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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! 👋
A propósito do 11º episódio do podcast Ainda Solteiros, exibido no passado dia 30 de janeiro e dedicado às aplicações de encontros, as reações foram de tal modo contundentes que comprometi-me a dar mais informações sobre o assunto. Como tal, hoje trago três dicas (fundamentadas e comprovadas) para qualquer solteira, ou solteiro, ter sucesso no engate online. Vai por mim, que elas vieram de fonte fidedigna.
Sabias que, a nível mundial, o número de utilizadores de aplicações de encontro ascende aos 300 milhões? Ah pois é, são muitas as criaturas que andam à procura do amor na rede. Eu sou uma delas, ainda que assumidamente desencantada e descrente de que seja através delas que vá encontrar "o tal". Sim, porque "alguém" encontra-se sempre, o problema é esse "alguém" estar sintonizado com aquilo que procuramos.
De acordo com Rachel A. Katz, num artigo para o Público, jornal para o qual cheguei a assinar uma crónica semanas antes do rebentar da pandemia, "as expectativas sociais da utilização de apps de encontros podem levar as pessoas a solicitar encontros de forma demasiado agressiva, ou tornar mais fácil fazer ghosting a alguém, precisamente quando essa pessoa estava a ficar entusiasmada com a ideia de um encontro."
De modo a minimizar os riscos de insucesso no engate online, a autora deixa alguns conselhos, que vão desde a criação da primeira mensagem perfeita até à conversa fora do virtual. Eis, pois, o trio de aspectos que deves considerar após o match com alguém:
1. Lê (realmente) o perfil da outra pessoa
Os utilizadores nem sempre leem o perfil inteiro da outra pessoa antes de "gostarem" delas, ou de as dispensarem. O que é uma pena, porque atribui-se demasiado significado às fotos de perfil e à forma como se apresentam. As pessoas querem que gostem delas por quem são, e expressam isso ao selecionarem fotos que mostram quais os seus passatempos, personalidades e valores.
Escreve uma mensagem de abertura tendo isto em mente. Não partilhes apenas detalhes sobre ti, ou um genérico "olá", nem inundes a outra pessoa com elogios. Faz uma ou duas questões para desencadear uma conversa mais longa. Menciona algo específico que a pessoa tenha escrito no seu perfil ou tenha feito numa foto. Por exemplo, se a pessoa tiver uma foto a fazer caminhadas, podes perguntar-lhe quais os seus trilhos preferidos, ou se tem outros passatempos.
Isto também é algo a pensar quando estás a criar o teu perfil. Acrescenta uma pergunta ou uma frase pensada que encoraje as pessoas a enviarem uma mensagem. Algo tão simples como "pergunta-me qual o meu fim de semana ideal" pode manter a bola a rolar.
2. Sê clara nas tuas intenções
Deixa claro o que pretendes com a interação, quer seja conhecer pessoas novas, uma aventura de uma noite ou uma relação séria. Isto pode poupar tempo e levar a uma experiência melhor. Ninguém quer desperdiçar energia a comunicar com alguém que não quer a mesma coisa.
Se queres ter um encontro, podes sugerir algo como: "Gostava de sair e mostrar-te porque considero a comida italiana a melhor do mundo." Se apenas te interessa uma noite, clarifica que estás à procura de algo casual, mas não fales muito rápido ou agressivamente de sexo — os outros acham isso desmotivador. Ao invés, diz que a outra pessoa te chamou a atenção e que gostavas de perceber se há química numa noite juntos.
Respeita as intenções das outras pessoas e os diferentes níveis de conforto no que toca a correr riscos — emocionalmente e fisicamente. Podes começar por partilhar o que é importante para ti a nível de segurança. Isto pode ser relacionado com a saúde (como os testes de covid-19 ou as vacinas contra a varíola-dos-macacos) ou relacionado com a segurança, como encontros em locais públicos. Não tem de acontecer na primeira mensagem, mas vale a pena discutir estas questões antes de um encontro presencial e normalmente é mais fácil falar sobre isso online.
3. Não leves as coisas a peito
É difícil não levar as coisas a peito. A rejeição, mesmo online, pode ser dolorosa. Pode ser ghosting — quando alguém simplesmente deixa de dar sinal de vida — ou simplesmente quando não obténs uma resposta depois da primeira mensagem. Podes pensar: "Demos match, o que significa que a outra pessoa gosta de mim! Por isso, porque haveria de me ignorar?" Infelizmente, isto acontece com frequência nas apps de encontros. Quer seja por seletividade, não ler os perfis atentamente ou simplesmente ignorar a caixa de mensagens, um match nem sempre leva a uma conversa.
É, meu bem, a odisseia em busca do amor é para os destemidos, persistentes, resilientes e crentes de que a procura vale sempre a pena. Espero que estas sugestões te sejam de grande utilidade na aventura amorosa online. Que o amor chegue logo e que venha a tempo de nos fazer (mais) felizes. Beijo 💋 em ti e até para a semana!
Ora viva!
Depois da desilusão com o fascista lá do ginásio, pelo qual estava caidinha, como dei-te conhecimento no post Socorro, apaixonei-me por um fascista, eis que voltei às apps de encontro. Sim, porque é preciso continuar a busca e acreditar que uma hora ele - o amor - chegará.
Como tal, ontem voltei a ativar a funcionalidade Encontros da rede social azul. Bastaram algumas horas para perceber que aquilo continua a mesmíssima porcaria de antes, em tudo semelhante ao que descrevi no post O que eu já descobri sobre o Facebook Dating. Quanto ao Tinder, a alternativa mais à mão, nada de novo a assinalar. Mais do mesmo. Resumindo e concluindo, parece que o romance continua a não querer mesmo nada com esta solteira aqui.
Por falar em dificuldade em encontrar o amor, chamo à conversa um post de há quatro anos, o qual atribui a culpa por não encontrarmos o amor ao overdating, ou seja, ao excesso de encontros amorosos. No meu caso, posso assegurar que não é nada disso. Pelo contrário, nos últimos anos, conto pelos dedos de uma mão o número de encontros que tive.
Por mais que compreenda os argumentos na base desta convicção, digo, com a autoridade que só uma solterice de longa duração concede, que não é por isso que eu não tenho tido sorte no campo amoroso. Como referido numa story no sábado, o meu cupido está a precisar de um GPS. Só pode!
Por hoje é tudo, que o trabalho (remunerado) me aguarda, assim como outras coisas que só a segunda-feira impõe. Despeço-me com aquele abraço amigo e a pergunta que não consigo calar: porque é que, depois de certa idade, torna-se tão difícil encontrar um amor que vale a pena?
Hasta!
Ora viva! ✌️
Esta manhã, uma das minhas besties partilhou comigo um conteúdo sobre a solteirice. Na sequência da conversa que a partir daí se desenrolou, diz-me ela o seguinte: "Que fique registado que às 10h da manhã do dia 13 de dezembro eliminei a minha conta do Tinder. Sinto me muito mais livre, em paz e feliz".
Nem duas semanas de utilização aguentou ela, o tempo por mim estipulado para um primeiro balanço do mundo (des)encantado desta aplicação de encontros. No que toca à minha pessoa, só não a desativo de uma vez por todas pelos motivos óbvios: tenho que estar a par do que se passa no mundo do engate online. Afinal, de que outra forma conseguiria conteúdo fidedigno para escrever sobre a odisseia dos solteiros em busca do amor?
À parte isso, nunca tive esperança de que a seta do cupido fosse atingir-me pelas mãos do Tinder. E, pelos vistos, não sou a única, já que são cada vez mais os corações solitários que assumem o seu desânimo/desencanto em relação às aplicações de encontro. Para esses, recomendo a (re)leitura de um artigo datado novembro do ano passado, intitulado Há vida para além das apps de engate, através da qual dou conta do seguinte:
As plataformas de encontro - apps de engate, como gosto de chamá-las - são um tema que não se esgota na sua (in)significância, até porque nos dias que correm, com todas as restrições ao convívio e ao contacto físico que a Covid-19 veio impor, os desemparelhados precisam mais do que nunca de toda e qualquer ajuda para incrementar a sua vida amorosa.
Com uns mais focados na parte sentimental e outros assumidamente interessados em sexo, as relações românticas, tal como tudo na vida (e no mundo), estão a ser alvo de uma transformação sem precedentes. As plataformas de encontro assumem assim um papel preponderante nesta mudança de paradigma, não só por permitirem a tão conveniente interatividade, imediata e ininterrupta, como por aumentarem exponencialmente o leque de opções.
"Conhecer" alguém nunca foi tão fácil, barato e descompromissado. Iniciar/terminar uma relação faz-se num piscar de olhos, melhor dizendo, num deslizar de dedos. Os encontros, que antes implicavam conhecer fisicamente a pessoa, passaram a estar ao alcance de dois ou três cliques. Os conhecidos de amigos ou colegas de trabalho/universidade deram lugar a fotografias, as quais vamos aceitando ou rejeitando, conforme o nosso agrado.
A excitação inicial que é descobrir pretendentes, explorar os seus perfis, encetar uma conversa, trocar informações, para, no final, arriscar um tête-à-tête, com o passar do tempo vai dando lugar ao tédio, à impaciência, à frustração e à desilusão. Precisamente por haver demasiadas opções à nossa mercê, acreditamos que o próximo perfil será sempre melhor do que o anterior. Só assim é-nos possível alimentar a esperança de que nada perdemos com aqueles que rejeitamos. Esta dinâmica torna-nos aditos, ao ponto de, ao invés de apreciarmos o que temos garantido, continuarmos a correr compulsivamente os dedos pelo ecrã na expectativa do que ainda poderemos vir a ter.
A minha odisseia pelo ciberespaço em busca do amor é sobejamente conhecida pelos meus leitores/seguidores. A última aliada nesta aventura foi o Facebook Dating, do qual dei conhecimento em dois posts. Do que ainda não tinha dado conhecimento é que, duas semanas após a sua descoberta, e exploração, o veredicto resume-se a "menos do mais". Falando curto e grosso, a nova funcionalidade do Facebook é uma versão low-coast do Tinder, motivo pelo qual não me restou outra opção que não fosse eliminar o perfil. Claro que um encontro aquém das expectativas, no sábado, foi a gota de água para acabar de vez com esta estória de conhecer gajos interessantes através desta, ou de qualquer outra, plataforma digital.
Assim, de momento, e por tempo indeterminado, está suspensa da minha vida toda e qualquer procura do amor através da internet. Se tiver que acontecer, que seja de forma espontânea, de preferência ao estilo convencional, como sucedeu com o tal mec francês. Sim, porque não desisti do amor, pelo contrário! A cada dia que passa, mais convencida fico de que uma vida sem amor é meia vida. A questão aqui é esclarecer o tipo de amor que cobiçamos: o próprio ou o alheio. O primeiro é algo que tenho de sobra, pelo que, nesse quesito, tenho uma vida inteira. Quanto ao segundo, anseio pela sua versão maior, aquela que soma, acrescenta, engrandece, enaltece e envaidece.
Meu bem, caso estejas de coração livre, na ânsia de viver ou reviver um grande amor, o meu conselho só pode ser este: estar atenta, ser paciente e não procurar muito. Afinal, não somos nós que encontramos o amor, mas o amor que nos encontra. Bem sei que amar intimida, sobretudo quando já fomos magoados. Ainda assim, continua a valer a pena. Mesmo com o coração despedaçado, é possível amarmos com esses pedaços. Amar alguém e não resultar, não tira valor ao que se viveu e lá porque terminou, não deixa de ser uma estória de amor.
Aquele abraço amigo de sempre!
Viva! 👋
De uma conversa com uma amiga de uma amiga surgiu a inspiração para esta crónica. Ontem, durante um papo de gajas, sobre gajos, veio à baila o termo 'Tinderella', que admito nunca antes ter ouvido. De acordo com a sua autora, uma brasileira que se assume - sem pudor nem bazófia - frequentadora assídua do Tinder, 'Tinderellas' são as mulheres que andam pela aplicação à procura de amor, mesmo sabendo que aquilo "é uma porcaria" (palavras da própria, com as quais concordo plenamente).
Para a Larissa (assim se chama ela), não devemos desistir do amor e se a alternativa viável é o Tinder que seja então o Tinder. Não é novidade para ti que eu também sou consumidora deste produto, ainda que com uma regularidade cada vez mais esporádica. Não gosto, nunca gostei e não me vejo a vir a gostar do Tinder. Tudo ali é demasiado hardcore para uma romântica da velha guarda como eu.
Sentimentalismo à parte, o facto é que volta e meia lá dou uma espreitadela, apenas para limpar as vistas (ou não). Por exemplo, há pouco recebi a notificação de uma nova correspondência. Não resistindo à curiosidade, e já que estava a fazer tempo para arranjar as unhas, lá acedi à app, mas como o match não enviou mensagem, fui à minha vida.
Para mim, a parte pior deste tipo de "interação amorosa" prende-se com o facto de os pretendentes não tomarem a iniciativa de meter conversa e quando o fazem esta resume-se a monossílabos ou diálogos tão espaçados no tempo que a dinâmica da conversa, e o interesse, acaba por esvair-se no vazio da superficialidade do próprio conceito. Não há paciência!
Como não sou apreciadora de fast foda, não sinto que esteja a perder grande coisa. Já instalei e desinstalei a aplicação tantas vezes que mais vale deixá-la estar e encará-la como mero instrumento de pesquisa para o blog. Porque sentimento real e verdadeiro não estou a ver-me a encontrá-lo nessa aplicação, ainda que tenha conhecimento de umas quantas estórias que começaram por lá e tiveram um final feliz.
Na busca pelo amor, entre o real e o virtual, fico-me pelo primeiro. Nada como ver com os próprios olhos, ouvir a voz, sorrir, tocar, cheirar... Antes de terminar esta reflexão, quero confessar que estou de olho num rapaz lá do ginásio. Again! Ao menos, desta vez consegui reunir coragem suficiente para passar do "olá, tudo bem" da praxe e enceter uma conversação com algum conteúdo. Até tomei a iniciativa de o seguir no Instagram, vê lá tu. On va voir qu'est-ce que va se passer à l'avenir (vamos ver o que vai acontecer no futuro).
Beijo na vida e alegria nos próximos dias, que para a semana cá estarei para mais um papo amigo. Au revoir!
Ora viva! ✌️
Nas das minhas recentes andanças pelos bastidores do blog encontrei um rascunho sobre as aplicações de encontro adequadas a cada tipo de personalidade. Dado que este é um tema que mesmo requentado sabe sempre bem, eis-me aqui a partilhá-lo contigo, na expectativa de que te possa proporcionar um bom repasto.
Sobre as ofertas para encontrar o amor online pouco mais há a dizer, pelo que vou pular essa parte. Inúmeras são as opções disponíveis no mercado, cada uma tentado marcar a sua posição e distanciar-se da concorrência. Entre essas, existem umas quantas que, segundo uma publicação da Maag datada de 2018, podem ser catalogadas em função do propósito do utilizador. Ei-las:
Tinder
Por ser o mais popular, esta aplicação é ideal para quem prefere a quantidade à qualidade. Assim, se és do tipo de gosta de conhecer muitas (mas mesmo muitas) pessoas, esta é uma boa opção. Há de tudo e para todos, à vontade do freguês. A superficialidade e a instantaniedade são os ingredientes principais, isto de acordo com a minha apreciação.
The League
Adequado a quem tem uma vida ocupada, sem tempo para o romance nos moldes tradicionais, esta aplicação faz o trabalho todo. Diariamente, às 17 horas, sugere três candidatos com base nos nossos "requisitos", que podem ir da altura até à educação. Assumidamente elitista, por ali não figuram ligações random, jogos, perfis falsos, decoro ou voyeuristas.
Bumble
Esta app resume-se a uma coisa: poder de iniciativa da mulher. Se és das que considera que já não faz sentido serem os homens a darem o primeiro passo, esta opção é perfeita para ti, já que aqui quem manda é a mulher, e é a ela que cabe ir atrás deles, sem medos ou vergonhas.
Hinge
Assume-se como uma aplicação que segue a premissa de juntar os seus utilizadores ao "amigo do amigo" através das ligações de Facebook, portanto a probabilidade de encontrar alguém completamente fora do teu círculo é bastante menor. Ainda assim, é uma boa escolha para quem procura uma relação verdadeira.
Coffee Meets Bagel
O mote aqui é qualidade em vez de quantidade. Todos os dias os utilizadores recebem uma lista de 21 potenciais candidatos, que podem aprovar ou não. Quanto mais utilizamos a app mais inteligente ela fica, uma vez que regista os nossos gostos e aplica-os na próxima vez que sugerir alguém.
Hater
Para quem odeia tudo e mais alguma coisa esta é aquela que deve instalar. Com mais de quatro mil tópicos de coisas para odiar (ou não), a aplicação apresenta pessoas com base nos ódios que as unem. Afinal, não há nada que una mais duas pessoas do que partilhar coisas de que não gostam.
Taffy
Esta aplicação acredita que a ligação entre duas pessoas surge através da conversa e não da aparência. Por isso mesmo, as imagens de todos os utilizadores estão desfocadas até começarem a conversar. Ainda assim, ela não é exclusiva de quem quer uma relação séria, uma vez que podes procurar pessoas de acordo com o que elas andam à procura - seja uma relação séria, casual ou amizade.
Happn
Nesta aplicação os utilizadores têm de se cruzar para se poderem ver. Depois, são eles que decidem se se aprovam mutuamente, antes de poderem iniciar uma conversa. Portanto, para quem não quer correr o risco de interessar-se por alguém a léguas de distância, esta é uma alternativa bem viável.
Agora que já te apresentei o menu das aplicações de encontro à medida do teu gosto, é hora de fazer bom proveito! 😉
Ate breve!
Ora viva!
As plataformas de encontro - apps de engate, como gosto de chamá-las - são um tema que não se esgota na sua (in)significância, até porque nos dias que correm, com todas as restrições ao convívio e ao contacto físico que a Covid-19 veio impor, os desemparelhados precisam mais do que nunca de toda e qualquer ajuda para incrementar a sua vida amorosa.
Com uns mais focados na parte sentimental e outros assumidamente interessados em sexo, as relações românticas, tal como tudo na vida (e no mundo), estão a ser alvo de uma transformação sem precedentes. As plataformas de encontro assumem assim um papel preponderante nesta mudança de paradigma, não só por permitirem a tão conveniente interatividade, imediata e ininterrupta, como por aumentarem exponencialmente o leque de opções.
"Conhecer" alguém nunca foi tão fácil, barato e descompromissado. Iniciar/terminar uma relação faz-se num piscar de olhos, melhor dizendo, num deslizar de dedos. Os encontros, que antes implicavam conhecer fisicamente a pessoa, passaram a estar ao alcance de dois ou três cliques. Os conhecidos de amigos ou colegas de trabalho/universidade deram lugar a fotografias, as quais vamos aceitando ou rejeitando, conforme o nosso agrado.
A excitação inicial que é descobrir pretendentes, explorar os seus perfis, encetar uma conversa, trocar informações, para, no final, arriscar um tête-à-tête, com o passar do tempo vai dando lugar ao tédio, à impaciência, à frustração e à desilusão. Precisamente por haver demasiadas opções à nossa mercê, acreditamos que o próximo perfil será sempre melhor do que o anterior. Só assim é-nos possível alimentar a esperança de que nada perdemos com aqueles que rejeitamos. Esta dinâmica torna-nos aditos, ao ponto de, ao invés de apreciarmos o que temos garantido, continuarmos a correr compulsivamente os dedos pelo ecrã na expectativa do que ainda poderemos vir a ter.
A minha odisseia pelo ciberespaço em busca do amor é sobejamente conhecida pelos meus leitores/seguidores. A última aliada nesta aventura foi o Facebook Dating, do qual dei conhecimento em dois posts. Do que ainda não tinha dado conhecimento é que, duas semanas após a sua descoberta, e exploração, o veredicto resume-se a "menos do mais". Falando curto e grosso, a nova funcionalidade do Facebook é uma versão low-coast do Tinder, motivo pelo qual não me restou outra opção que não fosse eliminar o perfil. Claro que um encontro aquém das expectativas, no sábado, foi a gota de água para acabar de vez com esta estória de conhecer gajos interessantes através desta, ou de qualquer outra, plataforma digital.
Assim, de momento, e por tempo indeterminado, está suspensa da minha vida toda e qualquer procura do amor através da internet. Se tiver que acontecer, que seja de forma espontânea, de preferência ao estilo convencional, como sucedeu com o tal mec francês. Sim, porque não desisti do amor, pelo contrário! A cada dia que passa, mais convencida fico de que uma vida sem amor é meia vida. A questão aqui é esclarecer o tipo de amor que cobiçamos: o próprio ou o alheio. O primeiro é algo que tenho de sobra, pelo que, nesse quesito, tenho uma vida inteira. Quanto ao segundo, anseio pela sua versão maior, aquela que soma, acrescenta, engrandece, enaltece e envaidece.
Meu bem, caso estejas de coração livre, na ânsia de viver ou reviver um grande amor, o meu conselho só pode ser este: estar atenta, ser paciente e não procurar muito. Afinal, não somos nós que encontramos o amor, mas o amor que nos encontra. Bem sei que amar intimida, sobretudo quando já fomos magoados. Ainda assim, continua a valer a pena. Mesmo com o coração despedaçado, é possível amarmos com esses pedaços. Amar alguém e não resultar, não tira valor ao que se viveu e lá porque terminou, não deixa de ser uma estória de amor.
Aquele abraço amigo de sempre!
Viva!
Esta quinta-feira trouxe uma boa nova aos solteiros deste país, pelos quais dou a cara, com gosto e orgulho. O Facebook Dating, do qual dei-te conhecimento no post A solteirice é que está a dar (até o Facebook já se apercebeu disso), já se encontra operacional em Portugal, ainda que apenas na versão app.
Esta nova funcionalidade da gigante tecnológica de Mark Zuckerberg fará uso do perfil dos utilizadores, a partir das suas preferências, páginas seguidas, atividade, grupos e eventos, para encontrar potenciais pares românticos. A melhor parte é que estes sequer precisam "conhecer-se" para serem "apresentados".
Com muita pena minha, ao meu telemóvel a dita cuja ainda não se dignou a dar as caras. Logo eu que estou (por todos os motivos e mais algum) ansiosa por conhecê-la e dela fazer-me amiga; caso haja empatia, obviamente... Mal lhe ponha a vista em cima, virei aqui contar-te. Promessa de solteira a quem o Facebook vai dar uma oportunidade para encontrar o amor.
Aquele abraço amigo e até segunda!
Ora viva!
Single mine, acaso já ouviste falar do Hater, a aplicação de encontros que junta os corações solitários, não pelo que gostam, mas sim pelo que detestam? Ah, pois é pois é, isto do romance online é uma novidade atrás de outra.
Esta app, gratuita e disponível para iOS na App Store, à semelhança de outros softwares como Tinder ou Ok Cupid, foi pensada precisamente para contrariar o modelo tradicional de encontros online, em que a correspondência (match na linguagem digital) dá-se com base no que se gosta de fazer, comer, visitar, ler e por aí fora.
Fora isso, funciona tal e qual às restantes apps do mundo virtual: swipe para a direita em caso de interesse, swipe para a esquerda em caso de desinteresse.
Se, tal como eu, já não podes com "caramelos" que apregoam cultivar hábitos interessantes, mas que ao fim de meia dúzia de frases deixam transparecer que só assumiram essas caraterísticas para conseguirem aumentar as probabilidades de serem bem-sucedidos na arte do engate, agora tens uma alternativa que aposta precisamente no outro verso da moeda.
Afinal, porque odiar a solo quando se pode fazê-lo au pair?
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