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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


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Viva!

Um dia destes, passei por um mupi onde figurava uma publicidade com a Roberta Medina, na qual ela dizia que "Somos aquilo que amamos!" Desde então que tenho andado a matutar no real sentido desta frase, ao ponto de resolver dissertar sobre ela nesta crónica.

É facto consensual que o amor é saudável e recomenda-se. É igualmente saudável dele falar, em especial do seu impacto na existência humana. Voltando à frase da responsável pelo Rock in Rio Lisboa, se, de facto, somos aquilo que amamos, porque raio não amamos mais? E melhor, já agora!

Anda o mundo precisado, andam as pessoas sequiosas, andam os corações solitários e andam as almas desnorteadas, tudo à custa desse sentimento, ou melhor, da falta dele. Idealmente, amar implica oferecer os nossos melhores sentimentos a alguém esperando que esse mesmo alguém retribua em igual proporção. Neste meu entendimento, amar (na verdadeira aceção da palavra) extravasa o sentido romântico e/ou erótico, para se revelar como uma ligação bem mais espiritual do que carnal. 

O amor carnal é selvagem nos seus instintos, urgente nas suas necessidades, inequívoco nas suas manifestações, enquanto que o espiritual é sereno, sábio, paciente, altruísta, logo sublime, absoluto, divino.

Independentemente do tipo de amor que cada um de nós é capaz de sentir ou demonstrar, ele mais não é do que o reflexo da nossa essência/vivência/experiência, ou seja, daquilo que somos. Daí que esteja plenamente de acordo com a citação da empresária brasileira.


Amamos como fomos amados, quem nunca ouviu esta? Mais pertinente que esta sapiência popular – com a qual concordo, já agora – é saber até que ponto amamos aquilo que nos ensinaram a amar. Com esta reflexão me despeço com um abraço amigo e desejos de um bom fim de semana.

Hasta!

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14 comentários

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De Luísa de Sousa a 05.04.2019 às 17:03

Verdade somos aquilo que amamos e só não amamos mais porque não nos ensinaram a amar ou não nos amaram como deveríamos amar!!! Complexo, não?
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De Sara Sarowsky a 05.04.2019 às 17:08

Complexo? Por demais! Mas deveras esclarecedor do estado vegetativo das relações amorosas
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De Alala a 09.04.2019 às 09:47

Há quem diga ainda que quem não foi amado não consegue amar. Eu discordo. Talvez até seja verdade na maioria dos casos mas há sempre uma minoria que sabe amar muito bem! Depende também das vivências e das pessoas que cada um vai conhecendo. Acho também que ninguém nasce a saber amar e que o amor tem de ser construído. Ou se criam laços ou não há amor mesmo entre pais e filhos.
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De Sara Sarowsky a 09.04.2019 às 11:05

Estou de acordo. Falando por mim, não conheci amor na minha família e, mesmo assim, sou capaz de amar. Aliás, por não tê-lo tido, devoto um amor ansioso, carente e integral aos outros. O que, quase sempre, acabou em desilusão, pois era um amor desigual. Por não me terem ensinado a amar, aprendi a amar sozinha (porque tenho bom coração), mas não sei amar da forma desejada. Enfim... desabafos. Obrigada pelo teu comentário.
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De Alala a 09.04.2019 às 11:11

Tocaste num ponto importante também... Para tudo é preciso ter bom coração. Já sofri também várias desilusões ao longo da vida e dói, dói muito mas nunca mais me esqueço das lições que tirei com elas. Bjinho
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De Sara Sarowsky a 09.04.2019 às 13:02

Vivendo e aprendendo...
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De Anónimo a 09.04.2019 às 10:36

"Portugueses, tenho o prazer de vos convidar a participarem nos prejuízos de 100 milhões que teve a TAP. Foi uma ideia genial da minha autoria não privatizar a TAP para agora podermos partilhar este momento". Esta é a mensagem central de um "meme", em forma de citação (ficcional) atribuída ao primeiro-ministro António Costa (o qual aparece na imagem a segurar um avião da TAP). É verdade que Costa decidiu "não privatizar a TAP"?
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De Anónimo a 09.04.2019 às 13:20

Confunde-se amor com sexo nos dias de hoje. Dá-se muita importancia ao sexo e pouca ao amor !
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De Sara Sarowsky a 09.04.2019 às 17:23

Concordo plenamente! Motivo pelo qual sou ainda solteira Já não se fazem amores como antigamente.
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De Triptofano! a 09.04.2019 às 14:11

Mas nós somos mesmo aquilo que amamos - o problema é que já reparaste as coisas e as pessoas que amamos hoje em dia? O problema não está sempre nos outros, às vezes somos mesmo nós os culpados!
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De Sara Sarowsky a 09.04.2019 às 17:24

Touché! Se não amamos mais e melhor é porque não queremos, é esse o seu ponto de vista?
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De Milhinha a 10.04.2019 às 12:06

Óptima reflexão.
Tudo muito descartável, acho e já senti na pele. Não há sentimento que resista a nada nestes dias, só serve enquanto é alegre e divertido, quando o companheirismo, o amor verdadeiro é posto à prova tudo fica por um fio, até que acaba. Onde está o amor verdadeiro, no qual somos o porto seguro um do outro?
Parabéns, excelente texto!
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De Sara Sarowsky a 10.04.2019 às 12:20

Como te entendo... O meu estado civil é prova disso. Nos dias de hoje ama-se pouco, rápido e superficial. Obrigada pelas tuas simpáticas palavras

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