
Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
Escuso dizer que o responsável por eu não ter dado as caras por aqui na quarta-feira foi o feriado do 5 de Outubro. Resolvi ficar na ronha e nem um convite para uma tarde à turista - a que eu não constumo resistir - foi capaz de me convencer a deixar o aconchego do lar.
Ficar em casa é bom, e recomenda-se! Muitas vezes é tudo o que precisamos para recarregar as baterias, reconectar com a nossa essência e relaxar a mente. É justamente sobre esta prática que eu tanto aprecio que quero falar contigo hoje.
A pandemia impôs um cenário até então desconhecido para a maioria de nós: privação e/ou restrição da liberdade de circulação e, por tabela, da oportunidade de diversão. Tal realidade deixou-nos ávidos por alinhar em tudo e mais alguma coisa, desde que "esse tudo e mais alguma coisa" se passasse fora de casa, ou seja, longe do que nos fizesse lembrar os dias, as semanas, os meses, de confinamento involuntário.
Ansiosos por passar o maior tempo possível porta fora estivemos nós nos últimos tempos. Agora que o furação Covid-19 virou tempestade tropical, e o verão prepara-se para ir visitar o outro hemisfério, é mais do que previsível que as atividades indoor voltem a ganhar protagonismo. Uma delas é o "ficar em casa", considerado por muitos o novo modelo de "sair". Confusa? Passo a explicar.
Equivocado está quem pensa que ficar em casa durante um fim de semana ou um feriado, como foi o meu caso na quarta-feira, é sinónimo de desperdício de lazer, muito menos de depressão ou solidão. Aproveitar o tempo livre nem sempre significa ir a um brunch no spot mais in da cidade, dar um passeio, bater perna no shopping, tomar um copo com a malta ou desbundar pela pista de uma discoteca.
Muitas vezes, o ócio sabe bem melhor quando simplesmente deixamo-nos estar em casa. E olha que não sou só eu que partilho dessa opinião. De acordo com o site Well+Good, ficar em casa um dia inteiro é mesmo o "novo sair", com o terapeuta Ruby Warrington a explicar que "se antes ficar em casa poderia ser sinal de depressão, agora já não. Estamos muito mais conscientes de como as nossas escolhas de estilo de vida afetam a nossa noção geral de bem-estar".
Finalmente, começa-se a assumir que, no conforto do lar, é possível termos acesso a práticas que contribuem significativamente para a saúde física, mental e emocional. Por conhecer bem o poder balsâmico do "ficar em casa", deixo-te algumas dicas sobre como aproveitar o momento caseiro para cuidares de ti e dos teus (se for o caso):
• Praticar exercício físico
Se houve coisa que a pandemia trouxe foi a possibilidade de fazermos praticamente tudo entre quatro paredes. Podes começar o dia com exercícios de ioga, pilates ou - porque não? - zumba.
• Ver uma maratona de filmes/série
É o que mais adoro fazer quando não saio de casa, ficar deitada no sofá e devorar os filmes da Fox Life, um dos quatro canais que assisto religiosamente.
• Experimentar receitas saudáveis
Desperta o masterchef que habita em ti e explora novas receitas. Ao invés do delivery, experimenta preparar algo que te dê prazer comer. Não te esqueças é do vinho, um poderoso aliado nesta aventura home alone.
• Devorar um livro
Há quanto tempo não tens tempo para ler, para devorar aquele livro que há muito clama pela tua atenção? É tão bom passar horas e horas a ler, sem barulho, nem interrupção, simplesmente embrenhada numa história.
• Por a conversa em dia
Há muito que só falas com as tuas besties por SMS, emojis ou jpegs? Nada como um dia sem por o pé na rua para pegares no telefone e ligar – sim, ainda se fazem chamadas telefónicas – para uma ou duas amigas próximas com quem não tens uma conversa decente há séculos.
• Despachar a tralha
Outra forma de rentabilizar o tempo em casa é dar uma organizada nas coisas. Como adoro ter tudo limpinho, arrumadinho e funcional, não consigo entender como existe gente que se sente confortável no meio da porcaria e da desarrumação. Quando fico por casa, há sempre tempo para mandar fora coisas de que já não preciso e que só estão a ocupar espaço e a ganhar pó.
• Cuidar da beleza
Nada como um dia de spa caseiro para nos deixar prontas para enfrentar o mundo com a autoestima no topo. Condições financeiras à parte, podes aproveitar para tratar do rosto (esfoliação, máscara e hidratação), do cabelo (umectação e hidratação), das unhas (manicure e pedicure), do corpo (esfoliação, depilação e hidratação) e até da alma (dormir, dançar e/ou cantar).
Como ficou provado, existe vida - muita até - porta dentro, com a vantagem desta não exigir grandes gastos financeiros, nem ter que aturar um mundo que raramente vibra na mesma energia que a nossa.
Meu bem, aproveita o fim de semana para por em prática estas dicas, que eu vou ali ser feliz - afinal, hoje é sexta-feira - e já volto. Até lá, deixo-te com aquele abraço amigo de sempre!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.