que se complementam. Como tal, um relacionamento saudável requer duas pessoas ímpares, completas por si sós, unidas para criar algo ainda mais bonito. Em vez de depender um do outro para preencher vazios emocionais, eles compartilham as suas vidas, sonhos e alegrias.

Lamentavelmente, demasiadas vezes até, vemos relacionamentos onde um ou ambos os parceiros são números pares desesperados, buscando incessantemente validação, amor e felicidade no outro, esquecendo-se de que essas coisas devem primeiro vir de dentro. Relacionamentos assim frequentemente se tornam tóxicos e insatisfatórios, porque ninguém pode preencher permanentemente o vazio emocional de outra pessoa.

Como posso aprender a amar a mim mesmo antes de amar o outro, deves estar a perguntar-te. Começando por te conhecer profundamente. Explora os teus interesses, paixões e valores. Cuida da tua saúde física, mental, emocional e espiritual. Cultiva relacionamentos saudáveis com amigos e familiares. Define metas e trabalha para alcançá-las. E, acima de tudo, pratica a gratidão e a autocompaixão.

Lembrar que "quem não é bom ímpar jamais será bom par" é uma lição valiosa, já que quando somos bons ímpares, quando aprendemos a amar e respeitar a nós mesmos, estamos em muito melhor posição para construir relacionamentos amorosos saudáveis e duradouros. Lembra-te que a verdadeira felicidade está em encontrar alguém que partilha os mesmos valores e te completa, em vez de alguém que preenche as tuas necessidades.

Portanto, antes de saíres à procura do amor, dedica um tempo para te tornares um ímpar confiante. Dança contigo mesmo na pista da vida, aproveita cada passo e, quando encontrares alguém com quem desejas encetar uma dança a dois, a probabilidade de criarem uma coreografia que encantará todos que tiverem o privilégio de assistir à vossa performance é infinitamente maior. Jamais te esqueças que o verdadeiro amor começa em ti e floresce quando dois números ímpares se encontram numa harmoniosa dança de conexão e afeição.

Aquele abraço amigo e até à próxima!

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21
Set23

Como vai a tua autoestima?

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

Enquanto aguardo pelas fotos oficiais da gala de Mérito Migrante para poder fazer aquela descrição detalhada daquela memorável tarde/noite do passado dia 15 de setembro, e vou dando seguimento a uma semana hiper exigente, consegui uma brecha na minha agenda para vir aqui desafiar-te a fazer um diagnóstico à tua autoestima. 

Que ela é essencial ao nosso bem-estar e à forma como interagimos com os outros estamos todos conscientes. O que talvez não seja tão óbvio para muitos é que existe uma série de características identificativas de quem a tem nos níveis desejáveis. Como em tudo na vida, convém que não peque por excesso, muito menos por escassez.

De acordo com o psicólogo André Carrillo, num artigo publicado no portal Psicologia Y Mente, são estes os oito traços de personalidade que pessoas com boa autoestima têm em comum:
1- São confiantes;
2- Eficiência é tudo para eles;
3- Gostam de socializar;
4- Reconhecem as suas qualidades e defeitos;
5- São líderes natos;
6- Envolvem-se ativamente nas atividades;
7- São independentes;
8- Costumam ser altruístas.

Como o tempo por estes dias anda fugidio e o estômago já está a dar horas, despeço-me com aquele abraço amigo de sempre e sinceros votos de um dia fenomenal. Até para a semana!

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01
Set23

A felicidade não tem regras

por Sara Sarowsky

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Ora viva! 🖖

A tua solteira favorita está de volta, cinco meses depois, e intermináveis acontecimentos pelo meio. Quanta saudade de estar aqui, quanta vontade de partilhar coisas, quanta necessidade de voltar a ser a voz amiga dos solteiros da lusofonia.

Escuso dizer que tenho muito para contar, o que prometo ir fazendo aos poucos. Por ora, neste primeiro dia de setembro, o mês da rentrée, ou seja, dos recomeços, trouxe a minha última crónica para o Balai Cabo Verde. Espero que gostes, comentes, partilhes e recomendes.

A felicidade não tem regras

O anúncio de uma conhecida marca de gelados em Portugal, cujo jingle tem tomando de assalto os meus ouvidos ao longo deste verão, inspirou-me a escrever esta crónica, dedicada a um dos meus temas favoritos, aquele sobre o qual jamais me canso de escrever. Consegues adivinhar a que me refiro? Dou-te uma dica: é o mesmo com que me estreei aqui no Balai Cabo Verde, já lá vão dois anos e cinco meses.

Na vida, há poucas certezas. Uma delas é que a felicidade não se encontra num manual de regras, muito menos se sujeita aos caprichos alheios. Ela é uma jornada única e pessoal, uma aventura que nos leva por caminhos inexplorados e desafios imprevistos. É como o vento que toca suavemente a nossa pele, impossível de segurar, mas maravilhoso de se sentir.

Ser feliz não se enquadra em fórmulas mágicas ou padrões pré-definidos. É mais do que apenas um sorriso no rosto; é uma atitude que cultivamos no íntimo, na essência, ao longo da existência. A felicidade reside nas pequenas coisas, nos ínfimos gestos e momentos da vida. Ela está nos raios de sol que atravessam as cortinas pela manhã, no riso inocente de uma criança, no cheiro da terra molhada depois da chuva, no canto de um pássaro, num abraço sincero, num beijo apaixonado, numa presença amiga.

A busca pela felicidade assemelha-se a uma odisseia no espaço, a uma aventura no deserto, a uma expedição à selva, a uma escalada ao Evereste. É notar a alegria nas entrelinhas da vida, mesmo nas situações mais desafiadoras. É encontrar beleza na imperfeição e lições nos obstáculos. A felicidade está entrelaçada com a nossa perspectiva e disposição para abraçar o desconhecido, para aceitar o imprevisto e para gerir o incontrolável.

Ela é um estado de espírito e um estado de espírito feliz transcende as circunstâncias externas. Podemos encontrá-la tanto sob o sol escaldante como sob a chuva fria, tanto nas lágrimas de tristeza como nos sorrisos de alegria. Trata-se de uma escolha diária: ver o lado luminoso da vida, mesmo quando as sombras nos rodeiam. Trata-se de uma vontade imensa, intensa, inabalável, de estar bem e de estar bem com tudo o que nos rodeia.

Praticar a felicidade é uma arte que requer dedicação, disciplina, treinamento e experiência. Assim como qualquer habilidade, exige esforço e persistência. É um ato de autocompaixão e autoaceitação, de aprender a valorizar a jornada tanto quanto o destino. Praticar a felicidade é cultivar relacionamentos saudáveis, perseguir sonhos, abraçar o presente e nutrir a mente e o corpo com boas energias.

Sempre que liberta das amarras das regras convencionais, ela flui como um rio sereno, manifestando-se quando nos permitimos ser autênticos, quando abraçamos nossas peculiaridades e quando escolhemos a gratidão em vez da reclamação. Não é uma meta distante, antes uma experiência que vivemos a cada momento, transformando as nossas vivências numa tapeçaria rica de emoções e recordações.

A felicidade aguarda por aqueles que ousam aceitar a vida de braços abertos e olhos transbordantes de curiosidade e esperança. Então, nessa busca por ela, lembra-te que não há um manual a seguir. Que o caminho é teu, as escolhas são tuas e a jornada igualmente tua. Que possas praticar a arte de ser feliz, encontrando alegria não apenas nos destinos grandiosos, mas acima de tudo nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e momentos que compõem o puzzle da nossa existência.

Aquele abraço amigo de sempre e até breve!

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31
Mar23

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Ora viva! 🖖

Que tal encerrarmos a semana com o tema mais quente do Ainda Solteira, aquele de que todos gostamos, por mais que digamos o contrário? Sim, é a esse mesmo que me refiro: sexo, o assunto best-reader de todos os posts e aquele que muito contribuiu para as três distinções como o melhor blog de Portugal nos anos 2020, 2019 e 2018.

O tópico de hoje tem a ver com uma dúvida que a todos atormenta: qual o tempo ideal para uma boa sessão de sexo? O ato sexual é pessoal e íntimo; como tal, difere de casal para casal, de circunstância para circunstância, de libido para libido, de local para local, de cultura para cultura, e por aí fora. O que é consensual em relação a ele é que é natural, benéfico e imensamente prazeroso.

Precisamente por isso desperta tanta curiosidade, concentra tanta expectativa, demanda tanta atenção. Inclusive da ciência, que, volta e meia, vem acrescentar um dado novo à temática. Desta feita, os cientistas quiseram descobrir a duração ideal de uma atividade sexual, até porque estamos numa era em que quase ninguém tem tempo para nada, nem mesmo para a mais agradável de todas as atividades humanas.

A verdade é que não existe um número consensual, pelo contrário, as opiniões dividem-se. Ora vejamos. Da análise das  relações sexuais de 500 casais heterossexuais de cinco países (Espanha, Holanda, Reino Unido, Turquia e Estados Unidos), um grupo de cientistas da Utrecht University, dos Países Baixos, chegou à conclusão que uma relação sexual satisfatória deve durar em média 5,4 minutos.

Atenção que os preliminares não constam da equação, ou seja, este número refere-se apenas ao tempo entre o início da penetração e a ejaculação masculina. Já a terapeuta sexual Holly Richmond defende que nove a 12 minutos é o tempo que uma relação sexual deveria durar, em média. 

Agora que já fiz a boa ação do dia, satisfazendo mais uma curiosidade tua, retiro-me de cena com o sentimento do dever cumprido e sinceros votos de um excelente fim de semana. De volta estarei na segunda-feira para mais um papo amigo. Beijo em ti! 💋

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27
Mar23

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Ora viva!  👋

A mulher cabo-verdiana celebra hoje o seu dia. Sim, nós as criolas somos tão especiais que temos um dia inteiramente dedicado a nós. Na verdade, festejamos a nossa condição três vezes ao ano: no dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher), no dia 27 de março (Dia da Mulher Cabo-verdiana) e no dia 31 de julho (Dia da Mulher Africana). É meu bem, ser mulher, africana e... cabo-verdiana não é para todas. 😉

Em mais uma de muitas que vou fazendo, a crónica de hoje visa render homenagem às mulheres, independentemente do continente ou país onde tenham nascido, ainda que com uma ênfase propositada na mulher da minha terra, aquela que mais me inspira e pela qual tenho admiração e adoração infinitas.

Publicado há instantes no Balai Cabo Verde, portal para o qual colaboro como cronista, a (incrível) arte de ser MULHER é na verdade o meu contributo para o terceiro volume da antologia Mulheres e Seus Destinos, cujo lançamento deu-se no passado dia 8 de março, na Praia, minha cidade-natal.

a (incrível) arte de ser MULHER
Bebé. Criança. Menina. Moça. Jovem. Adulta. Idosa. Anciã.
Namorada. Noiva. Esposa. Amante.
Solteira. Casada. Amancebada. Divorciada. Viúva.
Filha. Mãe. Avó. Irmã. Tia. Sobrinha. Enteada. Neta. Nora. Sogra. Cunhada. Madrinha. Afilhada. Prima. Vizinha. Cumbossa.
Amiga. Colega. Companheira. Parceira. Aliada. Adversária. Rival.
Contente. Triste. Feliz. Desgostosa. Amada. Amargurada. Desejada. Rejeitada.
Madura. Infantil. Realizada. Frustrada. Confiante. Insegura.
Bazofa. Desleixada. Primorosa. Caprichosa. Afável. Arrogante.
Mansa. Braba. Humilde. Altiva. Convencida. Modesta. Descarada. Tímida.
Airosa. Desajeitada. Poderosa. Frágil. Subversiva. Encolhida. Orgulhosa. Despretensiosa.
Ativa. Sedentária. Trabalhadora. Preguiçosa. Empoderada. Incapacitada.
Segura. Acuada. Livre. Cativa. Emancipada. Oprimida.
Culta. Ignorante. Letrada. Analfabeta. Refinada. Impolida.
Sensível. Impiedosa. Permissiva. Castradora. Caridosa. Maldosa.
Sorridente. Chorosa. Otimista. Deprimida. Maravilhada. Desapontada.
Justiceira. Vingativa. Corajosa. Amedrontada. Heroína. Vilã. Guerreira. Pacificadora.
Moderna. Conservadora. Curiosa. Alienada.
Gentil. Hostil. Agressiva. Passiva. Doce. Amarga. Amável. Rude.
Preferida. Preterida. Prestigiada. Desrespeitada. Usada. Abusada. Estimada. Desapontada.
Ajuizada. Insensata. Sabida. Ingénua. Oportuna. Inconveniente.
Imprudente. Precavida. Teimosa. Dócil.
Abundante. Desvalida. Esfusiante. Contida. Abençoada. Amaldiçoada.
Íntegra. Desonesta. Sortuda. Azarada. Sorridente. Carrancuda.
Nobre. Plebeia. Distinta. Vulgar. Arretada. Cabisbaixa.
Vencedora. Sofredora. Afetuosa. Severa. Calorosa. Fria. Íntima. Distante.
Resistente. Débil. Mandona. Submissa. Amorosa. Odiosa.
Pura. Impoluta. Casta. Libertina. Íntegra. Devassa. Digna. Desonrada.
Virtuosa. Promíscua. Santa. Pecadora. Divina. Diabólica.
Negra. Branca. Amarela. Vermelha.
Africana. Europeia. Asiática. Americana. Latina. Indígena.
Grande. Pequena. Alta. Baixa. Magra. Gorda. Bonita. Feia. Rica. Pobre. Cosmopolita. Rural.
Princesa. Rainha. Presidenta. Ministra. Governadora. Gestora. Empreendedora. Subordinada. Serviçal. Doméstica.
Educadora. Educanda. Professora. Aluna. Mestra. Aprendiz.
Deusa. Mortal. Humana. Mulher!!!
A MULHER é o que ela quiser!
Uma vez MULHER, para sempre MULHER!

Por hoje é tudo. Regressarei amanhã com mais um episódio do podcast Ainda Solteiros, focado no meu plano 'Emagrece comendo de tudo, mas fazendo escolhas inteligentes'. Até lá, beijo em ti💋 e votos de uma semana esplendorosa.

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24
Mar23

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Ora viva! ✌️ 

Hoje o tempo está curto, a inspiração menor ainda, pelo que vim apenas dar um olá de alegria e dar-te conta de um facto curioso que me chegou à vista há umas semanas: um primeiro beijo de amor dado às três decadas e dois anos de vida. Inacreditável, nos dias que correm, não?

De acordo com uma publicação do Notícias ao Minuto, datado de 15 de fevereiro, uma mulher, residente em Nova Iorque, nos EUA, deu o primeiro beijo aos 32 anos. E mais, ela não sente qualquer vergonha por isso, tanto que foi a própria a partilhar a sua história nas redes sociais e, posteriormente, deu mais detalhes à comunicação social.

Ao The Mirror, Allora Campbell contou que teve mais de uma década sem ir a um encontro, depois de "perder a confiança no amor", por ter tido uma paixão não correspondida aos 20 anos. Por medo de sofrer mais um desgosto, a rapariga concentrou todas as suas atenções na carreira profissional e nas viagens. Ocasionalmente, ainda instalou aplicações de namoro, mas rapidamente abandonava as mesmas por receber mensagens "assustadoras".

Contudo, com o avançar da idade e por sentir que estava "a ficar para trás", decidiu que tinha de mudar e estabeleceu a si própria o objetivo de, até janeiro de 2023, arranjar um namorado. "Eu amo a minha vida, mas queria ter um namorado. Quero sentir-me, principalmente, confortável em ter encontros", revelou.

Apesar de ainda não estar a namorar, a nova-iorquina revelou que já teve quatro encontros com um pretendente e que o primeiro beijo entre eles foi "muito doce". Segundo ela, o homem com quem se tem encontrado sabe da sua inexperiência e esperou até que se sentisse à vontade para dar o passo de a beijar. "Não há cronómetro. A vida é uma maratona, não uma corrida. Não há nada de errado em começar um namoro ou uma relação numa idade mais avançada", assumiu Allora.

Meu bem, depois desta vou passar um bom tempo sem lamentar a minha falta de atividade amorosa. Só espero não ter que esperar 32 anos para voltar a sentir o doce sabor dos lábios de um homem. Isso nãooooo 😂.

Beijo 💋 em ti e até para a semana!

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Ora viva!  👋

Celebra-se hoje o Dia Internacional da Felicidade. Ciente deves estar de que é também neste dia que o hemisfério norte dá as boas-vindas à estação da Primavera, aquela pela qual tanto ansiamos, após meses e meses de frio e chuva. 

Por tudo o que ambas representam para o planeta e para o ser humano, tanto uma como outra merecem ser homenageadas, mais não seja porque é através delas que renovamos as nossas esperanças e expectativas numa existência mais plena. Como tal,  cumpre este post o propósito de prestar o merecido tributo à primavera, ao mesmo tempo que visa enaltecer a felicidade, a meta primeira e última de qualquer mortal.

Em relação ao primeiro tópico, tenho a dizer que a estação que sucede o inverno e antecede o verão chama-se equinócio da primavera e decorre de 20 de março a 20 de junho, altura em que entrará em cena a estação mais caliente de todas e a preferida da maioria das pessoas.

A partir de agora, teremos dias mais ensolarados e secos, além de que a temperatura será bem mais agradável. A característica mais marcante desta altura do ano é mesmo o colorido trazido pelas flores, motivo pelo qual é apelidada de estação das flores. Em relação à primavera, tenho ainda a dizer que é no seu primeiro domingo que se regista a mudança de hora, de modo a entrarmos no horário de verão. Como tal, no último domingo de março, dia 26, à 1 hora da madrugada, o relógio adianta uma hora.

Quanto ao segundo tópico, tenho a dizer que o Dia Internacional da Felicidade é uma efeméride instituída pelas Nações Unidas em 2013, completa este ano uma década. Não é por acaso que as duas datas coincidem no calendário. É facto comprovado que a primavera está intimamente ligada à felicidade, na medida em que promove o aumento e/ou melhoria de eventos capazes de nos deixar mais bem-dispostos, ou seja, de contribuir ativamente para a nossa felicidade.

Existe, igualmente, uma relação direta entre a estação que hoje se inicia e a autoestima humana; quiçá porque, libertos do vestuário pesado, passamos a dedicar mais atenção àquilo que nos reflete o espelho. Não é por acaso que seja nesta altura do ano que se fazem mais planos de emagrecimento, que as inscrições no ginásios disparam, que se começam a planear as férias e que se passa mais tempo fora de casa. Sem falar nas primeiras excursões à praia, no arranque da época bronzeal, nos fins de tarde nas esplanadas e nos cocktails nos rooftops.

Com mais horas de sol, muitos se despedem dos estados de espírito mais vulneráveis. É na primavera que o índice de depressão costuma atingir os mínimos. Se a tudo isso acrescentarmos os dias ensolarados, as tardes amenas, as árvores em flor, as relvas esverdeadas, os campos floridos, os pássaros tagarelas e as roupas coloridas, é caso para se dizer: "Primavera e felicidade, declaro-vos luz e vida até que o calendário vos separe!"

Meu bem, que esta primavera seja repleta de felicidade é o que te desejo de todo o coração! Beijo 💋 em ti e até amanhã, altura em que trarei um novo episódio do podcast, dedicado à segunda parte daquela lista de coisas nas quais a solteira deve investir, em abono da sua autoestima, vaidade e dignidade feminina.

Hasta!

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17
Mar23

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Ora viva! 👋

Estou sempre a dizer que sexta-feira pede leveza no olhar e emoção no coração. Como tal, proponho encerrarmos esta semana, à semelhança da anterior, com um conteúdo relacionado com um dos meus temas favoritos, o amor. Como referi há dois posts atrás, sinto-o no ar e no que depender de mim vai ele continuar a estar por tempo indeterminado.

Ainda te lembras do Empodera-te!, o tal evento que organizei no início do ano, e que se revelou um sucesso retumbante? Claro que te lembras, ai de ti que apagues da memória esse marco indelével na vida desta tua solteira favorita e da de centena de mulheres e dezena de homens que atenderam ao meu apelo e deram o ar da sua graça no auditório do CCCV - Centro Cultural de Cabo Verde, no passado dia 6 de janeiro.

O impacto dessa iniciativa em prol do empoderamento feminino foi de tal ordem que em breve divulgarei uma segunda edição e um programa de rádio a ele associado. Voltando a esse momento, uma das palestras desse evento inserida no painel sobre o empoderamento emocional, debruçou-se sobre as linguagens do amor. Com uma emotiva intervenção, a educadora e agente de mudança Georgina Angélica explicou quais são e como podemos identificá-las, desafiando a assistência a identificar aquela(s) com a(s) qual(is) mais se identifica(m).

Resgatando esse momento, numa saudosa alusão àquela tarde mágica, venho agora partilhar contigo as linguagens através das quais expressamos a afeição por aqueles que moram no nosso coração, sendo que cada uma delas diz muito sobre a maneira como gostamos de ser tratados (e de tratar os outros).

De acordo com Gary Chapman, autor do best-seller The 5 Love Languages, publicado há mais de 30 anos, todos nós temos uma linguagem de amor primária e uma secundária. Como tal, é importante que as conheçamos bem, não só para estarmos familiarizados com as nossas necessidades, mas também para podermos responder adequadamente às necessidades daqueles que amamos. 

São estas as cinco linguagens do amor, de acordo com o pastor e conselheiro matrimonial que utiliza o termo para explicar as diferentes formas de expressarmos e recebermos este sentimento tão complexo:

1. Presentes
Esta linguagem não envolve necessariamente oferecer ou receber presentes extravagantes. Podem ser cartas de amor, flores ou até mesmo chocolates; o importante é que são símbolos de amor para quem os dá ou para quem os recebe. As pessoas que precisam de presentes sentem-se validadas quando a cara-metade despende dinheiro e/ou tempo para escolher algo para elas.

2. Toque Físico
Ou seja, demonstrar amor através de abraços, carinhos, intimidade, etc. As pessoas que valorizam o toque físico sentem necessidade de demonstrações de afeto constantes para se sentirem amadas e mostrarem aos outros que os amam.

3. Palavras de afirmação
Esta linguagem envolve uma comunicação verbal afirmativa, positiva e que valoriza o outro. Ou seja, garantias que confirmam o amor interno de uma forma externa. As palavras positivas têm o poder de fazer com que as pessoas se sintam mais valorizadas, confiantes e amadas.

4. Atos de serviço
Ser atencioso com alguém é outra forma de se expressar amor. Quer se trate de fazer limpezas, cozinhar, dar boleia ou fazer um recado, através destes gestos, uma pessoa sente ou demonstra que gosta da outra.

5. Tempo de qualidade
Aqui, tudo se resume ao tempo dedicado à pessoa amada, com toda a atenção completamente virada para ela. Diz respeito a ouvir e compreender a cara-metade, sem deixar que distrações atrapalhem esse momento.

Com esta saio de cena com o sentimento de dever cumprido e desejosa de que saibas dar o devido valor a este post amigo. Beijo duplo 💋 e até para a semana!

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