
Viva!
Os últimos posts bordejavam de drama, polémica e "achismo", razão pela qual o tema de hoje é de uma leveza e descontração balsâmica: música. Não me lembro de alguma vez ter cruzado com uma criatura que a não aprecia. Gostos e preferências à parte, a música é a manifestação artística que maior consenso reúne em seu redor, creio eu.
Para além de todas as funções que lhe são conhecidas, a música tem um efeito positivo na nossa produtividade. Desde que a saibamos escolher, obviamente! A propósito disso, a ciência conseguiu estabelecer cinco correlações entre a música e a produtividade:
1. Deixa-nos com melhor disposição
A música melhora o humor, e sabemos nós que estar de bom humor significa render muito mais no que quer que estejamos a fazer. Isto porque, ao ouvirmos música, o cérebro liberta dopamina, um neurotransmissor responsável por nos fazer sentir bem, reduzindo assim os níveis de estresse e ansiedade.
2. Melhora-nos a performance física
Nós os ativos conhecemos bem o poder da música. Ouvir os nossos temas preferidos enquanto exercitamos o corpo funciona como uma espécie de companhia, que nos dá aquela pica extra e espanta o enfado. Além disso melhora a performance física, já que aumenta a capacidade de resistência, retardando o cansaço.
3. Suportamos melhor as tarefas repetitivas
A música retira a monotonia de tarefas automáticas e, além disso, torna-nos mais eficazes na sua execução. Já em 1994 um estudo concluiu que a música melhora a capacidade de cirurgiões que cumprem tarefas laboratoriais repetitivas.
4. Aumenta a concentração
Também foi comprovado pela ciência que as partes do cérebro relacionadas com as emoções e concentração ficam mais ativas quando ouvimos música, sobretudo aquelas que conhecemos.
5. Aumenta a produtividade
É bom ouvir música enquanto trabalhamos, mas também é ótimo nos intervalos. Um estudo publicado na revista Psychology of Music, mostrou que estudantes universitários que ouviam música entre tarefas conseguiam concentrar-se durante períodos de tempo mais longos.
Atenção que nem toda a música produz o mesmo efeito. Composições com letra reduzem a performance mental, ao contrário das que são apenas instrumentais. Outro ponto a reter é que quanto mais familiar, melhor para a produtividade e concentração. Convém, portanto, que as melodias que escutamos variem consoante a atividade que estejamos a realizar. Atividades físicas requerem música mexida (rock, pop ou eletro) e atividades mentais requerem música calma (clássica, jazz ou soul).
Em suma: Shakira para correr, Andrea Bocelli para trabalhar!