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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!

26
Nov15

Amar dá trabalho

por Sara Sarowsky

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Hoje trago um texto giro q.b. com que me deparei há pouco na rede e que espelha de uma forma realista e engraçada o drama de uma solteira empedernida, como é o meu caso. Importa referir que este post não é um manifesto anti-amor, bem pelo contrário, é um testemunho de como a nossa vida ganha mais sabor quando a ela acrescentamos uma pitada do sentimento-mor.

P.S. - Como o texto original está em brasileiro, tomei a liberdade de "aportuguesá-lo" um pouco, não vã dar-se o caso de também tu não seres propriamente fã da gramática dos nossos irmãos.

 

"Se não queres ter mais trabalho na vida, então continua fugindo do amor. Eu tive uma colega de trabalho que corria de namoro. Ela tinha dois empregos, uma pós-graduação e um cão. Dizia que não cabia mais nada na vida e na cabeça. E não devia caber mesmo. No dia que começou a namorar, conversamos por mensagem e quando perguntei o que tinha acontecido com aquela teoria, respondeu: "descobri que tinha espaço no coração". Achei tão bonito. Até quem foge acaba encontrando.

Tem dias que amar é muito chato. Dá dor de barriga, de estômago, de cabeça… Quando estou esperando uma mensagem, sinto o meu estômago embrulhar. Quando não sei o que responder, meu coração vai na boca. Se estou na porta de casa esperando para o primeiro encontro, dá-me vontade de fazer xixi. Quando estou encantada com o que a pessoa está dizendo, meus olhos brilham, pisco um milhão de vezes. Se você tem preguiça de sentir, run run, porque amar é como ficar doente sem saber exatamente o que se está sentindo.

Não escrevo desmerecendo as relações. Pelo contrário: admiro os que se doam. Hás-de concordar comigo: só de ESTAR numa relação, já te comprometeste a dar atenção, carinho, amor… Suprir as expetativas do outro não é fácil. Relacionar-se é ser duplamente forte. É ficar duplamente triste. Duplamente feliz. E continuar sendo um só. Amar é segurar as pontas duas vezes. Tem que ser forte para sobreviver às exigências que a convivência coloca na tua cara. Porque se quer conto de fadas, vai assistir Disney Channel. Amar exige esforço sim. Só que, em compensação, traz muito alívio e vontade de viver."

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24
Out15

Com que então sou uma PAS

por Sara Sarowsky

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Depois de ter lido um artigo sobre os dons das pessoas altamente sensíveis (PAS), publicado há dias no site Conti outra, se dúvidas houvesse em relação à forma como vivencio as coisas, particularmente como a elas reajo, estas acabam de dar o seu último suspiro. Pelos vistos, ser uma PAS é algo inerente à minha maneira de ser e sendo assim mais vale parar de martirizar-me por ser como sou, coisa que tenho feito toda a minha existência. Cada um é como é, e esta pessoa aqui está longe de ser a exceção.

 

Finalmente consegui encontrar respostas mais do que satisfatórias às perguntas com as quais venho martelando a minha mente desde que me lembro por gente: por que eu vejo as coisas de forma diferente dos demais? Por que sofro mais que as outras pessoas? Por que encontro alívio na minha própria solidão? Por que sinto e vejo coisas que os outros não percebem?

 

1. O dom do conhecimento interior

O conhecimento das emoções é uma arma poderosa, que nos faz entender melhor as pessoas, mas também nos torna mais vulneráveis à dor e ao comportamento dos demais. A sensibilidade é uma luz resplandecente que faz com que tenhamos que estar sempre a levar com comentários do tipo: "levas tudo demasiado a sério", ou então "és muito sensível".

 

2. O dom de desfrutar da solidão

As PAS encontram prazer nos momentos de solidão, uma vez que são seres criativos que gostam de música, leitura, hobbies…. Isso não significa que não gostemos da companhia dos outros, mas sim que também sentimo-nos felizes sozinhos. Não tememos a solidão, pois é precisamente nesses momentos que conseguimos conectar-nos connosco e com os nossos pensamentos, livres de apegos e olhares curiosos.

 

3. O dom de viver com o coração

Pessoas como eu vivem através do coração. Vivemos intensamente o amor, a amizade e sentimos muito prazer com os pequenos gestos do dia a dia. Estamos mais propensas ao sofrimento, já que temos uma tendência a desenvolver depressão, tristeza e vulnerabilidade frente ao comportamento dos outros. No entanto, vivemos o relacionamento afetivo com muita intensidade, seja ele amor, amizade, simpatia ou mera empatia.

 

4. O dom do crescimento interior

A alta sensibilidade não pode ser curada. A pessoa já nasce com essa caraterística e esse dom manifesta-se desde criança. Não é fácil viver com esse dom. No entanto, se reconhecermos isso devemos aprender a administrar essa sensibilidade. Não deixar que as emoções negativas nos desestabilizem e nos façam sofrer é imperativo. Mais vale entendermos de uma vez por todas que os outros têm um ritmo diferente do nosso. Muitas vezes eles não vivem as emoções tão intensamente quanto nós gostaríamos, mas isso não significa que nos amem menos; é somente uma forma diferente de vivenciar as emoções.

 

Fazer parte dos 20% dos mortais que se reconhecem como altamente sensíveis não é para todos, por isso paremos de encarar este facto como uma desvantagem e menos ainda um estigma. Talvez seja mesmo um dom e portanto há que saber usá-lo a nosso favor, por forma a encontrarmos o melhor caminho para sermos e estarmos felizes. Connosco e com os outros.

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