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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
Às portas de um fim de semana prolongado – o primeiro de há muito – e comigo ainda a rescaldar da segunda nomeação consecutiva para melhor blog do ano, a crónica de hoje resulta de uma compilação de alguns posts do TheDailyMan, recém-chegado à comunidade Sapo Blogs e cuja escrita cativou-me ao ponto de considerar que também tu gostarias de tomar conhecimento.
O que é o amor, porque sofremos nas relações, como recomeçar depois de uma desilusão amorosa e o drama de amar depois de certa idade são algumas questões que o colega desnuda no seu blog. Para que possas entender melhor o que estou para aqui a escrever, deixo-te com algumas passagens dos seus posts.
Talvez porque nos últimos anos tive duas relações falhadas e isso me tenha afetado de tal forma que me leve a falar disso. Relações na minha idade, nos entas, e com filhos, são uma tragicomédia! Quando estamos numa altura da nossa vida em que pensamos que já vivemos quase tudo que havia numa relação, eis que chega o momento de começar uma relação nos entas.
Voltar a ter uma relação é, por si só, uma aventura! O interesse na pessoa, o abordar, o conquistar, as borboletas, os jantares, as velas, os presentes, as borboletas (sim, outra vez), as conversas, as séries, o sofá, a cama, o chão, o amor... ai o amor... foda-se! Estou a falar em amar de novo, não em sexo de novo! O sexo não magoa, só dá prazer. Amar de novo é que é fodido! Amar de novo alguém com filhos é duplamente fodido!! Não quero que me interpretem mal mas falo por mim e das minhas experiências. Só quem amou alguém com filhos é que sente isso... se não sente então quero dar-lhe os parabéns porque é a pessoa mais sortuda do mundo... ou então expliquem-me como é possível!
Quando é que começamos a amar alguém? É difícil responder a esta pergunta pois todos temos formas diferentes de amar. Uns podem amar em semanas, já outros demoram meses. E também é difícil perceber o que é o amor. Já muitos o tentaram defini-lo, mas o certo é que não há definição possível para amor, pois, para mim, definir algo é pôr barreiras, limites, e amor é um sentimento cabal, intenso, sem inicio ou fim que nos tolda a visão e nos torna irracionais. Amar é um processo lento, contínuo, que se vai entranhando aos poucos até que, quando menos se espera, já cá está. Pelo menos para mim foi sempre assim.
Amei poucas mulheres na minha vida, e apesar de terem inícios diferentes, o certo é que havia um denominador comum em todas: as borboletas estavam lá, assim como o carinho, o amor, o companheirismo, o afeto. E começar uma relação a meio da nossa vida não é, definitivamente, a coisa mais fácil do mundo, principalmente quando a nossa cara-metade não está sozinha. E se no inico são tudo borboletas a fluir, com o tempo vêm os dumbos. É normal que o tempo nos traga a realidade, dura e crua, e com isso venha alguma racionalidade que entretanto perdemos com as tais borboletas. Se no início fazemos um esforço para agradar quem está ao nosso lado, muitas vezes de forma inconsciente, com o tempo vamos lentamente ao centro da nossa personalidade e ao verdadeiro eu. Esse hiato pode demorar semanas ou mesmo meses, mas o certo é que ele aparece. E se entretanto continuarmos felizes, então temos tudo para que a relação dure e o amor se fortaleça. O problema é quando nos apercebemos que afinal as coisas não são como nós pensávamos ou idealizávamos. Quando vemos que afinal os pontos de discórdia começam a ser muitos e as discussões passam a ser rotina. Quando sentimos, com o tempo, que afinal não somos verdadeiramente felizes com a pessoa ao nosso lado ou o que recebemos não é, de todo, aquilo que esperamos! Gestão de expectativas?! Não sei ainda bem, sinceramente, mas acredito cada vez mais nisso!
Single mine, que achaste destas notas íntimas de um solteiro de curta duração na casa dos quarenta? Espero que te tenham posto a refletir tanto como a mim. Amar não é fácil, falar de amor ainda menos; daí que me fascine tanto ler o que os outros escrevem sobre o assunto.
Termino com um sentido obrigado ao TheDailyMan por ter permitido que eu "exportasse" os seus conteúdos para aqui. A ti, aquele abraço amigo de sempre e desejos de um Halloween recheado de doces e travessuras, mais travessuras que doces, de preferência.
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