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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
Para hoje, dia com os minutos todos contados, escolhi republicar um texto do Pedro Caballero Serodio, focado na azáfama da vida contemporânea, mais precisamente na "catrefada" de coisas que a sociedade nos recomenda (quando não impõe) como politicamente corretas e/ou saudáveis. Aprecia-o!
Ora viva! ✌️
A propósito da medida de confinamento obrigatório (ou recomendado), em vigor um pouco por todo o mundo, dou-te conhecimento dos resultados de um estudo científico que atesta que as pessoas que preferem ficar em casa são mais inteligentes. Escuso dizer que este não previu, em momento algum, a atual situação epidemiológica global, em que ficar em casa deixou de ser uma opção.
Fomos solicializados, desde a mais tenra idade, de que as conexões sociais fazem-nos mais felizes, que a interação com os amigos é sinónimo de alegria, e significado às nossas vidas, e que quanto maior a comunicação com os outros, melhor o autosentimento de bem-estar. Contra-argumentar tais premissas seria uma tarefa inglória, até porque são todas elas verdadeiras na sua essência. Ainda assim, existem umas quantas pessoas que, não obstante os benefícios da interação social acima citados, preferem desfrutar da sua própria companhia, no conforto do lar, em detrimento da dos outros.
É neste contexto que um estudo levado a cabo pela revista científica British Journal of Psychology conseguiu estabelecer uma correlação direta entre a inteligência e a preferência e/ou apetência por ficar em casa. Esta análise valida assim o estilo de vida dos mais caseiros, que não têm necessariamente que ser introvertidos ou socialmente inadaptados. Eu, por exemplo, apesar de não me rever em nenhum destes perfis, adoro estar em casa, desfrutando da minha própria companhia.
A pesquisa, que teve como amostra 15 mil pessoas de géneros, origens, religiões, etnias e situação financeira distintas, permitiu apurar que o desejo de ficar em casa coincide muito frequentemente com um quociente de inteligência (QI) maior. "Os seres mais inteligentes experimentam uma satisfação menor com o aumento do contacto interpessoal com amigos ou conhecidos", garante um dos envolvidos na pesquisa.
A equipa de especialistas, liderada pelos psicólogos Satoshi Kanazawa e Norman Li, também descobriu que, enquanto as pessoas que vivem em áreas com alta densidade populacional são menos felizes do que aquelas que vivem em comunidades menores, passar tempo com amigos deu à maioria dos participantes sentimentos de prazer e satisfação. No entanto, quando os portadores de QI's mais elevados foram convidados a ficar em casa, estes experimentaram os mesmos sentimentos de prazer e satisfação.
Moral da estória: as pessoas mais inteligentes preferem passar o tempo no aconchego do seu domicílio porque suas mentes se adaptaram melhor ao estilo de vida moderno.
Com ou sem Covid-19, sempre gostei de estar em casa, não obstante apreciar igualmente atividades outdoor. Saber que, à custa disso, a ciência me certifica como mais inteligente só valida esta preferência.
Bom fim de semana e #FicaEmCasa; pela tua saúde e, já agora, pela tua inteligência também! 😉
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