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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
De pessoas tóxicas já aqui falei, estou certa. Que tal falar-te agora de uma outra espécie de humanóides que pouco ou nada contribuem para o bem-estar psíquico e emocional daqueles com os quais cruzam? Refiro-me aos psicopatas do quotidiano, cujos "traços de personalidade podem ser encontrados nos briguentos do trânsito, nos vizinhos problemáticos ou nos progenitores que fazem chantagem emocional com os filhos", segundo explicação da psiquiatra Katia Mecler, no livro Psicopatas do Quotidiano (à venda na Fnac por 10,85€).
Se é inevitável que nos deparemos com psicopatas de pequeno porte – tipos que seduzem, manipulam, amedrontam ou sufocam, causando desconforto e até medo – também o é que, embora não sejam propensos a matar (como os psicopatas a sério), acabam por nos perturbar a vida. Do estilo, "não mata, mas mói", se é que me entendes.
No intuito de nos ajudar a reconhecer esses psicopatas do quotidiano, com quem acabamos por lidar diariamente, esta especialista da mente aponta algumas caraterísticas comuns, que passo a citar:
1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas
2. Prefere atividades solitárias
3. Tem pouco interesse por experiências sexuais
4. Referências e crenças estranhas ou pensamento mágico
5. Desconfiança ou perceções paranoides
6. Pensamento e discurso diferente do convencional
7. Suspeita, sem fundamento, de estar a ser explorado, maltratado ou enganado
8. Preocupação injustificada com lealdade de amigos e colegas
9. Incapacidade de confiar em quem quer que seja
10. Incapacidade de ajustamento às normas sociais
11. Tendência para a falsidade
12. Irritabilidade ou agressividade
13. Esforços desesperados para evitar ser abandonado
14. Costuma ter relacionamentos intensos e instáveis
15. Tem problemas de identidade
16. Desconforto em situações em que não se é o centro das atenções
17. Comportamento sexualmente sedutor e exagerado
18. Mudanças emocionais rápidas
19. Sensação grandiosa da própria importância
20. Fantasias de sucesso ilimitado, na vida profissional e na vida amorosa
21. Crença de ser único e especial
22. Dificuldade em tomar decisões por si próprio
23. Passa as responsabilidades que tem na vida para outras pessoas
24. Raras manifestações de desacordo, para não perder apoio ou aprovação
25. Evitar atividades profissionais que incluam contacto interpessoal significativo
26. Não se envolver com os outros sem a certeza de que serão bem recebidos
27. Ser reservado nas relações íntimas, por vergonha ou medo do ridículo
O acima exposto permite concluir que esses pequenos psicopatas encontram-se em toda a parte: na sociedade, no trabalho e até na família. Na Internet, principalmente através das redes sociais, é cada vez mais fácil identificá-los; basta prestar atenção ao que partilham.
Quem foi incapaz de identificar alguém das suas relações que fale agora ou se cale para sempre. Da minha parte nem um pio pretendo dar, já que obriga-me a honestidade a admitir que ao longo da minha vida tenho lidado com uma infinidade de exemplares destes. Até eu acuso três dos sintomas. Olha que sorte a minha!
Despeço-me com um até à próxima e desejos de uma noite feliz!
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