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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!


03
Abr19

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Viva!

Um estudo de comportamento apurou que cerca de ¼ da população norte-americana entre os 18 e os 29 anos não teve qualquer relação sexual durante um ano ou mais; uma tendência transversal a várias sociedades ocidentais e que tem vindo a acentuar-se nas últimas três décadas.

Para os especialistas, a explicação para este fastio sexual dos millennials (nome porque é tratada esta geração) parece residir na apetência pelo virtual em detrimento do real. "Há demasiadas solicitações virtuais que exigem respostas e que satisfazem esta geração. O próprio sexo pode ser sem parceiro ativo. O prazer, o desejo ou a atividade sexual já não são uma prioridade", considera um dos envolvidos no estudo.

A propósito disso, Luís Pedro Nunes, numa crónica para a GQ, descreve o estado anémico da vida sexual dos jovens nestes termos: "Li algures uma série de possibilidades que podem estar a contribuir para esta crise de tesão-jovem: alterações na cultura de engate; viver na casa dos pais até tarde; efeitos secundários dos antidepressivos; a explosão do Netflix; aumento do estrogénio devido ao plástico na comida; queda da testosterona; vício no porno digital; viver-se a era de ouro do vibrador; obsessão na carreira; as apps de engate; privação de sono; epidemia da obesidade e mais uma catrefada. Há ainda questões religiosas de jovens que optam por permanecerem virgens até encontrar 'a pessoa certa'". 

Na ótica deste cronista, "o real é cada vez mais um lugar perigoso, onde as regras são pouco claras, cheio de armadilhas e múltiplas interpretações, para além do risco de se ser humilhado pela rejeição – o maior dos medos. E estas apps de engate estão pensadas para que tal humilhação não aconteça, pois há uma troca feita para anular a possibilidade de rejeição. Perante tanto sexo digital, tanta excitação online, tanta emoção de expectativa nas apps, tanta conversa no sexting, o sexo em si – o sexo tradicional, aquilo, tipo, um com uma e nada mais – acaba por parecer dececionante para um jovem".

Se a malta continuar a pinar a este ritmo cada vez mais desacelerado, a humanidade caminha a passo de corrida para a extinção, já que o sexo é a matéria-prima sem a qual a fábrica de bebés dificilmente consegue laborar a pleno vapor. A diminuição do número de cambalhotas é tão flagrante que a maternidade anda em gestão lay-off e as mulheres engravidam cada vez menos e em idade mais avançada.

Just saying, afinal quem avisa amigo é!

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5 comentários

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De Sem Sentido a 03.04.2019 às 16:54

A propósito do seu último parágrafo, não me parece que a falta de bebés tenha muito que ver com a falta de sexo. Muito pelo contrário: é pelo facto de as pessoas quererem continuar a fazer sexo que não fazem bebés. Quanto aos motivos que levam as pessoas a não fazerem bebés – para além do facto de quererem continuar a fazer sexo –, aconselho a leitura do texto da hiperligação que se segue:

https://semsentidocon5entido.blogs.sapo.pt/mas-afinal-por-que-e-que-nao-se-fazem-32320
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De Sara Sarowsky a 03.04.2019 às 17:03

Obrigada pela partilha. O seu artigo detalha com rigor as razões por detrás do reduzido número de nados. Contudo, continua por explicar porque não pinam mais vezes os jovens de hoje
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De Sem Sentido a 03.04.2019 às 17:30

Não acredito muito nesse estudo que diz que há falta de sexo entre os jovens. Acredito, sim, que o estudo tenha sido feito por alguém que já não faz sexo há muito tempo e que adulterou os resultados para rotular os jovens de totós e não se sentir tão mal...
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De Sara Sarowsky a 03.04.2019 às 17:34

Pela minha experiência pessoal e pelos dos outros que partilham estórias comigo, infelizmente é verdade
Lembro-me do pessoal da minha geração nessa idade fazê-lo sempre que der e com gosto. Hoje em dia, só querem saber do sexo na ou através da rede
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De Sem Sentido a 03.04.2019 às 18:20

No meu tempo, havia rapazes que passavam tardes inteiras em frente ao portão da escola, dentro do seu carro todo quitado, à espera das adolescentes que de lá saíam... Enfim, outros tempos!

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