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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
Após uma quinta-feira exigente, que culminou num exame que fecha com chave de ouro mais uma edição do curso de inglês, hoje só quero saber de leveza e descontração. Como tal, neste post vou apenas adiantar algumas das novidades que estão pelo caminho e que faço questão de partilhar contigo. Não, não tem nada a ver com os meus planos de casar - se é isso que te está a passar pela cabeça - menos ainda com alguma traquinice de solteira.
A novidade que tenho para contar tem a ver com a retoma do ciclo de lives 'Saturday Single Spot', cuja segunda temporada arranca já para a semana, com previsão de término no final de agosto. Numa espécie de pré-lançamento, participarei este sábado, a partir das 20 horas (hora de Portugal), no perfil dicas_da_dhy, numa sobre 'A toxidade por detrás dos comentários'. A anfitriã, Dhyra, é uma colega blogger que conheci naquele congresso de mulheres em Cabo Verde e que, por coincidência, vim a descobrir ser a irmã caçula da advogada da minha família, que por acaso é uma amiga de longa data. Como o mundo é pequeno...
Quanto à segunda temporada dos meus diretos no Instagram, a primeira convidada será Leila Portela, conterrânea minha que também anda a fazer coisas notáveis por terras lusas. Assim, vamos falar dos desafios e constrangimentos do empreendedorismo feminino, causa à qual ambas acusamos especial sensibilidade. Pelo meio, vamos levantar o véu sobre o II Fórum Internacional: Mulheres e Turismo, a minha voz, previsto para o início de junho e promovido por ela, enquanto mentora do Global Women in Tourism. Oportunamente, darei mais detalhes sobre esta live e sua coprotagonista.
A terceira novidade do dia diz respeito ao projeto literário, o tal livro de provérbios cabo-verdianos traduzidos para português, no qual tenho estado a trabalhar. A coisa vai de vento em popa, com perspetivas cada vez mais auspiciosas de se tornar um best-seller. Esta semana consegui que uma segunda editora se interessasse por ele, até porque o conceito, livro de bolso com ditados populares traduzidos para várias línguas, a par da sua faceta pioneira, augura um sucesso de vendas. Precisamente por causa disso, uma nova oportunidade de patrocínio paira no ar. Como o segredo é a alma do negócio, por ora é tudo o que permito-me revelar sobre o assunto.
Por hoje é tudo, regressarei na segunda para mais uma conversa amiga. Até lá, fica com aquele abraço de sempre e desejos de um ótimo fim de semana. Hasta!
Ora viva! ✌️
Conforme adiantado no post anterior, as novidades que trouxe na bagagem são várias e deliciosas, motivo pelo qual opto por contá-las às prestações, de modo, a não só fazer render o peixe, como a manter o suspense. Começo pelas sentimentais, que, além de mais empolgantes, são indubitavelmente inesperadas. Vou casar!!!
Yep, agora que tenho a tua atenção, passo a explicar. Tomei a decisão de casar, ainda que não faça a menor ideia com quem, quando ou onde. O que sei é que pretendo fazê-lo, ainda este ano. Trata-se de uma decisão recente, tomada há coisa de uma semana, na terra que me viu nascer e na qual residem as minhas raízes.
O fechar de um ciclo (sobre o qual darei detalhes noutra altura) impeliu-me a regressar a Cabo Verde, numa viagem de reconexão com a minha essência, fundamental a um novo rumo na vida, tal como sucedido em 2015, quando criei o Ainda Solteira. Essa necessária reflexão, e a consequente retrospetiva existencial, despertou em mim um profundo sentimento de orgulho e gratidão, com a clara noção de que muito foi alcançado e bem mais há a ser conquistado.
Não obstante o saldo positivo, francamente animador, a vida, no seu eterno devir, demanda reinvenções diárias, desafios constantes, conquistas inéditas e metas novas. Fazer mais e melhor é preciso. Ir mais longe fundamental. Desafiar o status quo essencial. Sair da zona de conforto vital. É aqui que entra em cena a tal decisão de casar.
Bem sabes que a visão romântica do "felizes para sempre" é algo que não me ilude, pelo contrário. O motivo porque decidi casar-me prende-se tão somente com o desejo de vivenciar uma faceta da relação amorosa até agora desconhecida, logo inexplorada. Sim, quero saber como é a vida de casada, estar com alguém em permanência, dividir a vida com um homem, partilhar casa, cama, sonhos, ambições e frustrações. Quero discutir, fazer as pazes, implicar com a sogra, fazer frete nos compromissos familiares, aturar os amigos pedantes do marido e por aí fora. Quero experienciar o pacote todo, ciente de que será uma experiência marcante na minha evolução enquanto mulher, enquanto ser humano.
Por dela estar convicta, e por sentir que a hora é essa, eis-me aqui a proclamar a decisão de contrair matrimónio em 2021. Se será por amor ou por travessura os próximos sete meses e meio o dirão. A bem da verdade, não estou muito preocupada com isso, pois acredito que, agora que a decisão está tomada e sacramentada, o universo, na sua infinita sapiência, há de providenciar os elementos necessários à sua concretização.
Se há lição que tirei desta pandemia - e antes disso, da morte repentina do meu pai - é que a vida é demasiado incerta, demasiado imprevisível, demasiado frágil, insegura mesma, para nos darmos ao luxo de deixar de experienciar o que quer que seja. Todos os dias somos lembrados da nossa insignificância; se não é a covid é o cancro, se não é um aneurisma é um AVC, se não é a depressão, será outra coisa qualquer. Por isso é que decidi viver intensamente, sem prender-me a um amanhã que pode nunca chegar, como não tem chegado para tanta gente ao nosso redor. Desde que não infrinja nenhuma lei nem prejudique ninguém, vou viver tudo o que me for permitido, sem amarras nem tabus.
O universo, que ultimamente tem sido muito generoso comigo – provavelmente porque tenho sido uma aprendiz (muito) aplicada – parece já estar a conspirar a meu favor; tanto assim é que o tal mec francês, aquele, deu sinal de vida. Mas isso já é assunto para um outro post.
Despeço com aquele abraço amigo e promessa de estar de volta na quarta para mais um papo gostoso. 😉
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