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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

Como hoje vou estar no ringue laboral a enfrentar um novo embate (mais um) na busca pelo sustento nosso de todo final de mês, vulgo emprego, deixo-te com este filme, uma sugestão da querida Célia. Confesso que ainda não tive tempo de o ver, mas o título não poderia ser mais sugestivo, pois, de facto, não faço a menor ideia do que vou fazer com a minha vida.

E tu, acaso sabes o que estás a fazer com a tua?

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21
Jan16

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Um dia destes - e farta até à medula do snobismo e desprezo dos recrutadores da minha área, criaturas que, pura e simplesmente, decidem que a minha candidatura não é a melhor oferta para as suas empresas, sem nem sequer me darem o direito a uma entrevista – resolvi repostar à altura.

 

Tendo plena consciência de que jamais seria contatada para uma entrevista, já que não preenchia o requisito maior (a língua), aventurei-me a submeter a minha candidatura escoltada por uma carta de motivação, hum... no mínimo original, para não dizer outra coisa. Crazy, pronto já disse!

 

Os desired skills and experience - a vaga era para marketing specialist - eram nestes termos:

  • Univ. Degree (Economics, Management or Marketing);
  • Ideally having 1-2 years experience working in mobile operators, mobile aggregators or digital marketing;
  • Strong analytical skills;
  • Proficiency in Excel (mandatory);
  • Excellent written and spoken English;
  • Strategic thinker with strong collaborative and communication skills;
  • Flexibility for travelling.

Até aqui nada de novo, aliás estes requisitos são o pão-nosso-de-cada-dia exigido até ao candidato a profissional de limpeza - não que eu tenha algo contra, até porque, pelo andar da carruagem, um dia destes entro para a classe). A razão deste post é precisamente a minha resposta. Ei-la:

"Do bla bla blá do costume – eu sou isto, eu sou aquilo e por aí adiante - já devem estar os senhores fartos (e eu também, confesso!), pelo que limitemo-nos aos factos, que esses sim é que interessam.

Porque não devem considerar a minha candidatura

  1. Sem experiência no vosso business core (ser consumidora compulsiva conta?)
  2. No excellent written and spoken english (decorre em juízo uma ação cível contra a minha progenitora por ter-me parido em terras lusas e não anglófonas. Até o veredito, excelência só mesmo no português e no francês)
  3. Excel offline há um bom tempo, pelo que não garanto tê-lo na ponta da língua
  4. 38 anos, isto é, quase a expirar o prazo de validade para o mercado laboral
  5. Africana (vulgo preta)

Porque devem considerar a minha candidatura

  1. Dois canudos: licenciatura em comunicação empresarial e mestrado em marketing estratégico
  2. Bastante experiência no digital
  3. Affairs com a Huawei, Microsoft, Intel, Cisco e Wavecom
  4. Solteira e sem filhos, logo, com total disponibilidade para viajar e para dar o couro pela empresa
  5. Invulgar sentido de excelência (só existe uma forma de se fazer as coisas: bem feitas!)
  6. Inteligência e cultura geral acima da média
  7. Não existe problema que não possa ser resolvido
  8. Interesse (amoroso, claro!) num colaborador vosso (O rapaz lá do ginásio)
  9. Pessoa na qual se pode confiar sem reservas
  10. Autora de um blog e de um relatório médico sobre o estado de saúde da estratégia de marketing da vossa empresa.

Como podem constatar o saldo é francamente positivo. Vejamos: 10 prós menos 5 contras é igual a 5 prós. Será o suficiente para passar à fase da entrevista?

 

Preciso mesmo contar-te qual foi a reação deles? Penso que não, até porque tenho levado com feedbacks iguais a esse over and over again no último semestre. Mas soube-me pela vida - oh se soube! - já que precisava lavar a alma e ficar com a última palavra. Uma vez cometida a pestice do dia, indo eu indo eu a caminho do LinkedIn...

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12
Nov15

Uma lady na mesa...

por Sara Sarowsky

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Sabes aquela máxima que diz que mulher que é mulher deve ser "uma lady na mesa e uma louca na cama"? É precisamente sobre ela que recai o post de hoje. Bem... pelo menos sobre uma parte dela, que da outra, a que toca à loucura na cama, prometo falar noutro dia. Combinado?

 

Óbvia para muitos, para outros nem tanto, uma inspeção períodica às regras de etiqueta, a meu ver, nunca é acessória, principalmente para nós trintinhas e trintonas, profissionais ativas, bem resolvidas e que ambicionam um lugar ao sol no mercado de trabalho.

 

Quanto a ti não sei dizer, mas uma das coisas que mais abomino numa criatura é a falta de modos e etiqueta social. E olha que sou uma pessoa que não teve uma educação aprimorada, e que, por isso mesmo, fez questão de se ir refinando ao longo da vida, por forma a correr atrás do prejuízo de não ter nascido num berço de ouro. Tenho perfeita consciência que nem toda a gente tem acesso ao conhecimento, à formação e à etiqueta, mas há coisas que são básicas e que devem fazer parte da existência de todo ser social, independentemente de pertencer à classe A, B ou C.

 

Eis então 30 (numa mais que óbvia homenagem à nossa faixa etária) das principais regras, que convém fazerem parte do nosso quotidiano, sobretudo no contexto laboral, aspeto assumidamente fulcral nesta fase da nossa vida.

 

Principais regras à mesa para recordar ou apre(e)nder:

1. Reservas. O protocolo exige que se ligue para o restaurante com um ou dois dias de antecedência. Para os restaurantes que têm lista de espera, aconselha-se marcação com uma ou duas semanas de antecedência. Reconfirmar o almoço ou jantar horas antes da marcação.

2. Entrevista de emprego. A mesa é um dos locais onde se avaliam candidatos para qualquer emprego. Se for este o caso, o candidato deve seguir quem o convidou em todos os seus passos, desde o pedido da comida ou bebida, evitando pratos complicados, bem como temas polémicos.

3. Postura. Sente-se comodamente, costas direitas, mãos sobre a mesa e cotovelos junto ao corpo. Os cotovelos só podem estar em cima da mesa quando não há pratos, nem talheres.

4. Equipamentos de comunicação. Convém desligar ou colocar no silêncio todo e qualquer dispositivo de comunicação antes de entrar no restaurante. Se se esquecer e o telefone tocar, não atenda e desligue-o imediatamente, não enviando sequer mensagens.

5. Sentar-se. Quando se tratam de grupos num restaurante, por exemplo, é o empregado que leva os clientes à mesa. No caso de ser numa casa particular, é o anfitrião que senta os convidados.

6. Fazer o pedido. Para mostrar que está pronto para pedir, feche o menu e coloque-o sobre a mesa. Abra o guardanapo em cima do colo e mantenha-o aí durante toda a refeição.

7. Começar. Espera-se que seja o anfitrião a dar inicio à refeição. Se for num restaurante, o empregado serve a comida à sua esquerda e bebidas à direita. Quando o empregado apresenta a travessa, deve servir-se com o garfo na mão esquerda e colher na direita.

8. Esperar por convidado. No sentido de melhor sentar os convidados, é admissível esperar por alguém que está atrasado. No entanto, nunca além de 20 minutos.

9. Copos. Os copos de cocktail não devem ser levados para a mesa do jantar ou almoço, porque aí vão ser servidas outras bebidas com a refeição. Os copos de vinho branco seguram-se pelo pé e os copos de vinho tinto pelo balão.

10. Talheres. Na maior parte das situações, o uso dos talheres faz-se no sentido de fora para dentro. Comida servida num prato come-se com garfo e faca, numa taça, com uma colher. Quando surgem um garfo e uma colher, saiba que o garfo serve para segurar a porção e a colher para cortar e meter a comida na boca.

11. Falar, comer e beber. Se estiver a participar numa conversa, engula primeiro a comida, pouse o garfo no prato e só depois fale. Quanto à bebida, para evitar que o copo fique sujo ou entre comida para o seu interior, aconselha-se a limpeza da boca com o guardanapo antes de beber.

12. Gesticular. Quando segura um talher, descanse a outra mão no colo. Quando não segura os talheres, as mãos devem estar no colo. Não aponte ou gesticule com os talheres, muito menos mexa no cabelo.

13. Comer sopa. Levar a colher à frente da boca e não de lado. A colher descansa sempre fora da taça da sopa, sobremesa ou outra, mesmo quando termina é aí que fica, fora da taça, no prato por baixo.

14. Provar a comida alheia. Se tiver muita curiosidade em relação ao prato do colega, entregue-lhe o seu garfo, ele espeta um pouco da sua comida e devolve-lhe o garfo colocando-o no seu prato.

15. Espirrar, tossir e assoar o nariz. Se não tiver como evitar, cubra o nariz e a boca com o guardanapo e proceda discretamente e o mais rápido possível. Numa emergência, saia da mesa.

16. Bebidas quentes. Para verificar a temperatura de uma bebida quente, aconselha-se um simples sorvo com a ponta da colher. Se bebeu sem provar e queimou-se, beba água imediatamente.

17. Comida desconhecida. Espere até que alguém comece a comer e faça igual. Se não tiver vergonha, pergunte se o prato deve ser comido à mão ou com garfo.

18. Cortar comida. Cortar a comida em um ou dois pedações, com a dimensão de uma dentada. Comer silenciosamente. Raspar o prato, bater com os talheres ou sorver e mastigar com vigor a comida é considerado deselegante.

19. Comida à mão. Coloque a comida no prato, coma à mão, mas não lamba os dedos, use o guardanapo. Se tem dúvidas como proceder, observe ou use o garfo.

20. Buffets. Para reabastecer o prato num almoço ou jantar num buffet faça-o com um prato novo, entregando o sujo ao empregado.

21. Lidar com comida desobediente. Num almoço ou jantar formal, a faca deve empurrar a comida contra o garfo. Numa refeição mais informal, esta função pode caber a um pedaço de pão.

22. Tirar comida da boca. Um osso ou uma espinha devem ser tirados da boca da mesma forma que foram lá parar. Ou seja, se está a comer com as mãos é com as mãos que tira, se for com um garfo, é com o garfo.

23. Comida presa nos dentes. Pode ser bastante desconfortável, mas nunca, em circunstância alguma, remova esta comida à mesa, muito menos com um palito. Faça-o em privado.

24. Sair da mesa. Se por qualquer motivo tiver de sair da mesa por uns instantes, diga "desculpem-me, não demoro nada" ou algo do género.

25. Comida na cara. Se perceber que alguém próximo de si tem comida na cara, faça um gesto discreto com dedo indicador apontando na sua cara o local onde está a comida.

26. Pedir um vinho. Comece por procurar uma região que o interesse e, dentro disso, o preço em que se sinta mais confortável. Indique ao empregado a sua escolha e peça-lhe a opinião, não se esquecendo que o preço é o critério não o nome do vinho.

27. Serviço. Numa refeição informal, são os convidados que se servem, passando as travessas ao convidado mais perto de si, e habitualmente, à sua direita. Não se esqueça de agradecer.

28. Mala e carteiras. Num almoço ou jantar privado são entregues à chegada ao anfitrião da casa. Num restaurante devem ser colocados e no colo e não em cima da mesa, pois criam confusão com pratos, talheres, copos.

29. Batom. Uma senhora deve abster-se de retocar o batom antes de ir para a mesa, para não deixar copos e guardanapos marcados durante a refeição.

30. Chapéus e bonés. Adereços desaconselhados, embora sejam permitidos em algumas refeições ao ar livre.

 

Não vou dar uma de snob e vangloriar-me de ter tirado 20 valores, mas orgulho-me de admitir que nenhuma destas regras me soou a novidade; o que a meu ver, me habilita para fazer boa figura em qualquer evento que me apareça pela frente.

 

E tu, meu bem, desta lista quantas regras fazem parte do teu dia-a-dia? Faz o teste e depois conta-me o resultado. Pode ser?

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10
Nov15

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Assim que os meus olhos bateram no título do artigo, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: "Não podem estar a falar a sério. Isto só pode ser uma brincadeira!". Mas enquanto ia consumindo avidamente as palavras do texto, fui tomando consciência que não era nada disso, antes pelo contrário, a ideia até estava sustentada com argumentos credíveis, não obstante suscetíveis de contestação.

 

A esta altura do campeonato deves estar à nora, pensando "mas do que fala esta gaja?". Refiro-me ao artigo Quer ser promovido? Entregue-se à bisbilhotice, publicado pelo site Dinheiro Vivo, no qual defendem que a cusquice, palavra tão lusitana, pode ser usada como uma escada para o sucesso profissional, mais concretamente para se conseguir uma promoção.

 

De acordo com o artigo mantermo-nos fora das conversas sobre outras pessoas, pode fazer com que estejamos a perder alguma coisa, na medida em que "estaremos a desdenhar todo o género de informações que nos podem ser úteis, assim como à nossa carreira e ao nosso trabalho". E como fundamento desta teoria, citam Linda Hill, professora de Gestão de Negócios na Harvard Business School.

 

Para esta docente, dar ouvidos a tagarelices de escritório é uma excelente maneira de ficar a saber o que se passa na empresa – que grupo conseguiu recentemente um bom negócio, por que razão o diretor financeiro esteve ausente do escritório uma semana ou quais as iniciativas que o CEO é capaz de aprovar. Pelos vistos, trocas informais de informação podem ser tão úteis como as formais e ajudam-nos a construir relações com os colegas. "Isto constrói um laço porque as pessoas sentem que confiam em nós o suficiente para partilhar informação sensível", justifica Hill.

 

De facto, informação é poder e quem o detém parece estar sempre um passo à frente, mas custa-me acreditar que, na realidade, as coisas funcionem nestes moldes. Se bem que... o que não faltam são exemplos de pessoas que ascendem no trabalho à custa de esquemas, coscuvilhices, intrigas, rasteiras, sem falar nos exercícios horizontais (vulgo job de cama).

 

A ser verdade, pode ser este o motivo para que nunca tenha sido promovida. Agora a questão para um milhão de euros é: vale a pena abrir mão de um dos meus princípios morais mais básicos para subir na carreira? Despeço-me com esta deixa e espero que para ti esta teoria faça mais sentido do que para mim.

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06
Out15

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Como qualquer jobless que se preze, diariamente acabo por consumir dezenas de anúncios de ofertas de emprego. Mas não só. Devoro igualmente artigos, recheados de dicas, sugestões, conselhos e instruções, sobre as melhores práticas a serem aplicadas aquando da busca, da entrevista e do follow-up.

 

Acabei de ler há instantes mais um, bastante interessante por sinal, pautado por um discurso claro, fluido e pertinente, sobre erros a evitar numa entrevista de emprego. Dado que nas últimas semanas devo ter ido já a umas 10 (às tantas começo a perder a conta), não é de estranhar que me tenha identificado com algumas das situações narradas e tenha feito um break para vir aqui divagar sobre o assunto.

 

Por mais gentil que eu queira ser para com a minha pessoa e amaciar o meu ego, a esta altura do campeonato sensível e carente, vejo-me impelida a reconhecer, com a sobriedade que me é exigida, que, de facto, tenho estado a cometer alguns dos erros mencionados no texto. De forma inconsciente, porém reiterada. Essa é que é essa!

 

Já não há margens para dúvidas que, de entre os oito tópicos listados, os meus maiores pecados são dois: a arrogância e falar mal do antigo empregador. Não pensem que desatei a insultar ou a criticar a entidade. Não de todo! Até porque é contra os meus princípios falar mal de quem quer que seja, ainda mais quando essa personagem já não faz parte da minha vida, logo está destituída de qualquer significância para a minha pessoa. Apenas cometi a ingenuidade, melhor dizendo, a insensatez, assumo e faço mea culpa com a devida humildade que tanto preciso exercitar, de revelar aspetos nada abonatórios relacionados com o meu último emprego.

 

Afinal que esperavam que eu fizesse? Perguntaram-me e respondi ipsis verbis como as coisas se passaram. Eu e essa minha língua comprida (bem que a minha progenitora sempre diz que a minha boca é que me mataria), maldita sina de dizer a verdade, sem anestesia, make-up ou acessório.

 

Torna-se agora imperativo que eu intensifique a minha ação formativa (e normativa) na matéria de aprender a filtrar melhor o que digo, a não contar tudo e menos ainda relatar fielmente os episódios mais suscetíveis de ferir a sensibilidade do entrevistador (esta soou bem, admitam lá!).

 

É aqui que entra o meu (eterno) dilema moral: se não fiz nada de errado, na verdade até fui eu que me despedi, na medida em que aquele trabalho atentava contra os meus princípios morais e éticos mais básicos, porque devo distorcer a verdade dos factos? Qual o problema de chamar as coisas pelos nomes e fazer um relato fiel dos acontecimentos? Se questionam é porque querem saber, certo? E se querem saber, porque não haveria esta criatura aqui escusar-se a dizer a verdade, somente a verdade e nada mais do que a verdade?

 

Pelos vistos, os entrevistadores com os quais cruzei-me nos últimos tempos não partilham desta minha visão das coisas. Tanto assim é que continuo em casa a chorar as minha mágoas neste blog. Assim, se quiser ser bem sucedida na próxima entrevista, convém elaborar um guião e decorá-lo na íntegra. Já assumi que ao entrevistador pouco interessa a veracidade dos factos, mas antes aquilo que lhe soe a politicamente correto.

 

Perante tamanha formatação de pensamento e práticas empresariais, não admira que o mercado laboral nacional abunde com assalariados incompetentes, dessimulados e oportunistas que tiveram a sabedoria (ou será esperteza?) de, ao longo do processo de recrutamento e seleção, revelar exatamente aquilo que deles se esperava ouvir, conquistando assim o seu lugar ao sol junto da população ativa. Trata-se de uma estratégia inteligente, não tenho como negar (tiro-lhes o chapéu por isso). Afinal, o mais importante é conseguir aquilo a que se propuseram: um trabalho.

 

Eu é que tenho que abrir a pestana, adaptar o parlapiê às expetativas dos recutadores e fazer-me à estrada. Sabem que mais? Vou mas é retirar a última experiência profissional do meu currículo, que assim ficarei salvaguardada do risco de falar demais. Como correu sempre tudo pelo melhor nas restantes experiências laborais, nada terei a temer quando me inquirirem sobre o assunto.

 

Sábia decisão Lego e com esta volta à tua busca pelo trabalho, que este blog não te paga as contas.

 

Meus amigos, fui!

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01
Out15

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Hoje vou abordar um tópico que, infelizmente, afecta muitas de nós, mulheres a caminharem a passos largos para a primeira década do "enta", "entinhas", como gosto de lhes chamar, que é o desemprego, melhor dizendo, a procura desenfreada por um trabalho. Uma odisseia, tantas vezes ingrata, infrutífera e inglória, e com danos colaterais devastadores: emocionais (ansiedade, insónia e desânimo), físicos (olheiras, cabelos brancos, ar abatido, rugas, pele baça), sem falar nos financeiros (no meu caso então, que nem sequer tive direito ao subsídio, este é o maior de todos).

 

Tudo isto para dizer que, após a resposta a um anúncio para marketeer digital, recebo um e-mail a propor-me um desafio. De acordo com palavras da pessoa que assinou a missiva, este serviria "para nos ajudar a seleccionar o candidato ideal, estamos a lançar um pequeno desafio aos candidatos. A ideia é replicar um contexto real de trabalho e fazer uma análise o mais objectiva possível."

 

Tinha então 48 horas para responder a meia dúzia de questões exigentes e armadilhadas, sim porque os recrutadores adoram passar rasteiras aos candidatos, mal conseguindo conter o gosto em vê-los estatelarem-se ao comprido. Tendo em conta que o desafio foi-me lançado numa sexta-feira à tarde, isso queria dizer que o meu fim de semana, que por ironia do destino previa-se ensolarado e caliente, tão caraterístico do início de setembro em Alface City, vulgo Lisboa, estava destinado a elaborar respostas criativas, aliciantes e bem melhores do que as dos restantes concorrentes, que segundo a contabilidade do site já ia nas 245 candidaturas.

 

Tinha portanto o sábado e o domingo para pensar, imaginar, criar, escrever e convencer o desafiador que era a melhor de entre todos os outros. Sábado nada saiu, nem uma única linha. Domingo, assim que saio da cama, sento-me em frente ao pc, com o meu tabuleiro com o brunch, e de lá não saí até dar por concluída a tarefa.

 

E pode acreditar que caprichei, pena que não foi o suficiente, já que uma semana e tal depois, sou agraciada com esta mensagem: "analisámos cuidadosamente todas as respostas enviadas. Não vos queremos deixar sem notícias: acabámos por seleccionar outro candidato, cujo perfil e competências nos pareceram mais adequados ao que precisamos nesta fase. As candidaturas em geral foram muito boas e a grande maioria das pessoas que respondeu ao desafio fê-lo com grande qualidade, pelo que o facto de não vos termos chamado para entrevista não significa que não tenham feito um bom trabalho", assinado pelo site manager e com direito a ter que levar com as fuças do dito cujo, já que este gosta tanto da sua pessoa que resolveu incluir uma fotografia sua na assinatura do e-mail. Se ao menos, fosse um gajo giro e podre de bom..

 

O que me consola, e que amortece significativamente a minha frustração, é o facto de saber que dei o melhor de mim e que eles perdem mais por não me terem escolhido do que eu por não ter sido escolhida.

 

E agora deixo-te que a busca ainda não terminou e aquele que será o meu próximo emprego está algures à minha espera.

 

Fui!

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