
Viva!
Segunda-feira é um dia que dificilmente inspira sentimentos efusivos. Que o diga a classe assalariada. Como se não bastasse o retorno à rotina, sabemos ter à nossa espera uma carga adicional de trabalho, à custa de novos assuntos que entraram durante o fim de semana ou de coisas pendentes que herdamos da semana que findou.
Assim, é unânime que se trata do dia mais exigente da semana, em que as horas tardam a passar e os assuntos teimam em deixar-se despachar. Tendo isso em mente, escolhi para tema desta crónica, inspirada num artigo do Delas, algumas regras capazes de nos proporcionar uma existência (mais) feliz, não só no início da semana, mas em qualquer altura da vida.
Anota aí quais são as oito atitudes que tens de passar a cultivar, a par de sentimentos recorrentes que tens de abandonar. Isto, claro, se é tua intenção ser feliz!
Não tentes agradar a todos
A felicidade não é algo que se deva terceirizar, sob pena de a tornar refém da atuação alheia. Assim, a tua prioridade deverá ser sempre corresponder primeiro às tuas expectativas e só depois às dos outros. É claro que por vezes é preciso fazer cedências, mas convém teres sempre em mente que tu és o elemento mais importante da equação.
Acaba com as reclamações a custo zero
Reclamar é um vício altamente desgastante, e tóxico. Quanto mais reclamamos mais motivos a vida nos dá para isso. Se for esse o teu caso, que tal, se em vez de estares sempre a mandar vir com tudo e todos, agradeceres por teres vida, saúde e capacidade intelectual para reagir ao que te incomoda? Vais ver que assim terás (mais) tempo para apreciar o lado bom da vida. Sem falar que as coisas só têm a importância que lhes atribuímos.
Uns são saloios, outros betos, alguns freaks e o resto totó. Assumo que dou comigo, mais vezes do que gostaria, a rotular aqueles que cruzam o meu caminho, etiquetando a maioria de anormal e raramente me sentindo bem na companhia de quem quer que seja. Resultado: estou quase sempre sozinha e identifico-me cada vez menos com os outros. Com este post desafio a mim mesma a parar com essa mania e a passar a dar mais importância às semelhanças do que às diferenças.
Aceita que nem sempre tens razão
Se até mesmo os génios se enganam, porque fazer questão de ter sempre razão? Sempre que te sentires convicta disso, fica com a tua certeza e embarca o resto do mundo numa viagem de circunavegação à volta da Atlântida. Se, pelo contrário, sentires que a estória não é bem assim, recua, pede desculpas (se for o caso) e relaxa, que da vida queres muito mais do que ser dona e senhora da razão.
Uma das citações que mais me inspiram na vida é aquela que diz: "Não leves a vida tão a sério que podes não sair dela vivo!". Ora nem mais! Quando levamos as coisas demasiado a peito, estamos a autoinflingir-nos uma enorme carga emocional, com sérias consequências para a nossa saúde física e mental. São exemplos dessas consequências o stress, a depressão, a ansiedade, o desafeto, o conflito e a autocensura; tudo coisas que não contribuem em nada para a nossa felicidade.
Se quiseres muito uma coisa, e fizeres por ela, dificilmente vais deixar de consegui-la. Não desistas, mesmo quando a tua voz interior te disser que vais fracassar. Lembra-te que, por conhecer melhor que ninguém todas as tuas fraquezas, ela poderá ser a tua maior inimiga. Sempre que ela te quiser sabotar, repete para ti mesma: "Eu consigo e não hás de ser tu a impedir!". Neste momento tenho em mente um projeto ousado que me poderá levar ao estrelato, pelo que diariamente me debato com essa mesma voz que me diz que estou a sonhar alto demais, que não vou conseguir e que vão desdenhar de mim. Noutros tempos, desistiria na hora. Hoje, usa-a como motivação extra, nem que seja pelo brio em provar que ela não é mais forte do que a minha determinação em provar que sou capaz.
Não adies o que tens para fazer
Lá diz, e bem, o dito popular: para quê deixar para amanhã o que se pode fazer hoje? Tirando, o maldito artigo para o P3, posso dizer que sou uma aluna exemplar nessa matéria. Não gosto de deixar nada pendente, sejam afazeres domésticos, tarefas no trabalho, exercícios no ginásio ou assuntos burocráticos. Já que tenho que fazer mais vale fazer assim que possível.
Brinca como se fosses uma criança
Resgata a criança que há (ou houve) em ti e faz coisas que te divertem, sem culpa nem censura. Reserva um tempo para brincar, tal e qual fazias quando eras pequena. Fazer algo sem outro intuito que não a pura diversão é das coisas que mais bem fazem à alma. Eu, por exemplo, adoro dançar no meio da rua. Todos ficam a olhar para mim, achando que não bato bem da tola, mas quero lá saber. O que importa é que me sinta bem e não esteja prejudicando ninguém.
De forma consciente ou não, todos nós cultivamos (em algum momento da nossa existência) hábitos e atitudes que atentam contra a nossa felicidade, mais não seja porque põem em causa a harmonia das nossas relações interpessoais. Como vamos sempre a tempo de mudar para melhor, com este artigo tens um bom apoio para dares os primeiros passos rumo a uma existência mais feliz. Faz bom uso dela.
Até à proxima!