
Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
À vontade ou incomodada com a questão, a verdade é que o online é cada vez mais uma opção para quem quer arranjar-se em matéria de coração. Seja para uma noite, um fim de semana, ou algo mais duradouro, esta é uma forma prática, conviniente e imediata de conhecer pessoas novas e explorar novas alternativas de relacionamento.
Já aqui tinha abordado esta questão, tendo inclusive assumido que sou utilizadora ativa de sites e apps de encontros online. Apesar de nunca ter dado em nada – ainda solteira – continuo a achar que esta pode ser (mais) uma ferramenta para se tentar a sorte: arranjar companhia, aliviar-se quando bate aquela carência ou, quem sabe, encontrar um novo amor.
Para o caso de te interessar, estas são algumas aplicações que podem revelar-se uma (agradável) surpresa. Já houve amigas que não passaram do primeiro dia, outras da primeira semana e ainda aquelas, como eu, que resistem, persistem e insistem, mais não seja para recolher material de pesquisa para um blog.
Tinder
A crème de la crème, já que, em apenas quatro anos, tornou-se uma das aplicações de encontros mais populares do mundo com milhões e milhões de acessos por dia. Aos utilizadores, essencialmente na casa dos 20-30 anos, é apresentada uma fotografia do potencial candidato, sendo-lhes dada a opção de deslizar para a esquerda para recusar ou para a direita para aceitar. Gratuito, funcional, divertido e rápido, esta app instala-se num instante, bastando fazer login com o perfil do Facebook ou Instagram.
Bumble
O Bumble é a primeira aplicação de encontros para mulheres, o que significa que temos de ser nós a chegar-se à frente, ou seja, a enviar a primeira mensagem. É maioritariamente composto por profissionais ativas na faixa 25-30 anos. Não conheço esta app, mas ouvi falar muito bem dela. Por não ter um grande número de utilizadores, rapidamente se esgotem as opções de candidatos elegíveis.
Happn
O Happn baseia-se essencialmente na localização, ou seja, mostra uma lista de potenciais parceiros com os quais se cruzou na rua, permitindo assim verificar quem vive ou trabalha perto de nós. Já a usei e não achei grande coisa. Embora os seus utilizadores sejam predominantemente indivíduos nos seus 20 anos, raramente enviam mensagens quando há match (o termo virtual para click). Sem falar que a maioria dos gajos deixam os perfis em branco, o que nos deixa com pouco critérios de procura e seleção.
OkCupid
No OkCupid os potenciais pares utilizam uma série de perguntas destinadas a revelar certos aspetos da sua personalidade, para, a seguir, as respostas serem convertidas em percentagem - quanto maior for a percentagem em relação a alguém, teoricamente, mais hipóteses de serem compatíveis. Ainda não tenho muito para opinar, já que acabei de instalar esta app. Ainda assim, dá-me a sensação que o pessoal daqui, maioritariamente profissionais nos seus 20-30 anos, parece mais na onda de relacionamento do que engates (como no Tinder, por exemplo). À primeira vista parece-me interessante, já que não é tão restrita à localização, o que permite explorar pretendentes além-fronteiras. Também tem a opção de filtrar por etnia, idade e determinadas palavras-chave. Ou seja, à vontade do freguês.
Skout
Esta é uma interface um tanto ou quanto confusa, já que mete tudo ao molho e fé em Deus. A pessoa gosta do teu perfil e envia-te um pedido de chat, que só aceita se quiseres. Apesar de poderes definir o âmbito geográfico da tua procura, pessoas do mundo inteiro podem contactar-te. Entre todas as outras esta é a mais rasca. Com isso quero dizer que não abundam muitos gajos atraentes e menos ainda qualificados. Em várias semanas nunca conheci ninguém que me tivesse cativado ao ponto de sequer trocar outro meio alternativo de contacto.
Antes de me despedir, deixo-te com algumas dicas sobre como criar um bom perfil nas redes de encontros online: uma fotografia de perfil que mostre a tua cara, mas sem revelar tudo (sugiro esbatida, a P&B, com máscara ou na penumbra); uma foto de corpo inteiro, mas sem ser atrevida (a não ser que queiras começar a receber propostas para sexo explícito ou fotos de gajos em pelo); poucas mas boas fotos (três ou quatro são suficientes para se ficar com uma ideia de quem está por detrás do perfil); fotos com outras pessoas está fora de questão e cortadas também (dão a ideia de que não queres dar a cara por inteiro); quanto mais informações sobre a tua profissão e qualificações académicas mais possibilidade terás de ser encarada como mulher e não como “despeja-colhões”; a descrição de perfil é o fator crítico do sucesso: em não mais do que três frases, tenta descrever quem és, o que procuras e o que tens para dar. Este por exemplo é uma das minhas descrições mais populares: "Mulher gira, culta, inteligente e divertida, que gosta de ser e estar feliz, procura quem acrescente valor à sua vida. Queres fazer-me companhia?"
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.