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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Não é por acaso que a toalha de treino, de preferência branca, é obrigatória em qualquer ginásio. É indispensável para limpar a transpiração, os manípulos dos equipamentos e ainda para se sentar nas máquinas e colocar no colchão. Ninguém gosta de se deitar num colchão cheio de gotas de suor.
2. Deixar o telemóvel em silêncio
Seja nos balneários, em aulas ou na sala de exercício (isto se fores daquelas pessoas que sofre de FOMO), coloca-o em silêncio. Mesmo dentro do cacifo, é provável que o toque distraia e incomode as pessoas que estão a tentar descontrair.
3. Respeitar o tempo limite do uso das máquinas
Aquele papel afixado junto às passadeiras e elípticas por algum motivo ali está. "Em hora de ponta, evite exceder o tempo estipulado para os aparelhos de trabalho cardiovascular". O pedido é para cumprir, especialmente se já estiveres a correr há algum tempo e não houver pessoas à espera.
4. Não pressionar os outros
Toda a gente compreende que tens de seguir o teu plano de treino à risca (quem não tem?) mas não deves ficar parada junto aos aparelhos para forçar outra pessoa a sair. Arranja uma máquina alternativa ou troca a ordem do treino ou simplesmente desiste daquela máquina. Em último caso, pedes gentilmente para te avisarem quando terminarem as repetições e acrescenta "mas esteja à vontade" só para parecer bem. Funciona sempre.
5. Não fazer barulho
Estás a ver aquelas pessoas que deixam cair os pesos no chão e fazem um barulho enorme? Ou aquelas que explodem em gritos de esforço sempre que aumentam a carga ou levantam pesos (demasiado) pesados? E aquelas então que gemem como se estivessem à beira de um ataque de orgasmos múltiplos? Pois, não é agradável e facilmente distraem os atletas que estão concentrados num objetivo. Reserva os teus gemidos (caso os tenhas, claro!) para as aulas de bicicleta ou de tonificação muscular para que ninguém confunda o ginásio com um jardim zoológico ou um motel.
6. Dar espaço aos outros
Tanto nos balneários como na sala de exercício, respeita o espaço das outras pessoas. Se existem três chuveiros disponíveis, precisas de ir logo para o lado daquele que está ocupado? O mesmo se aplica aos cacifos e às passadeiras. Evita ainda deixar objetos espalhados nos bancos e no chão (especialmente roupa interior suja).
7. Evitar andar despida no balneário
Por muito que te sintas à vontade com a nudez, e tenhas orgulho do teu corpinho danone, nem toda a gente partilha da mesma opinião. Seja a caminho do banho, na sauna ou até no banho turco, tapa as tuas partes íntimas ou corres o risco de ser acusada de falta de respeito, despudor ou exibicionismo. Ah, e muito importante: tanto a sauna como o banho turco são espaços para relaxar e não para te depilares, pentear, pôr creme ou ter uma conversa séria com a vizinha do lado.
8. Evitar selfies no balneário
Nada contra as fotografias na sala de exercício - muito pelo contrário - desde que estas não incomodem o treino dos outros. Mas no balneário (especialmente à rush hour), o caso muda de figura: a probabilidade de se expor a privacidade das outras pessoas é muito grande. Não arrisques se não quiseres comprometer a intimidade das outras ou ser chamada a capítulo.
9. Arrumar os equipamentos
"Cada atleta que utilize material de pequenas dimensões é responsável pela sua arrumação", lê-se nas regras de utilização de vários ginásios. Sejam halteres, colchões, steps ou bolas de pilates, volta a colocá-los no sítio onde os encontraste. Já pensaste se alguém pode tropeçar num dos pesos que deixaste no meio do chão ou que o pessoal do gym service não é teu criado para estar a arrumar o que tu tiraste do sítio?
10. Usar roupa adequada
Se usas ténis de montanha no ginásio porque achas que correr 20 minutos é o mesmo que escalar uma serra, enganada estás tu. E acredita que os veteranos olharão para ti com uma cara de incredulidade (e pena). O ideal será usar sempre equipamentos que sejam adequados às modalidades que se pratica. Neste ponto, até o soutien deve ser escolhido a dedo. E as leggins. E as cuecas.
11. Não monopolizar duas máquinas ao mesmo tempo
Isto de deixar a toalha a reservar um equipamento enquanto alternas o seu uso com outra, pode ser o suficiente para originar hostilidades - refiro-me àqueles olhares assassinos e algumas tiradas desagradáveis. Por muito conveniente que seja, deixa esse tipo de treino para aquelas horas em que não está ninguém na sala de exercício.
12. Não olhar fixamente os outros (à exceção do rapaz lá no ginásio)
Por muito que o vizinho do lado tenha um corpo de fazer inveja, convém evitar concentrar o olhar nessa pessoa. Poucas são as pessoas, salvo os exibicionistas lá do pedaço, que se sentem confortáveis perante o olhar fixo de alguém - principalmente quando se está a suar por todos os lados e, possivelmente, com a cara mais vermelha do que um tomate e a exalar não propriamente o Chanel n. 5.
13. Ser prática
Tendo em mente que existem pessoas que têm os minutos contados para ir treinar - sobretudo à hora de almoço -, evita congestionar as portas dos espaços comuns porque estás à conversa com uma amiga ou porque não encontras o cartão para entrar no ginásio. Os apressados agradecem (e a cortesia também).
14. Respeitar as regras dos espaços comuns
As normas de segurança e as regras de utilização dos equipamentos devem ser cumpridas. Não arrisques em exercícios quando não estiveres certa de como os deve fazer. Se precisas de ajuda, chama um dos instrutores ou funcionários do espaço. Nas aulas, não interrompas o programa para beber água (guilty guilty guilty) e fiques à espera das indicações do professor. No que às máquinas toca, evita que os pesos toquem uns nos outros porque desgasta mais os aparelhos.
Quanto a ti não sei, mas eu (infelizmente) já levei com todas estas incortesias. Porém, confesso que também já cometi umas poucas.
A lição que tiro deste artigo? Estar mais atenta a algumas coisas que, ainda que inconsciente, podem incomodar os outros, tipo: pôr a conversa em dia com amigas, falar num tom mais alto, monopolizar os aprelhos mais tempo que o devido, interromper a aula de body attack. E tu, meu bem, quais os teus pecados no ginásio?
Já ouviste falar em FOMO? Até uns tempos atrás, eu também não! A primeira vez que tomei conhecimento deste conceito foi no meu mestrado, numa aula sobre o papel dos dispositivos móveis e das redes sociais nos novos comportamentos do consumidor.
FOMO ou "Fear Of Missing Out", em inglês, (medo de estar a perder algo) é uma nova tendência/conceito social que as sociedades atuais estão a vivenciar e que faz com que se fique online 24h por dia, na esperança de não se perder informações importantes ou de se correr o risco de outras pessoas estarem a fazer algo mais interessante que nós.
As pesquisas que têm sido feitas neste sentido mostram que o FOMO é mais observado entre adolescentes e jovens adultos, uma vez que têm as tecnologias sempre presentes no seu dia-a-dia, mantendo-se atentos a atualizações de informações, especialmente através das redes sociais, mas não é algo que se restringe apenas a eles. O que é um facto é que se não tiverem a possibilidade de o fazer, sentem "um vazio" e uma sensação de ansiedade.
Quem é que nunca se deu conta, numa ida ao cinema, durante um almoço, jantar ou encontro de amigos, que apesar de estarem todos juntos ninguém larga os telemóveis? Quando damos conta, em vez de falarmos uns com os outros, convivermos e tirarmos partido dos momentos e do que “acontece aqui e agora” estamos atentos a um mundo paralelo em que importam mais os likes, os comentários e as partilhas. Estar rodeado de gente e sentir necessidade de estar online para perceber quem fez ou está a fazer mais coisas interessantes. As redes sociais transformaram-se num verdadeiro "termómetro social fora da sociedade".
A propósito disso, desafio-te a responder a este pequeno quizz sobre a dependência em relação ao telemóvel:
1. Sempre que estás sozinha tens o telemóvel na mão?
2. Ficas nervosa quando a bateria está abaixo dos 20%?
3. Preferias perder a tua carteira ao teu telefone?
4. Acordas durante a noite e a primeira coisa que agarras é o telemóvel?
5. A primeira coisa que fazes quando acordas é ir ao Facebook ou Instagram?
6. Nunca tens espaço suficiente na memória do telefone?
7. Mesmo que não tenhas notificações vês o teu telefone de 20 em 20 minutos?
8. Se os teus amigos organizarem um jantar sem telemóveis serias capaz de comparecer?
9. Andas com o telemóvel para todo o lado?
10. Ficas em pânico quando não encontras o teu telemóvel?
É, meu bem, os resultados podem surpeender, assustar até. Comigo, pelo menos, foi o que aconteceu. Bora combater o FOMO e dar mais atenção à vida real e àqueles que estão ao alcance de um passo e não de um clique?
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