Ora viva!
Pela boca morre o peixe, apregoa o dito popular. E pela boca de vários homens ficou a Activa a saber quais os aspetos mais flagrantes que eles mudariam na relação.
Para quem está num dueto amoroso, esta é uma ótima oportunidade para revisar a matéria e correr atrás do prejuízo. Para quem está a solo, mas almeja alterar tal status amoroso-sexual, o meu conselho é que tome nota das coisas que, no parecer masculino, moem a convivência conjugal, ainda que, por si sós, não a matem.
Gostava que ela usasse lingerie mais sexy
"E deixasse as cuecas cor de carne horríveis e de gola alta, que fazem lembrar a roupa interior da avozinha. Já lhe disse várias vezes e ela vem sempre com o argumento de que são confortáveis. Tenho mesmo de a convencer a ir comigo comprar cuecas confortáveis mas também sexy." – David, 46 anos
Quero mais beijos e abraços
"Estamos juntos há 15 anos e tenho reparado que os nossos beijos têm diminuído de intensidade e frequência. É tudo sempre uma correria. Tenho saudades do tempo dos beijos mais prolongados, dos abraços apertados, dos passeios de mãos dadas!" – Miguel, 44 anos
Detesto comparações com o ex
"Não trago a minha bagagem emocional para casa e ela também não devia. Escuso de ouvir o nome do outro quando já sei que fiz m… também. Dá para parar?" – Pedro, 29 anos
"Eu sei que o nascimento de uma criança é uma revolução num relacionamento. Já me tinham avisado que o sexo depois de ter filhos diminui bastante, mas só queria que voltasse a ser 20% de como quando éramos só os 2… um bocadinho de esforço e lá conseguiremos, vá lá." – Vasco, 35 anos
"O 'não posso usar isto porque fico com o rabo gigante, aquilo porque me faz mais gorda'… Fica horas a experimentar roupa e nada lhe fica bem, mesmo que eu diga que fica lindamente, e não estou a mentir ou a despachar, acho mesmo. Não há paciência!" – Frederico, 28 anos
"Odeio que a televisão esteja no quarto, já que ela adora estar a ver as séries todas até às tantas e quando desliga já está cheia de sono e sem disposição para mais nada. Dá para pôr um emoji zangado?" – Luís, 35 anos
A história é velha como o mundo mas pronto, lá vai: a sogra
"A sogra que acha que a nossa casa é uma extensão da dela, que aparece sem ser convidada, que dá palpites… A Lena também se chateia com a mãe, mas tem medo de a melindrar ao dizer algumas verdades. Já faltou mais para mudarmos a fechadura. Sim, porque ela tem a nossa chave para o caso de nos esquecermos delas em casa. Não queria que a senhora desaparecesse, só que soubesse qual é o seu verdadeiro lugar… que é em casa dela." – António, 45 anos
Tudo tem de ser feito a dois
"Na cabeça dela, um casal faz tudo junto. Eu percebo que coisas como ir às compras e arrumar a casa deve ser feito a dois, mas quando lhe apetece ir para as lojas experimentar roupa isso já não preciso de ir. Não suporto ir para centros comerciais ‘passear’, é um martírio." – Eduardo, 46 anos
Às vezes trata-me como se eu fosse um atrasado mental
"Telefona-me a dizer 'Não leves o Tomás para o parque sem casaco, lembra-te do xarope, leva água porque ele pode ter sede'. Dá para ter um bocado mais de confiança?" – Guilherme, 34 anos
"Não é que eu seja apologista da decoração vitalícia, mas mudar as coisas de sítio a cada mês é algo que me transtorna. A nossa cama já deve ter dado mais voltas ao quarto do que a terra à volta do sol." – João, 40 anos
Detesto que combine jantares e encontros sem me perguntar
"Se tenho disponibilidade ou se eu quero ir ao cinema ver o filme x ou y. Compra os bilhetes e já está, ou reserva o restaurante mesmo sem me perguntar. Gosto que ela tenha iniciativa, mas esta mania de achar que eu concordo com tudo anda a chatear-me. Eu sei que protelo um bocado as coisas, mas alto lá..." – Jorge, 34 anos
As cenas de ciúme que me faz
"De cada vez que trabalho até tarde têm de acabar. Infelizmente acontece ocasionalmente e quando chego a casa ainda tenho de responder a um inquérito policial." – Pedro, 32 anos
Depois de todas essas declarações, comprometo-me a parir uma crónica expondo o nosso ponto de vista. Mas para isso vou precisar que partilhes comigo as coisas que neles te irritam quando estás emparelhada. Fico então à espera do teu contributo, que isto aqui acaba de assumir proporções dignas de uma guerra dos sexos.