
Viva!
Um estudo intutulado As Mulheres em Portugal, Hoje assegura que uma em cada três portuguesas sente-se infeliz com a vida. Pela sua pertinência, e relevância, este assunto merece um olhar crítico desta solteira aqui, feliz nuns dias, infeliz noutros e assim assim nos restantes.
A investigação, baseada numa amostra de 2,7 milhões de indivíduos do sexo feminino com idade compreendida entre os 18 e os 64 anos, intentou por a nu as condições e os objetivos das mulheres em território nacional: o trabalho, as tarefas domésticas, os rendimentos, os filhos, a vida sexual e os orgasmos, a desigualdade salarial, os filhos e a felicidade.
Coordenado por Laura Sagnier, economista e especialista em market intelligence, a análise, que reflete o que pensam e o que sentem as mulheres em Portugal, chegou às seguintes conclusões:
- O período mais complicado para a maioria das mulheres em relação às várias facetas que afetam as suas vidas situa-se entre os 35 e os 49 anos.
- A partir dos 28 anos, a capacidade de 'conciliar bem o trabalho pago com a vida pessoal ou familiar' torna-se a questão mais relevante para a esmagadora maioria.
- Mulheres com relações infelizes sentem que tal afeta de forma negativa todas as outras facetas da sua vida, ao contrário do que acontece com aquelas que não têm companheiro. Mais vale só do que mal acompanhada, não me canso de apregoar...
- Mais de metade (51%) das assalariadas estão infelizes no que diz respeito ao emprego.
- 33% sentem-se infelizes com a vida; 47% assumem-se felizes ou quase felizes e as restantes estão abaixo do limiar de felicidade.
- As facetas que as deixam mais felizes são, por ordem decrescente, os filhos, os netos, as amigas, os amigos, os parceiros e a mãe.
- As facetas que mais promovem a sua infelicidade são, por ordem decrescente de importância, o tempo médio que dispõem para si, o trabalho pago, o seu aspeto físico e os descendentes com um relacionamento anterior.
- 5% assumem-se como mães arrependidas.
- 73% assumem mais trabalho não pago que os companheiros.
- Para a maioria é mais importante as vezes que atingem o orgasmo do que a frequência com que mantém relações sexuais. Muitas dizem-se sentir felizes se tiverem sexo uma a duas vezes por semana.
É caso para nos perguntarmos por onde anda a felicidade de um terço das mulheres portuguesas. Poderia dizer que ela está na solteirice (como inúmeros estudos já o comprovaram). Mas como eu, solteira de longa duração, também não me sinto totalmente feliz, a resposta poderá estar no conceito de felicidade de cada uma. Só resta definir por a+b o que é a felicidade.
Com esta reflexão dou por encerradas as hostilidades do dia. Um abraço amigo e desejos de uma boa semana!