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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva! ✌️
Já que estamos numa de felicidade, e porque ela é sempre oportuna, para hoje propus-me a resgatar um artigo de há precisamente cinco anos, no qual faço uma distinção muito clara entre viver e existir.
Por estes dias, tenho duas "manamigas" que andam por demais precisadas de palavras de conforto, amizade e solidariedade, tamanho é o peso da dor que carregam nos seus ombros. A elas, mas também a todos aqueles que estejam a braços com alguma provação, dedico esta crónica, como forma de lhes transmitir alento e esperança.
Sei muito bem o quanto a vida pode ser dura, mas também sei a força de uma palavra amiga nos seus momentos mais conturbados. Não é à toa que dizem que alegria dividida é alegria a dobrar e tristeza dividida é meia tristeza.
As profundas mudanças que tenho estado a incrementar na minha vida de há uns tempos a esta parte têm vindo a reforçar a minha crença – inabalável, diga-se de passagem – de que a vida vale a pena, no matter what.
Vale sim, ai vale vale! Contudo, só nos apercebemos disso quando nos dispomos a abraçá-la sem reservas; a encará-la nos olhos, sem baixar a cabeça; a levantarmo-nos sempre que ela nos passa uma rasteira e a continuar a caminhada, mesmo com os pés em carne viva.
Ela não é fácil; na verdade, nem é suposto ser. Tem vezes que achamos que não aguentamos tamanha carga e tem outras que sentimos que toda ela conspira a nosso desfavor. Quem nunca? Ainda assim, ela continua a merecer que não desistamos dela. Ainda assim, ela continua a merecer o benefício da dúvida, mais não seja para ficarmos a saber qual a sua próxima jogada.
Queridas amigas, façam-me o favor de não desistir da vida, porque ela não desistiu de vocês, por mais que vos dê a entender que sim. Ela está apenas a por-vos à prova, com o intuito de avaliar se, de facto, são dignas das graças que, com toda a certeza, vos estão reservadas.
Viver é preciso! Atenção que eu escrevi "viver" e não "existir". Viver é que nos move no caminho da felicidade. Existir é o que nos faz respirar, dormir, trabalhar, pagar as contas e por aí fora. Existir é viver sem alento, sem alegria, sem brio, sem esperança, sem magia. Nos tempos atuais, a maioria das pessoas existe, ao invés de viver. Até pouco tempo atrás, também eu integrava esse lote. Hoje não!
Hoje escolho só tomar como garantido o "aqui" e "agora". Hoje escolho desfrutar da vida como se não houvesse amanhã. Hoje escolho desapegar-me do que me possa vir a acontecer no futuro. Hoje escolho seguir a máxima "um dia de cada vez". Hoje escolho viver!
Hoje escolho ser feliz, do jeitinho que dá para ser. Sem ter tudo o que quero, mas querendo tudo o que tenho. Porque eu quero, porque eu posso, porque eu mereço e porque a vida só faz sentido se for para ser assim.
Noite feliz e até à próxima!
Meu bem, o meu desejo é que saibas fazer da tua vida uma vivência e não uma mera existência. Que neste semana Santa, a felicidade esteja com aqueles que mais precisarem. Hasta!
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