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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! 👋
Há cerca de um mês, no post Solteiros: o poder dos números, dei conta dos dígitos à volta da solteirice, uma tendência cada vez mais incontornável a nível global. Não sendo Portugal alheio a esta realidade, que tal hoje analisarmos o poder dos números dos solteiros em território luso, à luz dos últimos dados demográficos da população?
De acordo com os Censos 2021, cujas principais conclusões foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), no passado dia 23 de novembro, existem em Portugal mais solteiros que casados e mais divorciados que viúvos, com o número de divórcios a crescer e de matrimónios a descer.
Os números revelam que 43,5% das pessoas estão solteiras, com quase 2,3 milhões de homens desemparelhados, número ligeiramente superior ao de mulheres na mesma situação (menos de 2,2 milhões). Em termos geográficos, é na Área Metropolitana de Lisboa que se concentra quase metade da população que assumiu estar solteira, ao contrário do Centro, a região com menos solteiros (39,5%).
Só para teres uma ideia, a população com estado civil "casado" representa atualmente 41%, uma redução em 2,2 pontos percentuais face a 2011. São cerca de 4,2 milhões de portugueses casados, menos que os cerca de 4,5 milhões de solteiros.
Quanto aos descasados, a percentagem é, "pela primeira vez, superior ao valor da população com estado civil viúvo", cerca de 7,5%. É na região de Lisboa que se regista a mais baixa percentagem de casados (35%) e de viúvos (6,7%) e a segunda maior de divorciados (9,2%).
A análise do estado civil por sexo revela "algumas diferenças entre homens e mulheres", com os indivíduos do sexo masculino em número superior entre os solteiros e indivíduos do sexo feminino a estarem mais representados entre os viúvos e divorciados. "A proporção de homens solteiros é de 47%, face a 40,3% de mulheres solteiras", esclarece o INE.
É, meu bem, como pudeste constatar, não há volta a dar a esta questão da solteirice e de pouco adianta ignorar tal facto. O que importa mesmo é que consigamos sacudir a pressão para nos emparelharmos no matter what e que estejamos cada vez mais conscientes de que o emparelhamento só faz sentido se for para nos fazer e fazer o outro feliz.
Aquele abraço amigo de bom fim de semana!
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