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Crónicas, contos e confissões de uma solteira gira e bem resolvida que não cumpriu o papel para o qual foi formatada: casar e procriar. Caso para cortar os pulsos ou dar pulos de alegria? Provavelmente, nem uma coisa nem outra!
Viva!
O amor é o tempero da vida, não me canso de assumir; e repetir. A maioria dos comuns mortais o perceciona no contexto romântico ou maternal, absolutamente alheia a uma das suas formas mais puras, saudáveis e enriquecedoras: o próprio. Tendo como emissor e recetor o mesmo destinatário, o amor pela nossa própria pessoa é, na dose certa, o melhor aliado na interação com os outros, sobretudo no que toca ao romance.
Longe de mim desmerecer o amor romântico. Estou bem ciente do seu papel social, sexual, biológico e emocional na existência humana. Ainda me lembro do quão feliz e realizado faz-nos ele sentir. A questão aqui é desmistificar a crença - um tanto ou quanto infantil, em grande parte impingido pelos filmes Disney da vida - de que precisamos dele para sermos felizes. Errado! Precisamos do amor romântico para sermos MAIS felizes. A nossa felicidade, na sua génese, não está no outro, mas sim em nós mesmos.
Acreditar que a nossa felicidade está no amor alheio é disruptivo, razão pela qual abundam tantas criaturas infelizes por não estarem emparelhadas. Amas e és amada? Sorte tua! Amas e não és amada? Azar teu! Não amas e és amada? Sorte irónica essa tua! Não amas nem és amada? Ainda há esperança! Amas-te a ti mesma como gostarias de um dia ser amada? Estás no caminho certo para viver um amor para a vida toda!
Amor não é algo que se vai à Internet e faz download, que se vai ao supermercado e compra, que se pede emprestado a quem tem muito ou que se obtém pela via da cobiça. Amor não é algo que se tem só porque se deseja. Ele simplesmente acontece. Ou não. E enquanto não acontece, convém nutrirmos o nosso coração com amor próprio, aquele cuja intensidade, profundidade e duração depende única e exclusivamente da nossa vontade em ser feliz, do jeitinho que dá.
Autoamor só depende de nós, já amor de outrem… Single mine, se tal como eu, (ainda) não tens o segundo, a minha dica é só uma: sê feliz com o primeiro, como se não houvesse o segundo (que por enquanto não há mesmo). O amor alheio há de chegar na hora exata e na pessoa certa. Até lá, vai sendo feliz contigo mesma!
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