
Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva! 👋
Hoje quero partilhar contigo a minha segunda crónica para o Balai Cabo Verde, o portal de notícias com o qual iniciei há poucas semanas uma colaboração como cronista. Neste artigo abordo a mensagem por detrás do tal congresso internacional que me trouxe de volta à terra que me viu nascer. Boa leitura; melhor dizendo, boa reflexão!
Sejamos parte da mudança!
Tenho o privilégio de escrever esta segunda crónica a partir de Cabo Verde, facto inédito neste meu percurso de blogger e cronista. Apesar de ser a terceira estada na terra que me viu nascer, desde que criei o Ainda Solteira, das vezes anteriores faltou oportunidade, vontade, e, sobretudo, inspiração para tal. Da primeira, em junho de 2015, estive em modo dolce fare niente, depois de um período turbulento a nível profissional, e da segunda, em abril de 2019, em modo luto, para o funeral do meu pai. Assim, este é, pelos motivos há pouco mencionados, um momento deveras especial.
A razão desta minha vinda, em plena pandemia, ciente de todas as restrições a ela inerentes, prende-se com o convite para marcar presença, na qualidade de oradora internacional, no congresso ‘Mulheres em Ação’, ocorrido este domingo, 11 de abril, na capital cabo-verdiana. Sob o tema ‘Seja parte da mudança’, o evento reuniu um impressionante número de mulheres de várias idades, credos, crenças, profissões e motivações, unidas por uma causa comum: o seu papel enquanto agente da mudança. É precisamente neste ponto que quero focar esta crónica.
Ser mulher é um desafio inato e eterno, disso convém estarmos todos conscientes, e conformados. Ser mulher que ambiciona fazer a diferença é ainda mais desafiador, sobretudo num país aonde é descarado o poder de uma educação machista e desigualitária. Enganados estão aqueles que pensam que isso é razão para baixarmos os braços e vergarmo-nos ao peso da realidade dos factos. Falando por mim, e por todas aquelas poderosas com quem tive a honra de privar no referido congresso, é cada vez mais incontestável que a mudança de paradigma em relação ao nosso papel na sociedade em geral, e no mundo empresarial em particular, é inevitável, inadiável mesmo.
A mudança está a acontecer minha gente! E cada uma de nós deve assumir, sem delongas nem hesitações, o seu papel de agente impulsionador. O desafio de corrermos atrás dos nossos sonhos já não pode esperar, daí que seja hora de empinar o nariz, elevar a tez, ativar a determinação e encontrar soluções para a concretizarmos. É hora de encararmos a vida olhos nos olhos e dizer-lhe que o comando é nosso e que não existe a mais remota hipótese de o cedermos a quem quer que seja. E saber que, no fim, o sucesso nos espera, só nos faz ter a certeza de que o caminho é esse.
Afinal, somos mulheres que não se acomodam; que não obstante o chorrilho de críticas, preconceitos, obstáculos e boicotes, têm a força e a coragem para investir, insistir, persistir, construir... desistir é que não, pois se o fizermos estaríamos a abrir mão dos nossos sonhos, de nós mesmas, do nosso protagonismo no teatro das operações. Mulheres assim são a prova viva de o nosso lugar é onde quisermos, de que podemos fazer mais, de que merecemos melhor. Por isso teremos que fazer, obviamente, mas isso é assunto para outra oportunidade.
Termino com o seguinte lembrete: se queres que mude alguma coisa na tua vida, muda tu, pois quando mudas, tudo o resto à tua volta mudará. Vai por mim, que este é um dos segredos do meu sucesso!
Despeço com aquele abraço amigo de sempre, salpicado de morabeza!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.