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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Ora viva ✌️!
Este 2020 foi intenso, disso não tenhamos dúvidas, provavelmente o mais intenso de toda a nossa existência. Neste dia em que ele (finalmente) se despede da humanidade, um balanço daquilo que foi, ou poderia ter sido, torna-se imperativo. Nunca como dantes uma reflexão sobre o ano que passou fez tanto sentido.
Perdas, privações, restrições, limitações, incertezas e tristezas são presença constante nos últimos nove meses da história mundial. Para muitos foi um ano fatal, letal mesmo. A dor de quem não conseguiu passar incólume a este ano só deve ser equiparada à esperança de um novo ano, infinitamente melhor. E é nisso que devemos todos depositar as nossas melhores expectativas, renovadas após um ano particularmente difícil, que de todos exigiu esforços para lá do imaginável.
Ainda assim, este foi - sem querer ferir suscetibilidades - um dos melhores anos de toda a minha existência, aquele em que senti-me realizada em praticamente todas as áreas. O blog segue convicto na sua missão, indiferente aos resultados, ainda não anunciados, dos Blogzillas do Ano. A revalidação da distinção de melhor blog de Sexo e Diário Íntimo de Portugal será tão somente o culminar de 12 meses salpicados de ambições e concretizações.
A nível pessoal, sinto que tornei-me mais e melhor ser humano, tendo feito sólidos investimentos nos campos espiritual e emocional. A nível amoroso, vivi um summer affair que vou guardar na memória como uma das experiências mais prazerosas de sempre. A nível laboral, enfrentei momentos conturbados (com uma baixa psicológica pelo meio), mas tenho plena convicção de que a situação há de resolver-se da melhor forma. A nível social, tive mais convívio neste ano do que em muitos que lhe precederam. Dentro da legalidade, e respeitando sempre as regras estipuladas pelas autoridades, viajei duas vezes para o estrangeiro, fui para fora cá dentro outro par de vezes, iniciei-me nas noites de fado, aprendi a andar de bicicleta, aprimorei o domínio da língua francesa, aperfeiçoei o nível de inglês, fiz um curso de coaching espiritual e outro de tarot, dediquei-me mais à culinária e explorei novas práticas de trabalho remoto. A nível sexual, arejei as partes baixas, livrando-as de uma boa parte das teias de aranha (se é que me entendes 😉). A nível afetivo, estreitei laços de amizade com duas pessoas, resgatei uma antiga amizade, reaproximei-me de uma irmã com quem tinha estado de costas voltadas por anos a fio e consolidei a relação com a minha adorada sobrinha. A nível extraprofissional, firmei uma auspiciosa parceria com a Isabel Soares dos Santos, vesti a camisola de cronista do P3, fui à televisão defender a causa que nos une, aventurei-me em entrevistas online e debutei-me no inspiring talking.
Sinto que nada deixei por fazer, por dizer, por viver, por sonhar. Posso dizer que vivi intensamente tudo que o universo me permitiu. É por tudo isso, e por teimar em manter intacto o meu espírito otimista, que mal posso esperar por 2021, que augura ser um ano mais bondoso que este que agora finda, mais não seja porque está prevista a tão ansiada imunização contra este maldito vírus que a todos trocou as voltas e reduziu-nos a uma insignificância frustrante e incapacitante.
É, assim, chegada a hora de renovarmos a esperança em dias melhores, pois só assim estaremos aptos a enfrentar, com a desejada - e tão necessária - coragem, os desafios que os próximos 365 dias têm-nos reservado. Desejo-te um Ano Novo transbordante de saúde, alegria, afeição e gratidão. Só o facto de termos sobrevivido a este ano já é motivo suficiente para nos sentirmos abençoados e agradecidos.
Aquele abraço amigo diretamente de terras gaulesas para ti, com sinceros votos de Boas Entradas!🍾💫🎉🎊.
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