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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Hoje, mais do que nunca, o dia é nosso. Sim, nosso e de mais ninguém. Se bem que por sermos o que somos, o Dia da Mulher devereria ser todos os dias, aliás ne, deveria ser preciso um dia específico para que se nos preste homenagem.
Esta efeméride teve como ponto de partida o dia 8 de março de 1857, dia em que 130 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque morreram carbonizadas, na sequência de uma greve geral, na qual reivindicavam melhores condições de trabalho.
Porém, somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher em homenagem às mulheres que morreram carbonizadas na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Daí em diante muito foi conquistado, mas ainda há muito para ser modificado na história da humanidade de modo a dar-se mais valor, destaque, empoderamento, respeito, proteção e consideração à mais bela e perfeita criatura de Deus.
Negras, caucasianas ou mongoloides; altas, medianas ou mignons; loiras, morenas ou ruivas; magras, com curvas ou cheinhas; bonitas, gostosas ou atraentes; ricas ou pobres; solteiras, casadas ou amantes; mães ou simplesmente tias/madrinhas; felizes ou deprimidas; guerreiras ou vítimas; dominadoras ou submissas; passivas ou ativas; trabalhadoras ou inativas; sobreviventes ou resistentes; chatas ou fascinantes; realizadas ou paranoicas; sedutoras e atrevidas; ciumentas ou possessivas; choronas e infantis; frágil e caprichosa; mimada ou sábia; enfim… seja lá qual o papel que assumamos ou qual a pele que vistamos, a essência será a mesma.
Em jeito de homenagem deixo-te com estes versos de autor desconhecido:
Nada mais contraditório que ser mulher...
Aquela que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia
e transmite cada uma delas num único olhar.
Que cobra de si a perfeição e vive arranjando
desculpas para os erros daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas,
dá a luz e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas, ensina a voar,
mas não quer ver partir os pássaros,
mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito,
ainda que seu amor nem se aperceba mais desses detalhes.
Que como uma feiticeira transforma
em luz e sorriso as dores que sente na alma,
só para ninguém notar.
E ainda tem que ser forte,
para dar os ombros para
quem neles precise chorar.
Feliz daquele que por um dia
souber entender a alma da Mulher.
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