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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


278285_Papel-de-Parede-Poema-Autopsicografia_1600xEm tempos idos, namorei pra valer, quase vivi junto, falou-se em descendentes e otras cositas más que costuman fazer parte do atlas das relações sérias e legítimas. O nome dele é Hércules, minha Nossa Senhoras das Relações Felizes, como gostei desse rapaz, que conheci ainda menino. Foi o primeiro homem que me fez atingir o orgasmo e me iniciou nas maravilhas do sexo, pelo simples prazer de dar o corpo ao manifesto.

O nome dele é Hércules e, numa romântica alusão ao herói grego, tratava-o por my hero, ou simplesmente Hércules, o Herói. Ele era mesmo o meu herói e só por uma única vez não fez ele jus a esse apelido carinhoso. E essa única vez pesou muito na nossa separação.

Tudo começou no verão de 2003, quando voltei a casa, uma vez cumprida a missão do canudinho na mão, tinha eu quase 26 anos e ele 18 fresquinhos (sim, leste bem). Eu já uma licenciada e ele ainda no secundário de uniforme de colégio e tudo. As bocas que nós ouvimos, ui! Mas, nada disso foi impedimento, antes pelo contrário, para a nossa love story. E que love story! Mas sobre isso falarei num outro post.

O que quero partilhar contigo hoje é um poema, da minha autoria, pelo que estão salvaguardados todos os direitos de autor, que escrevi para ele, num momento de grande dor, fruto de uma das nossas separações temporárias (ainda bem que foram apenas duas). Como sofria há uns anos atrás. Enfim... voltando à minha composição poética, ei-la.

Herói
Teus beijos derretem-se-me na boca
Teus abraços diluem-se-me no peito
Nossos corpos fundem-se no calor da paixão 
Paixão essa que chega feito um furacão:
Tudo arrasa, tudo consome, para deixar apenas cinzas
As cinzas da saudade e do prazer desfeito
Que faço com essa saudade que me agoniza, me dilacera e me faz querer-te ainda mais
Meu amor, com a saudade posso eu, mas pergunto até quando conseguirei suportar a tua indiferença e o teu silêncio?
Por quanto tempo mais vou dormir sozinha procurando o teu corpo na minha cama?
Até quando conseguirei calar o meu sentimento, palpitante no meu peito, pedindo liberdade?
Até quando sonharei acordada com o peso do teu corpo sobre o meu, o teu sorriso na minha mão, o teu doce amor, cujo sabor amargo experimento agora?
A tua complicada simplicidade, própria da tua idade, a tua cativante ternura e ingénua sabedoria da arte do amor?
Volta para que eu possa mostrar-te o quanto
És tudo para mim, meu herói contemporâneo

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