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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Acabo de ler que a ciência acredita que o cérebro dos génios funciona de forma diferente, fazendo com que, ao contrário do que se passa com a maioria dos mortais, a socialização possa trazer infelicidade.
Um estudo, publicado recentemente na revista científica British Journal of Psychology, sugere que quanto maior a necessidade de socialização de uma pessoa muito inteligente, menos satisfeita esta ficará com a vida. Este facto é atestado pelos resultados obtidos pelos psicólogos evolucionistas Satoshi Kanazawa, da London School of Economics, e Norman Li, da Universidade de Administração de Singapura, que garantem que os génios são mais solitários. Que novidade!
Estes investigadores acreditam que, por causa da herança ancestral, nos dias que correm, a maioria das pessoas assume sentir-se mais feliz quando convive com amigos e familiares, especialmente no caso de quem vive em lugares com menor densidade demográfica.
Contudo, este estudo prova que esta lógica não se aplica a pessoas com uma inteligência acima da média. No caso dos que possuem com QI muito alto, quanto mais precisam de socializar, a sua satisfação com a vida tende a ser menor.
"O efeito da densidade populacional na satisfação com a vida era mais de duas vezes maior para os indivíduos de baixo QI do que para os indivíduos com QI mais alto. E os indivíduos mais inteligentes eram, na verdade, menos satisfeitos com a vida se socializavam com os seus amigos com mais frequência", escreveram os autores.
Não sou nenhum génio, mas para mim esta não é nenhuma nova. Afinal, quanto mais inteligentes nós formos, maior a nossa capacidade de discernimento, exigência, excelência e realização. Ou seja, ao sabermos exatamente o que queremos e o que nos faz feliz, mais difícil torna-se contentarmo-nos com menos.
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