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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
Como bem sabes, um dos meus maiores dramas nos últimos tempos é a maldita acne. Apesar de tê-la à perna desde a puberdade, nos últimos anos, fruto de uma conjunção de fatores como alteração hormonal, stress, abstinência sexual, e a consequente não toma da pílula, e pouco contacto com a água de mar, o problema foi-se agravando, ao ponto de, no início do ano, a situação ter atingido uma gravidade sem precedentes.
Tardei em recorrer ao dermatologista, reconheço. Ingenuidade ter acreditado que poderia resolver a coisa com cremes e tratamentos caseiros. Só com a entrada em cena de um profissional consegui por um travão na degração galopante da minha pele. Volvidos dois meses, as melhorias são significativas; batalha a batalha, a vitória parece garantida.
Elevado é o preço a pagar (não o é sempre?). Cada vez que penso no quanto o meu pobre fígado será intoxicado ao longo de 9 meses de posologia oral, quase que me apetece jogar a toalha ao chão. Aí lembro que pele bonita é condição sine qua à minha autoestima e a vontade passa.
Do que me tem chegado ao conhecimento, é cada vez maior o número de mulheres a partilharem do mesmo drama. De acordo com Menezes Brandão, o especialista que me tem acompanhado, atualmente, 40% das mulheres entre os 25 e os 40 anos têm acne, um número que tem vindo a crescer desde os anos 80. Em alguns casos, a acne adolescente simplesmente continua e mantém-se na idade adulta, enquanto noutros as mulheres começam a ter borbulhas pela primeira vez aos 25 ou 30 anos, por vezes mesmo após a menopausa.
Várias são as causas por detrás desta realidade: fatores hormonais e ambientais como o stress, o tabaco, a poluição, o estilo de vida, a radiação UV e os cuidados inadequados. A acne na idade adulta tem uma manifestação clínica um pouco distinta da que surge na adolescência, e também tem uma resposta diferente ao tratamento.
A acne é uma doença e, como tal, trata-se. Para a dermatologista Marisa André, "já não se justifica aquela velha máxima de que a acne é uma coisa que passa com a idade. Porque até pode passar, mas à custa de cicatrizes que podem ser mais difíceis de tratar depois, e à custa de muito sofrimento, o que não faz sentido."
"A acne tardia, por ser mais inesperada, pode ser muito traumatizante. Uma borbulha que se aceitava aos 15 anos, aos 30 é vivida como uma espécie de traição da pele e pode afetar muito a autoestima. Na maioria dos casos, não é condição resolúvel apenas com cremes, requer tratamentos tópicos associados a isotretinoína oral,” acrescenta a médica.
Independentemente da origem das borbulhas, há alguns gestos que fazem toda a diferença na hora de manter a pele bonita e saudável. Eis alguns deles:
• Usar apenas produtos adequados ao tipo e condição da pele, de preferência oil free e não comedogénicos.
• Limpar o rosto de manhã e à noite com um produto suave, que deixe a pele limpa mas não a repuxar.
• Lavar as mãos antes de aplicar os cremes e a maquilhagem.
• Aplicar a maquilhagem com os dedos (limpos). Se se optar por pincéis e esponjas, lavá-los diariamente.
• Evitar tocar no rosto com as mãos: os dedos transportam uma infinidade de bactérias.
• Não espremer nada, para não inflamar ainda mais a lesão, o que deixa cicatriz.
• Não apanhar sol sem protetor solar oil-free.
• Não correr para o médico à primeira borbulha, mas também não esperar até à última.
Single mine, se és daquelas mulheres que não fazem a mínima ideia do que estou para aqui a falar, nem sabes a sorte que tens. Por outro lado, se pertenceres à turmina das portadoras de pele oleosa com tendência acneíca fica a saber que há esperança e que ela passa justamente pelos conselhos que referi há pouco.
Deixo-te com aquele abraço amigo e votos de um glorioso fim de semana!
Por mais generosa que a mãe-natureza possa ser, retardando ou acelerando a lei da gravidade, a verdade é que à medida que os anos vão passando o corpo feminino vai sofrendo alterações. A propósito disso, o jornal 'El País' listou as (principais) mudanças corporais que ocorrem quando somos expulsas (por injusta causa) do clube dos 20. Preparada para conhecê-las?
20 anos: a idade das curvas sexualidade
Esta é conhecida como a idade da transformação, uma vez que a rapariga começa a ganhar formas de mulher. Com a estabilização hormonal, dá-se o aparecimento de gordura em certas zonas do corpo – peito e coxas – traduzindo-se numa silhueta mais curvilínea. Para além disso o período menstrual começa a regularizar e o desejo sexual atinge o seu pico. É também nesta idade que as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver mais infeções vaginais, sendo recomendável o uso de um sabonete adequado. A vulva fica mais fina e a pele mais sensível à exposição solar. "Os excessos dos anos 20 traduzem-se em manchas e rugas aos 40, tanto que há cada vez mais jovens preocupadas em proteger-se antes dos 30", revela a dermatologista Isabel Aldanondo ao jornal espanhol.
30 anos: a idade das rugas e cuidados redobrados
Para muitas mulheres esta é a altura da sua vida em que a pele sofre mais alterações, como é o caso do aparecimento de acne. Como se não bastasse, as alterações hormonais também são mais frequentes uma vez que é durante os 30 que muitas mulheres se estreiam no papel de mães, fazendo com o seu peito mude consideravelmente e fique mais descaído. Os dentes são outras das coisas que podem piorar com a gestação, sendo recomendável o acompanhamento dentário adequado de forma a evitar problemas. Com menos produção de estrogénio, o corpo começa a ressentir-se, tornando-se mais flácido. É também durante esta década que começa a luta contra a balança, uma vez que é mais difícil para a mulher perder peso e tonificar o seu corpo.
40 anos: o fim da maternidade
Quando se chega à casa dos 40, a probabilidade da mulher voltar a desempenhar o papel de mãe é bastante reduzida. Apesar de não ser impossível voltar a conceber, a verdade é que se torna mais difícil voltar a fazê-lo de forma natural. "Os filhos têm mais probabilidades de desenvolver doenças, já que os óvulos não têm a mesma qualidade do que quando se era jovem", revela a médica Isabel Santillán. É também nesta fase que as descendentes diretas de Vénus começam a ficar com menos cabelo, o que acaba por ter um impacto devastador na sua autoestima. Quer seja por razoes genéticas, hormonais ou ambientais a verdade é que "o cabelo fica mais fino, passando dos 0,06 para os 0,03 milímetros", referem especialistas do Instituto Médico Laser.
50 anos: a idade das quedas e roturas
Os ossos começam a ficar mais frágeis devido à descida de estrogénio que acontece durante a menopausa. "Uma em cada duas mulheres com mais de 50 anos irá sofrer uma fratura devido à osteoporose", revela a Fundação Nacional de Osteoporose. A falta de desejo sexual, tristeza, insónias, aumento de peso e gordura corporal são outras das coisas que mudam na vida das mulheres durante esta faixa etária. A cara também sofre as suas alterações notando-se menos firmeza e mais secura na pele. Nesta altura os dentes também começar a dar mais problemas, sendo mais frequente o aparecimento de cáries.
60 anos: a idade em que pode desfrutar da sua vida
Nesta altura dão-se por terminadas as flutuações hormonais no corpo da mulher. Apesar de muitas pessoas ainda manterem uma vida sexual ativa, a verdade é que os orgasmos são mais débeis e existe menos lubrificação. Mas nem tudo são más notícias: é nesta altura que as terríveis enxaquecas aparecem com menos frequência e se verifica uma grande redução nos pelos no corpo da mulher.
E aí, companheira de luta, preparada para o que aí vem?
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